Festa junina, quadrilha e cultura popular nordestina

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Enviado por jns

 

Noites Brasileiras

 

“Acende a fogueira, João nasceu!” Parece canto de festa junina, mas foi uma ordem dada por Isabel assim que deu à luz, naquele 24 de junho. Conta a tradição popular que o fogo foi a forma de comunicar o parto à sua prima, Maria, que estava em outro ponto do vale. Maria também estava grávida: seis meses depois, era a vez de Jesus vir ao mundo.

Além dos laços familiares, João tinha outras coisas em comum com o profeta que daria origem ao cristianismo. Como Maria, Isabel também engravidou contra todas as probabilidades. Não era virgem, mas dizia-se que estava estéril e tinha idade avançada quando concebeu o último filho. Ele se tornou um pregador e ficou conhecido por batizar os gentios nas águas do Rio Jordão. Mas quando o apontavam como o esperado Messias dos judeus, ele anunciava: “Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das sandálias; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Referia-se ao primo.

Para ganhar de vez o apelido de “Batista”, realizou um feito capaz de fazer inveja a qualquer outro santo: abençoou o próprio Jesus, testemunhando em seguida a descida do Espírito Santo em forma de pomba – era o início da meteórica missão do “filho de Deus”.

Sabah Moraes e Pádua e Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado no Show do Luizão

http://youtu.be/_nsnuJWqnEY

 

Texto:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/pula-a-fogueira-joao

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

7 Comentários

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  1. ‘da roça’

     

    Penso que foi o Morallis quem se autoprocalmou como o ‘da roça’ daquí. Eu truquei na hora e, parafraseando o Rei, reafirmei com muito orgulho e chei de razão: ‘esse Caipira sou eu!”

    E o mais importante: o nome da minha mãe, descendente de italianos e chegada no Xem-Nhem-Nhem de verdade – na versão nervosa do Grande Lua, que é diferente da levada jazzística da Lucy Alves – é Carolina.

    [video:http://youtu.be/SNLqOhxwKtA width:600 height:450]

    … mais prá sanfona branca xonada da Lucy Alves daquí

    [video:http://youtu.be/DOoDbILLNhk width:600 height:450]

    Mestre, sempre me lembro de você nas minhas orações e vou recomendar uma simpatia especial, aquí do mato: se você esgasgar com um caranguejo fujão do manguezal do Cocó, não se esqueça de pedir prá qualquer pessoa dar um tapão nas suas costas e gritar, bem forte: São Brás! São Brás! São Bras!

    [video:http://youtu.be/m-_kzTOq66w width:600 height:450]

    Fique calmo que passa e, depois que você respirar melhor, visite o post da Loba Sanfoneira do Calçadão Carioca que é um barato: https://jornalggn.com.br/noticia/os-baratos-de-gal

  2. Olha proor céu

     

    Foi numa noite igual a esta
    Que tu me deste o coração
    O céu estava assim em festa
    Pois era noite de São João

    Pôr-do-sol e eclipse acontecendo ao mesmo tempo

    3. Sunset and Eclipse Happening at the Same Time...

  3. olha pro céu

     

    Foi numa noite igual a esta
    Que tu me deste o coração
    O céu estava assim em festa
    Pois era noite de São João

    Crianças olhar para um eclipse solar parcial sobre a baía de Manila.

    Eclipse parcial e pôr-do-sol acontecendo ao mesmo tempo na baía de Manila, Filipinas, 2009

    [video:http://youtu.be/zukoUCad2pc width:600 height:450]

    Foto do Eclipse: GIL NARTEA, AFP / GETTY IMAGES

  4. eclipse

     

    Eclipses acontecem quando a Lua passa entre o Sol e a Terra ou quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, criando efeitos de luz dramáticos e incomuns.

    eclipse

    Eclipse lunar

    	 Solar Eclipse over the sea

    Eclipse solar sobre o mar

    Anillo de fuego: el próximo eclipse solar

    Eclipse solar anular em Zhengzhou | STR / AFP / Getty Images

  5. Percy Lau

     

    “Ilustrador do IBGE durante 28 anos, seu desenho ficou marcado por este compromisso com a paisagem real do País. O lado documento portanto pesou fortemente sobre a sua criação, contudo, se esta fidelidade à paisagem brasileira, segundo um ângulo institucional impediu no artista vôos mais longos, liberdades, pode-se afirmar também que mesmo o mais rigoroso documentarista, participa do fato documentado com a sua personalidade, sensibilidade e particular visão das coisas do mundo. Percy lau foi um desenhista sensível que soube, graças também ao domínio técnico indiscutível, libertar o lápis, a pena e o pincel em momentos de efusão lírica e de envolvimento emocional ou também de usá-los para simplificar os dados da realidade visual em composições dotadas de grande síntese e espontaneidade de gesto.”

    – Frederico Morais, em crítica publicada no Jornal O Globo, em 1974, resume bem a grande obra deixada por Percy Lau:

    Percy Lau, com seus conceitos e pontos de vista próprios, desenvolveu uma carreira de sucesso nacional. Nasceu em Arequipa, Peru, em 16 de outubro de 1903, filho caçula de Bruno Law e Sofia Schon Law, cultivadores de cana-de-açúcar. Após sofrer um acidente na escada de sua casa, que afetou sua coluna vertebral, a família viajou para a Alemanha, terra de seus ancestrais, em busca de tratamento para o garoto, que é interrompido devido ao início da I Guerra Mundial. Foram para os Estados Unidos, mas por dificuldades financeiras chegaram ao Brasil em 1921, fixando residência em Olinda-PE. A adaptação do menino foi tão imediata que aprendeu o português com facilidade e sem sotaque, e o Law virou Lau. A natureza do lugar motivou os primeiros traços, surgindo os desenhos de coqueirais e mocambos com seus tipos humanos da região. Esses trabalhos (em grafite, nanquim e aquarela) estavam na primeira Exposição de Belas Artes de Pernambuco.

    Em 1933, Lau se associa a Augusto Rodrigues para criar um atelier comercial, criando trabalhos decorativos para restaurantes, formaturas, publicidade, letreiros artísticos, tabuletas, anúncios luminosos, retratos a óleo, etc. Em pouco tempo o lugar se tornou um ponto de encontro da sociedade cultural local. Segundo Augusto Rodrigues: “Trabalhávamos o dia inteiro e nos reuníamos à noite em torno de uma mesa ou no atelier para desenhar. O Percy Lau tinha parentes na Alemanha e recebia de lá uma quantidade muito grande de livros e revistas. Assim, tomamos conhecimento do movimento expressionista alemão. Recebíamos reproduções e revistas do Rio. Lembro-me de uma revista que se chamava Base, em que havia reproduções de Guignard, Di Cavalcanti, Portinari, e tivemos conhecimento também do Fujita”. Nesse tempo começa um namoro com Ismênia, vizinha do atelier. Trabalha no Diário de Pernambuco fazendo pequenas ilustrações. 

    Em 1938 se muda para o Rio de Janeiro, trabalhando durante um ano para a Central do Brasil confeccionando maquetes para gares ferroviárias. Conhece e se relaciona com grandes nomes da arte brasileira como Di Cavalcanti, Guignard, Pancetti, Heitor dos Prazeres, entre muitos outros, estimulando seu ingresso no Liceu de Artes e Ofícios para estudar gravura, tendo assim um estudo sistemático da arte pela primeira vez. Volta ao Recife no ano seguinte e, depois de casar com Ismênia, retorna ao Rio. Recebe convite para integrar a equipe de desenhista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que ilustrava a série Tipos e Aspectos do Brasil da Revista Brasileira de Geografia (RBG), permanecendo aí até os últimos dias de sua vida. 

    percy-lau

    Com sua aposentadoria do IBGE em 1967, chega ao fim sua fase de pontilhados à nanquim e surge o pintor cinquentão à mão livre, com composições líricas de paisagens do Rio de Janeiro, mulheres na praia e nus femininos. Em 12 de janeiro de 1972 morre de um mal cardíaco, depois de um período de internamento, interrompendo essa breve fase de pintor e encerrando a carreira de maior documentarista/artista, que dividiu com o gaúcho José Wasth Rodrigues e o paulista José Lanzellotti.

    Informações e imagens: http://blogdoluizpe.blogspot.com.br/2013/01/percy-lau.html

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