Fluxo de investimento estrangeiro totaliza US$ 62,5 bi em 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O fluxo líquido de investimento estrangeiro direto (IED) registrado no Brasil ao longo de 2015 chegou a US$ 62,5 bilhões em 2014, o que corresponde a uma redução de 2,3% comparativamente ao resultado do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Ao longo do período, houve ingressos líquidos em participação no capital de empresas no País, no valor de US$ 47,3 bilhões, e em empréstimos intercompanhias, com US$ 15,2 bilhões durante 2014. Em dezembro, os investimentos estrangeiros diretos registraram ingressos líquidos de US$ 6,7 bilhões.

Segundo os dados da autoridade monetária, os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram saídas líquidas de US$ 9,5 bilhões, no mês, e ingressos líquidos de US$ 33,5 bilhões em 2014, comparativamente a US$34,7 bilhões, no ano anterior. Os investimentos estrangeiros em ações totalizaram saídas líquidas de US$ 601 milhões no mês e ingressos líquidos de US$ 11,5 bilhões no ano.

No mercado doméstico, os investimentos de não residentes em títulos de renda fixa apresentaram saídas líquidas de US$ 8,5 bilhões no mês e ingressos líquidos de US$ 20,1 bilhões no ano. Os ingressos líquidos referentes a bônus da República acumularam US$ 2,5 bilhões em 2014, enquanto as notes e commercial papers somaram saídas líquidas de US$ 409 milhões em dezembro e de US$ 1,1 bilhão no ano. A taxa de rolagem para papéis de médio e longo prazos, excetos bônus da República, totalizou 57% em dezembro e 90% em 2014. Segundo o BC, a redução do prazo de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre captações externas, de 360 dias para 180 dias, favoreceu o ingresso líquido de US$ 457 milhões em títulos de curto prazo em 2014.

Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$ 2 milhões em dezembro e de US$49,4 bilhões no ano. O crédito comercial de fornecedores registrou amortizações líquidas de US$ 203 milhões no mês, e desembolsos líquidos de US$11,5 bilhões no ano, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazos apresentaram ingressos líquidos de US$1,4 bilhão, em dezembro, e de US$19,3 bilhão no ano.

A taxa de rolagem dos empréstimos diretos de médio e longo prazos somou 203% no mês e 191% em 2014. No ano, os empréstimos diretos e junto a organismos registraram ingressos líquidos de US$17,1 bilhões e de US$3,5 bilhões, respectivamente, enquanto os empréstimos de compradores e agências acumularam amortizações líquidas de US$1 bilhão e US$274 milhões, na ordem. Os ingressos líquidos de empréstimos de curto prazo atingiram US$ 1,1 bilhão no mês e US$ 21,6 bilhões no ano.

Em dezembro, os investimentos brasileiros diretos no exterior somaram retornos líquidos de US$2,2 bilhões, acumulando retornos líquidos de US$ 3,5 bilhões em 2014, o que corresponde a um acréscimo de 1,3% ante 2013. Os retornos líquidos de investimento brasileiro direto em 2014 compreenderam US$19,6 bilhões em aquisições líquidas de participação no capital de empresas no exterior, e US $23,1 bilhões de ingressos líquidos na modalidade de empréstimos de intercompanhias.

Os outros investimentos brasileiros no exterior resultaram em retornos líquidos de US$ 222 milhões em dezembro e aplicações líquidas de US$ 44,9 bilhões no ano, compreendendo concessões líquidas de créditos comerciais e empréstimos, com um total de US$ 31,8 bilhões; redução de depósitos de bancos brasileiros no exterior, no valor de US$ 4,5 bilhões, e constituição de depósitos dos demais setores, com US$ 17,4 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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