Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

O espaço para os temas livres e variados.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Servidor
      O servidor que acolhe o GGN, localizado nos EUA, sofreu ataques ininterruptos ontem e ainda não voltou a operar com 100% da sua capacidade. Esses ataques nada tem a ver com o GGN, mas sim com práticas já denunciadas nos EUA, porém nos afeta.
      Logo estaremos de volta à normalidade.

    2. Agora tem uma página pedindo pra confirmar um captcha
      A gente digita um comentário e quando vai submeter entra essa página de captcha (“confirme que você não é um robô”). Daí você confirma e recarrega a página, sem o seu comentário. Tem que retornar o navegador e voltar à digitação do seu comentário, enviar de novo, pra poder sair publicado…

  1. A máquina de escrever voltou
    Podem retirá-la? Ela faz a página do GGN ficar lenta, além do barulho que torna impossível ler qualquer coisa.

    Além disso, sugiro que seja colocada na página do sítio uma configuração que desative todos os anúncios para quem escolheu pagar a assinatura, como eu. Neste momento, o Adguard reporta o bloqueio de 31 (!) itens na página.

  2. Renan vai ao STF contra… o STF!
    O presidente do Senado, Renan Calheiros, revoltado com a deflagração da Operação Métis, pela Justiça Federal do DF, prometeu ir ao STF, contra o que considera um abuso de poder da parte do Juiz Vallisney de Souza Oliveira. Renan crê que o Juiz, por ser de 1ª Instância, não poderia ter ordenado as medidas tomadas na operação, uma vez que a operação envolve o Senado, e a competência nesse caso seria do STF.

    Renan não é burro e nem bobo. Certamente ele leu em jornais (se não leu, seus assessores e advogados leram) que o Juiz Vallisney recebeu o material que deflagrou a Operação Métis do próprio STF, através do ministro Teori Zavascki. Vários jornais noticiaram isso, dentre eles a Folha de S. Paulo (http://folha.com/no1824896) e o Valor (http://www.valor.com.br/politica/4751625/pf-mira-policia-legislativa-em-operacao-no-senado).

    Na decisão que autorizou as buscas no Senado e a prisão dos servidores daquela Casa, o Juiz Vallisney determinou a ciência dos fatos ao gabinete do ministro Teori Zavascki (http://imguol.com/blogs/52/files/2016/10/decisao-opMetis-21out2016-vallisney.pdf). Mais uma prova de que o assunto veio do STF à 1ª Instância.

    Logo, questionar a competência do Juiz de 1ª Instância será perda de tempo. O Juiz Vallisney fez o que lhe caberia, e fica claro que há uma ponta da Operação Métis no STF coberta pelo foro privilegiado.

    Se Renan sabe disso, por que está indo (ou ameaçando ir) ao STF contra a medida, se já sabe que vai dar com os burros n’água?

    Simples: Renan quer colocar em prática a sua tese do barril de lama*. Está tentando criar um problema maior do que as dimensões do fato, para ver se breca o fato em si. Renan sabe que vai perder no STF, mas como quer arrastar o Senado e o Executivo pra dentro do barril de lama, precisa perder antes, pra assumir uma postura mais arraigada.

    E para isso Renan já escolheu as formas de arrastar cada um: o Senado através de uma CPI e o Executivo através do entrave à votação da PEC 241 no Senado. Provavelmente no pacote ao Executivo deve embrulhar ainda o pedido da cabeça do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a quem ele e o PMDB consideram incontrolável e, portanto, não confiável.

    Em suma: Renan quer melar o jogo. Sabendo que não tem força pra isso sozinho, quer arrastar outros pro seu plano. Nem que pra isso tenha que levar o país a um ampliamento da crise institucional.

    (A tese do barril de lama de Renan é a seguinte: “se você não puder sair do barril de lama então trate de arrastar mais gente para dentro dele junto com você. Fica mais fácil para safar-se do afogamento se estiver abraçado com outros, e se a coisa explodir mesmo sai todo mundo enlameado”)

  3. Os soviéticos estão chegando. Falta combinar com os russos

    Os soviéticos estão chegando. Falta combinar com os russos

     Matheus Pichonelli26 de outubro de 2016Ver as imagens

    Algumas dúvidas me assaltavam durante os governos petistas. Uma delas era o que fariam os estertores antipetistas no dia em que o partido fosse ejetado do poder. O que teriam a dizer no dia seguinte os que viam nas administrações Lula e Dilma, coincidentemente a época em que banqueiros e empreiteiros mais engordaram as burras, a prova cabal de que vivíamos sob um regime comunista/bolivariano no Brasil?

    A outra dúvida era mais difícil de responder. Era se os adeptos do macarthismo tupiniquim acreditavam no que diziam. Ou se apenas sabiam que fingir que acreditavam garantiria votos, cliques, prestígios e aplausos.

    Bom. Faz alguns meses que as mesóclises temerárias chegaram ao poder, levando com elas alguns simpatizantes e simpatizáveis de movimentos ditos liberais mais próximos dos arautos do Escola Sem Partido do que de Paulo Freire.

    De repente, após a prisão de Eduardo Cunha e do acordo para a delação dos executivos da Odebrecht, a metralhadora ponto cem citada por José Sarney, a Lava Jato se tornou um risco para o funcionamento do país, um atraso para as reformas que estão sendo aprovadas como trator no Congresso, caso da PEC do Teto dos Gastos, e precisam de um freio.

    A artilharia ponto cem está voltada para a cúpula do PMDB, ora no poder, e para parte do PSDB, ora associado ao poder; congressistas negociam a céu aberto condições para votar a favor do governo; órgãos públicos seguem sob comando de aliados (em outros tempos, como no começo do ano, isso era chamado de aparelhamento); e por estranho que pareça não tem nenhum revoltado, online ou off-line, levantando bandeira para pedir o fim da boquinha ou lembrar, com os dedinhos levantados, que Brasil afora somos milhões de Cunhas.

    É porque, para certo colunismo de indignação seletiva, é estranho cobrar postura de quem não veste camisa vermelha. Estes já não estão no poder, já não impediram a surra homérica das urnas em outubro, mas para que ninguém baixe a guarda é preciso lembrar que os fantasmas estão à ronda para que o séquito siga alimentado com o elemento agregador mais óbvio e eficaz em qualquer verborragia disponível no mercado: o medo.

    Sem ele, metade dos colunistas, movimentos e lideranças políticas, inclusive do governo afastado, já poderia vestir as pantufas e passar a vida à espera apenas do próximo capítulo da novela. Mas não: é preciso estar atento e forte para ter tempo de sobra para temer a morte, esta cartada final das ameaças que nos roubam a paz, a dignidade, a segurança e o livrinho, ora em atualização em PECs e afins, nos quais as criancinhas deveriam acreditar.

    O medo vende. Dá audiência. Mobiliza. Unifica.

    Mas o que fazer quando o inimigo já não está fora do páreo? Criamos outros, nem que sejam imaginários.

    O partido que encarnou todos os males sai de cena, mas o medo precisa ser diariamente alimentado, sobretudo nas redes sociais, para que ninguém se dê conta de que nossa miséria (intelectual, espiritual e econômica) é estrutural, e que tudo seguirá como antes amanhã quando tudo o que se troca é a cor da camisa – ou da bandeira.

    Isso talvez explique o delírio lançado nas redes pela jurista que foi à guerra pelo impeachment para salvar o país das jararacas. A paz e a salvação, tão sonhadas com a queda da presidenta pedalante, não vieram, mas a culpa jamais será de quem jamais deixou o poder: a culpa é do país vizinho, enrolado até as tripas na própria crise e insanidade, que servirá de base para um ataque de Vladimir Putin em nossas terras – sim, mesmo o presidente russo a quem foi atribuída, nos diários oficiais da Presidência, um interesse caloroso pela nossa PEC 241, provavelmente um atrativo maior do que o petróleo venezuelano ou qualquer bomba-relógio no Cáucaso ou no mundo árabe.

    Em Moscou, imagina-se, não se fala em outra coisa – e pouca coisa bota tanto medo nos cossacos do que um mutirão saído do Largo São Francisco.

    Está rindo? Pois estou falando sério: foi-se o tempo em que tratávamos o delírio e a paranoia com remédios ou conselhos de amigos. Hoje delírio e paranoia são políticas de Estado, e ajuda a dispersar as atenções quanto mais clarividentes são as origens de nossos males.

    Essa paranoia ganha voto, e isso explica, por exemplo, por que numa época em que a fala de candidatos é analisada em tempo real por equipes qualificadas de checagem dos fatos o voto é ainda decidido por intermédio de boatos, desinformação e…medo.

     

    Afinal, qual o peso dos fatos relacionados a um candidato que já agrediu, já falou grosserias sobre minorias e religiões, já admitiu em público que é parte de uma estratégia de poder de uma congregação religiosa quando o que move nossos afetos eleitorais são os medos de que o outro – o adversário de esquerda – saia por aí instalando ditaduras comunistas em nível municipal em meio a uma chuva de fetos abortados, drogas pesadas distribuídas no metrô e tiros de fuzil engatados por aliados.

    Entre anjos e demônios, fico com Guimarães Rosa, que numa época não menos obscura da nossa história já dizia que o demônio não existe, existe é homem humano. O resto é delírio, e ele não é menos perigoso.

     

    Foto: Pinterest

     

  4. Seria comico….
    Mas é T´ragio. E nem é primeiro de abril….

    Do JB

    em:: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/10/26/fala-de-janaina-paschoal-sobre-ataque-de-putin-ao-brasil-gera-piadas-na-web/

    País

     Hoje às 13p3- Atualizada hoje às 14p3

    Fala de Janaina Paschoal sobre ataque de Putin ao Brasil gera piadas na ‘web’

     

    A advogada Janaina Paschoal, que ficou mais conhecida por ser coautora da denúncia que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, fez uma série de publicações em sua conta no Twitter nesta terça-feira (25), destacando que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria “a um passo” de atacar o Brasil.

    Janaina apontou a montagem de uma base aeronaval da Rússia no litoral da Venezuela, e defendeu que isto faria com que o Brasil precisasse assumir “uma posição de defesa”. “Em comentários, muitos me criticaram por sugerir que o governo brasileiro apóie (sic) a oposição na Venezuela. Alegam desrespeito à soberania”, disse Janaina no primeiro tweet da série.

     1 / 1

    “Com a construção de uma base militar russa, na Venezuela, uma posição firme do Brasil já não é só questão humanitária, mas de defesa”, continuou. “Com uma base militar na Venezuela, Putin estará a um passo de atacar o Brasil. Estão rindo? Pois eu estou falando sério”, continuou em uma quarta publicação.

    “Uma base russa na Venezuela deixa o Brasil mais vulnerável. Isso é fato. Leiam a Arte da Guerra, de Sun Tzu e voltamos a conversar”, escreveu depois.

    As declarações repercutiram nas redes e deram origem a uma série de memes e comentários. Nesta quarta-feira (27), Janaina se manifestou sobre a repercussão de suas publicações. “Desafio os engraçadinhos a darem um motivo razoável para esta base. Para que, afinal, a Rússia quer uma base na Venezuela? Alguém perguntou?”, escreveu em uma das publicações durante a manhã.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador