Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

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  1. Dissecando a criação da personagem Sininho pela imprensa

     

    De Sergio Martins, professor da PUC-Rio, dissecando a criação da personagem Sininho pela imprensa:

     https://www.facebook.com/sergio.martins.984991/posts/10152607485163086?fref=nf

    O caso de Sininho é particularmente instrutivo, por seu destaque, para reconstituir o funcionamento da imprensa na condução de verdadeiros linchamentos públicos. Sua primeira aparição nas páginas de um jornal, salvo engano, foi na famigerada página dos “70 vândalos”, em 17 de outubro, a mesma que rendeu do editor-executivo Pedro Dória elogios à equipe por “revelar personagens”; lá ela era “Sininho do barulho”. Nas matérias relacionadas a essa prisão, as evidências contra Sininho são o fato dela ter declarado que “vive na rua” e ter em sua página de Facebook um símbolo anarquista (ou seja, o crime aqui é a simpatia anarquista). Apesar disso, um depoimento de outra ativista refuta a ideia de que Sininho seja líder do que quer que seja, reiterando que “o movimento não tem líderes.”

    Daí em diante o Globo começa a seguir seu personagem, construindo-o ao longo da trajetória. Em 25 de outubro, fotografa ela falando para professores em greve. Sua aparição seguinte é já em fevereiro de 2014, novamente como um personagem, agora no conto de terceiros: é a história do advogado Jonas Tadeu, que diz ter ouvido de Sininho sobre as “ligações” entre Fábio Raposo e Marcelo Freixo. Em declaração ao jornal, no dia 10, Sininho nega ter sido fonte das declarações e diz inclusive que sempre repudiou a violência mesmo como tática de protesto. Nas matérias seguintes, o nome dela segue flutuando, embora fique claro para o leitor que a acusação real contra ela é, no máximo, a de intermediar apoio jurídico a presos em protestos.

    Com a morte de Santiago, o tom das matérias se acirra. No dia 13 aparece num box de “perfis”, dentro de uma matéria intitulada “Ataque à Liberdade de Expressão”, na companhia do advogado Jonas Tadeu e de Fábio Raposo. O “perfil”, escrito por Elelnice Bottari, vem com o título: “Com nome de fada, mas fama de encrenqueira”. Uma reedição do “Sininho do barulho”. Apesar de reconhecer que pouco se sabe da vida dela antes das manifestações, a autora afirma que seu discurso mudou e a retrata como alguém que inicialmente “pedia calma” aos black blocs com quem “caminhava junto”, mas que conquistou liderança no Ocupa Câmara e gritava palavras de ordem e segura ovos para atirar em Chiquinho Brazão (PMDB), aquele que foi empurrado goela abaixo como presidente da CPI dos Ônibus. Diz ainda que Sininho foi presa por desacato por supostamente ter chamado de “macaco” um policial e que ela teria chamado jornalistas de “carniceiros”. Esse último ponto vem junto de uma frase sobre a morte de Santiago, como que para insinuar alguma espécie de simpatia ou concordância com o ocorrido. Logo em seguida, Bottari escreve que Sininho “arrumou mais confusão” ao ser acusada por Jonas Tadeu de ter falado da tal ligação com Freixo. Repito: ela foi acusada, desmentiu a acusação dias antes, mas aparece na matéria como o sujeito da frase: “arrumou mais confusão”.

    No dia seguinte, 14 de fevereiro, entra em cena o factóide das doações de vereadores e do delegado Orlando Zaccone, sob o título “Manifestações Violentas em Xeque”. A matéria de Luiz Ernesto Magalhães abre comentando que mesmo após sua prisão (com os “70 vândalos”), Sininho continuou “circulando com desenvoltura” nos salões da Câmara de Vereadores. A própria matéria reconhece que a finalidade das doações era uma festa de Natal para a população de rua da Cinelândia, mas o título e o destaque não deixam mentir: o tom da matéria é o da insinuação de que algo impróprio teria ocorrido. “Dar dinheiro a manifestantes” é algo retratado praticamente como um financiamento ao crime.

    No dia 17 de fevereiro, página 2. Na coluna de Ricardo Noblat, a foto de Sininho é contraposta a da jovem guerrilheira Dilma Roussef. A justaposição já diz tudo: embora o governo engrosse o discurso de criminalização das manifestações (há inclusive uma fala de José Eduardo Cardozo a esse respeito na coluna), a oposição manifesta do Globo faz o jogo do leitor e representa Dilma como uma radical simpática a uma versão deturpada do que seria a agenda das manifestações: a apologia da violência e o ataque à democracia. Mas vejamos o que o colunista tem a dizer sobre Sininho: 1) ela é uma black bloc (o que nesse momento já era sinônimo de criminoso); 2) ela “usa a a violência para derrubar… nem ela mesma sabe direito o quê.” – o personagem aqui já se tornou ele próprio violento, ainda que literalmente nenhuma evidência nesse sentido tenha aparecido; 3) “Suponho que Sininho e sua turma desejam ferir gravemente o regime democrático sob o qual vivemos.” – aqui, o colunista distingue Dilma de Sininho, pois esta – acusada de ser parte ativa de uma turma violenta – estaria na verdade lutando contra a democracia pela qual lutaram e sofreram Dilma e tantos outros (o fato do Globo ter na época defendido a ditadura e tratado os seus opositores também como uma “turma violenta” e antidemocrática não vem ao caso, claro).

    A moda da justaposição de imagens pega: no final da coluna de Ancelmo Góis, no dia 20, há uma foto de Sininho ao lado de uma de Débora Falabella, com a seguinte legenda: “Tem gente achando que Sininho, a espevitada ativista, lembra um pouco Débora Falabella. Nada contra… a talentosa atriz!”. Não é nada, não é nada, é um indício de que o foco no personagem passa pelo casting; o fato de ser mulher, jovem, bonita e aparentemente doce serve tanto para justificar todo tipo de jogo de palavras barato com sua suposta periculosidade quanto para incitar juízos misóginos.

    Sininho aparece novamente numa matéria de 16 de abril sobre – mais uma vez – um protesto que terminou em “baderna”. Mais precisamente: “O protesto, que começou pacífico e contro com a presença de ativistas como Elisa Quadros, a Sininho, virou uma verdadeira baderna à tarde”. Qual teria sido o papel de Sininho disso? O Globo não diz, e nem precisa, já que ela já é, nessa altura do campeonato, uma “vândala” que “usa a violência” para “ferir gravemente a democracia”. Sua mera presença já é caso de página policial.

    Na notícia de 14 de junho, Sininho já está indiciada por incitar a violência. Na mesma notícia, é mencionado que ela também é testemunha de acusação do processo contra os PMs que plantaram rojões na mochila de um adolescente na Lapa (momento capturado num vídeo, diga-se de passagem, gravado pelo próprio Globo). Mas esse não é o ponto de destaque: o que importa é que o personagem finalmente colou na pessoa a ponto de produzir consequências legais graves. Daí em diante, todos conhecem a história.

    Tirem suas conclusões. Para mim, o caso da construção do personagem Sininho é exemplo de como a “jurisprudência muda” de que falou o Safatle em uma coluna recente não é restrita aos trâmites da justiça. De notícia em notícia, de página em página, disparates sem fundamento viraram suspeitas que viraram condenação pública que viraram alvo de inquérito. Os ingredientes são tóxicos: criminalização, má-fé e misoginia. Isso porque eu nem precisei entrar no mérito dos editoriais do jornal para reconstituir essa narrativa. Em suma, o que está correndo em sigilo de justiça é só uma parte do inquérito. Uma outra, talvez a mais importante, vem correndo a olhos vistos na página dos jornais desde junho do ano passado.

     

  2. Luto: 5 Fases Fundamentais

    por: Jorge Elói

    Luto é uma palavra que acompanha o ser humano desde sempre, principalmente quando perdemos alguém de quem gostamos muito. É uma espécie de despedida forçada e para sempre. Mas afinal o que é o luto? Como se processa? É mesmo necessário esse doloroso processo?

    O luto é um processo necessário e fundamental para preencher o vazio deixado por qualquer perda significativa não apenas de alguém, mas também de algo muito importante, como um objeto, uma viagem, um emprego, uma ideia, etc.

    O processo de luto dá-se tanto em humanos como animais. Nos humanos o processo de luto é acompanhado por um conjunto de sentimentos, entre os quais: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, desamparo, choque, anseio, torpor, alívio e emancipação. Refletindo-se em sintomas físicos de vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, falta de ar, falta de energia, boca seca entre outros.

    O luto/perda normalmente passa por 5 fases:

    A negação – Surge a primeira fase do luto, é no momento que nos parece impossível a perda, em que não somos capazes de acreditar. A dor da perda seria tão grande, que não pode ser possível, não poderia ser real.

    A raiva – A raiva surge depois da negação. Mas mesmo assim, apesar da perda já consumada negamo-nos a acreditar. Pensamento de “ porque a mim?” surgem nesta fase, como também sentimentos de inveja e raiva. Nesta fase, qualquer palavra de conforto, parece-nos falsa, custando acreditar na sua veracidade

    A negociação – A negociação, surge quando o individuo começa a por a hipótese da perda, e perante isso tenta negociar, a maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. As negociações com Deus, são sempre sob forma de promessas ou sacrifícios.

    A depressão – A depressão surge quando o individuo toma consciência que a perda é inevitável e incontornável. Não há como escapar à perda, este sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que perdeu. Toma consciência que nunca mais irá ver aquela pessoa (ou coisa), e com o desaparecimento dela, vão com ela todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa ganham um novo valor.

    A aceitação – Última fase do luto. Esta fase é quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero nem negação. Nesta fase o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. Esta fase depende muito da capacidade da pessoa mudar a perspectiva e preencher o vazio.

    As fases do luto, não possuem um tempo predefinido para acontecerem. Depende da perda e da pessoa. Porém sabe-se que a que leva mais tempo é da fase da depressão para a fase de aceitação, algumas pessoas levam décadas de vida e outras nunca conseguiram aceitar com serenidade a perda. Acontece principalmente no caso de perda de um filho.

    Devemos sempre valorizar o que temos, enquanto o temos. Pois não sabemos quando o vamos deixar de ter. Curiosamente muitas vezes só nos apercebemos da importância de determinada pessoa ou coisa, quando a perdemos, porque o valor dessas pessoas ou coisas dilui-se no valor das coisas que a rodeiam. Essas pessoas ou coisas são tão sutis ao valorizarem o ambiente envolvente, que o seu próprio valor divide-se entre tudo o que a rodeia, tornando-se quase impercetível. Porém quando a perdemos, não a perdemos apenas a ela, mas muito do valor das coisas que a rodeavam e é aí que notamos a sua falta.

    Metaforicamente falando, como se o ambiente que a envolvia “entristecesse” e “perdesse a cor”, e dificilmente voltará a ser como era.

    E você, passa por estas fases nos seus Lutos?

     

  3. Como atua a justiça do nosso país

    Ligar, nas pesquisas Dilma aos movimentos e rua e ao “fracasso” da copa pode. Ligar o candidato do PT à presidenta Dilma e Lula do seu próprio partido não pode.

    Coligação impede divulgação de pesquisa

    O juiz Salomão Viana acatou pedido feito pela coligação “Unidos Pela Bahia”, que tem como candidato a governador Paulo Souto (DEM), proibindo, através de uma liminar, divulgação de pesquisa realizada pelo Vox Populi; motivo alegado é o questionário que teria perguntas tendenciosas

    A coligação “Unidos Pela Bahia”, que tem como candidato a governador Paulo Souto (DEM), recorreu e conseguiu uma decisão liminar na manhã deste domingo (20) que suspende a divulgação de pesquisa realizada pelo Vox Populi para eleição no estado.

    A decisão do juiz Salomão Viana teve como base o questionário, que constaria de “perguntas tendenciosas com vinculação dos nomes dos candidatos a governador e a senador a nomes de pessoas que os estaria apoiando”. Tal questionário desequilibraria a paridade entre os candidatos e atingiria a livre escolha do entrevistado.

    O candidato ao governo pelo PT, Rui Costa, apareceria na pesquisa como candidato do ex-presidente Lula, da presidente Dilma e do governador Jaques Wagner. No quesito rejeição, por exemplo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apareceria apoiando Paulo Souto.

    De acordo com a decisão do juiz, o descumprimento total ou parcial da decisão implica numa multa de R$ 300 mil, mais multa diária de R$ 100 mil a “partir do dia seguinte ao do ato ilícito até o dia em que seja cessada a prática dos atos caracterizadores do descumprimento”.

    Como essa decisão tem caráter liminar, obviamente cabe recurso

    http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/147346/Coliga%C3%A7%C3%A3o-impede-divulga%C3%A7%C3%A3o-de-pesquisa.htm

  4. Falta de água em São Paulo já

    Falta de água em São Paulo já causa 3 mil demissões

    Entidade do setor industrial paulista mostra que os estragos causados pela crise de abastecimento de água no estado já vão além das torneiras secas

    A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou na semana passada um estudo que mostra os estragos causados pela crise de abastecimento de água que atinge a população paulista. O levantamento foi feito entre os dias 12 e 26 de maio com 229 empresas de micro e pequeno porte (até 99 empregados), 140 de médio porte (de 100 a 499 empregados) e 44 de grande porte (500 ou mais empregados). A pesquisa revela que já foram fechados mais de 3 mil postos de trabalho devido à falta de água. As demissões decorrem da redução do ritmo da produção e da queda da produtividade das indústrias pela falta do recurso hídrico. A tendência, segundo a Fiesp, é que o quadro se agrave ainda mais nos próximos meses.

    Segundo Eduardo San Martin, diretor de meio ambiente da entidade patronal, a região de Campinas, com seus 5,5 milhões de habitantes, é uma das mais prejudicadas. As indústrias são abastecidas pela Bacia do PCJ – formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e que atende mais de 70 municípios nesta região do interior paulista.

    “A escassez de água está levando à redução da produtividade. Não há números oficiais, as empresas são cautelosas na divulgação de informações, mas o problema já chegou até nós. Existem empresas que já eliminaram um turno de produção, há vários exemplos negativos para o desenvolvimento produtivo da região. E 3 mil postos de trabalho deixaram de existir por causa desse problema”, afirma San Martin.

    O estudo ainda apontou que, em cada três empresas, duas estão preocupadas com a possível interrupção no fornecimento de água na região. A possibilidade de racionamento ainda neste ano é um fator de preocupação para 67,6% das 413 indústrias entrevistadas pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp.

    “Já pensando nas consequências da interrupção no fornecimento, 64,9% das empresas avaliam que a medida teria impacto sobre seu faturamento: 17,9% avaliam que o impacto seria ‘forte’, enquanto para 47% ele seria ‘pequeno’. As empresas de grande porte foram as que mais indicaram impacto sobre o faturamento”, descreve o jornal Valor de quinta-feira (17).

    O ‘volume morto’ está morrendo

    A Fiesp ainda não divulgou estudos sobre a região metropolitana de São Paulo, a mais afetada em função do colapso do Sistema Cantareira. Mas há relatos de que várias indústrias da capital e do entorno já sofrem com a crise de abastecimento. Na semana passada, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou relatório confirmando o vertiginoso aumento das reclamações dos consumidores residenciais.

    O Sistema Cantareira abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Para evitar um racionamento oficial – já que na realidade ele já existe – o governo Alckmin decidiu utilizar a reserva estratégica do reservatório, o chamado “volume morto”, mas a medida paliativa também está se esgotando.

    Na segunda-feira (14), a própria Sabesp confessou o crime. Quase dois meses após o início do bombeamento do “volume morto”, o nível de água atingiu 18,2% no Sistema Cantareira, segundo a empresa estatal. Em 16 de maio, quando as bombas começaram a sugar a reserva técnica, o nível saltou 8,2 pontos percentuais em um dia, para 26,7%, com acréscimo de 182,5 bilhões de litros de água.

    Agora, ele já esta novamente em perigo, com a queda dos últimos dias. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), porém, insiste em afirmar que não haverá racionamento e que as reservas são suficientes até início de 2015.

    São Pedro é inocente!

    O governador, candidato à reeleição, também insiste em culpar a falta de chuvas pela crise da água em São Paulo, sem assumir responsabilidades por denúncias de falta de investimentos e planejamento no setor.

    De 2004 a 2013, a Sabesp distribuiu R$ 4,8 bilhões de lucros aos seus acionistas no Brasil e no exterior. Neste mesmo período, porém, ela não cumpriu as diretrizes fixadas pela outorga do Sistema Cantareira de 2004, quando houve outra crise de abastecimento em São Paulo e já eram estabelecidas ações e investimentos para atender às demandas da população. À época Geraldo Alckmin já ocupava o Palácio dos Bandeirantes, em seu primeiro mandato, e também pediu para a população economizar água, enquanto apontava a falta de chuvas como razão para o desabastecimento.

    Diante da crise, o texto de renovação da outorga já indicava as medidas urgentes: 1) Redução da dependência do Sistema Cantareira, criando fontes alternativas; 2) Combate às brutais perdas de água da Sabesp; 3) Aumento da coleta e do tratamento do esgoto. Nenhuma delas foi executada a contento. Além disso, para saciar o apetite dos acionistas por lucros, houve redução dos investimentos no setor e a Sabesp ainda demitiu trabalhadores e reduziu a manutenção do sistema.

    Atualmente, dos 3 trilhões de litros de água captados nos reservatórios, a Sabesp perde 750 bilhões em vazamentos na coleta e distribuição. Ela também trata apenas 64% dos esgotos domésticos sob sua responsabilidade. Por outro lado, a Sabesp fatura R$ 11 bilhões por ano em tarifas cobradas dos consumidores.

    http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/07/falta-de-agua-em-sao-paulo-ja-causa-3-mil-demissoes-8539.html

    1. Eu só desconfiava !

      Prezado, neste tempo todo, que eu te conheço, mesmo virtualmente, sempre achei, que você tinha algum “parafuso” fora do lugar, ou mal parafusado, mas daí até “sonhar” em ser a Chapeuzinho Vermelho, tem uma distancia fenomenal !

      E aí. não gostam, quando falam mal dos gaúchos ! Não bastaria os técnicos da seleção ?

       

  5.  
    Aviões caindo ,guerra na

     

    Aviões caindo ,guerra na Palestina,Iraque destruido ? Isso não é importante.

    Monica Bergamo nos informa uma verdadeira catástrofe

    MANTA VUITTON DA CADELINHA CHINA VIRA CAPACHO NA MÁQUINA DE LAVAR

    Ao voltar de uma viagem de trabalho a Nova York e Miami, anteontem, o arquiteto Sig Bergamin teve uma desagradável surpresa. “Aconteceu um desastre. A empregada colocou a manta Louis Vuitton de China [sua cachorrinha] na máquina de lavar. Virou capacho.”

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    A buldogue é tratada como “filha” de Bergamin e do marido dele, Murilo Lomas. É tão popular que tem até perfil no Instagram, com 135 imagens e 1.026 seguidores: China Lomas Bergamin, “legítima French bulldog, jovem dama da sociedade canina paulista”. Sig já postou fotos dele próprio com legendas como se elas tivessem sido escritas pela cadelinha: “Papai lendo e trabalhando!!! Gosto de ficar assim!! Lá fora está chovendo!!”.

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    Na ausência do casal, a “vovó” Regina Lomas foi encarregada de cuidar de China e de outras três cachorrinhas –Ásia, África e América. A sogra de Sig Bergamin publicou no Instagram foto da turma envolta na manta de grife: “Soneca da tarde”. “China adora a mantinha. Vou ter que comprar outra”, diz Sig. “Mandei embora a funcionária que colocou uma manta de cashmere na máquina.”

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    China e as irmãs dormem de pijama e com um ursinho de pelúcia. A foto foi publicada no perfil de Sig. Ele deixou temporariamente de postar no Instagram da “filha” porque perdeu a senha.

  6. Aeroporto do “titio” do Aécio foi superfaturado

    Fernando Brito: “Aecioporto” custa tanto quanto aeroporto comercial no Ceará; Minas Sem Censura quer CPI

    Compare a estrutura dos dois aeroportos e a conclusão é inevitável: o de Cláudio, do titio (???) do Aécio, foi superfaturado. Finalmente, tudo vai ser esclarecido hoje no JORNAL NACIONAL. Não é Bonner? 

    Aécio chama de “meu Palácio de Versalhes” a fazenda em que construiu aeroporto (ver no Blog da Cidadania)

     

    publicado em 21 de julho de 2014 às 19:37

    aeroporto de aracati

    Caro titio: aecioporto custa tanto quanto aeroporto comercial no Ceará

    21 de julho de 2014 | 18:49

    por Fernando Brito, no Tijolaço

    O “aecioporto” construído no município de Cláudio, junto à fazenda de Aécio Neves, custou, como está publicado, R$ 13,4 milhões, isso na data da licitação, em dezembro de 2008.

    Como se viu, ele consiste quase que exclusivamente numa pista de 30 metros de largura com 1 km de extensão.

    Não tem estação de passageiros, área de carga, apenas um “quadradão” asfaltado para o estacionamento de aeronaves e automóveis.

    O valor, corrigido de janeiro de 2009  para maio de 2012, pelo IGP-M, equivale a R$ 17,9 milhões.

    Fora o “milhãozinho” que o titio de Aécio achou pouco pelo terreno, sem contar a valorização da área não desapropriada.

    No Ceará, um aeroporto comercial – o de Aracati – voltado para o turismo, com uma capacidade para atender Boeings 737 em até 1200 vôos por ano (o de Cláudio, segundo a Folha, recebe um avião pequeno por semana) custou R$ 19 milhões em obras civis, em valor de 2013.

    Tem pista de 2200 metros de extensão (incluindo 400 m de área de escape), capaz de suportar aeronaves pesadas. Tem área de taxiamento e pátio de estacionamento de aeronaves de 13 mil metros quadrados, o que, sozinha, já equivale a quase metade da pista de Cláudio. Tem posto para bombeiros. Tem, sobretudo, uma estação de passageiros para atender o movimento turístico.

    O custo total da obra, operada por parceria com a TAM, ficou em R$ 19 milhões, em valores de 2012.

    Quem diz é a Globo, não eu. 

    Depois de exigências de equipamentos, o aeroporto de Aracati foi homologado pela ANAC e, além dos vôos turísticos ou regulares para aquele trecho do litoral cearense, vai receber as aeronaves para o Centro de Manutenção da TAM, ali ao lado.

    Quem sabe algum jornal se interessa pelo assunto?

    Se quiserem, procurem a Anac, que tem planilhas de custo padrão para aeroportos. É só pedir que eles dão.

    *****

     

    1. Faltou acrescentar os valores das…

      Estamos nos esquecendo, de somar aos R$ 13.4 Milhões, que custou o Aécioporto(novo nome de pista de pouso e decolagem de helicópteros transportadores de certos pós) alguns deles ainda correndo na justiça, para elevar os seus valores: O dono da fazenda desapropriada pelo Estado(coincidentemente então governado pelo Aécio)não aceitou o valor de R$ Hum Milhão de Reais, e briga na justiça, por R$5 milhões; Cerca de R$ 5 Milhões de Reais anuais, de renúncias fiscais, para os donos de propriedades visinhas, que só assim, aceitaram este incômodo visinho.

      E isso sem contar o oneroso processo, que teria que ser feito, junto à ANAC, que não autorizou o funcionamento do citado aeroporto, pois ele longe está, de ser homologado, para as atividades-fins.

  7. Solução para a falta de água em SP: votar no Alckmin

    O Assis Ribeiro escreveu: Falta de água em São Paulo já causa 3 mil demissões.

    Solução: votar no Alckmin na próxima eleição.

  8. A homogeneidade da imprensa

    A homogeneidade da imprensa mundial a torna burra e sem poder de reflexão. Talvez seja exatamente essa a intenção; a de bloquear e eliminar o que quer que proponha qualificação, ambiguidade ou diálogo.

    Na cobertura sobre o acidente do jato de passageiros da Malásia na Ucrânia todos os grandes jornais repercutem as informações passadas por uma única fonte, formando na opinião pública uma verdade muito antes do início da investigação sobre o que aconteceu.

    A imprensa ao se fixar em fonte governamental deixa de cumprir um de seus principais oficio apurar com independência e levantar todas as possibilidades. Nesse sentido as primeiras perguntas que os jornalistas deveriam fazer seriam a de quem interessa a derrubada de um avião civil em uma área de conflito militar onde os holofotes estão voltados para os acontecimentos e o que poderia derrubar a aeronave.

    Qualquer observador militar sabe que em área de conflito com insurgentes a possibilidade de ataque aéreo fica restrita a helicópteros militares e caças bombardeios que voam em altitudes bem mais baixas do que a rota que o voo MH17 da Malaysia Airlines.

    Com essa informação básica a pergunta seria:

    – Por que (disponibilizar) e usar, como informou a fonte, um sistema de míssil de longo alcance, muito caro, de difícil manuseio e que precisa de militares com longo treinamento.

    O questionamento seguinte, admitindo-se o ataque por míssil, seria a de como funciona um míssil de longo alcance. Aí descobriram que tal artefato carrega ogiva de grande capacidade explosiva. Com essa informação as perguntas seriam:

    – Essa capacidade explosiva destruiria o jato no contato ou mesmo antes dele (sensores de proximidade)?

    – Uma grande exlposão a 33.000 pés (altitude de cruzeiro do jato de passageiros da Malásia) deixaria o rastro de destroços a apenas 15 km de raio e com boa parte concentrada em um raio de poucos metros?

    No descuido de seguir informação governamental , os jornalistas sequer levaram em conta a queda de um mesmo jato e da mesma companhia  há quatro meses na Ásia que igualmente sumiu dos radares sem comunicação do piloto, oportunidade em que preferiram a informação de que teria sido um ato terrorista praticado dentro da aeronave.

    A falta de critério e profundidade das matérias veiculadas pela imprensa é um desserviço de informação e crueldade com as famílias das vítimas.

    1. Por seria dificil culpar

        Não é apenas homogeneidade das midias, DE AMBOS OS LADOS, é que a ninguem interessam explicações, o que importa é estabelecida uma versão-base, palatavel a quem possa interessar, ordena-se aos jornalistas que busquem formas de corroborar o que já está decidido, procuram-se especialistas, já comprometidos com a versão que se quer fornecer ao publico – é sempre assim, juntar meias-verdades, muitas vezes tecnicamente reais, estatisticamente provaveis, e dar esta pretensa teoria ,uma “roupagem” de verdade absoluta .

         Um exemplo pode ser dado, com a principal pergunta de seu texto: ” Porque disponibilizar (usar), como disse a fonte, um sistema de longo alcance, muito caro, de dificil manuseio, que precisa de militares com longo treinamento ? “

          O falado BUK M1 com SA11, não é de longo alcance, é de curto para médio, muito menos “caro”, afinal o exercito ucraniano opera tais baterias desde o final dos anos 80, tambem não é de dificil manuseio, e mesmo que necessita-se de “longo treinamento”, seria de apenas 2 homens treinados por veiculo, ou em caso de bateria ( 3 lançadores), apenas os agregados ao Comando da Bateria precisariam de treinamento.

            Então, caso queira-se construir duas alternativas antagonicas, ambas tecnicamente criveis, é facil:

          1. Foram os ucranianos: Do site militar britanico http://www.janes.com, de 15/04/2014:” Com a queda de Donetsk nas mãos dos separatistas pró-russos, o governo ucraniano afirma que deslocou duas de suas unidades mais pesadas desta região, as dispersando em areas adjacentes da cidade “. Uma desta unidades é o 156th Regimento de Defesa Anti-Aerea, composto de 9 baterias ( 27 lançadores ) BUK M1, seus radares de detecção 9S18 (Kupol) e centros de comando, portanto as afirmações russas sobre as baterias ucranianas na area podem ser reais, e a telemetria de um Kupol, ativo na area no momento MH17, confirma.

           2. Foram os separatistas: Relatos de um correspondente da BBC, afirmam que um veiculo BUKM1/SA11, de numero A1401,foi capturado por separatistas durante os combates na região de Donetsk. É factivel que mesmo fora da bateria, sem apoio do Kupol ( que dá o alvo ), um veiculo singular possa disparar um SA11 ? Sim, o radar da viatura possui dois modos: detecção e acompanhamento, podendo disparar e conduzir o SA11 até próximo ao alvo através de sinais constantes de radio – ou para curto alcance, ainda existe um back-up ótico.

            Sensor de proximidade: A ogiva de um SA11, tem aprox. 60/70 kg de explosivo conformal ( explode em sequencia rapida, com o “arco da explosão” voltado para o alvo), e como todos os sistemas russos e até ocidentais de elevado peso, preferencialmente utiliza sensor de proximidade; 50,25, 15 Kg de explosivo detonando por proximidade derrubam qualquer aeronave.

             Raio dos destroços: de 33.000 pés, um raio de destroços ( médios para grandes ) de 15 km, é até grande, claro que destroços mais leves ( placas de aluminio, plásticos, bagagens, etc.) podem cair bem mais longe, mas para investigação, caso missil (ainda não comprovado), o importante são os motores, asas, junção das asas com a fuselagem e tanques centrais.

  9. 2036, o ano em que Las Vegas pode sumir

    2036, o ano em que Las Vegas pode sumir

    Do Blog Urbanidades

    http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/urbanidades/2036-o-ano-em-que-las-vegas-pode-sumir/

    “É difícil imaginar um oásis maior que Las Vegas” diz uma das citações mais famosas sobre a cidade, conhecida na cultura popular por seus luxuosos cassinos e hotéis. Mas a verdade por trás da frase é que esse oásis, o maior centro urbano de Nevada e 30º dos EUA, está secando de maneira lenta e agonizante por conta de sua expansão e seu consumo desenfreado. Para alguns especialistas em recursos hídricos, a Cidade do Pecado corre o risco de desaparecer até 2036 se não encontrar mais água. Como a cidade de São Paulo, que vê suas duas principais reservas de abastecimento se esgotarem, Las Vegas tem investido na busca por soluções, algumas consideradas radicais. “É uma situação tão séria quanto o furacão Katrina ou a supertempestade Sandy”, descreve um comunicado da Autoridade para Água do Sul de Nevada*. Bilhões de dólares estão em jogo.

    Fundada em meio ao deserto de Mojave, que se estende por 124 mil quilômetros quadrados abrangendo também territórios dos estados de Utah, Califórnia e Arizona, Las Vegas tem em um bom ano o equivalente a 4 centímetros de chuva, quantidade já insuficiente para atender sua demanda. Contudo, se Las Vegas dependesse de água da chuva como São Paulo, ela não seria possível. Seu crescimento econômico se deu em grande parte desde a década de 1930 graças a Represa Hoover (foto abaixo), uma das maiores obras de engenharia dos EUA, a 50 quilômetros da cidade.

    Em operação nos últimos 78 anos, a barragem tornou possível a criação do Lago Mead, um reservatório artificial com capacidade para 15 trilhões de metros cúbicos de água que demorou seis anos para ser enchido e hoje, estima-se, está pela metade. O reservatório responde por 90% do fornecimento da área metropolitana e está se tornando uma aposta cada vez mais arriscada conforme a dependência dele aumenta. Na última década, a população de Las Vegas saltou de 400 mil para 2 milhões de pessoas. O turismo, que responde por 70% da economia local e 46% da força de trabalho ativa, não para de crescer. Dados consolidados de 2013 mostram que mais de 39,6 milhões de pessoas visitaram a cidade no ano passado. E, em consequência, o consumo de água dispara. Em média, para cada morador são consumidos 219  galões (cerca de 829 litros) de água por dia. Na cidade de São Francisco, na Califórnia, que tem proporções semelhantes, a média é de 49 galões por habitante/dia.

    “A situação é tão ruim quanto se pode imaginar e só vai piorar. E de maneira rápida”, afirma Tim Barnett, cientista climático do Instituto Scripps de Oceanografia*, um dos centros de estudo mais antigos e prestigiados dos EUA. “A cidade corre contra o relógio para os próximos 20 anos. Se não encontrar outra fonte de água, os negócios vão fechar. Ainda assim, a cidade não para de construir, o que é muito estúpido”, conta. Segundo Barnett, a diminuição do nível da água no Lago Mead, atualmente em 331 metros acima do nível do mar, é preocupante. O lago conta com dois canos de captação, um a 320 metros e outro a 304 metros. “Até o final do ano a expectativa é de que o nível da água abaixe mais 6 metros, mas é provável que com esse ritmo de crescimento e consumo, o primeiro cano comece a sugar ar até lá e o outro dure, no máximo, até o final de 2015”, explica ele. O retrocesso da água é visível conforme ilhas de rochas que nunca foram vistas ali começam a aparecer, inclusive atrapalhando a navegação esportiva no local.

    Hoover_dam_from_airO plano de emergência da cidade é construir um cano no ponto mais baixo para sugar o que resta de água do reservatório, a exemplo do que se faz em São Paulo com o volume morto da Cantareira. Mas o processo é muito lento e caro. Ao custo de 817 milhões de dólares, uma sonda de perfuração do tamanho de dois campos de futebol tenta abrir um buraco para o novo cano, avançando apenas um centímetro por dia. Espera-se que até o lago atingir o ponto crítico no final do ano que vem, o projeto esteja concluído.

    No longo prazo, a ideia do governo local é poder construir, ao custo de 15,5 bilhões de dólares, uma segunda linha de abastecimento, que levaria 27 bilhões de galões de água subterrânea por ano de um aquífero a 520 quilômetros de distância, na área rural de Nevada. No entanto, o projeto foi embargado por um juiz após ambientalistas mostrarem um estudo de que os dutos necessários afetariam 5,5 mil acres de campos férteis, 65 quilômetros de riachos para trutas e outros 130 mil acres de habitat de perdizes selvagens, veados, alces e antílopes ameaçados de extinção. “Algo assim forneceria a falsa sensação de que há água em abundância e atrasaria decisões sobre restrição de crescimento”, comenta o cientista Rob Mrowka do Centro de Diversidade Biológica*, que fez o estudo para impedir o empreendimento. “O deserto é um câncer que se espalha por vários ecossistemas. Conforme a demanda por água se torna mais desesperadora, Las Vegas terá de começar a pensar em tirar pessoas da cidade para continuar existindo”, afirma ele.

    A situação é preocupante. A água do Rio Colorado, onde está a Represa Hoover, é utilizada por mais sete estados, incluindo o de Nevada. A divisão do uso é legitimada por um acordo legal que data de 1922 e desde então é bastante questionado. A vizinha Califórnia, que passa pelo terceiro ano de uma grave estiagem, não pode sequer dividir uma gota, uma vez que mais de 50% da produção de frutas e vegetais dos EUA é feita ali. E uma das proposições para salvar Las Vegas, segundo os especialistas, seria pagar bilhões de dólares ao México para poder construir plataformas de dessalinização no oceano Pacífico. Isso seria inviável no momento, porém todo tipo de solução temporária tem sido levado em conta, inclusive se desfazer dos gramados dos hotéis e resorts de Las Vegas.

    Um programa da Autoridade para Água está pagando 1,50 dólar por cada 10 centímetros quadrados de grama removidos de suas propriedades. Até agora, 15 milhões de metros quadrados foram destruídos. “O Colorado é essencialmente um rio prestes a morrer. Eventualmente, Las Vegas e este pedaço da América vão desaparecer, como os índios antes de nós”, profetiza Mrowka.

    Autoridade para Água do Sul de Nevada

    *Instituto Scripps de Oceanografia

    *Centro de Diversidade Biológica

    Fotos: Fonte do Hotel Bellagio e Represa Hoover/Wikicommons

  10. Califórnia aprova multa de até US$ 500 para quem desperdiçar águ

    Califórnia aprova multa de até US$ 500 para quem desperdiçar água

    Do blog “Mundo Sustentável”

    http://www.mundosustentavel.com.br/2014/07/california-aprova-multa-de-ate-us-500-para-quem-desperdicar-agua/

    As normas, que devem começar a valer a partir de agosto, banem práticas como lavar calçadas com mangueiras, uso ornamental de água potável (em fontes públicas e privadas) e a ativação de irrigadores automáticos em quintais.

     

    Por Fabiano Ávila

    Fonte: Instituto CarbonoBrasil

     

    Não é apenas São Paulo que está sofrendo com a falta de chuvas: o estado norte-americano da Califórnia passa por sua seca mais severa desde os anos 1970, sendo que a previsão é de que a situação piore se for confirmada a formação de um El Niño no segundo semestre.

    Já temendo pelo agravamento da crise, a Diretoria de Controle dos Recursos Hídricos aprovou nesta terça-feira (15) o conjunto de regras mais rígido da história do estado para limitar o desperdício de água.

    As normas, que devem começar a valer a partir de agosto, banem práticas como lavar calçadas com mangueiras, uso ornamental de água potável (em fontes públicas e privadas) e a ativação de irrigadores automáticos em quintais. A multa em caso de descumprimento de alguma dessas regras pode chegar a US$ 500.

    “Nosso objetivo é fazer com que todos levem esta seca a sério. É uma decisão histórica, que leva para o cidadão parte da responsabilidade de gerenciar a água neste período terrível. Estamos juntos nesta crise, e todos precisam ajudar”, afirmou Felicia Marcus, presidente da Diretoria.

    A estimativa é de que as novas regras ajudem a economizar água suficiente para atender 3,5 milhões de pessoas por ano.

    De acordo com a Universidade da Califórnia, a seca deve resultar em um prejuízo de US$ 2,2 bilhões neste ano, e mais de 17 mil postos de trabalho na agricultura serão perdidos.

    Pesquisadores dos serviços meteorológicos do estado temem que a seca ou, pelo menos, uma situação de insuficiência de chuvas para retornar os reservatórios para seus níveis normais se estenda por mais dois anos.

    “Se a seca continuar em 2015 e 2016, os aquíferos rasos começarão a desaparecer e novos poços mais profundos deverão ser escavados a um custo maior. As perdas econômicas tendem a aumentar a cada novo ano”, afirma um relatório do Departamento de Agricultura e Alimentos.

    Segundo o Monitor de Secas do governo dos Estados Unidos, pelo menos 78% da Califórnia está enfrentando uma “seca extrema”, e todo o estado está classificado como sob “seca severa”.  A situação de falta de chuvas já dura mais de um ano.

     

     

    Postado por Daniela Kussama

     

  11. Reino Unido apela ao público para tentar salvar abelhas da extin

    Reino Unido apela ao público para tentar salvar abelhas da extinção

    do G1

    http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/07/reino-unido-apela-ao-publico-para-tentar-salvar-abelhas-da-extincao.html

    Mortalidade ao redor do planeta ameaça a polinização de flores e frutas.
    Entre as possíveis causas estão o uso excessivo de pesticidas.

    Cinco passos podem ajudar a conter o declínio das populações de abelhas e outros polinizadores vitais para manter a cadeia alimentar da qual as pessoas dependem, afirmaram as autoridades britânicas nesta semana ao fazer um apelo público.

    Governos de todo o mundo têm se alarmado com o forte declínio no número de abelhas, que desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, especialmente nos cultivos que compõem grande parte da alimentação humana.

    Segundo a agência France Presse, os cinco passos são: plantar mais flores, arbustos e árvores ricas em néctar e pólen; deixar trechos de terra livres para o crescimento de plantas silvestres; aparar a grama com menos frequência; evitar perturbar ou destruir insetos aninhados ou em hibernação; e pensar cuidadosamente antes de usar pesticidas.

    “Polinizadores como as abelhas são vitais para o meio ambiente e para a economia, e eu quero assegurar que faremos tudo o possível para salvaguardá-los”, disse o vice-ministro de Meio Ambiente, Rupert de Mauley.

    “É por isso que estamos encorajando a todos para que adotem algumas poucas ações simples e façam seu papel em ajudar a proteger nossas abelhas e borboletas”, acrescentou.

    Estratégia nacional para polinizadores
    Os cinco passos impulsionados pelo Ministério do Meio Ambiente são divulgados antes da publicação pelo governo, prevista para este ano, de uma estratégia nacional para proteger polinizadores.

    A organização Amigos da Terra saudou a iniciativa, mas instou o governo a trabalhar para limitar o uso de pesticidas, que se acredita ser um fator chave neste declínio.

    “O governo também precisa desempenhar seu papel, fortalecendo sua vindoura Estratégia Nacional de Polinizadores para responder a todas as ameaças que as abelhas enfrentam, especialmente apoiando os fazendeiros a reduzir o uso de pesticidas e contendo a perda continuada de hábitat vital como as pradarias”, disse o diretor executivo Andy Atkins.

    O governo britânico tem sido criticado por se opor às restrições da União Europeia ao uso de vários neonicotinoides em cultivos favorecidos pelas abelhas. As substâncias têm sido vinculadas ao declínio nas populações de abelhas e aves.

    Importância das abelhas
    A mortalidade de abelhas ao redor do planeta ameaça ambos os processos. Entre as possíveis causas já listadas estão o uso excessivo de pesticidas, como os neonicotinoides, excesso de parasitas que afetam esses insetos, poluição do ar e da água, além do estresse causado pelo gerenciamento inadequado das colmeias.

    Investigar essas e outras hipóteses é importante, porque pode evitar um possível caos ambiental. O declínio põe em risco a capacidade global de produção de alimentos.

    Para se ter ideia, segundo a Organização das Nações Unidas, os serviços de polinização prestados por esses insetos no mundo – seja no ecossistema ou nos sistemas agrícolas — são avaliados em US$ 54 bilhões por ano. Além disso, 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo são polinizadas por alguma espécie de abelha.

  12. Aécio tem muito mais coisas do que declarou ao TSE

    E não estamos falando do aeroporto. Veja mais uma delas

    Fonte: Blog da Dilma  (http://www.blogdadilma.com/features/1528-aecio-responde-ao-blog-da-dilma-via-folha)

    No dia 8/7 publicamos aqui no Blog da Dilma fato relevante de que tomamos conhecimento na blogosfera. Aécio teria uma sala em seu nome, em Belo Horizonte, não declarada como patrimônio ao TSE. A declaração é obrigatória. Nem se acusou, como o PIG tanto faz contra o PT: “teria, a se confirmar”. Jamais esperávamos repercussão no PIG. Digno de nota é que os chamados “blogs sujos”, sempre atentos, também não repercutiram. Mas não é que a Folha hoje nos trouxe a resposta! Leia abaixo.

  13. Um quarto dos norte-americanos estão vivendo em favelas

    Um quarto dos norte-americanos estão vivendo em favelas

    Causa Operária

    http://www.pco.org.br/internacional/um-quarto-dos-norte-americanos-estao-vivendo-em-favelas/asby,b.html

    Aumento da pobreza e zoneamento exclusivista empurram parte da população para se amontoar em regiões sem infraestrutura, como no terceiro mundo


     Favela em Detroit 

    Um relatório do governo norte-americano divulgado nesta segunda-feira, 30 de junho, mostra o aumento do número de pessoas morando em zonas de pobreza concentrada nos EUA. Os dados do governo mostram que, em 2012, cerca de 77 milhões de pessoas estavam vivendo nos subúrbios pobres nos EUA, onde um quinto dos moradores tinham uma renda abaixo da linha da pobreza, de US$ 23,6 mil por ano para uma família de quatro pessoas (cerca de R$ 4 mil por mês, sem serviços públicos e com um custo de vida muito mais caro). Comparado a 2000, o número de residentes em áreas pobres, que então era de 45 milhões, aumentou em 18%.

    Geograficamente, a pobreza é empurrada para longe das áreas centrais, para cada vez mais longe, por meio de um zoneamento exclusivista. Leis que determinam casas construídas em terrenos de um determinado tamanho, impedem que famílias com uma renda mais baixa possam construir casas nos lugares mais centrais, de modo que os pobres são empurrados para se amontoarem em regiões sem infraestrutura e com piores perspectivas de emprego. Como acontece nos países pobres.

    A conclusão do relatório combina com diversos outros números sobre a situação da população norte-americana. A taxa oficial de desemprego é de 9%, ou 14 milhões de pessoas, mas ela não considera as pessoas que trabalham em período parcial, mas que estão procurando por empregos de período completo, os “desencorajados” a procurar empregos por não tê-lo achado após vários anos, os encarcerados, os que são obrigados a trabalharem por conta própria, os aposentados compulsoriamente. Quando esses fatores são considerados, a taxa aumenta para 22,5%, ou 34 milhões de pessoas. O tempo médio para um desempregado conseguir um novo emprego passou de 13 semanas em 2000 para 40 semanas em 2010.

    A divisão geográfica reflete também uma realidade sobre a concentração de renda. Entre 2007 e 2009, a renda dos trabalhadores caiu 13,7%; entre 1990 e 2010, o custo de vida aumentou 67%. Entre 1975 e 2010, a produtividade dos trabalhadores aumentou 80%.

    As dívidas das pessoas físicas atingem US$ 16 trilhões, a dívida dos consumidores é de US$ 2,5 trilhões, dos cartões de crédito é de US$ 805 bilhões e dos estudantes mais de US$ 1 trilhão.

    Mais de 52 milhões de pessoas não conseguem pagar por um plano de saúde, em condições em que a saúde pública é praticamente inexistente. 60% das falências de pessoas físicas têm como causa as contas médicas, e 75% dessas bancarrotas são de pessoas que possuíam planos de saúde.

    O valor médio das propriedades imobiliárias caiu 28%, e, devido à ampla extensão que as hipotecas e os refinanciamentos tiveram, processo incentivado pelo próprio governo, 20% das residências tem hoje valor zero ou negativo.

    Enquanto 62 milhões de pessoas têm ingressos iguais a zero, o punhado de especuladores capitalistas que dominam os EUA, segundo um estudo da empresa de consultoria Deloitte, possuem US$ 46 trilhões, dos quais aproximadamente US$ 6,3 trilhões seriam recursos não declarados em paraísos fiscais, e em 2020 esses valores devem passar para US$ 87,1 trilhões e US$ 100 trilhões não declarados.

    De acordo com o New York Times (artigo “Nossa República das Bananas”, de novembro de 2010), entre 1980 e 2005, 1% da população teve mais de 80% dos ingressos, ajudada pelos fortes cortes de impostos promovidos pelos governos republicanos e mantidos pelos governos democratas. Com a acentuação dessa tendência a partir de 2005, os EUA tem uma distribuição da riqueza similar com a Nicaragua, Venezuela e Guyana.

    Os salários dos diretores das grandes empresas aumentaram enormemente a partir da década de 90; somente em 2010, o aumento médio foi de 28%. Em 1980, o presidente de uma multinacional ganhava, em média, 48 vezes a mais que um trabalhador médio; em 2001, 531 vezes.

    De acordo com dados da agência governamental IRS (Serviço de Ingressos Internos), em 2009, apenas 0,076% da população teve ingressos acima de US$ 1 milhão, e somente 74 pessoas tiveram ingressos acima de US$ 50 milhões por ano, com uma média de US$ 91,2 milhões em 2008 e US$ 518,8 milhões em 2010. As 400 pessoas mais ricas do país têm a mesma riqueza que a metade da população (154 milhões de pessoas), e pagam 18% de impostos, contra 30% em 1995. Os 1% mais ricos detém mais riqueza que 90% da população.

     

  14. Sobre o ‘Estado de Exceção’, o asilo e a correta ação uruguaia

    CORRETA A DECISÃO URUGUAIA – José Mujica, atual presidente da República Oriental do Uruguai, é um ex guerrilheiro que integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros nos anos 60 e 70 do século – e do milênio – passado.

    Foi baleado 06 vezes em confrontos com as forças de segurança uruguaias e foi preso por 04 vezes em função destes confrontos.

    No total, passou 15 anos da sua vida preso, além de sofrer várias torturas no cárcere. O último e maior período foi de 13 anos de encarceramento, entre 1972 e 1985. Destes 13 anos, 11 foram de solitária. E destes 11 anos de solitária, 02 anos foram de confinamento ainda pior, no fundo de um poço, praticamente enterrado vivo.

    Quer dizer então que os fantasiados, que se dizem indignados com o ‘Estado de Exceção’ supostamente existente no Brasil, estão bravos com o Presidente Pepe Mujica porque o mesmo negou asilo político para uma das pessoas que foram bater na porta do Consulado Uruguaio? Hum…

    Não seria de se perguntar o quê o Brasil atual tem a ver com o Brasil do tempo do regime militar? Não seria de se perguntar o quê o Brasil atual tem a ver com o Uruguai do tempo onde Mujica foi baleado, torturado e preso durante mais de uma década?

    Vejamos o caso de Nelson Mandela, também ex guerrilheiro que ficou preso durante 27 longos anos na África do Sul, acusado pelo regime racista do apartheid de praticar atos de sabotagem e de terrorismo.

    Não seria de se perguntar o quê o Brasil atual tem a ver com o regime legalmente racista do apartheid, e que justificaria uma possível aceitação de um pedido de asilo político?

    Enfim, me parece algo até lógico, que dispensaria maiores explicações, o fato do Uruguai ter negado asilo para a advogada ‘ativista’. Ainda mais por se tratar de uma querela que nada tem a ver com a República Federativa do Brasil, mas sim com o governo do estado do Rio de Janeiro, bem como com o Poder Judiciário e o Ministério Público deste estado já citado.

    As prisões preventivas atuais, decretadas pelo juiz da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, são, a meu juízo, abusivas e deveriam ser relaxadas em caráter liminar, mediante a impetração de Habeas Corpus, pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ponto.

    E mais uma vez é preciso repetir, o Brasil atual não é um ‘Estado de Exceção’. Ao contrário do que os fantasiados querem fazer crer, erroneamente, o Brasil atual vive o seu mais longo e duradouro período de democracia política existente em toda a sua história.

    Não há supressão de nenhum direito ou garantia fundamental previstos na Carta de 88, tampouco há essa supressão na legislação ordinária. O que há é uma interpretação conservadora de leis que estão vigentes há muito tempo.

    E esta interpretação conservadora (direito penal do inimigo, responsabilidade penal objetiva, domínio do fato, etc) tem como o seu principal artificie o sr. Joaquim Barbosa, responsável pela patranha da AP 470. Patranha esta que, curiosamente, foi aplaudida de forma desbragada e frenética por vários dos fantasiados atuais.

    O governo Dilma, sempre acusado de ser ‘autoritário’, flexibilizou a lei da prisão preventiva em 2011! E o fez mediante a Lei 12.403.

    Esta lei criou dispositivos alternativos à prisão preventiva, como a fiança e várias outras medidas cautelares, entre elas o comparecimento periódico em juízo, a proibição de frequentar certos lugares ou o uso de monitoração eletrônica.

    Antes da edição deste benéfica lei feita pelo governo de Dilma Rousseff, o juiz podia decretar de ofício a prisão preventiva das pessoas para a investigação ou a instrução criminal. Hoje não pode mais e só pode fazê-lo mediante requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público.

    Se os fantasiados, que não entendem absolutamente nada de política, de ditadura ou de democracia, querem continuar a brincar de ‘Estado de Exceção’, é um problema exclusivamente deles.

    Mas deveriam no mínimo parar de mentir a respeito do governo Dilma, pois a verdade incontestável dos fatos os desmentem de forma cabal.

    Eles deveriam, isto sim, reclamar e protestar contra as autoridades policiais, do Ministério Público e da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, não com Dilma e o PT que aprovaram a Lei 12.403!

    Legislação esta que, repito, flexibilizou a lei da prisão preventiva, oferecendo várias alternativas para evitar o seu uso abusivo pelas autoridades judiciárias.

  15. do Blog “O Cafezinho”

    http://www.ocafezinho.com/2014/07/21/tres-pitacos-serios/

    Conforme previmos ontem, a imprensa abriu a semana com uma operação blindagem para Aécio Neves, no caso do aeroporto na fazenda do titio, ao lado da sua própria, onde costuma descansar das noitadas do Rio.

    Inclusive a Folha, que deu a denúncia. O jornal hoje dá mais espaço para a defesa de Aécio Neves do que para a repercussão do escândalo.

    O Globo dá uma notinha escondida, sem chamada na capa, e apenas para defender Aécio. Nenhum aprofundamento, nenhuma repercussão. Ninguém pergunta a opinião do Álvaro Dias. Estadão, idem.

    Não vi o que a Veja publicou, nem preciso: sei que ou não vai dar nada ou vai apenas blindar o tucano.

    A explicação de Aécio, de que o governo construiu em terra do “Estado” é um acinte à inteligência. Claro que é terra do Estado! O Estado comprou de seu tio! E a sua fazenda, a de Aécio, fica a menos de 6 quilômetros do aeroporto “privê”.

    Internautas descobriram ainda, na prestação de contas do candidato, que ele tem 50% numa propriedade em Cláudio, município onde foi construído o aeroporto.

    Agora está provado que a denúncia da Folha entrou na “cota” de denúncia contra tucanos. A cada mil denúncias contra o PT, uma denúncia contra o PSDB. E com outra diferença, o espaço reservado para o acusado responder é maior do que a denúncia em si.  E não há joguinho armado com os coleguinhas de outros jornais. Fica só em um.

    O cartel midiático tem suas regras. Um deles pode vazar uma denunciazinha contra tucano, para disfarçar um pouco. Mas eles nunca entram em peso, e nunca se aprofundam. Vide o caso do “helipóptero”…

    Agora, é divertido (e um pouco assustador) imaginar o que aconteceria se um governador do PT, ou mesmo a presidenta, construísse um aeroporto inútil, numa cidadezinha perdida no meio do sertão, a seis quilômetros onde a autoridade costuma passar férias, e dentro da propriedade de um parente!

    Provavelmente, as redes de TV enviariam, com urgência, 600 repórteres à cidadezinha em questão, e nunca mais a autoridade poria os pés na rua sem que a mesma pergunta fosse repetida por repórteres com olhos vermelhos de indignação. Será que o Globo vai deixar de vigiar Dirceu para mandar um repórter averiguar o “aecioporto”?

    1. Tudo é do Estado, desde que ele compre.

      A desculpa dos defensores do Aécio, da construção do “seu” Aécioporto, de que o terreno teria sido comprado pelo governo do Estado, é irrizória, pois a desapropriação e a posterior compra(negociata ?) entre os proprietários(seus parentes) e o então governador, o próprio Aécio Neves, fere a constituição estadual, e é anti-ético, alem de imoral.

      Outra imoralidade, é a falta de autorização da ANAC, para que aquele improvisado aeroporto, com suas parcas e limitadas instalações, atenda aos vôos previstos, embora as necessidades imediatas de dos construtores e seus amigos, como os da família Perrella(pouso e decolagem de aeronaves carregando substancias proibidas) estejam sendo feitas diuturnamente.

  16. Comitê aberto sem aliança…

    Afinal, a presidenta Dilma não tem vergonha?

    Publicado em julho 22, 2014 por Caio Hostilio

    1928393_824171184267505_6394603153411804772_nO candidato do PCdoB/PSDB Flávio Dino deixou bem claro ao jornalista Noblat que não pedirá voto para a presidenta Dilma, que é do PT, que mantém aliança aqui no Maranhão com o PMDB, porém alguns “petistas emplumados” abriram um comitê constando a foto da candidata petista à reeleição à Presidência da República ao lado de uma foto do candidato coligado com o PSDB ao governo do Estado do Maranhão, Flávio Dino.

    Ora bolas!!! Isso é uma pouca vergonha!!!

    Caso mantenham esse comitê, com certeza a presidenta Dilma será considerada uma sem vergonha e sem escrúpulo, pois se sujeitar a esse tipo de patacoada de emplumados é algo asqueroso!!!

    http://caiohostilio.com/2014/07/22/afinal-a-presidenta-dilma-nao-tem-vergonha/

     

  17. Pronatec
    Nassif,Do mudamais,   

    E o Pronatec não para, não para, não para não!

      

     

    Não é novidade que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já matriculou, desde 2011,  7,405 milhões de pessoas, em mais de 3.200 cidades de todo o Brasil.  A previsão é de que este ano o investimento na área chegue a 14 bilhões de reais, chegando à marca de 8 milhões de alunos matriculados!

    E as inscrições abriram de novo! Os interessados já podem fazer as inscrições para o Pronatec no próprio site do programa(link is external), os candidatos têm acesso aos cursos técnicos e de qualificação profissional disponíveis em sua cidade.

    Para obter informações sobre os cursos oferecidos, os interessados também podem procurar as Secretarias de Educação do próprio estado. Já para os cursos de qualificação profissional, é só entrar em contato com os postos do Sistema Nacional de Emprego (SINE).

    E não é só isso! O Pronatec 2.0, anunciado por Dilma em junho, vai oferecer mais 12 milhões de vagas, em 220 cursos técnicos e 646 cursos de qualificação profissional.

     

  18. Israelenses assistem, de camarote, Gaza ser bombardeada

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=o5clNNBJ2hU%5D

    O camarote montado por israelenses para assistir Gaza ser bombardeada

    Do Diário do Centro do Mundo, por Kiko Nogueira

    O general e escritor americano William T. Sherman dizia que o sucesso na guerra é obtido “sobre os corpos mortos e mutilados, com a angústia e lamentações de famílias distantes”. Apenas aqueles que “nunca ouviram um tiro e nunca ouviram os gritos e gemidos dos feridos e dilacerados clamam por mais sangue, mais vingança, mais desolação”.

    Das cenas deploráveis do massacre na Faixa de Gaza, uma ganhou destaque pelo inusitado macabro.

    Grupos de israelenses têm assistido o bombardeio do alto da colina da cidade de Sderot. Não exatamente constritos. Eles vêem os mísseis viajarem no céu e aplaudem quando atingem o alvo. A maioria carrega cadeiras de plásticos para o lugar. Há até sofás. Comem pipoca e tomam cerveja.

    Sderot fica próxima de Gaza e tem uma vista privilegiada daquela área. Repórteres costumam ir para lá em busca de imagens.

    Um dinamarquês chamado Allan Sorensen postou uma foto no Twitter do camarote e escreveu: “Cinema Sderot”. O tuíte foi compartilhado milhares de vezes.

    Diante da repercussão, Sorensen explicou que aquele tipo de reunião insólita não era novidade e que foi tema mesmo de uma reportagem da TV da Dinamarca há cinco anos. “Isso é parte do processo de desumanizar o inimigo”, disse ele.

    Uma outra jornalista acabou abatida. Diana Magnay, da CNN, estava narrando a chuva de mísseis. Numa certa altura da matéria, com a algazarra ao seu lado, ela se viu obrigada a explicar o que era aquilo.

    Mais tarde, postou o seguinte nas redes sociais: “Israelenses no monte em Sderot comemoram enquanto bombas aterrissam em Gaza; ameaçam destruir nosso carro se eu falar uma palavra errada. Escória”.

    Magnay apagou o post, mas não adiantou. Foi afastada da cobertura e enviada para Moscou.

    Há pressão de organizações de direitos humanos de Israel para que o drive in seja fechado. “Nós estamos aqui para ver Israel destruir o Hamas”, afirmou uma das frequentadoras. O que está sendo destruído ali é algo bem maior do que ela imagina, é intangível e não é o Hamas.

     

  19. “Excelente entrevista da

    “Excelente entrevista da Eloisa Samy à Raquel Boechat, há TRÊS MESES. Eloisa antevia não apenas as prisões, como o método de criminalização de manifestantes e advogados/as, particularmente: factoides gerados pelo jornalismo de quinta seriam usados como indícios. Ao cercear a ação de advogados e advogadas, busca-se garantir que o direito de defesa dos ativistas seja suspenso, também. Vale muito a pena assistir. É o desenho do Estado de exceção.” (Vera Rodrigues)

    https://www.youtube.com/watch?v=5jLEA8QuRkA&app=desktop

  20. Após sofrer AVC, Ariano

    Após sofrer AVC, Ariano Suassuna está em coma e respira com ajuda de aparelhos

     

    22/07/2014 13p1BrasíliaDa Agência Brasil* Edição: Carolina PimentelAriano Suassuna premiado na Segunda Bienal do Livreo de Brasilia

    Ariano Suassuna está internado no RecifeArquivo Pessoal

    O estado de saúde do escritor Ariano Suassuna é grave, mas estável, segundo boletim do Real Hospital Português, do Recife, onde Suassuna está internado. O escritor está em coma e respira com a ajuda de aparelhos.

    Ele passou mal em casa, na noite de ontem (21), e foi levado ao hospital por volta das 20h, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Às 23h, terminou a cirurgia de emergência para a colocação de dois drenos, com o objetivo de controlar a pressão intracraniana provocada pelo AVC. Desde então, o escritor está internado na UTI Neurológica, sem previsão de alta.

    No ano passado, o escritor sofreu um infarto, e dois dias depois de receber alta, deu entrada novamente ao hospital por causa de um aneurisma cerebral.

    Na última sexta-feira (18), Ariano Suassuna participou de uma aula-espetáculo, no Festival de Inverno de Garanhuns, no agreste pernambucano

    O escritor, dramaturgo e poeta Ariano Suassuna, 87 anos, nasceu na Paraíba, mas mora no Recife. É autor de peças teatrais, como O Auto da Compadecida, e de romances, como A Pedra do Reino.

     

    *Com informações da Rádio Universitária FM do Recife

     

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-07/apos-sofrer-avc-ariano-suassuna-esta-em-coma-e-respira-com-ajuda-de

  21. A decisão do juiz abre um

    A decisão do juiz abre um perigoso precedente de privação da liberdade”

    Quatro deputados denunciam as “arbitrariedades cometidas” nas prisões preventivas no Rio

      Brasília 22 JUL 2014 – 20:02 BRT 

    Em que pese nossa posição clara a respeito da defesa da legalidade e das garantias constitucionais, alguns parecem não ter entendido muito bem as questões que nos levaram, enquanto defensores dos Direitos Humanos, a denunciar arbitrariedades cometidas pelo juiz fluminense e fazer Reclamação a respeito na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.

    A matéria veiculada domingo, durante o programa da TV Globo e replicada em outros telejornais, da própria emissora e também de terceiros, traz à tona – de maneira equivocada, mas não despretensiosa – atos passados de violência contra o patrimônio público e privado e ações irresponsáveis nas ruas que redundaram, inclusive, na morte do cinegrafista Santiago Andrade. Tudo devidamente condenado por nós, à época. A questão atual e questionada não pode ser misturada a essas e se refere à prisão de ativistas cuja participação violenta em manifestações ainda era mera suposição, carente de provas e de fatos determinados e especificados caso a caso.

    A Reclamação não é, não pretendeu ser e está longe de ser uma defesa da violência ou da depredação, como insinuou a matéria da revista semanal eletrônica da Globo, por meio de uma edição e uma dramatização tendenciosa que almejava claramente jogar a opinião pública contra nós, parlamentares que defendemos – também neste caso – o Estado Democrático de Direito e as garantias jurídicas desrespeitadas pelo juiz e pela polícia do Rio de Janeiro.

    Além de repudiar a associação entre nossa ação e a violência ocorrida em manifestações passadas, esclarecemos o que devia ser óbvio: nossa iniciativa se deve às violações das garantias constitucionais como a ampla defesa e o devido processo legal, resguardando, sempre, a máxima da presunção de inocência até que reste comprovada a culpa. A decisão do magistrado de primeira instância abre um perigosíssimo precedente de privação da liberdade individual fundamentado em previsões.

    Portanto, repetimos que a Reclamação Disciplinar contra o juiz não defende a prática de atos de violência, muito menos agressão a pessoas ou a depredação de bens públicos e privados, mas sim o posicionamento já explicitado pelo Supremo Tribunal Federal de que não cabe à autoridade judiciária o poder de definir padrões de conduta cuja observância implique restrição aos meios de divulgação do pensamento. Garantir este entendimento é garantir que a própria população não seja tolhida do seu direito à manifestação de pensamento ou do direito legítimo de ir às ruas e fazer ouvir sua voz. Na nossa compreensão – e de muitos juristas – não se deve militar por suas concepções políticas através da função jurisdicional. Este seria um desvio de função, que foi corrigido, em parte, pelo desembargador Siro Darlan, ao deferir os pedidos de habeas corpus de todos aqueles que não haviam sido presos em flagrante, iniciando uma disputa de decisões judiciais que tem repercutido internacionalmente.

    Já não bastassem as arbitrariedades cometidas até aqui, aos advogados das pessoas presas foi criada uma série de dificuldades para acesso ao teor das denúncias, o que viola também o princípio do acesso à Justiça. Todavia, a TV e o jornal O Globo tiveram acesso ao Inquérito Policial que faz parte de uma denúncia do Ministério Público que tramita em segredo de justiça.

    Cobramos, então, a verdade dos fatos e nos posicionamos contra qualquer decisão arbitrária por parte de qualquer “autoridade competente”. A ação de grupos organizados que empreguem qualquer tática que transborde o direito à manifestação pacífica, sejam estes de ativistas ou da polícia, não encontra a mínima forma de apoio da nossa parte. Se há comprovação de atos por parte de qualquer um dos acusados, que o devido processo legal observe todas as garantias constituídas e o direito à ampla defesa.

    Fiscalizar os atos do Judiciário jamais poderá ser confundido com “irresponsabilidade democrática”, ou mesmo “dificuldades de convivência com o Estado Democrático de Direito”, como alegaram, em nota, o Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro e a Associação de Magistrados do estado. Argumentar que o questionamento é uma mera tentativa de ‘politizar a questão’ é desqualificação da função constitucionalmente atribuída aos membros do Parlamento, inerente ao processo democrático com o qual não temos nenhuma dificuldade de convivência. Antes, primamos pela observância aos seus princípios.

    Convidamos a Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro para debater o que seria a “irresponsabilidade democrática” e por qual razão uma denúncia a um Conselho formalmente constituído deva ser entendida como ataque a um magistrado.

    Assinam a nota os deputados Jean Wyllys (PSOL/RJ), Ivan Valente (PSOL/SP), Chico Alencar (PSOL/RJ) e a deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ)

    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/23/opinion/1406070167_803225.html

  22. http://ponte.org/a-engrenagem

    http://ponte.org/a-engrenagem-das-prisoes-em-massa/

    A engrenagem das prisões em massa. O caso Hideki
    Bruno Paes Manso — 22/07/14
    Como produzimos provas para condenar tanta gente?

    Já foi dito que as perguntas certeiras são o ponto de partida para boas reportagens e pesquisas. Concordo e já coloco uma questão que há tempos me intriga: como São Paulo (e o Brasil) consegue mandar tanta gente para a prisão se possui uma polícia civil com sérias dificuldades para investigar? Já somos o terceiro País do mundo no ranking de pessoas presas, sendo que nas prisões paulistas há um terço do total de presos nacionais. Como produzimos provas para condenar tanta gente?

    As respostas ajudam a decifrar como funcionam as engrenagens dessa fábrica de aprisionamento em massa que estamos construindo em São Paulo e no Brasil. O caso das prisões de Fábio Hideki e de Rafael Marques, detidos sob a acusação de prática de crimes durante os protestos em São Paulo, servem para mostrar a lógica desse mecanismo.

    Os dois foram presos no dia 23 de junho numa manifestação na Avenida Paulista durante a Copa do Mundo. A Secretaria de Segurança Pública paulista defendeu a legitimidade das prisões afirmando ter provas de que eles portavam explosivos. Diversas testemunhas afirmaram, no entanto, que o flagrante foi forjado, incluindo o padre Julio Lancelotti, vigário do Povo da Rua, que estava ao lado dos jovens quando eles foram detidos. A SSP rebate e diz que o Ministério Público acompanha de perto as investigações e que os promotores denunciaram Hideki e Marques à Justiça.

    hidekiNa semanas que se seguiram às prisões, campanhas foram feitas para que os dois fossem soltos, entidades contestaram a legitimidade da ação, o diretor da Politécnica da USP escreveu carta aberta, mil origamis de tsurus (pássaro da sorte) foram confeccionados para libertá-lo, houve manifestações em São Paulo, Guarulhos e Rio, juristas e juízes democráticos reclamaram, funcionários da USP marcharam, uma página no Facebook foi criada e recebeu mais de 6 mil curtidas, além de inúmeros memes que se espalharam pelas redes sociais.

    Mesmo com a pressão legítima, baseada em depoimentos e vídeos que contestavam a credibilidade das ações da segurança pública e as decisões da Justiça, nossas instituições não se deram o trabalho de apresentar as supostas provas ou de justificar seus atos de força. Como se não se sentissem obrigadas a prestar contas de seus atos aos cidadãos que pagam suas contas. Talvez porque se sentem intocáveis. Porque acham que somos todos cegos, que não enxergamos os erros que eles cometem.

    Mas já é possível juntar as peças. A figura do quebra-cabeças está ficando cada vez mais visível.  A prisão de Hideki e de Marques é apenas a ponta de um profundo iceberg do frágil mecanismo de encarceramento de pobres moradores das periferias. Hideki e Marques foram exceção à regra.

    Sem estrutura para realizar investigações competentes, o sistema de Justiça vem condenando faz tempo com base em frágeis evidências. Essa foi uma das principais conclusões da pesquisa feita por Maria Gorete Marques do Núcleo de Estudos da Violência (USP) sobre a aplicação da Lei de Drogas em São Paulo. Boa parte do crescimento do total de presos decorre do aumento da prisão de pequenos traficantes.

    Em 2006, havia cerca de 17 mil presos por tráfico. Cinco anos depois, já era 52 mil. Conforme a pesquisa, quase nove entre cada dez prisões feitas no Estado foram ocorrências em flagrante, quando a maioria estava circulando na rua. A maioria (52%) não tinha antecedentes em sua ficha criminal e eram negros e pardos (59%). Na primeira etapa do processo de aprisionamento em massa, a polícia vê um negro em atitude suspeita andando na rua. Ele é abordado e preso em flagrante.

    No Judiciário, o depoimento do policial militar que prendeu o suspeito acaba sendo sobrevalorizado. O que ele fala é considerado verdade, mesmo quando a vítima acusa o flagrante de ser forjado. Isso ocorre porque  são depoimentos que gozam de fé pública, termo que define juridicamente os documentos e testemunhos que são dados por autoridades públicas no exercício de sua função. São presumivelmente considerados verdadeiros, o que acaba dispensando a necessidade de provas robustas para a condenação.

    Na prática, isso significa que, depois de acusado pelo policial, o suspeito passa a ter que provar a sua inocência. As provas materiais do crime ou outros testemunhos de acusação acabam sendo meros complementos em muitos processos. O que não impede o promotor de acusar e o juiz de condenarem o réu. Na pesquisa do NEV-USP, as autoridades explicaram que a gravidade do crime justificaria a decisão de condenar com base em depoimentos de PMs e em provas frágeis.

    Não foi o caso do crime Hideki e Marques. Não eram graves. Eles eram meros bodes expiatórios para que a segurança pública e o judiciário dessem uma resposta aos protestos durante a Copa do Mundo. Eles são black blocs? Só dando risada. Acompanhei o movimento e sei sobre os dois presos. Essa afirmação é ridícula. Mas qual é o ponto nevrálgico da questão? Depois de anos e anos prendendo e condenando por nada, nosso sistema já estava acostumado a engolir acusações mal feitas. Qual o problema em condenar mais dois sem que haja provas?

    Será que eu estou sendo injusto com nosso sistema de segurança e de Justiça? Há apenas dois meses, eu me deparei com um caso emblemático que foi publicado neste blog em maio. Foi a história de José, um jovem negro de 17 anos que estava em seu apartamento num sábado à noite. A PM perseguia quatro assaltantes de carro pelas ruas. O grupo bateu em um poste durante a fuga, mas tiveram tempo de descer do carro e correr dos policiais. Os PMs acharam que um dos jovens havia subido em um edifício que ficava perto do local da batida. Era onde José morava. Falaram com o porteiro, invadiram o apartamento do garoto às 2 horas da manhã e o prenderam.

    José tinha provas de que havia saído de casa somente para fumar no portão. As imagens das 19 câmeras do edifício eram claras. Batom na cueca. Mesmo assim, José continuou preso. O promotor pediu sua condenação e o juiz bateu o martelo. No processo, sobre as imagens que provavam a inocência do acusado, foi afirmado que o “condomínio não tinha fé pública”. O testemunho dos policiais foi suficiente para prendê-lo e condená-lo. As imagens de nada adiantaram. José foi solto apenas depois que a reportagem mostrou neste blog as provas de sua inocência. A Justiça foi forçada a soltá-lo no mesmo dia.

    A sociedade merece respostas sobre o flagrante e as provas contra Hideki e Marques. As polícias demandam reformas urgentes. O Estado pode nos tirar os olhos, mas isso não significa que estamos cegos. Segue abaixo, aliás, o belo vídeo feito pela Ponte sobre Alex e Sérgio, fotógrafos baleados durante manifestações.

  23. http://ponte.org/a-engrenagem

    http://ponte.org/a-engrenagem-das-prisoes-em-massa/

    A engrenagem das prisões em massa. O caso Hideki
    Bruno Paes Manso — 22/07/14
    Como produzimos provas para condenar tanta gente?

    Já foi dito que as perguntas certeiras são o ponto de partida para boas reportagens e pesquisas. Concordo e já coloco uma questão que há tempos me intriga: como São Paulo (e o Brasil) consegue mandar tanta gente para a prisão se possui uma polícia civil com sérias dificuldades para investigar? Já somos o terceiro País do mundo no ranking de pessoas presas, sendo que nas prisões paulistas há um terço do total de presos nacionais. Como produzimos provas para condenar tanta gente?

    As respostas ajudam a decifrar como funcionam as engrenagens dessa fábrica de aprisionamento em massa que estamos construindo em São Paulo e no Brasil. O caso das prisões de Fábio Hideki e de Rafael Marques, detidos sob a acusação de prática de crimes durante os protestos em São Paulo, servem para mostrar a lógica desse mecanismo.

    Os dois foram presos no dia 23 de junho numa manifestação na Avenida Paulista durante a Copa do Mundo. A Secretaria de Segurança Pública paulista defendeu a legitimidade das prisões afirmando ter provas de que eles portavam explosivos. Diversas testemunhas afirmaram, no entanto, que o flagrante foi forjado, incluindo o padre Julio Lancelotti, vigário do Povo da Rua, que estava ao lado dos jovens quando eles foram detidos. A SSP rebate e diz que o Ministério Público acompanha de perto as investigações e que os promotores denunciaram Hideki e Marques à Justiça.

    hidekiNa semanas que se seguiram às prisões, campanhas foram feitas para que os dois fossem soltos, entidades contestaram a legitimidade da ação, o diretor da Politécnica da USP escreveu carta aberta, mil origamis de tsurus (pássaro da sorte) foram confeccionados para libertá-lo, houve manifestações em São Paulo, Guarulhos e Rio, juristas e juízes democráticos reclamaram, funcionários da USP marcharam, uma página no Facebook foi criada e recebeu mais de 6 mil curtidas, além de inúmeros memes que se espalharam pelas redes sociais.

    Mesmo com a pressão legítima, baseada em depoimentos e vídeos que contestavam a credibilidade das ações da segurança pública e as decisões da Justiça, nossas instituições não se deram o trabalho de apresentar as supostas provas ou de justificar seus atos de força. Como se não se sentissem obrigadas a prestar contas de seus atos aos cidadãos que pagam suas contas. Talvez porque se sentem intocáveis. Porque acham que somos todos cegos, que não enxergamos os erros que eles cometem.

    Mas já é possível juntar as peças. A figura do quebra-cabeças está ficando cada vez mais visível. A prisão de Hideki e de Marques é apenas a ponta de um profundo iceberg do frágil mecanismo de encarceramento de pobres moradores das periferias. Hideki e Marques foram exceção à regra.

    Sem estrutura para realizar investigações competentes, o sistema de Justiça vem condenando faz tempo com base em frágeis evidências. Essa foi uma das principais conclusões da pesquisa feita por Maria Gorete Marques do Núcleo de Estudos da Violência (USP) sobre a aplicação da Lei de Drogas em São Paulo. Boa parte do crescimento do total de presos decorre do aumento da prisão de pequenos traficantes.

    Em 2006, havia cerca de 17 mil presos por tráfico. Cinco anos depois, já era 52 mil. Conforme a pesquisa, quase nove entre cada dez prisões feitas no Estado foram ocorrências em flagrante, quando a maioria estava circulando na rua. A maioria (52%) não tinha antecedentes em sua ficha criminal e eram negros e pardos (59%). Na primeira etapa do processo de aprisionamento em massa, a polícia vê um negro em atitude suspeita andando na rua. Ele é abordado e preso em flagrante.

    No Judiciário, o depoimento do policial militar que prendeu o suspeito acaba sendo sobrevalorizado. O que ele fala é considerado verdade, mesmo quando a vítima acusa o flagrante de ser forjado. Isso ocorre porque são depoimentos que gozam de fé pública, termo que define juridicamente os documentos e testemunhos que são dados por autoridades públicas no exercício de sua função. São presumivelmente considerados verdadeiros, o que acaba dispensando a necessidade de provas robustas para a condenação.

    Na prática, isso significa que, depois de acusado pelo policial, o suspeito passa a ter que provar a sua inocência. As provas materiais do crime ou outros testemunhos de acusação acabam sendo meros complementos em muitos processos. O que não impede o promotor de acusar e o juiz de condenarem o réu. Na pesquisa do NEV-USP, as autoridades explicaram que a gravidade do crime justificaria a decisão de condenar com base em depoimentos de PMs e em provas frágeis.

    Não foi o caso do crime Hideki e Marques. Não eram graves. Eles eram meros bodes expiatórios para que a segurança pública e o judiciário dessem uma resposta aos protestos durante a Copa do Mundo. Eles são black blocs? Só dando risada. Acompanhei o movimento e sei sobre os dois presos. Essa afirmação é ridícula. Mas qual é o ponto nevrálgico da questão? Depois de anos e anos prendendo e condenando por nada, nosso sistema já estava acostumado a engolir acusações mal feitas. Qual o problema em condenar mais dois sem que haja provas?

    Será que eu estou sendo injusto com nosso sistema de segurança e de Justiça? Há apenas dois meses, eu me deparei com um caso emblemático que foi publicado neste blog em maio. Foi a história de José, um jovem negro de 17 anos que estava em seu apartamento num sábado à noite. A PM perseguia quatro assaltantes de carro pelas ruas. O grupo bateu em um poste durante a fuga, mas tiveram tempo de descer do carro e correr dos policiais. Os PMs acharam que um dos jovens havia subido em um edifício que ficava perto do local da batida. Era onde José morava. Falaram com o porteiro, invadiram o apartamento do garoto às 2 horas da manhã e o prenderam.

    José tinha provas de que havia saído de casa somente para fumar no portão. As imagens das 19 câmeras do edifício eram claras. Batom na cueca. Mesmo assim, José continuou preso. O promotor pediu sua condenação e o juiz bateu o martelo. No processo, sobre as imagens que provavam a inocência do acusado, foi afirmado que o “condomínio não tinha fé pública”. O testemunho dos policiais foi suficiente para prendê-lo e condená-lo. As imagens de nada adiantaram. José foi solto apenas depois que a reportagem mostrou neste blog as provas de sua inocência. A Justiça foi forçada a soltá-lo no mesmo dia.

    A sociedade merece respostas sobre o flagrante e as provas contra Hideki e Marques. As polícias demandam reformas urgentes. O Estado pode nos tirar os olhos, mas isso não significa que estamos cegos. Segue abaixo, aliás, o belo vídeo feito pela Ponte sobre Alex e Sérgio, fotógrafos baleados durante manifestações.

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