Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lourdes Nassif

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25 Comentários

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  1. so por Deus,,,, vai ter

    so por Deus,,,, vai ter guerra santa????

     

     

    Feliciano sugere que Everaldo desista de candidatura para apoia marina silva

    Pastor Everaldo chegou a 3% das intenções de voto em pesquisa do Ibope anterior à morte de Eduardo Campos e aparece agora, após a entrada de Marina Silva, com 1%

     

    Agência Estado

    Publicação: 02/09/2014 18:37 Atualização: 02/09/2014 18:54

    O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) vai sugerir ao colega de partido Pastor Everaldo que desista da candidatura à Presidência para apoiar Marina Silva. O pastor, que faz campanha contra Dilma Rousseff, considera que uma possível divisão dos votos dos cristãos entre Everaldo e Marina seria negativa. “Neste momento, dadas as circunstâncias, se eu estivesse no lugar do Pastor Everaldo, eu pensaria em declinar da campanha e migrar para Marina, para não haver divisão no meio cristão”, 

     

  2. Jânio ou Collor? Ou a tragédia depois da farsa!

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    A presidente Dilma traçou um provável futuro para o governo de Marina, que parece-me extremamente lógico, a comparação entre Marina e Jânio Quadros e Collor, o seu vice faz Beto Albulquerque faz que não entende a comparação e tenta levar para uma comparação em termos de corrupção ou de alguma característica que deponha contra a conduta da candidata, porém ele entende muito bem e sabe que talvez a providência divina sorriu não para Marina mas para ele! 

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    A comparação é simples, os dois se elegeram a partir de projetos pessoais que foram rapidamente assumidos pela imprensa conservadora e demais forças como uma maneira de impedir que partidos mais reformistas assumissem o poder.

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    Tanto Jânio como Collor foram lançados por partidos insignificantes eleitoralmente falando e como para os mesmos faltava base partidária tiveram que compor suas bases com qualquer um que aderisse a sua causa.

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    A diferença entre Collor e Jânio será o dilema de Marina quando sofrer o ataque mais de seus antigos aliados do que dos partidos de oposição, ou ela toma uma posição defensiva e quase que passiva como Collor o fez, que rapidamente a levará a queda, ou pior toma uma posição ofensiva e golpista que Jânio tentou com sua renúncia. Agora analisando melhor qual será a repercussão de uma e outra postura se pode antecipar, seu vice, que é alguém da política tradicional e de um partido que não é seu, provavelmente tomará a mesma atitude de Itamar Franco, vai romper com a presidente na primeira crise e ficar no aguardo do seu momento.

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    A grande diferença é que na oposição de Marina teremos duas figuras fortes que não se anularão com o tempo, Lula e a própria Dilma, e com o desenrolar dos fatos e diminuindo a pressão midiática contra estas figuras elas crescerão, formando uma alternativa melhor do que Beto, um apagado político de província.

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    Como dizem os historiadores, a história não se repete, mas esta colocação tem uma segunda parte que diz, na primeira vez é uma trajédia e na segunda é uma farsa, talves se a história tente se repetir, como na primeira vez foi uma farsa na segunda pode virar uma tragédia, pois quando Marina verificar a postura de Beto, talvez se tenha a tragédia.

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    Como sou aficcionado por teorias da conspiração, diria que tento Dilma e Lula, caso o quadro desenhado seja real, devem ter muito cuidado com sua segurança própria.

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  3. Os Silva são diferentes

    Eliane Brum sempre brilhante. Brilhante síntese sociológica od caminhos de Lula e Maina que se refletem nas suas visões de mundo e tendências políticas.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/01/opinion/1409578464_024733.html?gclid=COPcg7ukxMACFaY-Mgodzl0AJg

    Os Silva são diferentes

    Lula e Marina, os dois fenômenos políticos mais fascinantes da história recente, são filhos de Brasis que se desconhecem

    1 SEP 2014 – 10:34 BRT

    Há uma ideia no Brasil de que os pobres são todos iguais. É uma visão de senso comum, mas que assinala a análise também de intelectuais. Ela explica a afirmação de que Luiz Inácio Lula da Silva e Marina Silva têm biografias parecidas – e a de que Marina teria sido a sucessora mais natural de Lula, não fossem as divergências que a levaram a deixar o Ministério do Meio Ambiente e depois o PT. Para chegar ao poder num país desigual como o Brasil, Lula e Marina fizeram uma travessia impressionante, uma espécie de jornada de herói. Mas as semelhanças acabam aí. Há enormes diferenças entre a trajetória de um filho de sertanejo que fez o caminho de São Paulo e se tornou operário e depois líder sindical, na região mais industrializada do país, e a trajetória de uma filha de seringueiro, seringueira ela também, na floresta amazônica, que iniciou sua carreira política em um estado como o Acre. Para alcançar a riqueza desse momento histórico do Brasil é preciso compreender que os Silva são diferentes.

    Lula e Marina são ambos filhos do Brasil, mas de Brasis bem diversos. E é exatamente por causa de diferenças fundamentais de visões de mundo que, a certa altura, Marina não encontrou mais lugar no projeto do “lulismo”, usando a expressão do cientista político André Singer. A explicação para que a inserção de milhões de brasileiros, no governo Lula, tenha se dado pela via do consumo, é complexa. Mas pelo menos uma parte dela pode ser encontrada no desejo de Lula. No que significa para um operário ascender na escala social. Casa melhorada, roupa boa, geladeira nova e cheia, TV de tela plana, um carro na garagem.

    Lula não encarna o sertanejo com uma relação íntima com o sertão, entendido aqui como natureza e cultura. Mas o movimento de transição de um mundo decodificado como passado, para um outro que é futuro. Ele é filho de uma família retirante que queria primeiro fugir da fome, depois subir na vida pelo ingresso na fábrica, pela via do “progresso” e da industrialização. Vencer na vida no mundo do Outro, apropriando-se dele e tornando-o seu pelo acesso aos seus signos. É esse universo de sentidos que ele compreende e com o qual dialoga, talvez como nenhum outro político da história do país. E é para estes pobres que seu governo significou inclusão social.

    Marina, não. Ela se cria na floresta e é moldada por ela. Seu pai, migrante nordestino, tinha naquela região amazônica um ponto de chegada. Mesmo quanto a família tentava sair, era para o seringal que acabavam voltando. A iniciação política de Marina se dá nos “empates”, uma tática de resistência na qual homens, mulheres e crianças se dão as mãos para fazer uma corrente em torno da área ameaçada e impedir o seu desmatamento – e, com ele, sua expulsão daquele mundo. O mentor de Marina é Chico Mendes e a luta ali, naquele momento, é expressão de uma relação profunda com a mata, na qual um não se reconhece sem o outro. É uma luta por permanência, não por partida.

    O conhecimento que funda Marina, analfabeta até os 16 anos, está contido nessa cultura em que é preciso saber a vocação de cada pé de pau para dominar a tecnologia complexa que permite a sobrevivência, na qual a terra não é mercadoria, mas vida. Sua capacidade de fazer a ponte entre esse saber, transmitido de geração em geração pela oralidade, com a palavra escrita, os livros e a produção acadêmica, é um dos capítulos mais bonitos da sua biografia. Marina só vai chegar ao centro-sul aos 36 anos de idade, já como senadora. Seu movimento pelo mapa se dá com o objetivo de levar ao coração do poder político o universo de sentidos do mundo que deixou não como passado, mas para que possa ser futuro. Se para Lula a possibilidade de ascender está na inclusão no mundo do Outro, para Marina o Outro é aquele que se experencia para alcançar a si mesmo.

    Não se trata de dizer que Lula é melhor do que Marina – ou Marina melhor do que Lula. Apenas assinalar que Lula e Marina, os fenômenos políticos mais interessantes da história recente do país, carregam experiências diferentes de brasilidades. Às vezes, as necessidades imediatas da disputa eleitoral borram as nuances mais fascinantes. Se a ascensão de Lula ao poder já produziu no Brasil, só pelo fato em si, uma enorme mudança simbólica, a de Marina ainda é potência e incógnita. A incógnita aqui não colocada como um defeito, mas como possibilidade.

    É bastante claro por que Dilma Rousseff, uma mulher urbana, de classe média, com tendência desenvolvimentista, tenha sido, para Lula e o conjunto de valores que o constitui, uma opção muito mais lógica como sucessora. Dilma é alguém com quem Lula tem muito mais afinidades do que Marina, apesar das evidentes diferenças entre eles. É nos sucessivos embates com Dilma, quando esta era ministra de Minas e Energia e depois ministra-chefe da Casa Civil, e Marina ministra do Meio Ambiente, que a ex-seringueira vai perdendo espaço dentro do governo do ex-operário e, em seguida, do Partido dos Trabalhadores. É óbvio que as opções de Lula e do PT se devem a questões de ordem política e econômica, a maioria delas bem pragmáticas, mas não se pode nem se deve esquecer a influência do universo de sentidos que forma o homem e do lugar a partir do qual ele enxerga o país. Para ser objetivo é necessário jamais perder de vista as subjetividades.

    A partir do final do segundo mandato de Lula, algumas das lideranças históricas dos movimentos sociais na Amazônia, como por exemplo Antonia Melo e o bispo Don Erwin Kräutler, ambos do Xingu, começam a perceber que o ser/estar no mundo dos povos da floresta, se antes pelo menos em tese tinham lugar no governo, já não têm mais espaço. E, a partir de Dilma Rousseff, nem mesmo interlocução. Para eles, a hidrelétrica de Belo Monte tornou-se a prova definitiva de que o projeto para a Amazônia de Lula e de Dilma guardava semelhanças com o da ditadura civil-militar: a floresta seguia sendo um corpo para exploração, e os povos da floresta um entrave a um tipo de desenvolvimento que nega sua existência e seu modo de vida. Nesse olhar, a Amazônia, para virar futuro, precisa tornar-se passado.

    Lula – e Dilma ainda menos do que ele – pouco entendem dessas outras formas – e é importante assinalar que elas tampouco são homogêneas – de perceber o Brasil e de viver no Brasil. Mas, talvez mais grave do que não compreender outras maneiras de ser brasileiro é não achar que é preciso compreender. Compartilham essa ignorância com uma parte significativa da população, para a qual a Amazônia é longe demais em múltiplos sentidos, o que torna mais fácil perpetuar os crimes contra povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Assim como continuar ignorando, apesar dos sinais inequívocos que já marcam a vida cotidiana, que a mudança climática e as questões socioambientais nela implicadas são, senão o maior, um enorme desafio para qualquer governante desse tempo. Para essa parcela da população, o sonho de todo índio ou ribeirinho é ser pobre na periferia de uma cidade grande. E a pauta socioambiental é coisa de idealistas, sonhadores ou “ecochatos”, incapazes que são de perceber tanto a crise do planeta quanto o fato de que questões como saneamento básico, escassez de água e proliferação da dengue são socioambientais.

    Em 2011, quando se começava a implantar o canteiro de Belo Monte, na região de Altamira, no Pará, passei um dia com o chefe de uma das famílias que seriam obrigadas a deixar a terra onde viviam para a construção da maior obra do governo. A certa altura, ele abraçou uma castanheira e desandou a chorar. Tentava me explicar por que ele não podia ser – sem ser ali. Ou a impossibilidade de habitar um mundo sem aquela árvore específica. De repente, o choro estancou e sua voz se encheu de raiva. Ele disse: “Fico revoltado quando Dilma diz que somos pobres. Por que ela pensa que somos pobres? De onde ela tira isso? Essa é a maior mentira”.

    Aquele homem quase nada tinha de bens materiais, nem os desejava. Sequer os conhecia e, se conhecesse, não teriam lugar no seu cotidiano. Seu conceito de pobreza e de riqueza era totalmente outro, incompreensível para os fazedores de política do momento. E taxarem-no de pobre, no discurso de Brasília, o ofendia, porque se considerava rico. Não como um discurso bonito e um tanto abstrato, mas porque era de fato como rico que se enxergava, na medida em que a floresta lhe dava tudo o que precisava. Não só no nível concreto, mas também no simbólico. Para ele, a vida que ali tinha era boa.

    Me parece que esses ricos e esses pobres Lula – e Dilma menos ainda – jamais conseguiram, ou mesmo quiseram, entender. Embora, como já foi dito, Lula tenha compreendido e dialogado com outros pobres – e com outros ricos. Quando Marina Silva afirma, no primeiro debate entre candidatos à presidência, na Rede Bandeirantes, que o líder seringueiro Chico Mendes, assassinado por sua resistência, era elite, é a partir dessa outra visão de mundo que ela também fala.

    Essa ponte entre os vários Brasis, ainda inédita no comando da nação, Marina é a mais apta a fazer. Se de fato o fará, não há nenhuma garantia. Nem Lula foi um operário na presidência, nem Marina é hoje uma seringueira, ambos acrescidos e transformados por outras experiências vividas no curso de trajetórias bem extraordinárias. Mas, assim como Lula levou pela primeira vez ao poder uma visão de mundo muito diversa dos que antes haviam ocupado o Planalto, Marina poderá, caso for eleita, ser a primeira a carregar para o centro das decisões a experiência de quem vive na floresta e a compreensão de que o futuro pode não existir se essa experiência não for incluída no projeto de país. Nesse sentido, ela é muito mais século 21 do que sua principal rival na disputa pela presidência.

    Uma curiosidade. Na campanha de 2002, quando Lula se elegeu pela primeira vez presidente, depois de outras três tentativas, havia um encantamento com sua presença vestida em ternos de grife nos salões de parte do PIB paulistano. Recebido pelo casal Eleonora (psicanalista) e Ivo Rosset (empresário, dono da Valisere, entre outras marcas), amigos de Marta Suplicy, Lula era uma espécie de operário que havia chegado ao paraíso. No poder, sua mulher, Marisa Letícia, logo fez plásticas, aplicou botox, mudou o figurino e adotou Wanderley Nunes, um dos cabeleireiros da moda. Muito antes, ainda em 1979, quando despontava como líder sindical nas greves do ABC paulista, Lula assim respondeu aos ataques por ter ido jantar no Gallery, a boate dos ricos e famosos da época, a convite da revista Manchete: “Eu quero que todo operário ganhe o suficiente para frequentar o Gallery”. Desde essa época ele já repetia que “pobre gosta de se vestir bem”.

    Marina, a “seringueira, empregada doméstica e negra”, circula de outro modo nos salões paulistanos. Suas roupas são sóbrias, com detalhes étnicos, como a usada na entrevista do Jornal Nacional. Os adereços usam materiais naturais, como sementes da Amazônia, o batom é feito por ela mesmo, com suco de beterraba, já que tem alergia a produtos industrializados. O cabelo é um coque. Marina é vista como chique e moderna, dona de seu próprio estilo, em especial por um tipo de rico que vê na ostentação uma vulgaridade. Sua principal interlocutora nesse mundo é a socióloga Maria Alice Setúbal, mais conhecida como Neca Setúbal, acionista do Banco Itaú, mas também fundadora do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), uma das organizações mais respeitadas na área educacional. Se Lula era “pop”, Marina é “cool”. Vale a pena prestar atenção em como são decodificados aqueles que até há pouco tinham outro lugar nessa geografia para, de novo, não perder as nuances.

    É preciso ter cautela com os fundamentalismos. Quem acusa Marina de ser “fundamentalista” está pasteurizando diferenças. Marina não é uma fundamentalista ambiental, como a acusam setores do agronegócio. Para uma parte do movimento socioambiental, o defeito de Marina é justamente ser menos radical do que os desafios do momento histórico exigem. O “desenvolvimento sustentável” que ela defende, para muita gente respeitável é apenas um conceito vazio, palatável para conversas bem comportadas, mas que oculta contradições profundas.

    Marina tampouco é uma fundamentalista evangélica. Dizer isso é acreditar que Marco Feliciano, o deputado-pastor que barbarizou a comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e Marina Silva são iguais. É confundir denominações religiosas que estão sob o mesmo guarda-chuva, mas que guardam diferenças bastante substantivas entre si. Compreender o Brasil evangélico, em toda a sua complexidade, é um desafio dessa época.

    A quem interessa chamar Marina Silva de fundamentalista? A muitos, em especial a lideranças ruralistas, no que se refere à discussão socioambiental, e aos religiosos de fato fundamentalistas, no que diz respeito a questões como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao fazê-lo, rebaixam o debate, na tática mais do que conhecida, e forçam mudanças que beneficiam seus interesses e fortalecem seu lugar de representantes de seus respectivos públicos.

    Isso não significa que o eleitor deva deixar de prestar – grande – atenção ao fato de Marina Silva ter posição contrária às pesquisas com células-tronco embrionárias, já ter se declarado “pessoalmente não favorável” ao casamento gay, ter defendido na eleição de 2010 um plebiscito para o aborto e, principalmente, ter cometido na semana passada o ato lamentável, para dizer o mínimo, de voltar atrás no seu programa de governo, um dia depois de tê-lo lançado, no que se refere às políticas para a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

    Com Marina Silva com chances de ganhar, o que se desenha para o Brasil é uma eleição muito mais desafiadora e complexa. É legítimo afirmar que seu discurso é “difuso”, assim como a “nova política” que diz encarnar pode ter ecos de um passado perigoso. Mas é preciso perceber que esta é a sua força nas urnas, não sua fraqueza. A tal “pauta difusa”, uma das fragilidades que setores da sociedade e da mídia viram nas manifestações de junho de 2013, mobilizou multidões. Marina atua nas redes sociais há muito e sabe escutá-las. Circula por elas desenvolta, enquanto outros as frequentam apenas em épocas eleitorais ou em momentos estratégicos, fazendo uma paródia digital das tradicionais visitas de políticos às favelas para as quais não voltam depois, tão à vontade em um e outro lugar quanto bagres num shopping.

    “Amadora” e “aventureira” é como Marina têm sido chamada por seus opositores. “Improviso” é outra palavra escolhida para atacar seu discurso. Sem entrar nem em juízos de valor nem na adequação ou não desses termos à Marina Silva, vale a pena lembrar a quem os esgrime, na tentativa de provocar rejeição à candidata, que eles deixaram de ser ofensas há algum tempo, para se transformar em virtudes. A “indefinição”, outra palavra usada para atacá-la, parece ter sido até agora a opção de parte dos eleitores, para os quais a “definição” de outros candidatos é sentida como insuportável. Tudo indica que, de várias maneiras, este é um momento em que, para muitos, os pontos de interrogação soam como possibilidades – e o risco parece ter se tornado uma alternativa melhor do que certezas que preferem rejeitar.

    O que isso significa? A chance de começar a desvendar os tantos sentidos dessa eleição fascinante é devolver a complexidade aos protagonistas. Compreender, por exemplo, qual Silva é Marina.

    Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes – o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos e do romance Uma Duas. Site: elianebrum.com Email: [email protected] Twitter: @brumelianebrum

     

  4. Mangueira curta leva

    Mangueira curta leva jardineiro a mais uma grande descoberta sobre o mistério de Stonehenge

    Do jeito que as pesquisas estão caminhando, não sobrará pedra sobre pedra no mistério de Stonehenge.

    Pouco depois de descobrirem que há 15 monumentos enterrados no entorno da construção, mais uma grande novidade foi desvendada: um dia, este semicírculo do neolítico foi um círculo completo.

    O mais curioso é a forma como se chegou a essa conclusão. Não foi um grande arqueólogo o autor da descoberta, e sim um… jardineiro.

    O que aconteceu? A mangueira utilizada para regar a grama do monumento era muito curta para chegar até o lado mais distante do semicírculo. O verão de 2013 foi seco demais.

    Observador, o jardineiro Tim Daw começou a perceber padrões curiosos na grama ressecada que pareciam indicar que, um dia, aquela grande meia-lua havia sido uma bola cheia.

    “Eu estava olhando para a grama perto das pedras e pensando que deveríamos arranjar uma mangueira mais comprida, para que as partes secas ficassem mais verdes”, disse o jardineiro à BBC .

    “Mas então, uma lâmpada se acendeu na minha cabeça. Lembrei que aquelas marcas de grama seca estavam onde os arqueologistas tinham procurado, sem sucesso, sinais de que ali havia buracos de pedras”, contou.

    stonehenge

    “E aqueles pedaços amarelados poderiam significar aquilo. Como não somos arqueólogos, chamamos os profissionais para verificar”.

    Os cientistas observaram e confirmaram as suspeitas de Daw. A pesquisa foi publicada na última edição da revista científica Antiquity.

    Isso porque, como esclarece Sarah Knapton, do jornal Telegraph, quando corpos arqueológicos ficam enterrados por muito tempo, afetam o crescimento da grama no entorno, mesmo quando eles são removidos.

    “Ainda estou maravilhado e muito satisfeito de, simplesmente ter conseguido observar algo que dezenas de milhares de pessoas não conseguiram enxergar”, disse o jardineiro ao Guardian.

    Moral da história? Máquinas ultratecnológicas e orçamentos milionários para pesquisa são importantes.
    Mas o ponto de partida da ciência, desde os pré-socráticos, é um só: a pura e simples observação.

    Apesar de mais um mistério ter sido solucionado, ainda não estamos nem perto de responder outras questões fundamentais sobre os enormes pedaços de rocha empilhados no interior da Inglaterra.

    Quem as construiu? Por quê? Onde estão aquelas pedras que completavam o círculo?

    http://www.brasilpost.com.br/2014/09/02/stonehenge-jardineiro-circulo_n_5756216.html?utm_hp_ref=brazil

  5. Produção de petróleo, “esta

    Produção de petróleo, “esta bobagem”, aumenta 15% em um ano
     

    grafpetroleo

    É preciso que todos entendam o que quer dizer “colocar o pré-sal em segundo plano” sugerido por Marina Silva.

    Foram e são os investimentos maciços da Petrobras que estão permitindo a nosso país fazer o que hoje se noticia.

    A produção nacional de petróleo aumentou nada menos que 14,8% maior que há um ano atrás.

    Foram 2,267 mil barris de óleo, batendo de novo o recorde histórico, que havia sido quebrado no mês passado.

    O gás natural, como 87,9 milhões de metros cúbicos também quebrou, em 1,3 milhão a mais, o recorde do mês passado.

    Na soma energética, produziu-se 2,82 milhões de barris de óleo equivalente, contra 2,79 milhões de barris de junho.

    O pré-sal, que ainda tem vários campos com previsão de operar este ano, representa 20% deste total.

    Se você considerar o preço de 100 dólares por barril, a cada dia se produz 282 milhões de dólares em petróleo e gás equivalente.

    Ou oito bilhões de dólares por mês.

    91% deste valor gerado por poços operados pela Petrobras.

    Sim, por esta empresa “aparelhada”, “destruída”, que todos os dias é enxovalhada na mídia e que responde tirando mais, mais e mais petróleo do fundo do mar.

    Não é compreensível que isso vá ser deixado “em segundo plano” e trocado por espelhinhos solares e outras miçangas energéticas.

    Fazer isso não tem outro nome senão crime contra o Brasil.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=20736

  6. Denúncia grave

    MPF acusa ruralistas de interferirem ilegalmente na PEC das terras indígenas

    Escutas telefônicas apontam que relatoria da PEC 215, de responsabilidade do deputado Osmar Serraglio, estaria sendo elaborada por advogado da Confederação Nacional da Agricultura

    O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação contra a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) por interferência indevida na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que tenta transferir ao Congresso Nacional a competência pela demarcação de terras indígenas no país. A acusação surgiu depois que uma conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal (PF) indicou que um advogado ligado à CNA receberia R$ 30 mil para elaborar o relatório da PEC, que está a cargo do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR).

    A ligação telefônica que deu início à investigação mostra Sebastião Ferreira Prado, líder da mato-grossense Associação de Produtores Rurais de Suiá-Missu (Aprossum), contando o plano de entregar a relatoria da PEC 215 ao advogado Rudy Maia Ferraz, ao custo de R$ 30 mil. Na gravação*, feita no início de agosto deste ano, Sebastião define Rudy como advogado da CNA, “que é amigo e companheiro nosso”: “Nós temos que pagar uma assessoria pra ele, pra nós colocarmos as coisas de interesse nosso”.

    Em nota, a Confederação Nacional da Agricultura informou que Rudy foi demitido da CNA em 20 de agosto de 2013 e que, portanto, não é mais assessor da organização há mais de um ano. No entanto, em janeiro de 2014, quase cinco meses depois da data apontada, o advogado participou de reunião com o Incra no Maranhão apresentando-se como consultor jurídico da CNA ao lado de Arno Jerke Júnior, coordenador técnico da entidade. A Repórter Brasil procurou a assessoria de imprensa do Incra, que confirmou a informação publicada no site do órgão.

    Em outra conversa interceptada pela PF, a esposa de Sebastião, Nailza Rita Bispo, confirma a um interlocutor o esquema: “Ele [Sebastião] estava até tentando juntar um dinheiro para pagar pra ele [Rudy] a assessoria, porque é ele quem vai fazer […] o relatório do Serraglio”. A ligação aconteceu cerca de duas horas depois da prisão de Sebastião. Desesperada, ela sugere ao seu interlocutor “aproveitar [o acontecimento] politicamente na mídia”, ao que ele responde que entraria em contato com o Canal Rural, emissora de televisão via satélite, de abrangência nacional, com foco no agronegócio.

    A PEC 215 tramita desde 2000 na Câmara dos Deputados. O projeto pretende transferir a tarefa de demarcação de territórios indígenas e áreas quilombolas para o Congresso Nacional. Hoje, a demarcação é feita pelo Poder Executivo através da Fundação Nacional do Índio (Funai), que se baseia em estudos antropológicos para a delimitação. Lideranças indígenas temem que, caso aprovada, a PEC signifique um retrocesso para a causa indígena, uma vez que o legislativo conta com uma forte bancada ruralista e dificultaria novas demarcações.

    O deputado Osmar Serraglio, que compõe a Frente Parlamentar da Agropecuária – a chamada bancada ruralista –, é relator da proposta na Comissão Especial criada para emitir parecer sobre a PEC 215. Com argumentos técnicos, o relatório serve de embasamento para a recomendação de aprovação ou rejeição da proposta em discussão. A reportagem tentou ouvir Osmar Serraglio a respeito da denúncia do MPF, mas o deputado não se posicionou. Seu assessor de imprensa disse apenas que Osmar não recebeu nenhuma notificação oficial, mas nega relação com o caso.

    Desocupação da terra indígena

    Sebastião Ferreira Prado foi preso temporariamente em 7 de agosto em uma operação para desarticular um grupo que, de acordo com as investigações, coordenava e aliciava pessoas para resistirem à desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso. A área passou por um processo de desintrusão entre novembro e dezembro de 2012, depois que reiteradas decisões judiciais desde 1995 determinaram a saída de não indígenas da região, homologada como terra indígena em 1998.

    A autorização para a interceptação das ligações telefônicas de Sebastião foi obtida pelo MPF na Justiça como parte das investigações, que acusam o ruralista de ser um dos líderes da realização de novas invasões. Em janeiro deste ano, organizações denunciaram, em nota, novas incursões contra os indígenas, em “uma ação articulada de tentativa de reinvasão” que contou com, ao menos, 50 pessoas. Na ocasião, servidores da Funai que trabalhavam em um posto de acesso à terra indígena foram expulsos do local.

    Wilson Rocha de Assis, procurador do MPF responsável pelo caso, disse à reportagem que “os produtores rurais estavam estimulando as reinvasões”: “Era tamanho o esforço para impedir a desintrusão que achamos que havia algo por trás. Foi quando a gente voltou nossos olhos para a Aprossum”. Ele considera que a associação estava usando pequenos produtores da região como massa de manobra para impedir a efetiva ocupação da terra pelos indígenas, retirados de avião da região contra a sua vontade pelo governo militar em agosto de 1966.

    A Aprossum divulgou nota repudiando a prisão de seu líder, declarando que “sempre agiu de forma pacífica e ordeira e que seus líderes nunca apoiaram a bagunça e a desordem”. A entidade declarou ainda que “caso tenha havido qualquer excesso”, trata-se de “legítima defesa daqueles que em nenhum momento tiveram do seu lado a imparcialidade, da Justiça o cumprimento da segurança jurídica e a legalidade dos agentes públicos envolvidos nesse processo”.

    Depois de conhecer o conteúdo das gravações, a Justiça aceitou o pedido do MPF e converteu a prisão temporária de Sebastião em preventiva, mantendo o ruralista encarcerado.

    A reportagem não conseguiu localizar Rudy Maia Ferraz, Nailza Rita Bispo ou um representante de Sebastião Ferreira Prado para obter um posicionamento.

    *Na página da Repórter Brasil estão disponíveis trechos de áudios das escutas

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/09/mpf-acusa-ruralistas-de-interferirem-ilegalmente-na-pec-das-terras-indigenas-9716.html

  7. Façam as suas apostas

    Serra seria nome mais forte do time de Marina

    Bolsa de apostas já nomeia um ministério informal de um eventual governo Marina Silva, que teria nomes como Pedro Simon (PMDB), Cristovam Buarque (PDT), Eduardo Suplicy (PT) e Miro Teixeira (Pros-RJ), além do núcleo fiel à ex-senadora, como Neca Setubal e Walter Feldman; presença de um tucano de peso, como José Serra, reforça a percepção de que uma ala importante do PSDB já trabalha pelo “voto útil” a favor de Marina Silva e contra Aécio Neves, como foi apontado pelo Ibope; em SP, o maior colégio eleitoral do País, que vota majoritariamente no PSDB, Marina tem 39% das intenções de voto, contra 23% para a presidente Dilma Rousseff e 17% para Aécio

     A pouco mais de um mês do primeiro turno das eleições à Presidência, bolsa de apostas já nomeia um ministério informal de um eventual governo de Marina Silva, candidata do PSB. Na composição, que teria nomes como Pedro Simon (PMDB), Cristovam Buarque (PDT), Eduardo Suplicy (PT) e Miro Teixeira (Pros-RJ), José Serra (PSDB) aparece como a figura política mais forte a ser convocada.

    Segundo a colunista Mônica Bergamo, dirigentes partidários próximos à ex-senadora afirmam que ela fará um governo “tipo Itamar [Franco], com as mesmas maluquices, e de transição”. Vai pedir ajuda “de todos os brasileiros para recuperar a política, vai convocar pessoas com experiência e nome limpo”, diz um socialista. O lado bom: ganha a opinião pública. O lado ruim: perde o Congresso Nacional.

    A presença de um tucano de peso reforça a percepção de que uma ala importante do partido já trabalha pelo “voto útil” a favor de Marina Silva e contra Aécio Neves, como foi apontado pelo Ibope; em SP, o maior colégio eleitoral do País e que vota majoritariamente no PSDB, Marina tem 39% das intenções de voto, contra 23% para a presidente Dilma Rousseff e 17% para Aécio.

    Conhecida como doutrina FHC-Mainardi, essa linha de atuação estabelece que o mais importante em jogo nesta eleição presidencial e tirar o PT do poder. Em São Paulo, mesmo ao custo do sacrifício da candidatura de Aécio, que amarga, em queda, o terceiro lugar agora, a tese está em pleno desenvolvimento.

    Veja qual seria seu time de ministros:

    – Walter Feldman (Rede-SP) – Casa Civil
    – Beto Albuquerque (PSB-RS) – Transportes
    – Cristovam Buarque (PDT-DF) – Educação
    – José Serra (PSDB-SP) – Saúde
    – Eduardo Suplicy (PT-SP) – Direitos Humanos
    – Sérgio Xavier (PV-PE) – Meio Ambiente
    – João Paulo Capobianco (Rede) – Cidades
    – Eduardo Giannetti – Fazenda
    – Miro Teixeira (Pros-RJ) – Comunicação
    – Neca Setubal (Rede) – Cultura
    – Luiza Erundina (PSB-SP) – Desenvolvimento Social
    – Roberto Freire (PPS) – Justiça
    – Pedro Simon (PMDB-RS) – Relações Exteriores

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/152205/Serra-seria-nome-mais-forte-do-time-de-Marina.htm

  8. Modelo matemático permitiu

    Modelo matemático permitiu identificar cinco grandes “manchas” de lixo nos oceanos

     

    03/09/2014 – 08:30

     

     

    O novo modelo redesenha os limites dos oceanos, revelando nos fluxos globais de lixo ligações imprevistas entre as suas águas superficiais.

     

    As manchas de lixo são uma “sopa de plástico”composta por pequenas partículas Sea Education Association

     

    A mais mediática mancha de lixo de origem humana a vaguear pelas águas oceânicas é a chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GMLP), entre a Califórnia e o Havai. Mas os especialistas pensam que existem no planeta pelo menos mais quatro grandes zonas oceânicas onde as partículas de plástico ficam indefinidamente presas sob o efeito de grandes correntes oceânicas circulares.

    Agora, graças a um modelo dos fluxos globais das águas oceânicas de superfície, cientistas da Universidade da Nova Gales do Sul, na Austrália, identificaram e determinaram a localização mais provável de cinco grandes manchas (incluindo a GMLP). E pensam que os seus resultados poderão ajudar a saber que países são responsáveis por cada uma delas.

    Diga-se antes de mais que a GMLP, descrita como um “continente” de lixo a flutuar no Pacífico Norte, não é uma massa compacta de objectos reconhecíveis sobre a qual seria possível andar a pé. É mais como uma “sopa de plástico”, composta por pequenas partículas que se encontram em suspensão nas águas superficiais. Mas não é por isso menos inquietante: nessa região, as águas contêm mais partículas de plástico do que plâncton e o impacto desse lixo sobre a vida marinha – e sobre a cadeia alimentar em geral – permanece em grande parte uma incógnita.

    No seu artigo, publicado esta terça-feira na revista Chaos, os matemáticos Gary Froyland e Robyn Stuart e o oceanógrafo Erik van Sebille escrevem que o seu estudo “põe claramente em evidência cinco manchas de lixo nos oceanos”, respectivamente no Pacífico Norte e Pacífico Sul, no Índico e no Atlântico Norte e Atlântico Sul.

    Porém, certas ligações entre as várias regiões oceânicas revelaram-se por vezes imprevistas. O que faz dizer a Froyland, em comunicado da editora daquela revista, que “nalguns casos, é possível que um país distante de uma dada mancha de lixo esteja, inesperadamente, a contribuir directamente para a acumulação desse lixo”.

    Para criar o novo modelo, os cientistas recorreram aos métodos de um ramo da matemática chamado “teoria ergódica”, que tem sido utilizada para efectuar partições de sistemas interligados tais como a Internet, “revelando assim a sua estrutura subjacente sem se ficar atolado em simulações complexas”, lê-se no mesmo comunicado.

    “Em vez de utilizar um supercomputador para simular os movimentos de trilhões de trilhões de partículas na superfície da água, construímos um modelo em rede compacto que ‘captura’ as propriedades essenciais das interligações entre as diversas partes dos oceanos”, frisa Froyland.

    No estudo, os autores procuraram delimitar “as regiões em que as águas, a biomassa e os poluentes ficam cativos ‘para sempre’ (…) ou durante muito tempo”. E conseguiram assim dividir o oceano global em sete regiões cujas águas se misturam muito pouco.

    Um dos resultados desta “descomposição dinâmica da superfície global dos oceanos”, escrevem ainda, foi que o “Atlantico e o Pacífico estão divididos em norte e sul, mais ou menos ao nível da linha do Equador, mas que o Oceano Índico é uma única entidade” em toda a sua extensão de norte a sul. Mais surpreendente ainda é o facto de que partes dos oceanos Pacífico e Índico estão na realidade fortemente ligados ao Atlântico Sul, enquanto uma outra fatia do Índico pertence de facto ao Pacífico Sul, explica o já referido comunicado. Por isso, o mais provável é que, por exemplo, detritos vindos de Madagáscar e Moçambique acabem no Atlântico Sul, apesar de as suas costas se situarem no Índico.

    “O que fizemos foi redefinir as fronteiras das bacias oceânicas em conformidade com a deslocação das águas”, diz van Sebille. Os cientistas frisam ainda que o novo modelo poderá também ser aplicado a fenómenos em escalas mais pequenas, por exemplo para simular a difusão de marés negras.

     

    http://www.publico.pt/ciencia/noticia/modelo-matematico-permitiu-identificar-cinco-grandes-manchas-de-lixo-nos-oceanos-1668458

  9. votar como se rico fosse

    Nos anos 70, várias marcas de cigarros revezavam-se nas propagandas da tv. As relações câncer com cigarros mantinham-se convenientemente ocultas nas mídias corporativas (as mesmas sempre), e a propaganda deles corria solta.

    Uma dessas marcas, considerado ‘cigarro de luxo’, o “Hilton” tinha um apelo muito interessante.

    Começava com um canastrão, fazendo tipo “sou foda”, e uma “gostosa”, em viagem, supostamente num jatinho particular. O bonitão fuma um cigarro com aquele típico semblante de “fodão de sucesso”.

    O jatinho pousa – não era um cesna – e, enquanto taxia, aparece um ‘rolls-royce’.

    Na cena seguinte, a tomada do carrão com um palácio de século 19 ao fundo: é a casa do ‘fodão’.

    Na última tomada, o mordomo traz, num prato de prata, um maço de cigarros e isqueiro: é o “Hilton”. E a cena final: o “fodão” tem seu cigarro aceso e degusta-o a mirar o cenário da mansão, enquanto o mordomo acende o cigarro da “gostosa”.

    Uma síntese da sociedade de consumo: o Hilton custava (nem sei se ainda existe) o dobro da média dos demais, mas o público alvo era aquele que não tinha um jatinho, uma ‘gostosa’ (a menssagem da mulher-objeto era quase explícita), um carrão, um palácio … mas, pagando um pouco mais, poderia fumar como um ricaço.

    ….

    “A copa vai ser um vexame” … “Imagina na copa” … “Não voto no PT” … afinal, voto como se rico fosse.

  10. Quais foram os benefícios das privatizações para o povo?

    Prezados colegas do blog,

     

    Venho nos últimos tempos questionando muitas pessoas sobre o que resultou em benefício para o povo brasileiro, com as privatizações da Vale, da CSN, das ferrovias, da telefonia, das distribuidoras de energia, etc.

     

    Peço que me apontem UMA obra feita com o dinheiro arrecadado pelas privatizações; quantos empregos foram gerados; um programa de saúde; melhorias em alguma universidade; novas rodovias (as que foram privatizadas não contam, pois estão arrecadando horrores); enfim, algum benefício direto para o povo.

     

    Para os empresários e banqueiros os benefícios estão à vista de todo o mundo! Estão todos muito mais ricos! Muitos que não eram ricos, ficaram ricos. Lembro que tem o exemplo do economista predileto de Marina, André Lara Rezende, que pode se dar ao luxo de levar cavalo de avião do Brasil para a Inglaterra, apenas para passear a cavalo nos campos ingleses!

     

    Aguardo ansioso por respostas. Sugiro aos coordenadores de campanha que busquem essas informações e divulguem!

     

    Mário

  11. O principal general de Putin

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    General Inverno virá em socorro de Putin

    por LEONÍDIO PAULO FERREIRA     01 setembro 2014

    Quem leu como foram derrotados Napoleão e Hitler sabe que o frio é a arma secreta da Rússia. Em 1812, esmagou os franceses. Em 1942-1943, desferiu aos nazis um golpe fatal em Estalinegrado. Promete ser agora decisivo na crise na Ucrânia, explicando por que Putin prolonga o braço-de-ferro com o Ocidente. Quando o Leste Europeu gelar, o Kremlin tirará vantagem.

    Talvez se deva falar antes em xadrez e não em braço-de-ferro para explicar esta crise iniciada quando o presidente Ianukovich desistiu de uma parceria da Ucrânia com a União Europeia. Manter-se na órbita de Moscovo, tradição há quatro séculos, valeu-lhe ser deposto ao fim de três meses de protestos. Mas a queda do aliado não foi um xeque-mate para os interesses do Kremlin. Aproveitando que o poder caíra na rua em Kiev, Putin promoveu a revolta da maioria russófona da Crimeia, que num referendo-relâmpago em março virou as costas à Ucrânia.

    Um triplo objetivo foi assim atingido: advertir os novos líderes ucranianos do risco de se lançar nos braços do Ocidente; mostrar à União Europeia e à NATO que os interesses estratégicos são intocáveis (Sebastopol, base da frota do mar Negro, fica na Crimeia); garantir o apoio da opinião pública russa para uma partida dura, que traria sanções económicas.

    Não se pode dizer que as jogadas posteriores de Putin tenham sido da mesma valia. A revolta da população russa no Leste da Ucrânia mostrou que alguns peões não são controláveis. Basta pensar no derrube do avião malaio em junho ou na recente bazófia de um chefe rebelde de que soldados russos combatem ao seu lado, mas a título privado, pois abdicaram das férias. Nem Putin quer pôr em causa a respeitabilidade da Rússia nem é seu estilo falar quando mexe peças.

    Ao cortar os direitos dos russófonos de Donetsk, os chefes de Kiev cometeram um erro grave, que o entretanto eleito presidente Porochenko tenta corrigir. Daí a prever-se que Putin anexará o Leste ucraniano é abusivo. Os objetivos iniciais mantêm-se, e fora o bluff, soma-se a exigência de um sistema federal na Ucrânia. Para tal precisa de ganhar tempo. Talvez consiga.

    Não só Kiev tarda em reconquistar Donetsk, como vê surgir nova frente em Mariupol. A NATO levanta a voz mas nem imagina uma guerra com a Rússia. E a União Europeia, por muitos ultimatos que faça, revela as divisões ao escolher para presidente do conselho um falcão, o polaco Tusk, mas a entregar a diplomacia a uma italiana com fama de apaziguadora.

    Com a chegada do frio, Moscovo terá meios para retaliar: é que os bálticos dependem 100% do gás russo, a Polónia 59%, a Alemanha 37%. Além do aquecimento das casas, esta última tem de manter competitiva uma economia que abdicou do nuclear. A própria Ucrânia precisa do gás para não gelar. É pois no General Inverno que Putin aposta para acabar um jogo que não pode perder.

     

  12. Estação Espacial hoje dia 3 sobre MG, ES, BA e RJ.

    Estação Espacial Internacional visível nesta semana por sobre o Brasil

    Hoje ela estará bem brilhante sobre MG, ES, BA e RJ, a partir das 18:21 – 18:23. Amanhã dia 4 será o dias dos estados do Centro Oeste e dos mais ao Sul às 18:09 – 18:10.

    Mais uma semana de ISS brilhante no céu antes do nascer e depois do pôr do Sol.
     
    Logo depois do pôr do Sol a ISS vai ser vista nos céus do Brasil

    Nos dias a seguir passa em horários diferentes, não deixe de observar qual o melhor horário para ver satélites sobre a sua cidade.

    Para saber mais como ver satélites e restos de foguetes lançadores de satélitas sobre a sua cidade clique aqui.

  13. Paul Singer e renovação de Analistas

    Ao Nassif e sua Equipe,

    Sugiro renovar (para convidá-los, e se eles aceitarem) intelectuais como Paul Singer e outros do extinto IUPERJ.

    Também sugiro, pra uma futura seção semanal, quinzenal ou até mesmo mensal (e se ela quiser, claro) Marilene Felinto com suas agudas e iconoclastas observações sobre o cotidiano, sobre os consagrados valores da classe média, enfim, você deve conhecê-la de muito temo atrás, não só pelo recente blog dela emque o seu GGN é citado entre os poucos que ela sugere. (Tive impressão de ver uma comentarista M. Felinto aqui no GGN). O motivo desta sugestão eu repito: para renovação de analistas políticos e também pra não se tornar maçante, sem desvirtuar a linha editorial, claro. Acho difícil (muito embora seja valiosíssima) a presença de M. Felinto (apesar de ela já ter dado sinais de que está ainda mais reclusa, exceto no blog dela em que sse restringe a republicar uma seleção de notícias de alguns outros blogs). – Que tal a sugestão? (Poderias, poderiam ter a gentileza de uma resposta, pro meu email cadastrado, a despeito de alguns comentários meus apressados e indelicados em que renovo desculpa e reconhecimento autocrítico?).

    att

  14. Diálogo e orientação protegem

    Diálogo e orientação protegem crianças de assédio na internet

    Por Giovanna Tavares – iG São Paulo | 

    03/09/2014 05:00Texto  10 pessoas lendo 0Comentários 

    Caso do perfil falso de atriz da novela “Chiquititas” em rede social chama a atenção dos pais para a necessidade de monitorar a segurança dos filhos na rede de computadores

    Aos olhos de uma criança, a internet é um mundo mágico, livre de perigos. A inocência é tamanha que elas não sabem distinguir um perfil falso de um verdadeiro nas redes sociais. E esse risco é muito mais comum do que se imagina.

    Nas últimas semanas, um caso de tentativa de golpe online ganhou repercussão nas redes sociais após uma menina de seis anos ser aliciada por um usuário falso no Facebook. O perfil dizia pertencer à atriz Gabriella Saraivah, que interpreta a personagem Tati, na novela “Chiquititas”, do SBT. O usuário pediu à criança que ligasse a webcam para uma seleção de elenco.

       Imagem da conversa entre usuário falso do Facebook com uma menina de seis anos. As mensagens pararam quando ela ameaçou ligar para a polícia. Foto: Reprodução 

    Em resposta, a menina disse que ligaria para a polícia caso o perfil não fosse verdadeiro. Só depois dessa ameaça as respostas do usuário cessaram. A assessoria de imprensa do SBT precisou emitir uma nota para informar que os testes de atores para as seleções de novelas são realizados apenas dentro da emissora e pela equipe do departamento de elenco do canal.

    Infelizmente, as crianças são alvos fáceis para os “predadores digitais”. “Os riscos da internet para os menores têm relação com o conteúdo impróprio, como pornografia, violência e drogas. O contato com pedófilos e outros criminosos também é facilitado pelo meio digital, já que eles conseguem se passar por qualquer pessoa, até mesmo por outra criança”, explica Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.

    Os riscos não se limitam a casos de pedofilia. Toda a família pode ser exposta a perigos, caso os pais não acompanhem as atividades da criança. Um usuário falso, por exemplo, pode se passar por um amiguinho e pedir informações pessoais, como o endereço do local de trabalho dos pais, da casa e até mesmo se a família possui bens materiais.

    Proteção

    O primeiro passo para garantir a segurança virtual das crianças é questionar se ela já está pronta para ter um notebook ou smartphone com acesso à internet. Até os dez anos, é recomendável que o uso desses aparelhos seja muito restrito e controlado pelos pais. Se cadastrar em redes sociais, então, nem pensar. Passando dessa faixa etária, os filhos podem ter um pouco mais de autonomia, mas sempre na presença de adultos.

    Leia também:
    Como compartilhar fotos dos seus filhos com segurança
    Falando com as crianças sobre pornografia na internet

    Ameaçar o aliciador, como no caso do perfil falso da atriz Gabriella Saraivah, é uma resposta eficaz, já que assusta a pessoa que está do outro lado da tela. Porém, a criança só aprende a se proteger dessa maneira se os pais mantêm um diálogo aberto em casa.

    Essa foi a postura adotada pela blogueira Viviane Pereira, do Mãe Digital. Ela é mãe de Rafaela, 16, e Italo, 10, que sempre tiveram o acesso à internet liberado em casa. Mesmo assim, Viviane não descuidou. Tudo o que eles faziam no computador era monitorado de perto por ela. Rafaela tem mais liberdade hoje em dia, mas a mãe tem acesso irrestrito ao seu notebook pessoal.

    “Além de monitorar, tomei o cuidado de deixar os computadores em áreas comuns da casa. De maneira geral, sempre expliquei os benefícios e riscos da internet. Hoje, oriento meus filhos para que não passem dados pessoais para ninguém e que também não conversem com estranhos”, conta Viviane.

    Com Italo, o cuidado é redobrado. Ela acompanha todos os amigos virtuais do filho, além das publicações deles nas redes sociais. Sempre que uma pessoa tenta adicioná-lo no Facebook ou na PlayStation Network, rede especial para quem joga videogame, Viviane analisa o perfil e dá o veredicto final.

    É quase impossível monitorar tudo o que crianças e adolescentes fazem no computador. Por isso, a dica dos especialistas é buscar ajuda na própria tecnologia. “Existem softwares de controle parental que são próprios para isso. Eles auxiliam os pais nessa monitoração. A grande vantagem é que a criança não consegue acessá-los para desbloquear sites ou filtros específicos”, aconselha Mariano Sumrell.

    Jogo limpo

    Ainda que os pais se utilizem de todas as ferramentas disponíveis, a relação de confiança e proximidade com os filhos é o caminho mais efetivo contra ataques virtuais. Só explicar os riscos que existem na internet não é suficiente. Adultos devem adotar uma postura mais compreensiva, de modo que as crianças se sintam confortáveis para relatar algum desconforto ou problema na rede.

    “Nós recomendamos que os pais prestem atenção às alterações comportamentais dos filhos. Se um agressor mantém contato com a criança, é muito provável que ela esteja sob algum tipo de ameaça para que não conte o que está acontecendo aos adultos. Ela sente medo e passa a se comportar de um jeito mais introspectivo”, reforça Cyllas Elia, especialista em segurança na internet.

    Proibir as crianças de ter qualquer aparelho ou dispositivo com acesso à internet não é uma alternativa válida. A tecnologia já faz parte do cotidiano infantil e pode trazer uma série de vantagens educativas, além de melhorar o relacionamento entre pais e filhos. Basta dividir esses momentos com as crianças e fortalecer os laços de confiança e intimidade.

    Veja ainda:
    Como detectar se seu filho está sofrendo abuso sexual
    Crianças que sofrem bullying desenvolvem sintomas físicos, diz estudo

    Leia tudo sobre: internet • monitoramento • segurança online • redes sociais • criançaTexto 

     

  15. IBOPE

    Nassif,

    Acaba de sair, a vencedora sairá com fórceps.

     

    IBOPE APONTA: DILMA, 37%; MARINA, 33%; AÉCIO, 15%

    :

     

    Luta continua acirrada, com resistência da presidente Dilma Rousseff e alta performance da adversária Marina Silva; situação é de empate técnico em primeiro turno, mas com a candidata do PT marcando quatro ponto além da concorrente do PSB; com 15% e queda de quatro pontos, Aécio Neves confirma isolamento no terceiro lugar; na simulação de segundo turno, Marina abre 7 pontos de vantagem sobre Dilma, com, respectivamente, 46% a 39%; pesquisa anterior mostrava 9 pontos de vantagem entre a candidata do PSB e a presidente

     

    3 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 18:10

     

     

    247 – Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira 3 aponta crescimento de três pontos da presidente Dilma Rousseff, de 34% para 37%, e de quatro pontos de Marina Silva, que avançou de 29% para 33%. A comparação é feita com a última pesquisa Ibope, divulgada no dia 26.

    O candidato do PSDB, Aécio Neves, registrou 15% das intenções de voto, uma queda de quatro pontos em comparação à mostra anterior. Com a pontuação, o tucano confirma isolamento na terceira posição.

    Em uma simulação de segundo turno entre Marina e Dilma, a pessebista venceria a presidente com sete pontos de vantagem, por 46% a 39%. Entre Dilma e Aécio, a vitória seria da petista, por 47% a 34%. Na pesquisa anterior, Marina também seria eleita, mas com nove pontos de vantagem: 45% contra 36% de Dilma. 

    O levantamento, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, foi feito entre domingo 31 e terça-feira 2.

     

  16. O Fascismo Cotidiano na Vida

    O Fascismo Cotidiano na Vida de Camila Jourdan

    Lincoln Secco

    (Professor Livre Docente da FFLCH – USP)

    http://gmarx.fflch.usp.br/node/46

    Não é preciso ser muito crítico para perceber a gravidade da perseguição política que o judiciário brasileiro tem exercido contra os militantes políticos que ousaram “continuar junho”.

    Na Democracia Racionada o poder executivo pode reprimir com violência protestos sociais, mas a sua ilegalidade é tão flagrante que a perseguição costumeira é deixada ao próprio poder judiciário.

    Assim, inimigos políticos são marcados pelas leis do crime comum, afinal vivemos numa democracia…

    Recentemente, o juiz responsável pelo caso dos ativistas processados pelos atos contra a Copa no Rio de Janeiro indeferiu um pedido da professora Camila Jourdan (UERJ) para ir à Universidade Federal da Grande Dourados (MS) dar uma palestra.

    Como já se sabe, Camila é uma acadêmica especializada na obra de Wittgenstein. É parte inseparável do exercício de sua profissão o diálogo com colegas pesquisadores de outras universidades. A justificativa do árbitro (vamos chamá-lo assim) é que a atividade de dar palestras não é essencial ao exercício da atividade profissional.

    Camila declarou que “o magistrado está muito mal informado sobre o que é essencial ao exercício da minha profissão”. De fato, não se espera que ele entenda a relevância do estudo do Tractatus de Wittgenstein.

    Todavia, o juiz do caso não precisa estar informado. Ele já sabe o resultado de qualquer julgamento a priori. E já conhece os procedimentos usuais para cercear não apenas o direito de sua vítima à defesa. O sistema judiciário que ele representa precisa mais. Deve vigiar cada passo de seus perseguidos. Na Democracia Racionada o objetivo é perseguir indivíduos para espalhar o exemplo do terror de Estado seletivo. A ameaça perene é certamente aos movimentos dos quais eles fazem parte.

    A decisão arbitrária poderia ser um ataque ao bom senso tanto quanto a prisão de militantes que portam garrafas plásticas em suas mochilas. Mas ela é mais do que isso. Sua desfaçatez é ensaiada. Ela quer nos contar algo que está na sua forma e não no conteúdo: eles podem tudo, sob o amparo da lei e o comentário anódino dos jornais (locus fundante do fascismo cotidiano).

    Afinal, regurgitam os “meios de comunicação”, tudo foi feito na mais perfeita legalidade…

     

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