Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. FRIKA,  A TEMIDA RAINHA DA

    FRIKA,  A TEMIDA RAINHA DA GRECIA – A historia da Grecia moderna como Pais começa na terceira decada do Seculo XIX quando com apoio britanico a Grecia se libertou do dominio otomano, que ja durava 300 anos. A libertação contou com a inspiração de Lord Byron e com a cobertura da Marinha britanica. O novo Pais independente precisava de uma Monarquia e os ingleses escolheram dentro do seu circulo de parentes dinasticos, os Hanover e os Schleswig-Holstein, duas dinastias alemãs da melhor qualidade que depois se imbricam nos Hohenzollern, os Imperadores da Alemanha apos 1870, a Rainha Frederika é neta do Kaiser Guilherme II. Basicamente os reis gregos

    são de uma linhagem dinamarquesa.. A Monarquia teve altos e baixos e quase cai do poder na guerra greco-turca de 1923 quando o que se pensava ser uma enfraquecida Turquia estava na realidade longe de ser um pareo facil. A Turquia republicana ganhou a guerra, eliminando todos os vestigios de presença grega na Asia Menor, cidades que ha milenios eram gregas na costa turca, como Smyrna e Efeso (cidade onde nasceu São Paulo) tiveram suas grandes populações gregas massacradas e expulsas, resgatadas por navios americanos e ingleses.

    O pior estava por vir, a invasão italiana e depois alemã durante a Segunda Guerra, em seguida uma guerra civil que durou de 45 a 49, com a vitoria comunista só evitada porque Stalin deu ordem para os comunistas não ocuparem o poder em Atenas. A Monarquia que tinha fugido para Creta, depois para a Africa do Sul e em seguida para o Egito, retornou no rescaldo o pos guerra, contestada e enfraquecida mas com toral apoio anglo-americano.

    De crise em crise a Monarquia chega a 1973 sem prestigio e o Rei Constantino, filho do Rei Paulo e da Rainha Frederika é deposto pelo Exercito e vai para o exilio, começando então uma ditadura pesada, chamada “”dos coronéis”.

    Com uma lenta reconstituição democratica a Grecia caiu sob uma serie de maus governos, ingressa na União Europeia, adota o Euro e com os donativos da UE para os paises mais fracos se ilude e passa a torrar dinheiro em aumento de salarios de funcionarios publicos e outras esbornias até quebrar.

    É um Pais de baixo nivel de governança e instituições politicas frageis e corruptas.

    Tem todavia grandes ativos, a maior frota mercante do mundo, grande industria de turismo, de refino de petroleo, de cimento.  O relançamento de sua economia depende de uma reestruturação da divida com o BCE e o FMI e de bom governo. Resta saber se o atual eleito terá essa liderança para recomeçar a vida grega dentro da normalidades.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Frederica_of_Hanover#mediaviewer/File:Frederika_of_Greece_1.jpg

  2. Ao contrário roda nas redes sociais, a gasolina no Brasil

    A minha intenção aqui não é estar contestando fulano ou sicrano e sim a de checar a informação

    Na Era da TV engoliamos de forma passiva as informações que nos enfiavam goela abaixo mas a Era da TV já passou

    Agora pensamos e duvidamos mais diante das notícias e isso é bom.

     

    Ao contrário roda nas redes sociais, a gasolina no Brasil não é a mais cara do mundo, pelo contrário, dentre 60 paises, é uma das mais baratas. É que roda por ai um meme informando que nos EUA a gasolina custa 1 real, o que não é verdade, pois lá o preço varia diariamente e de posto a posto os preços mudam muito, em muitos Estados os postos de não tem empregados empregados uma vez que o próprio motorista abastece seu carro. isso reduz o custo para o posto embora as custas de menos emprego para os cidadãos

    Os preços no mundo: Tabela de 2014, não tenho-a atualizada

    http://oglobo.globo.com/infograficos/preco-da-gasolina-60-paises/?redirect-mobi=false

     

    O preço da gasolina nos EUA

     

    https://www.youtube.com/watch?v=RjGRvWvivvM

  3. Alguma dúvida de que é isso mesmo?

     

    CARVALHO: ‘QUEREM NOS LEVAR AOS TRIBUNAIS’

     

     

    :

     

    Ex-ministro Gilberto Carvalho saiu em defesa do ex-ministro José Dirceu; citado recentemente na Operação Lava Jato e condenado na AP 470, ele afirma que as acusações contra Dirceu seriam uma tentativa da oposição de criminalizar o partido e impedir a volta de Lula em 2018: “Eles querem nos levar para as barras dos tribunais. O envolvimento do Zé (Dirceu) agora de novo é tudo na mesma perspectiva”, disse; “Não vamos subestimar a capacidade deles para nos criminalizar, nos identificar com o roubo, para nos chamar de ladrão, para tentar impingir em nós uma separação definitiva em relação à classe média, para tentar nos isolar e inviabilizar em 2018 a candidatura do Lula, seja politicamente, seja judicialmente”

     

    27 DE JANEIRO DE 2015 ÀS 05:13

    247 – Em encontro com militantes petistas na noite desta segunda-feira, o ex-ministro Gilberto Carvalho saiu em defesa do ex-ministro José Dirceu. Citado recentemente na Operação Lava Jato e condenado na AP 470, ele afirma que as acusações contra Dirceu seriam uma tentativa da oposição de criminalizar o partido e impedir a volta de Lula em 2018.

     

    “Eles querem nos levar para as barras dos tribunais. O envolvimento do Zé (Dirceu) agora de novo é tudo na mesma perspectiva. E a leitura que se impõe diariamente na cabeça do nosso povo é essa de que a corrupção nasce conosco e por isso não temos condição de continuar governando o país”, disse.

    “Tem uma central de inteligência disposta a fazer o ataque definitivo ao Partido dos Trabalhadores e nosso projeto popular. Não vamos subestimar a capacidade deles para nos criminalizar, nos identificar com o roubo, para nos chamar de ladrão, para tentar impingir em nós uma separação definitiva em relação à classe média, para tentar nos isolar e inviabilizar em 2018 a candidatura do Lula, seja politicamente, seja judicialmente”, acrescentou.

    Quanto ao suposto conluio de empresas para desviar dinheiro público, ele afirmou que “são empresas que se unem e corrompem funcionários de uma estatal para auferir lucros, fazer lavagem de dinheiro. A contribuição política é apenas um pequeno capítulo do grande crime que é todo o processo do acerto entre as empresas que fazem seu cartel, como fizeram no metrô em São Paulo e fazem na Petrobras”, disse.

  4. Como o império apoia a crueldade

    O “exército islâmico” dos Estados Unidos.

    26 de janeiro de 2015 | 13:32 Autor: Fernando BritoFonte:   http://tijolaco.com.br/blog/?p=24405

    saudita

    Recebo, do meu velho professor Nílson Lage, um interessante resumo das práticas do governo da Arábia Saudita, maior aliado (militar, inclusive) dos EUA no Oriente Médio.

    Apenas sete pontos, que não causam escândalo na mídia mundial.

    Todos práticas oficiais do Rei Abdullah, pranteado pelo Ocidente como grande governante.

    1. Nada de eleições, nada de partidos, nada de oposição.

    2. Decapitação, amputação de membros ou chicoteamento público de acusados de crimes, “infiéis” ou opositores políticos e religiosos.

    3. Nepotismo oficial, com bons empregos e renda  garantidos para os 7.000 parentes da dinastia Saud.

    4.O poder passa de pai para filho ou de irmão para irmão e as brigas de família levaram até a uma revolta de sobrinho e um assassinato real “familiar”.

    5. A tortura é legal, na polícia e na Justiça. Tanto que, em 2013, um homem foi condenado a ficar paraplégico como punição.

    6. 5. As mulheres não têm direitos, até pouco tempo eram “legalmente” espancadas e até dirigir um automóvel lhes é proibido.

    7. Financia, nas palavras de ninguém menos que Hillary Clinton, o terrorismo internacional: “Al Qaeda,  Taleban,  LeT [o grupo Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão] e outros grupos terroristas”, disse ela.

    Alguma diferença com o “Estado Islâmico” que os EUA e a Europa bombardeiam, literalmente, nas areias da Síria?

    Só o fato de serem os melhores amigos dos EUA.

     

     

  5. A Globo sendo apenas a Globo
    Alteração no escudo do Red Bull pelo Sportv lembra propagandas autoritárias

    Mauricio Stycer

    Considerado essencial ao esforço de modernização dos esportes no Brasil, o investimento e o patrocínio de empresas em equipes esbarra, já há mais de 20 anos, em um obstáculo aparentemente intransponível. Na visão de alguns veículos de comunicação, a exposição de marcas associadas a nomes de times ou estádios é entendida como publicidade disfarçada.

    O problema é bem complexo e envolve diferentes interesses e pressões. O que uma emissora de televisão, que pagou (e caro) pelos direitos de transmissão de um evento esportivo ganha ao citar, sem remuneração alguma, o nome de uma equipe esportiva que é também uma marca?

    A Globo, por seus investimentos no setor, é obrigada a lidar com este problema mais do que ninguém. Nas transmissões de vôlei do SporTV, por exemplo, já virou regra trocar o nome das equipes, atreladas a patrocinadores, pelos nomes das cidades onde estão baseadas.

    Os nomes dos novos estádios de futebol (ou “arenas”) também têm sido alterados por diferentes veículos de comunicação no esforço de não mencionar as marcas que pagaram milhões de reais para batizá-los por longos períodos.

    Foi o que ocorreu, mais uma vez, neste domingo (25), na transmissão de Palmeiras e Red Bull Brasil no Allianz Parque. A equipe virou RB Brasil e o estádio, como já havia acontecido antes, foi chamado de Arena do Palmeiras.

    Mais feio, porque mais visível, foi a manipulação de imagens, efetuada no escudo da equipe. O SporTV simplesmente eliminou o nome que aparece no distintivo oficial do Red Bull Brasil.

    O recurso lembra a manipulação de imagens feitas por regimes políticos autoritários, com o objetivo de reescrever episódios da história. O expediente ficou famoso por se tornar prática, por exemplo, no regime de Josef Stalin (entre 1922 e 1953), na então União Soviética. Políticos que caiam em desgraça por conflitos com o líder eram imediatamente eliminados de fotografias oficiais.

    Vale lembrar que a Globo não está sozinha nesta apelação. Só para lembrar um caso famoso, em 2000 o “Lance!” apagava das imagens de sua capa a marca Pepsi-Cola estampada na camisa do Corinthians.

    Este tipo de manipulação sempre pega mal. Antes da Copa de 94, nos Estados Unidos, a Globo foi ridicularizada ao transmitir um amistoso da seleção sem mostrar as placas colocadas nas laterais do campo – elas mostravam uma marca de cerveja que patrocinava a CBF, mas a emissora era apoiada por uma marca rival. Sempre que a bola chegava perto da lateral, para evitar mostrar as placas no topo da tela, a câmera enquadrava os jogadores da cintura para baixo.

    Mauricio Stycer
    Do UOL, em São Paulo

  6. Morre a atriz e cineasta Suzana de Moraes

     

     Suzana Moraes em foto de 2008 – Marcos Ramos / Agência O Globo

    (Rio de Janeiro, 5 de agosto de 1940 ─ 27 de janeiro de 2015) 

    Morre a atriz e cineasta Suzana de Moraes

    Do O Globo

    RIO – A atriz e cineasta Suzana de Moraes, de 74 anos, morreu nesta terça-feira. Filha de Vinicius de Moraes, Suzana sofria de câncer no endométrio. Ela oficializou em 2010 seu relacionamento com a cantora e colunista do GLOBO Adriana Calcanhotto, com quem esteve por mais de 25 anos.

    Suzana estava internada na clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o dia 5 de janeiro. Segundo o oncologista Bruno Nahoum, às 5h desta terça-feira, Suzana foi vítima de infecção respiratória, em decorrência do câncer.

    No ano passado, em entrevista a Ana Maria Braga, Adriana comentou sua relação com Suzana e a luta da mulher contra o câncer. Como atriz, Suzana participou de produções como “O gigante da América”, de Júlio Bressane, de 1978, e da série “Véu de noiva”, exibida pela TV Globo em 1969.

    Mais velha dos cinco filhos do poetinha, Suzana nasceu do primeiro dos nove casamentos do músico. Foi uma das principais responsáveis pelo espólio do pai, reunindo os irmãos Pedro, Georgiana, Luciana e Maria em torno da obra de Vinicius, e comandando as homenagens a ele em seu centenário, em 2013.

    Sua última atuação foi no drama “Perfume de gardênia”, de Guilherme de Almeida Prado, lançado em 1992. Como diretora, assumiu os shows “Adriana Partimpim Ao Vivo” e “Adriana Calcanhoto – Público”, de sua parceira. Produziu o documentário “Vinícius de Moraes – Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores”.

     

     

  7. Mario Soares sobre a Grécia

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    Viva a Grécia!

    por MÁRIO SOARES   Hoje

    A Grécia é sem dúvida o Estado ao qual os europeus mais devem antes de Roma. Mas foi muito maltratada pela Alemanha da senhora Merkel, quando se atreveu a mandar na União Europeia e em primeiro lugar na Irlanda, por pouco tempo, diga-se, e finalmente na Grécia, em Portugal, em Espanha e noutros Estados do Sul. Impôs a todos a chamada austeridade, que os foi destruindo pouco a pouco. Austeridade que mata, como disse o Papa Francisco com a sua sagacidade.

    No domingo passado tive a grande alegria de assistir à vitória de Alexis Tsipras, de quem sou amigo e que tanto admiro. Realmente, tratou-se de uma vitória impressionante, que não só muda a Grécia como vai ter um grande impacto em toda a União Europeia.

    É óbvio que a vitória de Tsipras provocou reações em toda a União Europeia, por um lado de entusiasmo e para a direita uma obrigação de refletir de modo a mudar as políticas que tem vindo a seguir e, obviamente, a austeridade, que tantos malefícios tem provocado.

    A União Europeia está a mudar, como se tem visto, por exemplo, com a posição de Mario Draghi, ilustre economista e presidente do Banco Central Europeu. E o êxito extraordinário que Alexis Tsipras conseguiu no domingo passado vai ajudar imenso. Tenhamos, pois, como sempre disse, esperança, porque melhores dias virão. Inevitavelmente.

    ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

    Foi em outubro de 2013 que li o livro de Stephen Emmott, professor ilustre da Universidade de Cambridge, Dez Mil Milhões – Enfrentando o Nosso Futuro.

    Apercebi-me então do que seria a dramática situação do planeta se a ganância da globalização dos mercados continuasse, sem regras, em busca do petróleo, furando a terra e provocando trágicas consequências nos oceanos, a que infelizmente temos vindo a assistir nos últimos anos.

    Daí, seguramente, a razão por que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um político de uma inteligência e visão extraordinárias, fez baixar o preço do petróleo por toda a parte, tentando ao mesmo tempo limitar a fúria dos oceanos e a consequente formação de gelo que este ano, excecional, atingiu as duas costas dos Estados Unidos e outros continentes.

    No ano passado, o mar, em Portugal, destruiu grande parte das nossas praias. Mas se este ano isso se repetisse – e não gostaria que isso acontecesse – ficaríamos sem praias e sem turismo.

    Daí que seja necessário que os cientistas que ainda nos restam e que se interessam por esta área se imponham e responsabilizem o governo pela prevenção dos impactos negativos das alterações climáticas, que tendem a agravar-se.

    OUTRA VEZ SÓCRATES

    Completaram-se dois meses de prisão no dia em que o fui visitar de novo ao Estabelecimento Prisional de Évora. Consegui entrar quando só lá estavam, à minha chegada, dois jornalistas de serviço. Mas à saída encontrei bastantes mais. Com certeza pagam-lhes para isso…

    Sócrates está na mesma, com a energia e dignidade de sempre, e o juiz que o tem maltratado, Carlos Alexandre, não tem conseguido encontrar nada que o possa comprometer. Nada é mesmo nada! Pelo menos nunca o disse. Contudo, o ex-primeiro-ministro José Sócrates continua preso. Porquê? E até quando?…

    Dizem os advogados que o conhecem que o juiz citado é muito vaidoso. Mas sairá muito mal no conceito de todos os cidadãos que conhecem e admiram José Sócrates e que cada vez são mais neste pobre Portugal.

    Sócrates está mais firme. E eu, que sou seu amigo e na ditadura fui várias vezes preso, cada dia o admiro mais, tal como ao seu ilustre advogado, João Araújo, que com tanta inteligência, coragem e lucidez o tem defendido.

    O QUE RESTA A PORTUGAL

    O governo de coligação que nos rege e que tem gozado sempre da proteção do Presidente da República, Cavaco Silva, tem estado completamente paralisado e sem norte nos últimos meses.

    Compreende-se que assim seja porque Portugal está completamente arruinado. Muitos dos nossos melhores cérebros emigraram e os que restam e têm a coragem de dizer a verdade não são ouvidos e têm os seus telefones controlados.

    Há hoje em Portugal determinadas polícias que fazem lembrar a antiga PIDE…

    Entre os jornalistas que são ou foram independentes há vários que perderam os seus lugares e outros infelizmente – a vida é dura – adaptaram-se…

    A coligação, tenho-o dito várias vezes, não se entende. Mas quando o presidente do governo fala duro, obedece. O ministro da Economia tem sido uma boa prova disso, mudando de opinião quando lhe abrem os olhos…

    Os ministros obedecem mas estão mais ou menos paralisados. Alguns têm sido verdadeiras catástrofes, como a ministra da Justiça e os ministros da Educação, da Defesa, da Economia, dos Negócios Estrangeiros e, neste último ano, o da Saúde. De resto, nunca houve tantas mortes e tão poucos médicos e enfermeiros para as evitar. Quanto aos outros, estão calados e certamente fazem pouco. Mas ninguém se demite. Certamente por medo.

    Há uma ministra que tem obviamente categoria, Maria Luís Albuquerque. Mas obedece sempre ao primeiro-ministro.

    O mais importante é que em três anos o atual governo destruiu Portugal sem mostrar ter a mínima visão que seja de patriotismo. Vendeu Portugal aos chineses e agora, no caso da PT, nada fez para evitar que fosse comprada por uma empresa francesa, quando Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, portanto uma lusófona, foi impedida, sabe-se lá porquê, de comprar a PT.

    Falta, por último, vender a TAP, tão importante para Portugal e para todos os países lusófonos. É um governo que não tem sentido de patriotismo nem da importância da lusofonia. Pior, é, como se tem visto, antipatriótico. E por isso tem vindo a destruir, sem hesitação, este pobre Portugal. Nunca houve um governo no passado, mesmo na ditadura, que tivesse procedido assim.

    Veremos como, depois de lhe ter pago tantos juros, vai ter dinheiro para pagar o que ainda deve à troika… Vai ser dramático…

     

  8. Segurança Pública

    “Nação de criminosos” e também de incompetentes

    O Secretario de Segurança, Mariano Beltrame, perdeu uma grande oportunidade de ficar calado. Acuado pelos números da violência, bradou: “Nação de criminosos!”. Mas os resultados de sua política de segurança mostram também uma grande incompetência.

    Sua política de segurança já elegeu vários governadores principalmente por conta das UPP’s, mas os resultados são pífios para a maioria da sociedade.  São 17 pessoas atingidas por bala perdidas nos últimos 10 dias, alguns óbitos e, lamentavelmente, cinco das vítimas são crianças.

    A polícia e a justiça parecem priorizar a segurança contra os movimentos populares. Movimentos que chegaram em junho do ano passado a reunir milhões de pessoas no centro do Rio, para questionar o preço e a qualidade das tarifas de transportes, de luz e os preços dos pedágios. Esses movimentos minguaram! Será que a sociedade está satisfeita com a qualidade e o preço desses serviços? Vale lembrar que esses movimentos conseguiram congelar vários preços de tarifas. Talvez por isso não possam mais acontecer.

    A policia, a justiça e o ministério público, com apoio da mídia, plantaram um terrorismo na sociedade transformando todo ativista dos movimentos sociais em vândalo. Quem deve estar muito satisfeito com a política de segurança pública são os donos das empresas de ônibus, do metrô, dos trens das barcas, das operadoras de energia e de pedágios. Aliás, esses setores financiam, através de polpudas doações, os governos e os políticos que os protegem.

    Enquanto os empresários fazem a farra do preço das tarifas, os bandidos estão livres, leves e soltos, disputando espaço para o tráfico e trocando balas com a polícia no meio do povo. E a nossa polícia, Ministério Público e a justiça, com apoio da mídia, continuam a apertar o cerco contra os movimentos populares. Querem transformar, por exemplo, a manifestante Eliza Quadros, conhecida como “Sininho”, num mostro, como um godzilla a ameaçar toda uma cidade, com essa farsa querem calar todo o movimento social que busca nas ruas uma outra sociedade, principalmente mais justa e fraterna.

    Havemos de convir, na verdade, a segurança pública em nosso estado funciona muito bem para proteger o grande capital, já os bandidos se fortalecem, em alguns casos, com apoio da própria polícia. Agora a população vive uma incontestável “Insegurança Pública!” 

    Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros.

     

    Rio de Janeiro, 27 janeiro de 2015;

     

    Fonte: Jornal O Dia de 27/01/15

     

     

  9. Governo prefere aumentar

    Governo prefere aumentar transporte a taxar donos de iates e jatinhos

    http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2015/01/27/governo-prefere-aumentar-transporte-a-taxar-donos-de-iates-e-jatinhos.htm Lucio Gregori

    Lucio Gregori

    Especial para o UOL27/01/201506h00

    O governo recentemente anunciou aumentos da Cide e do PIS/Cofins da gasolina, do IOF em empréstimos e financiamentos para pessoa física, ajustes em benefícios – como seguro desemprego -, e aumento na taxa de juros (de 11,75% para 12,5 %).

    Com essas medidas, o ministro da Fazenda diz ser necessário cortar subsídios. Convém lembrar que há subsídios e subsídios, como diria o conselheiro Acácio, personagem de “O Primo Basílio”, de Eça de Queiróz. De quais subsídios fala Joaquim Levy?

    Em Davos, ele declarou que “a maioria das pessoas no Brasil está preparada para pagar por serviços”, tendo acrescentado: “as manifestações de 2013 pediam um governo melhor, e não um governo maior”.

    Será que o ministro entendeu mesmo a voz das ruas? Por que os bancos, os milionários, as altas rendas, as grandes fortunas, as heranças volumosas, os iates e os jatinhos não sofrerão ajuste tributário?

    Ao mesmo tempo, hoje (27) deverá ocorrer uma quinta manifestação do MPL (Movimento Passe Livre), em São Paulo, contra os reajustes de tarifas do serviço de transporte coletivo e reivindicando maior subsídio para a tarifa. Ou será que são manifestações de uma minoria de brasileiros que não pode pagar por serviços públicos, usando o mesmo raciocínio do ministro?

     

    Carlos Barretta/Folhapress Lucio Gregori fala em aula aberta organizada pelo MPL, em junho de 2013

    O leitor pode se perguntar por qual razão interligo essas duas notícias e a resposta é simples. Eles são a evidência de que em nosso querido Brasil certas coisas caminham rapidamente e outras não. Parece até trocadilho, já que o assunto do texto é mobilidade urbana.

    O mês de junho de 2013 explicitou que a questão da mobilidade e do transporte público é uma ampla disputa política. Tal disputa também envolve novas formas de participação da população, além do voto e de captação de recursos para o Estado, que possam garantir serviços públicos de efetivo acesso universal e de boa qualidade, algo que envolve subsídios.

    Assim é em países como Argentina, Chile, México, China, França, Alemanha, Espanha, EUA etc, nos quais o nível de subsídios para a tarifa do transporte público pode chegar a até 60%. No Brasil é de cerca de 15%. Dessa forma, em Buenos Aires trabalha-se 2,6 minutos para pagar uma tarifa e, em Paris, 4,5. Já em São Paulo, uma tarifa é paga com 13,3 minutos de trabalho.

    Estudos sobre a tarifa

    Em 2013, a presidente Dilma chamou os jovens do MPL para ouvir suas demandas e eventuais sugestões. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) fez, pelo menos, dois estudos com propostas sobre a questão; a Frente Nacional de Prefeitos fez um conjunto de propostas com o objetivo de subsidiar as tarifas dos transportes urbanos e o projeto do Reitup (Regime de Isenções Tributárias no Transporte Coletivo Urbano) foi votado no Congresso Nacional e sancionado pela Presidência. Alguns “especialistas” estimavam uma redução na tarifa de até 15%.

    Enquanto isso, a prefeitura de São Paulo e a Unica (União da Indústria da Cana de Açúcar) pediram à Fundação Getúlio Vargas um estudo sobre a Cide e os subsídios à tarifa de transporte público. De acordo com o estudo encomendado, no caso mais extremo, com aumento da Cide em R$ 0,50 e com o total do tributo revertido para o subsídio às tarifas no território nacional, teríamos cerca de 68% da tarifa subsidiada.

    Sendo assim, como o preço do transporte coletivo entra no cálculo inflacionário, esse decréscimo nas tarifas resultaria em uma queda de 1,1 ponto na inflação. Nesse caso, a tarifa atual, de R$ 3,50, cairia para cerca de R$1,12.

    Além disso, a Câmara Federal aprovou a PEC 90, da deputada Luiza Erundina, que torna o transporte um direito social nos termos do artigo sexto da Constituição. E a sua sequência, a PEC 74, aguarda que seja colocada em votação pelo presidente do Senado.

    Vários movimentos sociais e populares fizeram propostas na mesma direção das institucionais listadas acima. É o caso, por exemplo, do movimento Mobilidade Brasil, que criou propostas envolvendo mudanças tributárias sobre combustíveis – que diferem da Cide. O movimento também propõe mudanças sobre o IPVA, estendendo-o a helicópteros, iates e jatinhos, e a criação de outros impostos, a exemplo de um sobre grandes fortunas.

    E então, o que aconteceu? Praticamente nada. E quando acontece algo efetivo, por exemplo no caso da Cide, passa ao largo das reivindicações da Frente Nacional dos Prefeitos. E muito mais longe ainda daquelas da voz das ruas.

    A impressão é de que os governos se tornaram gerentes. A palavra gestor é usada e substitui a ideia de governo que governa. E na democracia se deve governar segundo a vontade da maioria da nação.

    Pensando bem, quem está fazendo política para valer no país é o MPL, reivindicando politicas de governos, e não de gerência. O resto parece estar “gerenciando”, resta saber para quem.

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