Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. Terrorismo: A Globo tenta levar o pânico ao Brasil inteiro

    Bloqueio nas estradas faz acabarem comida e combustível, diz a Globo. Só que não…

    26 de fevereiro de 2015 | 23:06 Autor: Fernando Britohttp://tijolaco.com.br/blog/?p=25025

    camiao

    Do Facebook do simpático professor catarinense Pedro Cabral Filho, com os links dos vídeos a que ele se refere, para você ver que não tem exagero.

    É a Globo (RBS, lá) em mais uma sessão de “o mundo está se acabando”.

    Chega a dar vergonha de ser jornalista: ser desmentido ao vivo pelas pessoas que estão sendo entrevistadas, na ânsia de incutir o pânico na sociedade.

    Diz o Pedro:

    Péssimo dia Santa Catarina. Na sua campanha do vale tudo contra o governo Dilma o jornaleco matinal da RBSteira, mau dia Santa Catarina de hoje de manhã repercutiu assim a greve dos caminhoneiros:
     

    – Faltará comida no Estado e o desabastecimento já começou nos supermercados de Itajaí.
    Diz a antara, ou ancora.
     

    – Vamos direto com a repórter Tal diz:
     

    – Estou aqui com o Sr. Fulano, do sindicato dos supermercados. Como está o desabastecimento?
     

    – Não existe desabastecimento em Santa Catarina. Cuidado com esta campanha de apavoramento, isso não acontece aqui.
     

    A repórter gagueja e tenta reverter a pergunta. O entrevistado volta a afirmar que a paralização está acabando e está tudo regular.
     

    – Pois é, é com vocês do estúdio.
    Não satisfeitos e com a pauta do ódio, a metralhadora é virada para os postos de gasolina.
     

    – Já falta gasolina em Santa Catarina, principalmente no Oeste do Estado. Vamos conversar com o Sr. Sicrano, representante das empresas de distribuição. 
     

    – Já falta combustível nos postos de Florianópolis e região? Dizia a coitada da repórter.
     

    – Claro que não. Florianópolis é abastecida pela região de Biguaçu e isso não tem a menor condição de acontecer.
     

    – Mas a gasolina irá aumentar. Diz a tansa.
     

    – Como? Uma coisa não tem relação com a outra.
     

    A tola retorna para o estúdio e as caras de “puta que pariu” não deu certo, dava até vergonha. O difícil é que a sutileza apresentada não é para todos. Por isso continuo afirmando que educação é tudo. Ler torna a gente mais inteligente, mais esperto e perspicaz. Dói, mas é prazeroso.

    Conferi os vídeos: com uma palavra a mais ou a menos, é isso mesmo: a nítida tentativa dos repórteres de levar os entrevistados a pintarem o inferno de  Dante.

    Foi a época em que jornalismo se fazia com notícia….

     

     

     

  2. https://jornalggn.com.br/notic

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-quadro-falso-na-parede-e-a-desvalorizacao-da-petrobras-por-motta-araujo

    O REBAIXAMENTO DO RATING DA PETROBRAS – O rebaixamento da nota da Petrobras pela agencia Moody´s é o corolario natural da situação criada pelo circo sobre a corrupção na empresa. Não foi a corrupção em si, que já existia ha muito tempo, foi a revelação dela de forma viciosa e extremamente negativa, não como um acidente e sim como um pecado estrutural, uma especie de cancer incuravel. A revelação chocou o mundo, saiu em toda a imprensa economica mundial repetidas vezes e continua saindo.

    Em meu artigo acima expliquei como os grandes museus do mundo quando descobrem que tem quadros falsos ficam de bico calado porque a revelação de que foram enganados desvalorizaria toda a coleção. A revelação, pior do que isso, a ESCANDALIZAÇÃO de que a Petrobras foi vitima de corrupção por empreiteiras, feita a partir de vazamentos do processo criminal,  foi a cusa da queima da imagem da Petrobras. As revelações desencadearam uma serie de desdobramentos negativos, desde a recusa dos auditores em assinar o balanço até uma serie de grande quantidade de reportagens na imprensa internacional que puseram abaixo a imagem da empresa.

    O ambiente de prisões sem fim e sem prazo criaram um clima de terror na empresa, pelo qual ninguem mais assina contratos e menos ainda autoriza pagamentos, o que está levando fornecedores à quabra, cancelamento de encomendas, suspensão de projetos e encomendas, o que se deve ao remédio, a operação Lava Jato e não à doença da corrupção que só se extinguirá pela mudança das regras de governança da Petrobras, o que ninguem pediu.

    Qualquer empresa mesmo sólida, que coloque na janela uma serie infindavel de malfeitorias, incapacidade gerncial, corrupção vai à lona e pode desaparecer. Sendo uma empresa estatal trata-se algo inédito, grandes empresas estatais sofreram crises até maiores mas não foi oferecido ao mundo tal espetaculo de autodestruição.

    Parece que os juizse e promoteres se comprazem desse show de horrores o que mostra competencia deles.

    Só que o resultado subsidiario é a destruição da empresa que eles pretendem salvar.

    Ao que tudo indica tal resultado não os incomoda minimamente, vão ter um processo vitorioso, o restão não é problema deles.

    A questão do rating é uma mistura de avaliação objetiva por indices e analises de numeros e de uma percepção subjetiva. A propaganda negativa feita pelo MP e Judiciario contra a PETROBRAS não poderia ser pior. É um programa para destruir uma empresa, não sobra nada. Foram suspensas ou canceladas as encomendas de sondas e navios, o Estaleiro Atlantico SUl, o maior do Pais, praticamente fechou, o do Rio Grande, com grande encomenda de sondas, já dispensou grande parte dos operarios, foram cancelados projetos no valor de R$11 bilhões em todas as areas, a Sete Brasil, empresa que iria operar a compra e leasing de sondas do pre-sal, não recebe nada e não paga os estaleiros, só esta faltando a Lava Jato lacrar a sede da Petrobras para salva-la do mal, emabixo de sete palmos de terra.

     

  3. Mujica, ah! o Mujica…

    “O poder não muda as pessoas, apenas revela quem elas realmente são.”

    “Pobres não são aqueles que têm pouco, são aqueles que querem muito. Eu não vivo na pobreza, vivo com austeridade, faço renúncias. Preciso de pouco para viver.”

    “Se eu tivesse muitas coisas, teria de lidar com elas. A verdadeira liberdade está em consumir pouco.”

    “A economia suja, o tráfico de drogas, a fraude e a corrupção são pragas contemporâneas protegidas por essa inversão de valores, essa que sustenta a ideia de que somos mais felizes se enriquecermos seja como for.”

    “Desperdiçamos dois bilhões de dólares por minuto em gastos militares no mundo inteiro. Dizer que não tem dinheiro é falta de vergonha na cara.”

    (José Alberto Mujica Cordano, conhecido como Pepe Mujica … Mujica – Presidente do Uruguai)

    trechos “pinçados” do DW :http://www.dw.de/not%C3%ADcias/s-7111

     

  4. O papel da imprensa na

    O papel da imprensa na desconstrução de uma Nação.

    Nação é a reunião de pessoas com consciência de sua própria unidade. Uma nação se mantém unida pelos hábitos, tradições, língua e consciência nacional. O elemento dominante deve ser a convicção de um viver coletivo. Nação não se anula mesmo ela sendo dividida em vários estados.

    A cobertura do resultado das últimas eleições.

    Ao massificarem a noção de um país dividido e darem ampla repercussão às palavras segregacionistas de FHC e outros membros do PSDB a mídia teve como objetivo deslegitimar as eleições e quebrar com a espinha dorsal da formação de uma nação; o conceito de unidade, consciência nacional e viver coletivo.

    Quando Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente e liderança histórica do PSDB, afirmou em entrevista ao portal UOL, que os eleitores do PT eram menos informados e que coincidiam também de serem os mais pobres, acirrou o descontentamento com o resultado das eleições e o que se viu a seguir foram uma série de manifestações de não aceitação do resultado das eleições e o aumento da agressividade de uns contra outros.

    Esqueceram, no entanto, que nos EUA há igual divisão de votos e que em São Paulo com eleitores diversos em suas classes e formação conferiram a vitória à Aécio Neves.

    O partido do candidato derrotado foi além, segundo o portal G1, da rede Globo:

    PSDB pede ao TSE auditoria para verificar ‘lisura’ da eleição

    g1.globo.com/…/psdb-pede-ao-tse-auditoria-para-verificar-lisura-da-elei…

    30 de out de 2014 – O PSDB entrou nesta quinta-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) … questionando a veracidade do resultado das eleições e diz que a …

    A cobertura da corrupção no País

    Nos tempos do mensalão a cobertura da mídia focou a corrupção como sendo um problema isolado do partido PT, mesmo tendo o mesmo alicerce do mensalão tucano;  Marcos Valério e seus sócios e o Banco Rural.

    No caso da corrupção da Petrobrás não se falou que as empresas envolvidas realizam contratos com todas as esferas, seja Federal, Estadual e mesmo Municipal. Omitiram as trajetória dos diretores da empresa, todos funcionários de carreira e ocupando cargos de direção mesmo antes dos governos do PT como, por exemplo, Nestor Cerveró que exerceu vários cargos de direção na Petrobras entre 1975 e 2014 e Paulo Costa:

    paulo_roberto

     

    A imprensa esqueceu de informar que o problema da Petrobrás remonta de anos como detonou Paulo Francis:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=372q8hn6X-0%5D

    A imprensa não se lembrou que a corrupção é  tão antiga e endêmica que levou Jânio Quadros a fazer a sua campanha com a “vassourinha” e que um dos motes de justificativa do golpe militar de 64 foi acabar com a corrupção.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=m0QfM_IJsBw%5D

    Vale lembrar que a luta contra corrupção é uma luta de todos nós e não é exclusividade de partido A ou B, do Judiciário, e muitos menos da mídia que se arvora e retumba como a defensora da moralidade do País, a mesma mídia que outrora apoiou o golpe militar, elegeu Demóstenes Torres, senador cassado, como paladino da moral, e que fez campanha para Collor como confessou Boni, alto dirigente da Rede Globo:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=VrpurEkmJkU%5D

    Por outro lado grandes obras, investimentos em educação e acordos comerciais com transferência de tecnologia que irão fazer o Brasil se desenvolver foram subnoticiados.

    O papel da grande imprensa no Brasil é definido e claro. Além de atuar como defensora de interesses de seus patrocinadores ela se coloca como um verdadeiro partido político de direita.

    Os ataques constantes e muitas vezes infundados efetuados contra políticos, governantes, e a atuação do judiciário têm como objetivo criar uma imagem negativa do agente público, associando-o invariavelmente à corrupção e à ineficiência.

    Junto com as matérias depreciativas diárias são encomendadas pesquisas sobre a credibilidade das instituições públicas principalmente quando determinadas notícias ganham musculatura e maior ressonância e o resultado de descrédito já é esperado.

     Essa ação diária, realizada de forma coordenada, atende a alguns interesses, entre eles:

    1) Legitimar-se como detentora da verdade;

    2) Tornar-se agente principal do jogo político;

    3) Direcionar as decisões dos governos;

    4) Influenciar para o desmonte da máquina pública;

    5) Submeter governos, parlamentos e o judiciário.

    Para alcançar tais objetivos a mídia promove o emburrecimento de suas matérias onde notícias que necessitariam de mais informações são oferecidas sem profundidade visando fixar nos seus ouvintes e leitores a matéria de forma pronta e acabada impossibilitando qualquer reflexão.

    Esse formato limita a formação de uma ideia própria e quem consome as informações diárias realmente acredita que está em dia com a notícia ou com a realidade nacional, quando, na verdade, está sendo levado pela correnteza de um pensamento único, direcionado, pronto e acabado. O leitor ou ouvinte será apenas mais uma peça articulada para o consumo, engolindo, sem perceber, uma programação inócua a princípio, mas nefasta em longo prazo.

    Essa construção ideológica é realizada ao mesmo tempo em que a grande mídia exerce o seu papel de noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos, e vai até ao ápice de criar boatos, versões, insinuações, entre outras modalidades de cerceamento do conhecimento.

    Com essas características a mídia não apenas influencia a vida pública e os poderes do país, como passa a determinar decisões do judiciário, políticas públicas e ações do nosso Congresso, usurpando o poder expresso no Parágrafo Único do Artigo Primeiro da Constituição Federal Que diz: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”.

  5. 50 Tons de Cinza. Um conto de

    50 Tons de Cinza. Um conto de fadas para mulheres “maduras”

    Por Frederico Mattos – Psicólogo

    “Gosto não se discute”, discordo, tudo se discute. Não o direito pelo gosto, mas a natureza dele, é o que farei com “50 tons de cinza”.

    A análise

    Não precisei ler a trilogia de “50 tons de cinza” ou ver o filme para tirar valiosas análises sobre mulheres, homens e seus desejos. Quando um paciente fala sobre um parente ou cônjuge, eu não preciso conhecer a pessoa em questão, pois o meu olhar é sempre sobre a própria pessoa que fala.

    Quando as mulheres dão declarações efusivas sobre Christian Grey eu não preciso conhecer o que de fato ele é ou o que faz para entender essas mulheres. O que me interessa é o gesto saboroso que muitas fazem ao descrever um homem que amordaça, bate, faz contratos sobre seus comportamentos sexuais, oferece um mundo de luxo e traz consigo uma dor sem fim.

    Gosto de ver como se vestem com as roupas psicológicas de Ana em sua virgindade, bravura, personalidade indomável e capacidade de gozar ininterruptamente.

    Grey e Ana não existem, é óbvio, isso é uma ficção, mas existem materializados na mente das pessoas devotas de “50 tons de cinza”. Isso para mim é ouro.

    Por que as leitoras são fervorosas?

    Eles são tão concretos para as leitoras e qualquer tentativa de derrubar o mito é seguida de uma chuva de críticas sobre o iconoclasta estraga-prazeres. E entendo o motivo, elas não querem perceber que aquilo é um conto erótico ficcional. Assim como um religioso fanático ou um torcedor fiel, precisam imaginar que aquele céu é possível.

    Quando alguém se apega dessa forma a uma imagem fantástica da realidade eu não me atrevo a aproximar a agulha perto da bexiga e estourar os sonhos. Deve ser uma proteção psicológica importante e nunca desestimulo um mecanismo de defesa sem oferecer outro mais maduro que o anterior. [leia mais]

    Existe alguma razão para tanto ardor atrás do fanatismo, uma falta substancial em sua vida concreta que faz com que os devaneios com um personagem imaginário seja tão indispensável. Nisso não vai nenhuma acusação, mas uma reflexão.

    Queremos acreditar nos heróis e num tipo de vida infalível.

    Quando defendem o amor de Grey e Ana, de Romeu e Julieta, a Bela e a Fera, ou a fúria do lobo mau contra os 3 porquinhos as pessoas estão defendendo a si mesmas. Protegem o seu próprio direito de sonhar. Atacar qualquer uma dessas imagens lúdicas é mexer num vespeiro de faltas, dores e traumas sem fim.

    A essência da história

    O que prende as leitoras da história de 50 tons de cinza, na minha visão, não é o sadomasoquismo, mas a dor e sua cura pelo amor. É esse o gancho e fascínio das mulheres. Elas se vestem no corpo de Ana na tentativa de curar um homem enigmático e lindo acreditando que o amor tem essa força. Essa ideia reafirma uma fantasia feminina de que seu sentimento de amor tem o poder mágico de transformar um homem fechado, amargurado e violento em alguém expansivo, aberto e regenerado. [leia mais]

    O fascínio por Grey

    Ao mesmo tempo elas se vestem e colocam no corpo de Grey e sabem que também carregam cicatrizes no coração. Quando protegem Christian dos ofensores elas não estão levantando a bandeira da pancadaria na cama, mas daquela criança machucada na infância que precisa de proteção. Ana é a reconfiguração da mãe perfeita que faltou ao nosso caro bilionário, atenciosa, amorosa, persistente e levemente indomável.

    Agora coloque sua paixão de lado (sei que será meio difícil), mas o jeito “prestativo” de Grey, ao contrário do que muitas pensam não é cuidado, mas checagem, obsessão e doença. E todos defendemos esse tipo de comportamento dele, pois temos um pezinho nesse tipo de insegurança fundamental sobre o amor. Queremos prender a paixão numa gaiola imaginando que ela vai se perpetuar para sempre na mesma intensidade e frequência se estiver protegida. [leia mais]

    O problema é elas imaginarem que o amor que sentem pode curar feridas de uma pessoa. E isso pode ser demorado, perigoso e corrosivo para suas vidas. Na vida real pode chegar a assassinato.

    O bilionário generoso

    O bilhão guardado na conta de Grey fascina não por conta do que os críticos rasos atestam ao acusar as mulheres de interesseiras. Isso é machismo da pior qualidade. O que essa parte do conto de fadas denuncia é que todos nós em algum nível imaginamos que ao ter um carro, uma casa e um emprego novo seremos asseguradamente felizes.

    Desagradavelmente somos possuídos por essa falsa ilusão de que ao preencher nosso vazio com um iate não iremos mais sofrer ou nos sentir desprotegidos. Queremos sentir que nosso espaço e o nosso corpo está seguro de qualquer agressão ou solidão extrema.

    Nosso inconsciente é traiçoeiro porque associa o tamanho de um objeto físico pela sua capacidade de preencher um espaço emocional. Associamos os tons de liberdade psicológica ao tamanho do quintal para os cachorros ou as cilindradas de uma moto veloz no meio da estrada.

    Quando as leitoras veem a Ana ser cercada por carro novo, casa maravilhosa, casamento dos sonhos, emprego ideal e dona da tal empresa ideal, o que elas querem é preencher todos os espaços faltantes em suas vidas. Homens também pensam assim.

    Todos nós queremos isso: a sensação de que nenhum mal-estar nos atingirá e que a riqueza pode prover tudo isso. O texto da autora apenas estimula esse mito já impregnado na sociedade de que dinheiro converte não só sua conta bancária, mas sua personalidade. O mito de que o dinheiro abre espaço psicológico para você poder gozar a vida. Eu sempre insisto, o dinheiro (ou a falta dele) revela quem você é. Um chato pobre caso enriqueça será um chato andando de Ferrari. Se é meio maluco sem nenhum tostão será apenas um milionário “excêntrico”.

    O sadomasoquismo

    O sadomasoquismo é uma fixação em estruturas primitivas da mente humana que associa castigo com amor, no caso de Christian o legado de sua mãe (e a amiga dela) é claro, o seu “amor” de menino foi associado a submissão, abuso físico e sexual. Portanto a maneira que ele encontra para reencenar o amor era com dor.

    Muitas pessoas que se identificam com essas práticas podem carregar históricos de eventos abusivos ou negligentes por parte de figuras cuidadoras, pelos quais precisavam implorar atenção. Sabe aquela criança que apronta só para ser vista e levar uma bordoada dos pais? Pois é.

    Em alguma medida todos nos sentimos um pouco negligenciados e vulneráveis e mais uma vez o livro “50 tons de cinza” mexe com esse imaginário: de uma cura definitiva para nossa solidão irremediável.

    Sexo com “força”

    O século XXI trouxe características especiais a nossa vida acelerando o tempo e criando overdoses de estímulos. Por essa razão nossos sentidos se acostumaram com muito ruído visual, auditivo e cinestésico, ou seja, nos anestesiamos para suportar a sobrecarga.

    Com o sexo ocorreu o mesmo, perdemos sua naturalidade, agora ele é mais um instrumento de entretenimento, fuga do tédio da vida e prova desesperada de amor. Pelo sexo buscamos ser reconhecidos, apreciados e sair leves.

    Em essência quando buscamos sexo é sobre intimidade que estamos tratando, mas estamos fixados em performance e ego, vivemos defendidos de nossas emoções e vulnerabildades mais profundas. O sexo seria uma via para descobrir o que ocultamos de nós mesmos, mas nos apegamos nos malabarismos da cama, quantidade de orgasmos e brinquedinhos sexuais. Transformamos o sexo num parque de diversões.

    Se isso for uma via de intimidade profunda para alguns acho ótimo, mas a maioria apenas se distrai do prato principal da cama: a sensação de comunhão profunda consigo e o outro.

    A cobrança das mulheres

    Muitas leitoras de “50 tons de cinza” usam o livro como uma arma para emparedar seus parceiros exigindo um homem que trepe com força porque querem ter certeza mais que absoluta de que são desejadas. Apenas a presença, a penetração, o carinho não bastam num mundo onde a desconfiança se coloca como vigilante dos cafajestes e insensíveis. Se ele quer mostrar seu desejo deve meter até o fundo sem piedade.

    Eu consigo ouvir um grito de desespero misturado com solidão nesse desejo por sadismo sexual: “machuque meu corpo para que eu sinta que realmente existimos”. Existe tanta anestesia no cotidiano que não basta tocar, tem que prender, privar movimentos e fazer jogos mentais de tortura.

    O contrato

    Se isso não bastasse precisa haver um contrato especificando cada movimento sexual e comportamental.

    Grey deixou explicito que a relação era com um objeto, Ana deixou isso oculto. Rico, lindo, poderoso e dominador, esse foi o fascínio inicial. Ela também queria um objeto, mas é vergonhoso uma mulher admitir isso sob pena de reforçar o estereotipo da mulher interesseira. Uma relação cheia de regras, enigmas e quebras de contrato… [leia mais]

    “Mas eles se amaram depois, Fred”. Exato, depois disso tudo eles se amaram. A questão é, ele se amaram apesar disso ou exatamente por causa disso?

    Como é uma ficção tudo acabou bem, mas na realidade um homem que carrega esse nível de loucura precisa de tratamento sério e não o toque do “amor”. Relacionamentos não curam patologias, apenas as revelam.

    “Ele fazia tudo por ela, isso é amor!”

    Não querida leitora, não é amor, isso é fixação, sequestro emocional e roubo de identidade. Se uma mulher (ou homem) acha que amor é ter um escravo que atenda todos os seus anseios, faltas e buracos emocionais, existe um grande problema.

    De outro lado quem disse que todas nossas carências devem e podem ser atendidas? Isso acontecia ilusoriamente na sua infância porque você tinha meia dúzia de necessidades. Na vida adulta isso é impossível, não haveria tanto leite para esses bebês-adultos buscando mamadeiras inesgotáveis. Talvez você veja no Mr. Grey uma versão repaginada de figuras maternas, mas quando um adulto ainda busca ter todos os seus desejos atendidos ele estará em sérios apuros.

    Imagine um homem por 1 ano “adivinhando” seus pensamentos e cercando você de absolutamente tudo o que você quer e atendendo inclusive seus desejos mais destrutivos. Lindo. E por dois anos, dez anos, vinte anos? Os seres humanos tem ânsia por construir sua própria realidade, apesar de muitos alegarem o desejo por pais multimilionários.

    Receber cada mimo desse em pouco tempo teria a sensação de asfixia psicológica, ou seja, um homem que infantiliza você e cria um mundo encantado ao seu redor. Isso parecia normal quando víamos o Michael Jackson na Neverland? Notem a função paternal de Grey, um pai (severo) impõe o que ela deve vestir, onde trabalhar e morar, sem questionamento. Um parceiro de verdade está lado a lado, pergunta e planeja sonhos compartilhados. [leia mais]

    Resumindo

    O livro “50 tons de cinza” na minha visão não me parece um manual “de como os homens deveriam se comportar na cama”, mas um retrato de como andamos cansados de nós mesmos e ainda insistimos em jogos psicológicos para sentir algum tom de vivacidade nessa vida carregada de automatismos.

    Se não estivéssemos esperando um milagre econômico ou uma epopeia amorosa banhada a chicotadas para dar rumo a essa perda de sentido na vida seria ótimo. Temos que trabalhar nossas emoções sem descanso para tanto.

    Precisamos de intensidade na vida, quem dera fosse uma meia dúzia de palmadas na hora do sexo que proporcionasse isso…

    http://www.sobreavida.com.br/2012/12/18/50-tons-de-cinza-uma-analise-psi

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2015/02/50-tons-de-cinza-um-conto-de

  6. CPI do HSBC: o PSDB está com medo e não quer nem saber

    Publicado em 26/02/2015 no Conversa Afiada

    Vem aí a CPI
    do HSBC e Uol

    Por que o Uol sentou em cima da lista? Tem tucano gordo?

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    Na Rede Brasil Atual:

     

    Psol protocola pedido de criação da CPI do HSBC no Senado

    Senador Randolfe Rodrigues obteve 33 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário para a criação de uma CPI

    Brasília – O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) anunciou hoje (26) no plenário ter protocolado o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito do HSBC. Ele informou ter conseguido 33 assinaturas, seis a mais que o mínimo necessário para a criação de uma CPI. Pelo requerimento, a comissão terá 11 membros titulares e seis suplentes. De acordo com Randolfe, o requerimento para a CPI tem interesse suprapartidário e não se dirige a “fomentar disputas desta natureza”.

    A intenção, disse o senador, é “desmantelar pela raiz” um grande esquema criminoso. “Esse escândalo é de dimensão mundial. De acordo com o Financial Times, trata-se do maior caso de evasão fiscal do mundo. É necessário que o Parlamento brasileiro também se manifeste e instaure um procedimento de investigação”, afirmou Randolfe.

    O líder do PSB, senador João Capiberibe (AP), disse entender como prudente o fato de os senadores assinarem o pedido. Para ele, os escândalos da Petrobras já estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, motivo pelo qual o partido resolveu esperar a conclusão das investigações.

    “A do HSBC não tem processo judicial em curso, não tem investigação em curso, não tem nada.  Eu acho que talvez seja o caso de o Senado pensar numa CPI”, ponderou Capiberibe.

    O senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso, informou ter assinado o requerimento. Segundo o senador, o Brasil está em um momento de combater a sonegação e de aumentar a formalização nos vários setores da economia, motivo pelo qual a CPI é importante. Para ele, a legislação do sistema financeiro já é muito avançada, mas pode passar por aperfeiçoamentos.

    “É exatamente por isso que eu assinei essa CPI. Além de identificar aqueles que cometeram erros, o que eu quero, principalmente, é construir uma legislação para superar essas falhas”, afirmou o senador.

    Sobre a habitual polarização entre governo e período eleitoral nas CPIs, Pimentel disse esperar que a investigação não se limite a isso. O período, diz o senador, favorece o trabalho da CPI, já que é início de legislatura e as próximas eleições só serão realizadas no ano que vem.

    R$ 7 bilhões

    Conforme noticiado pela imprensa internacional, o banco HSBC na Suíça atuou de forma fraudulenta para acobertar recursos de clientes, blindando-os das obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos, práticas que poderiam indicar atividades criminosas.

    O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões, que em grande parte podem ter sido ocultados do fisco brasileiro.

    Na justificativa do pedido de CPI, Randolfe diz se tratar de “um arrojado esquema de acobertamento da instituição financeira, operacionalizado na Suíça, que beneficiou mais de 106 mil correntistas”, de mais de 100 nacionalidades. O total de recursos manejados dentro do esquema, segundo Randolfe, pode superar US$ 100 bilhões, no período de 1998 a 2007.

    Para Randolfe, a lista dos titulares das contas certamente guarda estreita relação com outras redes de escândalos do crime organizado do país e do mundo. O senador lamentou que “o escândalo do Suiçalão” venha sendo sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação no Brasil. Segundo Randolfe, essa seletividade denuncia o envolvimento de personagens poderosos, que podem sempre se servir da benevolência de setores da imprensa.

     

  7. Crueldade com Anderson

    Crueldade com Anderson Silva

     

     

    Juca Kfouri

      

    IMG_3083.JPG

    Juca, eu não me conformo que a desinformação sirva de referência para que as pessoas repitam, cansativamente, as ladainhas ridículas de acusações desprovidas de nexo. Por isso escrevi o texto abaixo, que você pode usar como melhor lhe aprouver.

    POR SABINO VIEIRA LOGUERCIO*
    Tal qual você (li no seu blog), tenho cá minhas dificuldades em conceituar a prática do MMA como um esporte, por não saber se a violência, praticada com técnica, é tão diferente da outra. Mas, obviamente, devemos respeitar os apaixonados por essa modalidade, que não são poucos.

    Tal posição não nos impede de protestar, com veemência, contra a crueldade sofrida por Anderson Silva. Mais uma, na longa história de deboches que as entidades esportivas nos proporcionam.

    O antidoping de caráter punitivo é antiético, anticientífico, inconstitucional e uma clamorosa agressão aos direitos humanos.

    Antiético, porque os princípios gerais de proteção à dignidade do ser humano não admitem que seja levado ao conhecimento público o que se passa no interior do organismo de alguém, salvo se o interessado permitir.

    A legitimidade jurídica, porém, só terá suporte se constarem, em documento assinado, os detalhes sobre todas as possibilidades de o procedimento laboratorial não expressar a verdade.

    Esse cuidado é de tal forma importante que, há bastante tempo, os laboratórios de análises clínicas vêm submetendo ao juízo crítico do médico, os resultados registrados em seus exames, pela simples razão de que há elementos pré-analíticos em jogo e cabe ao médico, à luz de conhecimentos complementares, a palavra final.

    Anticientífico, porque, ainda que admitamos a confiabilidade nos exames bioquímicos, estes não retratam o que se passa na intimidade biológica, extremamente complexa, e que faz de cada ser humano um universo único.

    Particularidades genéticas, imunogênicas, metabólicas, injunções ligadas ao ritmo circadiano, dieta, hábitos de vida, indução enzimática, interações de toda ordem e uma série interminável de outros mecanismos justificam a aludida preocupação dos profissionais de laboratório.

    Exemplos de erros existem às centenas, mas o que ocorreu com a maratonista argentina Sandra Torres é emblematicamente definitivo.

    Ela usava, sob receita médica, para corrigir alterações na área ginecológica – e com plena autorização do Comitê Olímpico Internacional – o hormônio NORETINDRONA.

    Ao ser flagrada no antidoping pela detecção urinária de 19-NORANDROSTERONA (proibida), ficou perplexa, pois nunca usara tal droga. Foi então que, amparada por médicos e juristas, provou, de forma inequívoca, através de repetidos testes, que, NO SEU ORGANISMO, a NORETINDRONA transformava-se em 19-NORANDROSTERONA.

    Foi então inocentada.

    Inconstitucional, porque há uma cláusula pétrea, na Constituição de qualquer nação civilizada, a advertência que, no caso da Constituição da República Federativa do Brasil, está assim redigida, no Art. V, inciso X: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação“.

    Conquanto se possa admitir que o esporte deva ter legislação própria, as cláusulas pétreas não podem ser transgredidas.

    Não se permite, pois, que alguém seja levado à execração pública com base num mero exame laboratorial.

    Essa afronta ostensiva aos direitos humanos precisa ser combatida, com energia e persistência, por pessoas que guardam o mínimo respeito pela dignidade de qualquer criatura.

    No caso de Anderson Silva, todos sabem que ele sofreu uma fratura e tomava esteroides anabólicos para fortalecer a musculatura da perna esquerda atingida.

    O que foge ao conhecimento geral é a circunstância de que, enquanto alguns eliminam os esteroides em uma semana, outros levam muitos meses para fazê-lo. 

    E os orientais, como você sabe, simplesmente não os eliminam na urina.

    Há tanto mais a comentar que caberia num livro. Será que este já não existe?

    *Sabino Viera Loguercio é médico e autor do livro acima.

    http://blogdojuca.uol.com.br/2015/02/crueldade-com-anderson-silva/

  8. HSBC

    Tem muito coelho nessa cartola.

    E depois de toda essa história , imaginem como foi a entrega no BRASIL do banco BAMERINDUS para o banco HSBC????

     

     

     

    vereiro de 2015 – 10h00

    Assessor de FHC é flagrado em lista do HSBC

    A blogosfera está quebrando o silêncio imposto pela grande mídia sobre o escândalo das contas secretas de brasileiros no banco HSBC em paraísos fiscais. Nesta quarta-feira (18), o blog Megacidadania revelou que o ex-assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Saul Sabbá, integra a lista de correntistas que utilizaram o esquema ilegal para sonegar impostos.

     

    Em 1994, Sabbá auxiliou o governo do FHC no Programa Nacional de Desestatização (PND), iniciativa que ficou conhecida como ‘’privataria tucana’’. Neste período, o ex-assessor auxiliou no leilão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da Vale e de outras empresas do setor elétrico brasileiro.

    Atualmente, Sabbá é dono do Banco Máxima. Sua conta secreta no HSBC integra o banco de dados do site Off Shores Leaks, pertencente ao Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ). De acordo com informações do site, a conta do banqueiro está associada à Maximizer International Bank S.A.

    Segundo o Megacidadania, a esposa do banqueiro, Claudia Angélica Martinez, já trabalhou no Banco Cidade, no qual foi aberta a chamada ‘’conta Marília’’ utilizada para abastecer o propinoduto da Siemens, no cartel de trens de São Paulo.

    Sabbá é um dos quase cinco mil nomes revelados até o momento que possuem contas secretas no HSBC para a evasão de impostos no Brasil. O escândalo veio a tona após a publicação do projeto SwissLeaks, do ICIJ.

    De acordo com a Receita Federal, o saldo dos depósitos feitos por brasileiros chegou, em 2006 e 2007, a US$ 7 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões em números atuais) no banco.

    ‘’São 6,6 mil contas bancárias abertas no banco no período de 1988 a 2006, supostamente relacionadas a 4,8 mil cidadãos de nacionalidade brasileira, que totalizariam saldo, em 2006 e 2007, no valor de US$ 7 bilhões”, esclareceu o órgão à Agência Brasil.

    Investigações

    Ainda segundo informações do órgão, que está aprofundando as investigações sobre o caso, a análise preliminar de alguns contribuintes já levantaram hipóteses de omissão ou incompatibilidade de informações prestadas ao Fisco brasileiro.

    A assessoria do Ministério da Justiça informou à Agência PT de Notícias que, até o momento, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), responsável por apurar casos como este, não foi ‘’provocado’’ a iniciar as investigações.

    Ainda segundo o órgão, caso o departamento seja acionado, toda a apuração será feita sob segredo de Justiça, no intuito de “’evitar interferências nas investigações’’.

    Caso provada a sonegação de impostos por brasileiros na conta secreta no HSBC, eles poderão ser autuados e estarão sujeitos a representação fiscal respondendo por crime contra a ordem tributária.

  9. Qualquer índio Botocudo do

    Qualquer índio Botocudo do Alto Xingu sabe que operadores do direito devem se considerar impedidos de arbitrar um processo no qual é parte interessada ou mantenha ligações pessoais com quem o seja. Claro, esse impedimento é uma decisão de caráter pessoal, não é um impositivo legal. Mas, para que isso aconteça é de fundamental importância que ele tenha CARÁTER. Evidente que não é o caso, uma vez que até a mulher dele está “alugada” para alguém do PSDB. Sem contar as notórias ligações de toda a sua famíglia com os tucanos. Defendo também, de forma inrtrasigente, que TODOS SEJAM PUNIDOS. Que a cadeia seja AMPLA GERAL E IRRESTRITA. Todos, vou repetir, todos os delatores apontam a origem dos desmandos e roubalheira em data pretérita ao primeiro de janeiro de 2003. Porque o magistrado não ultrapassa essa fronteira do tempo?

  10. Câmara de SP dá anistia de

    Câmara de SP dá anistia de imposto para o Metrô, mas tarifa não será reduzida

    Estadão conteúdo

    Em São Paulo 26/02/2015   07p0

     

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai anistiar as dívidas de Imposto sobre Serviços (ISS) do Metrô. O projeto de lei que isenta do pagamento do imposto empresas estatais e privadas que prestam serviços públicos de transporte, saúde, esporte, cultura e habitação social na capital paulista foi aprovado pela Câmara, de forma definitiva, na tarde de ontem e segue agora para sanção do prefeito.

    O benefício também será dado para a ViaQuatro, concessionária responsável pelo gerenciamento da linha 4-amarela. Mas a expectativa de parte dos vereadores, de que a desoneração tributária poderia render uma redução na tarifa do metrô, foi frustrada pela prefeitura. Ao menos por enquanto, já que a gestão Haddad anunciou que não vai cobrar os atrasados.

    Segundo a Secretaria Municipal de Finanças, a nova lei servirá para dar segurança jurídica ao Município, tendo em vista as decisões do Supremo Tribunal Federal, que reconheceram a extensão da imunidade tributária constitucional para empresas estatais ou concessionários que prestam serviços de relevância pública.

    A secretaria, no entanto, não informou quanto o Metrô e a ViaQuatro deixaram de pagar em ISS à capital nem há quanto tempo essa arrecadação não é realizada – segundo a pasta, dados referentes à condição fiscal de contribuintes são sujeitos a sigilo fiscal.

    Atualmente, a prefeitura cobra uma taxa de 2% sobre a receita bruta do serviço prestado. Alguns setores, no entanto, já têm isenção assegurada por legislações anteriores. É o caso das empresas de ônibus e dos profissionais liberais e autônomos.

    O aval às novas isenções recebeu apoio de vereadores da base aliada do prefeito Haddad e também da oposição, já que a aprovação da lei era um pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A votação foi simbólica e não registrou nenhum voto contrário – Toninho Vespoli (PSOL), o único parlamentar a se manifestar contra o projeto, não estava no plenário no momento da votação, apesar de seu nome constar no painel.

    Parcerias

    O projeto aprovado pela Câmara na quarta-feira (25) ainda estende a isenção de ISS a Organizações Sociais (OSs) que mantêm contrato de gestão com a Secretaria Municipal da Saúde. Nesse caso, o valor referente ao imposto passará a ser descontado pela prefeitura nos repasses mensais pagos às parcerias para manutenção de hospitais e postos de saúde.

    A condição foi incluída na versão final do texto após reivindicação do vereador José Police Neto (PSD). “Se estamos dando o benefício, temos de estabelecer as exigências. A política de desoneração está correta, desde que existam salvaguardas. Isso é dinheiro público”, disse.

    Nos demais contratos que atualmente preveem pagamento de Imposto sobre Serviços, caberá ao gestor responsável promover um reequilíbrio fiscal, a fim de evitar que a empresa contratada tenha lucro com a lei. “Esse será um processo natural, que todo gestor deverá cumprir para não correr o risco de responder por improbidade administrativa”, alertou o vereador Paulo Frange (PTB).

    A lei ainda será importante, segundo a liderança do PT na Câmara, para acelerar novas parcerias público-privadas (PPPs), especialmente nas áreas de iluminação pública e habitação social. Após ser sancionada, ela vai isentar a parcela da contraprestação a ser paga pelo parceiro público, reduzindo os custos de ambas as partes.

    Abril

    A primeira PPP da Habitação, por exemplo, deverá ser assinada até abril. A prefeitura é parceira do governo do Estado no projeto que, inicialmente, vai construir 3,6 mil moradias populares no centro da cidade. Já a PPP da Luz, anunciada pelo prefeito Haddad no ano passado, ainda não teve o edital de licitação publicado.

    A expectativa é de que isso ocorra em março. O Município busca um parceiro para, entre outras intervenções, substituir 580 mil luminárias de vapor de sódio por pontos de LED. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

    http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/02/26/camara-da-anistia-de-iss-para-o-metro.htm

    PL 208/2014

    esPUBLICADO DOC 07/05/2014, PÁG 103
    PROJETO DE LEI 01-00208/2014 do Executivo
    (Encaminhado à Câmara através do Ofício A.T.L. no 59/14)
    “Concede isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS aos
    serviços prestados na área de transporte metropolitano, saúde, educação e
    habitação de interesse social, por meio de parceria público-privada, e ao serviço de
    transporte público de passageiros por metrô, no Município de São Paulo, bem como
    remite créditos tributários e anistia infrações tributárias, nos termos e condições
    que especifica.
    A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA:
    Art. 1o Ficam isentas do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS as
    Sociedades de Propósito Específico – SPE, com sede e administração no Município
    de São Paulo, que celebrem, com a Administração Pública Direta e autarquias da
    União, do Estado de São Paulo e do Município de São Paulo, contrato de concessão
    de parceria público-privada nos termos da Lei Federal n° 11.079, de 30 de
    dezembro de 2004.
    Parágrafo único. A isenção a que se refere o “caput” deste artigo:
    I – abrange somente as contraprestações e os aportes de recursos realizados pelo
    Poder Público aos parceiros privados para a consecução do contrato de concessão,
    desde que a prestação dos serviços públicos e a realização das obras ocorram no
    território do Município de São Paulo, nas áreas de:
    a) transporte público metropolitano;
    b) saúde;
    c) educação;
    d) habitação de interesse social;
    II – não abrange terceiro contratado pela concessionária para execução de serviços
    afetos à concessão;
    III – depende de requerimento do interessado, na forma, prazo e demais condições
    estabelecidas no regulamento.
    Art. 2° Fica concedida isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza –
    ISS incidente sobre o serviço de transporte público de passageiros realizado por
    metrô no Município de São Paulo.
    Parágrafo único. Vedada a restituição de importâncias recolhidas a este título, ficam
    remitidos os créditos tributários, constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida
    Ativa, relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS, bem como
    anistiadas as infrações relacionadas à falta de recolhimento do imposto incidente
    sobre os fatos geradores relativos aos serviços de transporte público de
    passageiros, realizado por metrô, no Município de São Paulo, ocorridos até a data
    da publicação desta lei.
    Art. 3° As isenções de que tratam os artigos 1° e 2° desta lei não eximem os
    prestadores de serviços da inscrição e atualização de seus dados no Cadastro de
    Contribuintes Mobiliários – CCM e do cumprimento das demais obrigações
    acessórias
    Art. 4° O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias,
    contados da data de sua publicação.
    Art. 5° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. Às Comissões
    competentes.”

     

     

     

  11. 50 Tons de Cinza e A Direita do Blog

    – Quer saber o que o Blog do Reinaldão, do Jabor e cia. ltda dizem?? E os comentários de lá dizem? – Ora, é fácil!: basta ser assíduo dos Posts do Dia do GGN, 90% são iguaizinhos ao Reinaldão. Só que de sinal contrário. Se pelo menos tivesse cinco tons de cinza !… Se lá os divergentes são deletados, nem podem dar o ar de suas graças, aqui é mais civilizado, há espaço pro contraditório, é democrático, e, como se não bastassem tantas divisões (no mundo real), lá vem um antigo e super ativo participante escrever  “a direita do Blog”. Parece sub-sub-sub-de 1 das 1000 corrrentes trotskistas ( elevadas ao cubo, e olhe que tô dando um desconto !! ).  Aquilo me marcou – mas como se repete sob outras formas!…).

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  12. Petrobrás

    Cai a máscara: José Serra propõe venda da Petrobrás

     

    Dois dias depois da realização de grandes atos em defesa da Petrobrás, no Rio, um na Associação Brasileira de Imprensa (ABI); outro no Clube de Engenharia, o tucano Jose Serra contrataca com longa entrevista à UOL, em 27 de fevereiro, propondo abertamente a venda de parte da Petrobras ao capital privado (leia-se estrangeiro).

    Ora, a proposta em si não é novidade. É a retomada do projeto de FHC, desde o seu primeiro mandato, quando começou a fatiar as empresas que integravam o Sistema Petrobrás. Na época, FHC encontrou forte resistência da sociedade. Não conseguindo privatizar a Petrobrás como um todo, o ex-presidente recorreu à sua transformação em Unidades de Negócios para vendê-la fatiada.

    Na ânsia de desmontar e fragilizar a empresa, FHC chegou a vender 30% da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. Foi uma negociata indecente, realizada em 2001,  que favoreceu grupo espanhol Repsol, com substancial perda de ativos para a Petrobras: mas a imprensa abafou o caso. Ao assumir, o governo Lula devolveu todo o controle da Refap à Petrobras.

    No belo ato realizado na ABI, dia 24 de fevereiro – auditório de 800 lugares lotado e telão do lado de fora, para quem não conseguiu entrar – resumia João Pedro Stédille: “As aves de rapina quem abocanhar o pré-sal e para isso usam os tucanos”.

     A sociedade é testemunha que o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, tentou de todas as formas privatizar a Petrobrás na década de 1990.  A maior dificuldade sempre foi ganhar o apoio da população para o projeto privatista, já que a Petrobrás é símbolo de resistência e conquista do povo brasileiro.

     

    Meio na surdida, FHC derruba a Lei 2004, que criou a Petrobras e instituiu o monopólio da União sobre o petróleo e gás. A Lei 9478/97, que substitui a anterior, abre caminho para uma privatização branca, atendendo às exigências do FMI, em troca de empréstimos financeiros externos que garantiram a reeleição de FHC. A moeda de troca seria a entrega da Petrobras (ainda não consumada na medida desejada pelo grande capital).

    Apesar desse fogo cruzado, a Petrobrás e os petroleiros não se curvaram. Em 2007, respondem com a descoberta do pré-sal, abrindo novas fronteiras para o desenvolvimento nacional. O pré-sal produz hoje 700 mil barris de petróleo por dia, o suficiente para abastecer países como Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru, juntos.    

    As denúncias de corrupção desde a Operação Lava-Jato, envolvendo diretores da companhia, ex-diretores e empreiteiros, estão sendo usadas com o nítido objetivo de desmontar a maior empresa do Brasil e provocar uma crise econômica e social sem precedentes. Parar a Petrobrás é parar o Brasil. É desencadear uma onda de desemprego em cadeia, o que já está em curso, graças a essa feroz campanha antipatriótica. É nesse cenário que o tucano Serra se pronuncia, retomando o velho projeto de privatizar a Petrobras.

    Mas a empresa símbolo da resistência e da capacidade de autossuperação do povo brasileiro é tão maior que seus detratores que responde aos ataques com prêmios e títulos. Em 2015,  em meio às críticas, mais uma vez foi a detentora do “Oscar” da indústria do petróleo, arrebatando pelo terceiro ano consecutivo, o título  de melhor do mundo em “Offshore Tecnology”. Recentemente, superou a Exxon Mobil, tornando-se a maior empresa de capital aberto na produção de óleo e gás. Tudo isso debaixo da campanha cerrada da mídia, empenhada na desmoralização da companhia. Devemos dar ouvidos ao ex-presidente Lula. Debaixo de aplausos, sob forte emoção, no auditório da ABI, disse:

    “Se eu fosse petroleiro, não baixava a cabeça. Andava pelas ruas de macacão, exibindo com orgulho para todos verem meu uniforme da Petrobrás” – fica a ideia.

    Sem a Petrobras, param as obras do PAC, que são financiadas em 80% pelos impostos pagos pela nossa estatal. Sem a Petrobras, paralisam-se outras obras em andamento, como a transposição do São Francisco, hidroelétricas.  A Petrobras é a alma e o coração do Brasil. Não podemos deixar que a destruam. Punam-se os corruptos. Mas não podemos permitir que os oportunistas políticos se utilizem desse escândalo para levar a empresa à bancarrota. Não se pode jogar fora o bebê, junto com  a água suja da bacia.

    Retomar a indústria petroquímica e aumentar a capacidade de refino era a aposta correta dos governos do PT, revertendo a política entreguista da Era FHC. Infelizmente, a crise se agiganta e o governo que saiu das urnas recua do seu projeto original, cedendo às pressões do mercado, da mídia, da direita ultraconservadora e entreguista. Ao contrário do que diz Serra, investir no setor petroquímico é fundamental para o país crescer. A petroquímica é responsável pela produção de mais de três mil produtos (elétricos, eletrônicos, incluindo tablet’s, celulares, tênis, indústria automobilística, farmacêutica etc.).  Quem acha que devemos abrir mão desse mercado está do lado da Chevron, das petrolíferas estrangeiras, e não dos interesses nacionais.

     

    Confiamos na capacidade de luta do povo brasileiro. Ciente de que acabar com a Petrobras é acabar com o Brasil, o povo começa a se levantar. Dia 13 de março, vamos todos à  Central do Brasil, contra o Golpismo da Mídia e da Direita. Defender a Petrobrás é defender o Brasil.

     

    *Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

    Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2015;

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