Fora de Pauta

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Redação

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  1. Uma piada trabalhista para

    Uma piada trabalhista para alegrar o dia:

    “Um funcionário de 35 anos de idade que ganha R$ 2.000,00 resolve pedir R$ 500,00 reais de reajuste ao patrão:

    – Chefe, estou com dificuldades, há 3 anos não tenho reposição, preciso de pelo menos R$ 500,00 de reajuste para manter meu filho na escola e cumprir meus compromissos.
    – Não posso, esse aumento vai me custar R$ 180.000,00!
    – Como assim 180 mil…?
    – Isso mesmo que você ouviu: São R$ 500,00 por mês, ou seja R$ 6.000,00 por ano. E como você ainda vai trabalhar 30 anos para mim até se aposentar, vou gastar R$ 180.000,00 até a sua aposentadoria. Pedido negado…”

    PLC28AprovaJá.

  2. Só promessa!

    GESTÃO TUCANA

    Prometido há cinco anos, maior parque linear do mundo continua no papel

     

     

    Projeto combina áreas de lazer com obra contra enchentes na região leste da capital paulista; população da Vila Itaim, que todo ano sofre com a enxurrada, cobra início das obraspor Cida de Oliveira, da RBA

    São Paulo – Apresentado em julho de 2010 pelo então governador José Serra (PSDB) como o maior parque linear do mundo, o Várzeas do Tietê ainda não saiu do papel. Pelo projeto, que aparece com destaque no site doDepartamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), vinculado à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do estado de São Paulo, terá 75 quilômetros de extensão ao longo do rio Tietê e área total de 107 quilômetros. Vai unir o Parque Ecológico do Tietê, no bairro da Penha, na zona leste da capital, e o Parque Nascentes do Tietê, no município de Salesópolis, onde nasce o rio.

    Com a promessa de recuperar e proteger as margens, com diques para contenção das cheias e ao mesmo tempo constituir área de lazer, pretende beneficiar diretamente 3 milhões de moradores da zona leste da capital e toda a população da região metropolitana de São Paulo, especialmente de São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.

    O investimento previsto é de R$ 1,7 bilhão até 2022. Na primeira fase, entre 2011 e 2016, o parque deveria ter sido implementado ao longo dos 25 quilômetros entre o Parque Ecológico do tietê e a divisa de Itaquaquecetuba. A segunda fase tem 11,3 quilômetros e inclui a várzea do rio em Itaquaquecetuba, Poá e Suzano. Seu término estava previsto para 2018. E a última, de 38,7 quilômetros, vai de Suzano à nascente do rio Tietê. Tudo já deveria estar pronto em 2022.

    De acordo com informações sobre os resultados da execução dos programas aprovados no Plano Plurianual 2012-2015, publicados no Diário Oficial em 29 de abril, das quatro metas, apenas uma foi realizada até 2014: a análise crítica do projeto básico, elaboração do programa executivo e assistência técnica à obra de três núcleos do Várzea do Tietê, que deve ocorrer em 2015.

    Procurado, o DAEE não atendeu a reportagem. Mas em ofício encaminhado à promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público estadual em março passado, que investiga os impactos ambientais na região pela extração de areia nos 1970 e 1980, informou que o projeto está em sua primeira fase, o que inclui ações de limpeza e desassoreamento em pontos críticos ao longo do canal do rio Tietê entre a barragem da Penha e a foz do córrego 3 Pontes, já na divisa com Itaquaquecetuba, desde outubro de 2010.

    Informou ainda que os trabalhos de campo na Vila Itaim foram iniciados em junho de 2014; que o cadastramento imobiliário e laudos avaliativos da área para o processo de desapropriação estão sendo analisados pelo seu departamento jurídico; e o que o processo de decretação da utilidade pública foi interrompido por falta de recursos; e que as intervenções para desassoreamento numa lagoa formada pela extração de areia trarão poucos benefícios na capacidade de escoamento.

     

    EDSON LOPES JUNIOR/GOVERNO DO ESTADO DE SPalckmin_varzeas.jpgEm setembro, Alckmin esteve no local

    Com as enchentes do verão de 2009 para 2010, o então prefeito Gilberto Kassab decretou situação de calamidade pública no distrito de Jardim Helena, pertencente à Subprefeitura de São Miguel. A região engloba, dentre outros, os bairros de Jardim Romano, Chácara Três Meninas, Vila das Flores, Jardim São Martino, Jardim Novo Horizonte, Vila da Paz, Jardim Santa Margarida, Vila Seabra, Jardim Noêmia, Vila Aimoré, Vila Itaim e Jardim Pantanal.

    O líder comunitário Euclides Mendes, morador da Vila Itaim, reclama que as enchentes do Tietê, comuns no verão, alagam diversos bairros. Porém, apenas aqueles que chamam mais a atenção da imprensa, como o Jardim Romano e Pantanal, receberam obras.

    “A Vila Itaim já ficou sob as águas por mais de 84 dias. Baixava numa rua, mas não baixava na outra. Os moradores fizeram manifestações. Quando a água baixou, ficaram o lixo e os focos de insetos e ratos. Levou quase três meses para ser limpo”, conta Euclides.

    Com as enchentes do verão de 2009 para 2010, a região foi declarada em situação de calamidade pública pelo então prefeito Gilberto Kassab. No ano seguinte, novamente as enchentes.

    Não é de hoje que os moradores dali sofrem. Nos anos 1960 e 1970, foram retirados 33 hectares de areia de uma lagoa na região. “Com o fim da exploração, veio a instalação de um lixão ali, que foi fechado a partir dos protestos dos moradores. Até hoje não houve compensação ambiental pela exploração da mineradora, que poderia ser convertido em obras contra as enchentes.”

    De acordo com o líder comunitário, em 2014 o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) estiveram no local e prometeram construir ali os chamados pôlderes, obras que incluem diques, redes de drenagem e sistemas de bombeamento para proteção das áreas em períodos de cheias.

    De acordo com a prefeitura, essas obras são de responsabilidade do governo estadual. E que, sem esse projeto,não tem como remover as famílias. É preciso conhecer a extensão da obra para determinar quantas famílias devem ser removidas. Isso porque, se fizer a remoção antes, muitas outras famílias poderão vir a ocupar o local.

    MAURICIO MORAIS/RBA

    vila itaim.jpg

    Sem as obras previstas no projeto do Parque Várzeas do Tietê, população tem novas enchentes no próximo verão

    http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2015/07/prometido-por-serra-governador-ha-6-anos-maior-parque-linear-ainda-nem-comecou-a-ser-construido-1615.html

     

     

  3. https://c1.staticflickr.com/1

    https://c1.staticflickr.com/1/87/244325408_5cfa8051bb.jpg

    A DEGRADAÇÃO DO CENTRO DE SÃO PAULO – O centro de uma cidade é sua alma profunda de onde se irradiou a expansão para os bairros e para os entornos. São Paulo nasceu onde é hoje o ” centro velho” que é a Praça da Sé,

    rua XV de Novembro, Rua Boavista, Rua Direita, Rua José Bonifacio. Em seguida, após a construção do Viaduto do Chá expandiu-se nas decadas de 30 , 40 e 50 para o “centro novo” Praça Ramos de Azevedo (conhecida como do Teatro Municipal), Rua Barão de Itapetininga até a Praça da Republica. Esse era “” a cidade”” de meus tempos de juventude, onde comecei minha vida no Citybank da esquina da Avenida São João com a Avenida Ipiranga, era

    um ambiente civilizado, até chic, com a Confeitaria Fasano, a Vienense, na Barão de Itapetiningga, o Paribar na Praça D.Jose Gaspar, o Hotel Excelsior e seu restuarante na cobertura, lindo, os cines Metro e Art Palacio.

    Existem outros espaços antigos e referenciais, Praça das Bandeiras, Parque Dom Pedro II, Parque do Anhangabau.

    A degradação fisica e humana do Centro de São Paulo é algo impressionante. O aspecto dos predios e das ruas, com algumas exceções, é horripilante, cenas de filmes noir. A degradação humana acompanha a fisica.

    O processo vem de longe, começou nos anos 60. Grandes empresas mudam seus escritorios, seguidos por prestadores de serviços, predios vão ficando vazios e abandonados, novos inquilinos não vem, a Prefeitura, desde o inicio, JAMAIS teve uma ação ou processo de salvar o centro. Duas estocadas marcaram os ultimos tempos. A saida simultanea dos quatro grandes escritorios de advocacia, os maiores da cidade, Pinheiro Neto, Tozzini Freire, Machado Meyer e Demarest Almeida que com suas centenas de funcionarios faziam funcionar restaurantes, lojas e livrarias. Tentou-se outro movimento que seria a degola final, a mudança da Bolsa de São Paulo para a Marginal Pinheiros, onde um grande terreno tinha sido comprado. Felizmente alguns espiritos mais altos barraram essa loucura. O centro teria virado um cemiterio.

    Dois ocupantes fazem ainda funcionar o centro de São Paulo: faculdades que se instalaram em alguns dos melhores predios vazios e empressas e orgãos do Estado de São Paulo que se mudaram para uma serie de predios que eram de bancos comprados pelo Itau Unibanco, vendidos ao Estado por valo baixo e para pagar a longuissimo prazo.

    Um ocupante antigo e importante é o Forum Central e seus anexos que continuam lá até que algum genio resolva mudar.

    O cdntro tem um vasto capital imobiliario se deteriorando, evidentemente predios vazios há anos ou decadas não pagam mais IPTU.  A recuperação do centro é possivel, algumas cidades ja fizeram, Londres transformou bairros degradados em areas de alto valor imobiliario, como a zona das antigas docas (Canary Wharf), a experiencia de Nova York é importante. A cidade sofreu tal degradação na zona do Times Square, cheia de mendigos, pivetes, lojas pornôs,

    quiosques sujos, que 200 grandes empresas com sede na cidade se mudaram. O prefeito Rudolph Giuliani recuperou a cidade limpando a area, dando isenção para quem abrisse negocios atraentes e visitando uma a uma as empresas

    que sairam pedindo sua volta. Hoje Nova York voltou a ser uma cidade atrativa, limpa e organizada.

    O atual Prefeito está usando uma anti-solução para o centro vazio, ocupa-lo com população sem teto. É a pá final do fim do centro. No meio de ruas puramente comerciais, como Rua Marconi, no centro novo, predios ocupados como cortiços, como tambem o antigo Othon Palace Hotel, em frente à Prefeitura, tambem cortiço. Nessa mesma Praça do Patriarca, onde está a Prefeitura, um imenso predio antiga sede do Unibanco, de 30 andares, vazio e já com janelas quebradas. Na região , o antigo Cine Marrocos que por decadas foi o mais luxuoso de São Paulo, onde só se entrava de terno e gravata, com a entrada em marmore italiano, virou tambem cortiço, com a conivencia, incentivo e

    aprovação da Prefeitura em conjunto com o Movimento Sem Teto de um conhecido esquerda chic, que tem coluna fixa na FOLHA. Essa ocupação por sem tetos NÃO É SOLUÇÃO, ao contrario, aumenta a degradação. Areas de centro NÃO são vocacianadas para moradias, são mundialmente zonas comerciais, de escritorios e de serviços.

    Duas ideias: aumentar a ocupação por repartições do Estado e da Prefeitura. Ainda existem muitas Secretarias em areas caras, por exemplo existem 5 Secretarias Estaduais na Rua Bela Cintra, na região da Paulista, orgãos do governo não precisam cativar clientes pelo luxo e conforto, podem estar em qualquer lugar. Se todas as Secretarias do Estado e da Prefeitura forem para o Centro, a grande movimentação melhora o entorno.

    Outra ideia mais polemica mas fundamental: Uma recuperação do centro NÃO pode conviver com a marginalidade, a cracolandia, os batedores de carteira, os pivetes, os moradores de rua que infestam o centro. Movimentos sociais que protegem esse ambiente são parte da degrdação do centro. E não me venham com teses ideologicas e do politicamente correto. Onde entra a marginalidade vai embora a cidade organizada. Foi assim em todo o mundo. A cidade organizada é a ESMAGADORA MAIORIA da população, a marginalidade é uma pequena minoria, a MINORIA não pode comandar a degradação CONTRA a maioria. Foi tirando a marginalidade das ruas que Nova York se recuperou, o ex-Prefeito Giuliano vem ai, dias 1 e 2 de Setembro, para contar a estoria.

    Na Avenida Paulista ainda existem sedes de grandes empresas e escritorios de advocacia. Está havendo uma fuga desses locatarios porque craqueiros estão se mudanda para a Paulista, onde já existem barracas de fumadores.

    A Paulista nunca antes teve esse entorno de marginalidade, agora estão chegando, tudo sob a tolerancia e incentivo de movimntos de direitos humanos, certos Procuradores politicamente corretos e a turma da bagunça de sempre.

    Grandes cidades são organismos COMPLEXOS e só funcionam dentro de REGRAS.

    Na bagunça cidade vira acampamento.

     

     

  4. Nietzsche em Sils-Maria, por Mario Vargas Llosa

    Do El País:

     

     

    Nietzsche em Sils-Maria

     

    Por  Mario Vargas Llosa – 26/7/2015

     

     

     

     

     

     

     

    Quando Nietzsche veio pela primeira vez a Sils-Maria, no verão de 1879, era uma ruína humana. Sua visão se deteriorava rapidamente, as enxaquecas o atormentavam e as doenças o haviam obrigado a renunciar à sua cátedra naUniversidade da Basileia, depois de lecionar ali por dez anos. Esta era na época uma remota região alpina no alto de Engadina, onde os forasteiros mal conseguiam chegar. Foi amor à primeira vista: ficou deslumbrado pelo ar cristalino, o mistério e o vigor das montanhas, as cascatas rumorosas, a serenidade de lagos e lagoas, os esquilos e até os enormes gatos monteses.

    Começou a se sentir melhor, escreveu cartas exultantes de entusiasmo pelo lugar e, desde então, voltaria por sete anos consecutivos a Sils-Maria nos verões, por temporadas de três ou quatro meses. Sempre tinha sido um bom caminhante, mas, aqui, andar, subir encostas íngremes, meditar em montes nevados varridos pelos ventos, onde às vezes aterrissavam as águias, rabiscar os aforismos em seus livretos, um de seus meios favoritos de expressão, se tornou uma forma de viver. Em Sils-Maria escreveria ou conceberia seus livros mais importantes, A Gaia Ciência, Assim Falou Zaratustra, Além do Bem e do Mal,Crepúsculo dos Ídolos e O Anticristo.

    Alojava-se na casa —que era também uma loja – do prefeito do povoado e pagava um franco por dia pelo modesto quartinho onde dormia. A casa de Nietzsche é agora um museu e sede da fundação que leva o nome do filósofo. Vale a pena visitá-la, sobretudo se o cicerone no dia for seu amável diretor, Peter André Bloch, que sabe tudo sobre a obra e a vida de Nietzsche e que organiza os seminários e colóquios que atraem a este belo povoado professores, ensaístas e filósofos de todo o mundo. A casa foi totalmente restaurada e oferece uma soberba coleção de fotografias, manuscritos —entre eles poemas e composições musicais de Nietzsche—, primeiras edições e testemunhos de visitantes ilustres, como Thomas Mann, Adorno, Paul Celan, Hermann Hesse, Robert Musil e até o inesperado Pablo Neruda, que escreveu aqui um poema. Boris Pasternak não pôde vir, mas enviou de seu confinamento soviético um longo texto fundamentando sua admiração pelo filósofo.

    O único cômodo que não foi restaurado é o dormitório de Nietzsche. Surpreende pelo ascetismo. Uma caminha estreita, uma mesa rústica, um jarro e uma bacia de água. Testemunhos da época dizem que então estava cheia de livros. Mas a verdade é que Nietzsche passava muito mais tempo ao ar livre do que dentro de casa, e pensava e escrevia andando ou descansando entre as longuíssimas caminhadas que fazia diariamente. Duravam cerca de seis horas por dia e às vezes oito e até dez. Agora são mostradas aos turistas algumas rotas que, garantem os guias, eram suas preferidas, mas é pura fábula. Em primeiro lugar, a paisagem agora é diferente, civilizada pela afluência em massa de esquiadores durante o inverno, a abertura de estradas e os chalés esparramados ao redor das pistas de esqui. Nos tempos de Nietzsche esta era ainda uma terra selvagem, sem estradas, abrupta. Depois de uma difícil caminhada em meio aos pinheirais e na neve, quase à sombra, abria-se de repente uma paisagem de Éden, como a que inspiraria as bravatas e filípicas de Zaratustra.

    Muitas vezes Nietzsche se perdeu nessas alturas desoladas e, em outras, dormiu e teve sonhos grandiosos ou terríveis que evocou em seus poemas e em sua música. Sempre levava a essas caminhadas um pequeno pacote de frutas e biscoitos, e os caderninhos listrados que sua irmã Elizabeth lhe enviava (podem ser folheados no museu), racista fanática que, para justificar a caluniosa descrição segundo a qual Nietzsche foi um precursor do nazismo, falsificou seus manuscritos e fabricou uma edição espúria de A Vontade de Poder. Em uma das prateleiras da Fundação se exibe a célebre foto de Hitler visitando, acompanhado por Elizabeth, o Memorial de Nietzsche em Weimar.

    Muitas das diatribes de Nietzsche contra a religião e, sobretudo, o cristianismo, a ideia de que proclamar a vida terrena é só uma passagem no sentido do além, onde se vive a vida verdadeira, e o maior obstáculo para que os seres humanos fossem soberanos, livres e felizes e se mantivessem condenados a uma escravidão moral que os privava de criatividade, espírito crítico, conhecimentos científicos e iniciativas artísticas, foram gestadas aqui, em Sils-Maria. Mas, curiosamente, ao contrário de uma das imagens mais persistentes de Nietzsche, a de um homem antissocial, sombrio e ensimesmado, resmungão e colérico, pelo menos nos sete verões que aqui passou deixou entre os vizinhos uma imagem radicalmente diferente: a de um homem risonho e simpático, que brincava com as crianças, divertia-se com as piadas dos moradores e evitava a boataria e as discussões da vizinhança.

    É verdade que nunca foi um fascista nem um racista; um setor do museu documenta em detalhes sua boa relação com muitos intelectuais e comerciantes judeus e as vezes que escreveu criticando o antissemitismo. Mas também é verdade que nunca foi um democrata nem um liberal. Detestava as multidões e, em especial, as massas da sociedade industrial, nas quais via seres alienados por essa “psicologia de vassalos” engendrada pelo coletivismo, que anulava o espírito rebelde e matava a individualidade. Sempre foi um individualista recalcitrante; acreditava que só o ser humano não gregário, independente, segregado da tribo, que a enfrenta, era capaz de fazer progredir a ciência, a sociedade e a vida em geral. Sua terrível sentença, que era também um prognóstico sobre a cultura que prevaleceria no futuro imediato —“Deus está morto”— não era um grito de desespero, mas de otimismo e esperança, a convicção de que, no mundo futuro, libertados das correntes da religião e da mitologia alienante do além, os seres humanos trabalhariam para tirar o paraíso das névoas ultraterrenas e o trariam para cá, para a história vivida, a realidade cotidiana. Então desapareceriam os estúpidos rancores que tinham recheado a história humana de guerras, cataclismas, abusos, sofrimentos, selvagerias, e surgiria uma fraternidade universal na qual a vida, por fim, valeria a pena ser vivida por todos.

    Era uma utopia não menos irreal do que a das religiões que Nietzsche abominava e que faria correr também muitíssimo sangue e dor. Ao fim e ao cabo, seria a democracia, que o filósofo de Sils-Maria tanto desprezou, pois a identificava com o conformismo e a mediocridade, a que mais contribuiria para aproximar os seres humanos desse ideal nietzschiano de uma sociedade de homens e mulheres livres, dotados de espírito crítico, capazes de conviver com todas as suas diferenças, convicções ou crenças, sem se odiar nem se matar.

     

    Sils-Maria, julho de 2015

  5. Aonde vamos? Irresponsabilidade …

    https://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/190620/Dallagnol-tenta-p%C3%B4r-Lava-Jato-acima-do-bem-e-do-mal.htm

     

    Dallagnol tenta pôr Lava Jato acima do bem e do mal

    28 de Julho de 2015Compartilhe no Google +Compartilhe no TwitterCompartilhe no FacebookHeuler Andrey:

    Nunca tive religião. Só frequentei igrejas, templos e sinagogas por razões sociais, como assistir a casamentos, batizados e cerimônias fúnebres.  

    Essa situação me ajudou a ter um convívio enriquecedor com várias correntes religiosas, usufruindo da diversidade cultural de nossa época, a partir da compreensão de que a diferença não nos afasta, mas pode nos aproximar e fortalecer.

    Estou convencido de que entender que somos iguais em nossas diferenças é um dos principais aprendizados do século XXI, numa  civilização onde a intolerância deixou marcas terríveis e profundas.

    Um de meus grandes amigos foi Jaime Wright, pastor protestante, grande militante de direitos humanos. Convivi com pessoas de profunda fé católica, boa parte em minha família. Mantive longos diálogos com o rabino Henri Sobel, orador capaz de rezas emocionantes. Conversei menos do que gostaria com Leonardo Boff. Já maduro, após uma viagem a Paris — olha só — tive um longo contato com lideranças umbandistas. Graças aos romances de Nagib Mahfouz e aos ensaios de Edward Said, compreendi a riqueza da cultura árabe e da religião muçulmana.

    Escrevi os parágrafos acima porque me confesso chocado com as revelações de Bernardo Mello Franco, na Folha de S. Paulo de hoje.

    Ontem, Mello Franco esteve numa igreja batista na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, onde o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, falou para cerca de 200 pessoas.

    A reportagem descreve: “Antes de falar, o procurador, que tem mestrado em Harvard, foi apresentado como ‘servo’ e ‘irmão.’ De terno e gravata, discursou do púlpito, citou a Bíblia e disse acreditar que Deus colabora com a Lava Jato.”

    O jornalista cita um diálogo entre Dallagnol e os fiéis: 

    “Dentro da minha cosmovisão cristã, eu acredito que existe uma janela de oportunidade que Deus está dando para mudanças”, afirmou.

    “Amém”, respondeu a plateia.

    “É isso aí. Deus está respondendo”, devolveu Dallagnol.

    O procurador também disse: “se nós queremos mudar o sistema, precisamos orar, agir e apoiar medidas contra a corrupção”, disse, antes de acrescentar: “O cristão é aquele que acredita em mudanças quando ninguém mais acredita. Nós acreditamos porque vivemos na expectativa do poder de Deus”.

    Em seguida, Dallagnol pediu apoio para um abaixo-assinado favorável a um projeto de lei do Ministério Público que pede mudanças na lei contra corrupção.

    Eu acho errado e inaceitável.

    A Lava Jato é uma operação policial feita por homens de carne e osso, com qualidades e defeitos. Podemos listar uns e outros, mas este não é o caso, agora.

    Quando as mudanças nas leis contra corrupção, basta saber que, no Supremo, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello fazem críticas à alteração principal, aberração que tenta permitir que a Justiça aceite provas obtidas de modo ilícito. (Algo a ver com as escutas da Lava Jato, terrestres e ilegais? Quem sabe).

    Cabe estranhar que seu responsável, chefe da força-tarefa, condição que lhe dá uma posição muito especial no Ministério Público, e uma força interna muito grande frente ao PGR Rodrigo Janot, tente apresentar  a Lava Jato num patamar acima de toda crítica, sugerindo que se trata de uma obra divina.  “Deus está respondendo.” É isso aí?

    Se isso é feito por puro marketing, é desprezível. Se apoia-se numa crença verdadeira, hipótese em que acredito, é mais grave ainda — pois, através de convicções religiosas, exprime um absurdo viés antidemocrático, anterior à Revolução Francesa de 1789. Em qualquer caso, é uma postura estranha — eu diria incompatível até — com a justiça dos homens.

    Se aprendemos que o bom Direito se revela através do conflito e do contraditório, como conciliar essa noção, moderna, herética, com noções divinas, quando sabemos que o sagrado é intocável?

    Deltan Dallagnol é procurador da República, num país onde o artigo 127 da Constituição diz que o “Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.”

    Em seu artigo 5o, parágrafo VI, a Constituição diz ainda que é “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

    No artigo 19, inciso I, se afirma que é “vedado a União, Estados e Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”

    São regras importantes. O  Estado não pode perseguir religiões. Também não pode ter preferências.

    O Brasil define-se como um Estado laico desde 1889, na proclamação da República. Essa visão se contrapõe a de um Estado confessional, aquele onde uma religião específica tem proteção especial e direitos específicos.

    O Brasil, há 126 anos, optou pelo caminho da tolerância e da igualdade entre as religiões, proibindo até que estabeleçam “relações de dependência ou aliança.”

    É esta “ordem jurídica” que cabe a um procurador desta República defender. E só. 

    Alguma dúvida?

     

  6. Imprensa marrom, tarja preta

    http://oglobo.globo.com/economia/negocios/apesar-de-esforcos-do-governo-bolsas-chinesas-voltam-cair-16984341

    Negócios e finanças

     

    Apesar de esforços do governo, Bolsas chinesas voltam a cair

    Após maior tombo em oito anos, recuo é mais moderado; BC diz que fará mudanças de política monetária conforme o necessário

    por O Globo28/07/2015 8:24/ Atualizado 28/07/2015 8:38
    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/negocios/apesar-de-esforcos-do-governo-bolsas-chinesas-voltam-cair-16984341#ixzz3hCY99ePh
     

  7. PROBLEMAS COM O BLOG DA CIDADANIA

    Nassif acho que estão boicotando o Blog da Cidadania do  Eduardo Guimarães, não estou conseguindo fazer comentários, pois não aparece a caixa do mesmo, será que isso só está ocorrendo comigo? Muito estranho isso, por um momento eu fiz um, mas depois o problema continuou. 

  8. BOA IDEIA E AÇÃO

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água

    G1 acompanhou teste de motocicleta com água do rio Tietê.
    Proprietário garante ter andado 500 km com um litro de água.

     

    Jomar BelliniDo G1 Sorocaba e Jundiaí

    FACEBOOK 

    Imagine andar 500 km usando água no lugar da gasolina como combustível para a moto? É o que promete o funcionário público Ricardo Azevedo, morador de Itu (SP).  Após seis meses de pesquisas e testes, ele afirma ter conseguido adaptar de forma caseira uma Honda NX 200, ano 1993, para andar utilizando água, que chamou de Moto Power H²O. O G1 acompanhou um teste com a motocicleta usando água captada no rio Tietê, em Salto (SP) (veja no vídeo acima).

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água (Foto: Jomar Bellini / G1)Cerca de R$ 6 mil já foram investidos no protótipo
    (Foto: Jomar Bellini / G1)

    O funcionário público teve a ideia de adaptar a moto para economizar no trajeto até o trabalho em São Paulo. “Foi incentivo também para o meu filho, que trabalha na área química, continuar os estudos”, diz.

    Ele usou a experiência na área mecânica com os estudos do filho e conhecidos para montar o projeto em casa há seis meses. “Existem pesquisas que mostram uma economia extraordinária com o uso da água porque é um processo infinitamente mais barato”, compara.

    Cerca de R$ 6 mil já foram investidos no protótipo (entre testes e adaptações), que usa materiais simples como tubos de PVC, mangueiras de plástico, bateria automotiva e um reservatório de água usado em carros.

    Azevedo explica que a moto utiliza um processo já conhecido no mundo da química e que vem sendo estudado há anos por cientistas. Após quebrar a molécula de água, em um processo conhecido como eletrólise, o motor da moto utiliza a combustão do hidrogênio para funcionar.

    Um aditivo é colocado na água para aumentar a capacidade de transmissão de energia elétrica e ajudar na quebra das moléculas. O funcionário público explica que o gás então é levado até o carburador da moto, única adaptação realizada no veículo.

    O processo só é possível porque, separado do oxigênio presente na água (H²O), o hidrogênio tem maior poder de combustão do que, por exemplo, a gasolina. Em um rápido teste usando o gás dos combustíveis presos em bolhas de sabão é possível ver a diferença nas explosões (veja no vídeo).

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água (Foto: Fernando de Souza / Staff News)Sistema foi adaptado em Honda NX 200
    (Foto: Fernando de Souza / Staff News)

    Apesar de Azevedo garantir a autonomia da moto, o instrutor e orientador da área automotiva do Senai de Sorocaba, Fábio Castro de Melo, explica que ainda é necessário cuidado no uso do hidrogênio como forma de combustível. “O poder de explosão é muito maior, mas é preciso amadurecer a tecnologia e questões de segurança antes de ser adaptado desta forma e usado no mercado em geral”, pondera.

    Já Sandra Villanueva, pós-doutora em engenharia química pela Universidade de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de engenharia química da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), questiona a eficiência energética produzida com a queda da molécula de água em relação a autonomia proposta. “O sistema é fechado e não é alimentado com água o tempo todo. De repente não é só a eletrólise. Deve ser um processo combinado, no caso da bateria”, diz.

    Sandra avalia ainda que o sistema depende da energia elétrica de um motor para funcionar. “Não é possível iniciar a eletrólise sem uma carga de energia. Nesse sistema, ainda é necessário recarregar a bateria com uma fonte externa. Então ele precisaria de uma forma de gerar essa eletricidade para o inicio da reação e armazená-la. Uma alternativa é usar o deslocamento da própria moto para gerar a energia”, diz.

    A experiência já vem chamando a atenção de investidores e Azevedo conta nos dedos o número de reuniões agendadas neste mês de julho. “Uma montadora me chamou para encontros com a diretoria de marketing,  estive em um instituto em São Paulo e outro representante do Nordeste fez uma reunião comigo e também tenho encontros com representantes de governo. As pessoas estão querendo apoiar o projeto”, comemora.

    Segredos
    Azevedo, entretanto, não divulga certos “segredos” usados na adaptação. Um cadeado na caixa do Moto Power H²O, por exemplo, em que a água passa pelo processo de eletrólise, já deixa claro que ela não será aberta ao público. Ele afirma que ali a água entra em contato com um microcircuito formado por placas de três metais diferentes e energia elétrica. A composição do catalisador colocado no tanque de água também é mantida “a sete chaves”. “Existem coisas que não posso falar por ser segredo, mas todos os materiais são simples e feitos em casa”, diz.

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água (Foto: Jomar Bellini / G1)Cerca de R$ 6 mil já foram investidos no protótipo (Foto: Jomar Bellini / G1)

    Para testar a moto, o G1 foi até a cidade de Salto. Azevedo coletou água no rio Tietê no para mostrar processo de funcionamento do veículo. O ideal é que o “combustível” esteja o mais puro possível, então a água do rio foi filtrada antes de entrar em contato com o reservatório.

    Como se trata de um protótipo, por questões de segurança a partida é dada usando aproximadamente 10 mls de gasolina. “Temos alguns problemas técnicos, então começo com a gasolina e espero ela ser completamente usada. É possível sim dar partida com o hidrogênio, mas ainda preciso controlar o processo. Cheguei a perder um motor por conta disso”, explica. O processo é parecido com o de carros que andam utilizando GNV: um botão alterna a fonte de combustível.

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    O projeto ainda precisa de aprimoramentos e dificilmente a moto poderá ser guiada por motociclistas comuns em um curto espaço de tempo.

    O controle da quantidade de hidrogênio usado na combustão, por exemplo, é feito de forma manual com base em medidores, enquanto Azevedo guia a motocicleta. “No futuro tudo isto vai ser automatizado, mas precisamos de investimento e levar o projeto para um laboratório”, estima. O funcionário público diz que próximo passo é adaptar um alternador para aproveitar a energia gerada para carregar a bateria que movimenta o sistema.

    Mercado automobilístico
    No mercado tradicional, montadoras já chegaram a anunciar a venda de veículos movidos a hidrogênio. Um dos exemplos é o sedã FCV, apresentado em 2014 pela Toyota, que é um híbrido com dois tanques de hidrogênio de alta pressão. Em uma estação no assoalho no carro, o hidrogênio é quebrado em duas moléculas, o que gera uma descarga elétrica.

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água (Foto: Jomar Bellini / G1)Moto usa água como combustível em Itu
    (Foto: Jomar Bellini / G1)

    A energia é direcionada a um conversor de tensão, que alimenta uma bateria. O resultado dessa reação é água, que sai pelo escapamento. A diferença neste caso, comparando com a moto de Azevedo, é que o processo no carro da Toyota utiliza o hidrogênio para gerar energia elétrica e assim movimentar o veículo. Aqui, o processo é baseado na combustão do hidrogênio.

    Também é possível encontrar em sites de venda kits que prometem converter veículos para funcionar usando água como combustível. “A diferença é que estes produtos na internet fazem o carro andar de forma híbrida, misturando a gasolina e o hidrogênio. Aqui a moto só anda a base de água”, defende o funcionário público.

    Segurança merece atenção
    A engenheira química Sandra avalia que o processo ainda pode não ser viável para aplicação no mercado automobilístico, já que precisa de mais estudos. “O custo ainda é elevado para uma autonomia que não é tão grande. Mobilizar um carro com água ainda é caro porque o metal mais eficiente para ser usado no processo, a platina, tem um custo muito alto. Isso vai deixar o veículo com um preço impraticável”, diz.

    Toda alternativa que dispense o petróleo é muito interessante”Fábio Castro de Melo, instrutor e orientador
    na área automotiva do Senai

    O instrutor e orientador da área automotiva do Senai de Sorocaba, diz também que é necessário cuidado no uso do hidrogênio como forma de combustível. De acordo com especialista, caso a quantidade de gás não seja regulada é possível causar grandes explosões. “Levando em conta os princípios básicos de combustão, em seis meses é difícil avaliar os reflexos disso para analisar, por exemplo, se não pode prejudicar a autonomia do veículo ao longo do tempo”, explica.

    Na análise do orientador, apesar da considerável economia, o uso do hidrogênio como forma de combustível ainda encontra resistência no mercado por conta, justamente, do alto índice de explosão. “O principal desafio está no armazenamento e como isso será colocado no automóvel por conta do risco de explosão e de vazamentos. Como isto pode reagir, por exemplo, no caso de acidentes. É um alto grau de periculosidade porque tem que ter todo um cuidado no armazenamento. Precisamos de mais estudos para apontar o caminho mais seguro.”

    Melo, entretanto, elogia a iniciativa do servidor público. “Toda alternativa que dispense o petróleo é muito interessante. Precisamos ver como isso será divulgado e encarado pelo mercado”, finaliza.

    Funcionário público de Itu adapta moto para funcionar com água (Foto: Fernando de Souza / Staff News)Funcionário público afirma ter dirigido até 500 km com um litro (Foto: Fernando de Souza / Staff News)tópicos:ItuSalto

     

  9. Quando nossa Presidenta

    Quando nossa Presidenta decide, ela decide mesmo:

    “”Nós não vamos definir uma meta. Vamos deixar a meta em aberto e quando nós atingirmos a meta, nós vamos dobrar a meta”!”

    Entendeu?!

  10. Nassif,  acho que temos

    Nassif,  acho que temos obrigação de contribuir com as investigações da Lava Jato apontando para Moro um arrecadador tucano que ficou esquecido, apagado pela poeira do tempo. Trata-se do engenheiro Paulo Vieira de Sousa, vulgo Paulo Preto, que segundo reportagem da Istoé,  “possuía relações estreitas com as empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.” As mesma investigadas na Lava Jato, com exceção da carioca.

    Paulo Preto teria sumido com quase 5 milhões em dinheiro vivo da campanha tucana a presidente de José Serra, dinheiro arrecadado de empreiteiras. Moro talvez ignore este fato, embora não esqueça de João Vaccari Neto, o qual mantén trancafiado por razões de campanha de 2010, a mesma que Paulo Preto apareceu numa citação pra lá de criminosa.

    Nos tempos áureos de Paulo Preto, “em São Paulo, foi responsável pela medição de obras e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou 5 bilhões de reais, a expansão da avenida Jacu-Pêssego e a reforma na Marginal do Tietê, estimada em 1,5 bilhão, diz reportagem de Carta Capital, assinada por Cynara Menezes.

    Quando é que Moro vai mandar prender Paulo Preto para que este faça uma delação premiada contando tudo que sabe sobre as relações das empreiteiras com os governos tucanos? Corrupção de empreiteira só é crime se for no governo federal?

     

    Quem é Paulo Preto

    por Cynara Menezes — publicado 15/10/2010 10p5, última modificação 19/10/2010 16p4 Levada à campanha por Dilma Rousseff, a história do ex-diretor da Dersa causa constrangimento no tucanato e gera versões desencontradas de Serra  inShare   Quem é Paulo Preto

    Levada à campanha por Dilma Rousseff, a história do ex-diretor da Dersa causa constrangimento no tucanato e gera versões desencontradas de Serra. Por Cynara Menezes. Foto: Rodrigo Capote/Folhapress

     

    Na noite do domingo 10, ao fim do primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes, o mais acalorado da campanha presidencial até agora, cobrada pelo adversário tucano José Serra sobre as denúncias contra a ex-ministra Erenice Guerra, a petista Dilma Rousseff revidou: “Fico indignada com a questão da Erenice. Agora, acho que você também deveria responder sobre Paulo Vieira de Souza, seu assessor, que fugiu com 4 milhões de reais de sua campanha”. Serra nada disse – ou “tergiversou”, como acusou a adversária durante todo o encontro televisivo –, e o País inteiro ficou à espera de uma resposta: quem é Paulo Vieira de Souza?

    Numa eleição em que o jornalismo dito investigativo só atuou contra a candidata do governo, Dilma Rousseff serviu como “pauteira” para a imprensa. O pauteiro é quem indica quais reportagens devem ser feitas – e, se não fosse por causa de Dilma, Vieira de Souza nunca chegaria ao noticiário. Nos dias seguintes ao debate, finalmente jornais e tevês se preocuparam em escarafunchar, mesmo sem o ímpeto habitual quando se trata de denúncias a atingir a candidatura governista, um escândalo que envolvia o tucanato. A acusação contra Vieira de Souza, vulgo “Paulo Preto” ou “Negão”, apareceu pela primeira vez em agosto, na revista IstoÉ.

    No texto, que obviamente teve pouquíssima repercussão na época, o engenheiro Paulo Preto era apontado como arrecadador do PSDB e acusado pelos próprios tucanos de sumir com dinheiro da campanha. “Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial”, dizia a reportagem, segundo a qual o engenheiro possuía relações estreitas com as empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

    Após a citação feita por Dilma, os jornalistas cuidaram de cercar Serra para tentar extrair a resposta que ele não deu no debate. De saída, o candidato disse não conhecê-lo. “Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês fiquem perguntando”, declarou, na segunda-feira 11.

    No dia seguinte, ameaças veladas feitas pelo ex-arrecadador em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo foram capazes de refrescar a memória de Serra. “Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao País, ele tem de responder. Não tem atitude minha que não tenha sido informada a ele”, disse Paulo Preto. “Não se larga um líder ferido na estrada em troca de nada. Não cometam esse erro.”

    A partir da insinuação de que o já apelidado “homem-bomba do tucanato” possui fartos segredos a revelar, Serra não só se lembrou do desconhecido como o defendeu e o elogiou. “A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza”, afirmou o tucano, fazendo questão de dizer que o apelido “Preto” é preconceituoso. “Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano (em 2009). Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo.”

    O último cargo público do engenheiro em governos do PSDB foi como diretor de engenharia da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), cargo do qual foi demitido em abril, poucos dias após Serra se lançar à Presidência. Mas sua folha de serviços prestados ao PSDB é extensa. Há 11 anos ocupava cargos de confiança em governos tucanos e era diretor da Dersa desde 2005, primeiro nas Relações Institucionais e depois na engenharia, nomeado por Serra. Trabalhou no Palácio do Planalto durante os quatro anos do segundo governo Fernando Henrique Cardoso como assessor especial da Presidência, no programa Brasil Empreendedor Rural. Em São Paulo, foi responsável pela medição de obras e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou 5 bilhões de reais, a expansão da avenida Jacu-Pêssego e a reforma na Marginal do Tietê, estimada em 1,5 bilhão.

    Quem levou Vieira de Souza para o Planalto foi Aloysio Nunes Ferreira, recém-eleito senador pelo PSDB, de quem Paulo Preto se diz amigo há mais de 20 anos. Ferreira dispensa apresentações. Em 3 de outubro foi o candidato ao Senado mais votado do Brasil, depois de ter sido chefe da Casa Civil no governo paulista.

    De acordo com a IstoÉ, familiares de Vieira de Souza chegaram a emprestar 300 mil reais para Ferreira, quantia -assumidamente utilizada pelo novo senador para quitar o pagamento do apartamento onde vive, em Higienópolis. O engenheiro mantém, aliás, um padrão de vida elevado, muito acima de quem passou boa parte da carreira em cargos públicos. É dono de um apartamento na Vila Nova Conceição em um edifício duplex com dez vagas na garagem, sauna privê e habitado por banqueiros e socialites. Pela média de preços da região, um apartamento no prédio não custa menos de 9 milhões de reais.

    Vieira de Souza foi demitido da Dersa oito dias após aparecer ao lado de tucanos graduados na festa de inauguração do Rodoanel e atribuiu sua saída a diferenças de estilo com o novo governador, Alberto Gold-man, que assumiu na qualidade de vice.

    Goldman parecia, de fato, incomodado com a desenvoltura, para dizer o mínimo, de Paulo Preto no governo, e deixou esse descontentamento claro em um e-mail enviado a Serra, em novembro do ano passado, no qual acusava o então diretor da Dersa de ser “vaidoso” e “arrogante”, como revelou a Folha de S.Paulo. “Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem”, escreveu o atual governador na mensagem ao antecessor, também encaminhada ao secretário estadual de Transportes, Mauro Arce. Mas Paulo Preto só deixou o governo quando Serra saiu.

    Dois meses após sua exoneração, em junho, Vieira de Souza seria preso em São Paulo, acusado de receptação de joia roubada. O ex-diretor da Dersa alega ter comprado de um desconhecido um bracelete de brilhantes da marca Gucci por 18 mil reais. Ao levar a joia a uma loja do Shopping Iguatemi para avaliar se era verdadeira, foi preso em flagrante, após ser constatado pelo gerente que o objeto havia sido furtado ali mesmo no mês anterior. Solto no dia seguinte, passou a responder à acusação em liberdade. Hoje, ele atribui o imbróglio a “uma armação”.

    Seu nome aparece ainda na investigação feita pela Polícia Federal que resultou na Operação Castelo de Areia. Na ação, -executivos da construtora Camargo Corrêa são acusados de comandar um esquema de propinas em obras públicas. A empresa nega. No relatório da PF há várias referências ao trecho sul do Rodoanel, responsabilidade de Paulo Preto, que teria recebido quatro pagamentos mensais de 416 mil reais da empreiteira. Vieira de Souza também nega. “A mim nunca ninguém entregou absolutamente nada. O lote da Camargo Corrêa na obra era de 700 milhões de reais e a obra foi entregue no prazo, só com 6,52% de acréscimo. É o menor aditivo que já houve em obra pública no Brasil.”

    À revista Época, que publicou uma pequena reportagem sobre o caso em maio, Ferreira reconheceu a amizade antiga com Paulo Preto, mas negou ter recebido doações ilegais da construtora. Afirmou ainda que o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos fiscalizadores. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, disse o senador eleito. Atualmente, a operação Castelo de Areia encontra-se paralisada em virtude de uma liminar deferida pelo ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa, que reclama de irregularidades na investigação.

    O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, que teria servido de fonte para a reportagem da IstoÉ, deu entrevista nos últimos dias na qual nega ter afirmado que Paulo Preto arrecadara, por conta própria, “no mínimo” 4 milhões de reais – o próprio engenheiro diz que esse número foi subestimado. Segundo Eduardo Jorge, não existe nenhum esquema de “arrecadação paralela”, o famoso caixa 2, entre os tucanos. Paulo Preto processa EJ, o tesoureiro-adjunto Evandro Losacco e o deputado federal reeleito José Aníbal, chamados por ele de “aloprados” por tê-lo denunciado à revista. Curiosamente, na entrevista à imprensa, Eduardo Jorge faz mistério sobre os nomes dos reais arrecadadores da campanha tucana, a quem chama de “fulano” e “sicrano”.

    Na quinta-feira 14, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público Estadual. Solicita uma investigação contra o ex-diretor da Dersa por improbidade administrativa. Além da acusação sobre os 4 milhões de reais arrecadados irregularmente para a campanha tucana, os parlamentares petistas acusam a filha de Paulo Preto, a advogada Priscila Arana de Souza, de tráfico de influência, por representar as empreiteiras que tinham negócios com a empresa pública desde 2006, quando o pai era responsável pelo acompanhamento e fiscalização das principais obras viárias do governo paulista, como o Rodoanel e a Nova Marginal, vitrines da campanha tucana na corrida presidencial.

    Documentos do Tribunal de Contas da União revelam que Priscila Souza era uma das advogadas das empreiteiras no processo que analisou as contas da construção do trecho sul do Rodoanel. Ao contrário do que disse o ex-chefe da Casa Civil de Serra, uma auditoria da empresa Fiscobras apontou diversas irregularidades na obra, entre elas um superfaturamento de 32 milhões de reais em relação ao contrato inicial, despesa que teria sido repassada ao Ministério dos Transportes, parceiro no projeto. A filha do engenheiro aparece ainda em uma procuração, datada de maio de 2009, na qual os responsáveis da construtora Andrade Gutierrez autorizam os advogados do escritório Edgard Leite Advogados Associados a representarem a empresa em demandas judiciais.

    “Já havíamos encaminhado ao MP uma representação, em maio, pedindo investigação sobre a suposta arrecadação ilegal de dinheiro para a campanha tucana, com base nas denúncias da IstoÉ. Conversei com o procurador-geral, Fernando Grella, e ele me garantiu que a investigação foi aberta, mas corre em sigilo de Justiça, por ter sido anexada aos autos da Operação Castelo de Areia, que está suspensa”, disse o deputado estadual do PT Antonio Mentor.
    Para o presidente estadual do PT, Edinho Silva, há indícios suficientes de uma relação “pouco lícita” entre o ex-diretor da Dersa e as construtoras. “Como pode a filha representar as mesmas empresas que são fiscalizadas pelo pai? O poder público não pode se relacionar dessa forma com a iniciativa privada”, afirmou Silva, recém-eleito deputado estadual. “Além disso, é preciso apurar essa história do dinheiro arrecadado ilegalmente pelo engenheiro. Quem denunciou isso não foi a gente, foi o PSDB, que não viu a cor do dinheiro e reclamou à imprensa.”

    Por meio de nota, o escritório de -advocacia classificou de “inconsistentes e maldosas” as acusações do PT. “A advogada Priscila Arana de Souza ingressou no escritório em 1º de junho de 2006. O escritório presta, há mais de dez anos, serviços jurídicos a praticamente todas as empresas privadas que compõem os consórcios contratados para a execução do trecho sul do Rodoanel de São Paulo”, registra o texto.

    Procurado por CartaCapital, Paulo Preto não foi encontrado. Seus assessores informaram, na quinta-feira 14, que o engenheiro estava viajando. Na entrevista que deu à Folha, o engenheiro insinuou que sua função era a de facilitar as doações de empresas privadas com contratos com o governo de São Paulo ao PSDB. “Ninguém nesse governo deu condições de as empresas apoiarem (sic) mais recursos politicamente do que eu”, disse. Isso porque, sustentou, cumpriu todos os prazos e pagamentos acertados com as empreiteiras nas obras sob seu comando.

    Nos últimos dias, Serra tem se mostrado irritado com as perguntas de jornalistas sobre o tucano honorário Paulo Preto. Em Porto Alegre, na quarta-feira 13, chegou a acusar o jornal Valor Econômico de atuar em favor da campanha de Dilma Rousseff. Perguntado por um repórter do diário, o presidenciável disse que o veículo, pertencente aos grupos Folha e Globo, “faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral gratuito”, evidenciando como se incomoda de provar do próprio remédio. O destempero deu-se minutos depois de o candidato declarar seu apreço pela liberdade de imprensa. Além do mais, a reclamação é estranha: as manchetes de jornais e capas de revistas com críticas e denúncias contra Dilma Rousseff são matéria-prima do programa eleitoral do PSDB.

    No domingo 17, Dilma e Serra voltam a se enfrentar no debate promovido pela Rede TV! Ninguém espera que se cumpra o vaticínio frustrado de “paz e amor” dado pelos jornais antes do primeiro confronto. A petista vai, ao que tudo indica, continuar a questionar Serra sobre as privatizações do governo Fernando Henrique e insistirá na comparação dos feitos do governo Lula com aqueles de seu antecessor. Segundo a pesquisa CNT-Sensus divulgada na quinta 14, os entrevistados consideraram Dilma Rousseff a vencedora do debate na Band.

    Durante o debate, Serra nem sequer defendeu a própria mulher, Mônica, apontada por Dilma como uma das líderes de uma campanha difamatória de cunho religioso contra o PT, ao declarar a um evangélico no Rio de Janeiro que a candidata governista “gosta de matar criancinhas”. O fez depois, em seu programa eleitoral, ao tentar assumir o papel de vítima (segundo ele, a adversária tinha partido para a baixaria e atacado até a sua família).

    Siga Cynara Menezes no Twitter: @cynaramenezes

    http://www.cartacapital.com.br/politica/quem-e-paulo-preto

     

  11. Crise Energética: problema climático ou falta de investimento?

    Crise Energética: problema climático ou falta de investimento?

     

    O período de ajuste fiscal iniciou 2015 com elevados aumentos de tarifas públicas, especialmente de energia elétrica e combustíveis. As causas do aumento das tarifas de energia ainda são controversos, enquanto alguns afirmam que a alta nos preços decorre da falta de investimento e da sinalização equivocada aos agentes de mercado de uma abundância de energia, a presidenta Dilma Rousseff vem atribuindo o problema à questões climáticas.

    A principal crítica é de que a renovação das concessões das geradoras de energia elétrica através da MP 579/2012 teria reduzido a capacidade de investimentos das empresas do setor, uma vez que implicou em redução das tarifas e, portanto, das receitas. Além disso, a redução das tarifas teria indicado aos consumidores uma abundância energética que não ocorreu na prática.

    O teste do pudim é comê-lo. Essas duas causas para serem válidas requerem que tenha havido uma redução na expansão da oferta energética concomitante com um aumento no consumo de energia. Nesse sentido, os dados da expansão da capacidade de geração e do consumo não corroboram com essa tese.

    Segundo dados da Aneel, desde 2002 a capacidade de geração aumentou de 74,8 mil MW para 141,7 mil MW em 2015, o que representa um acréscimo de 89% na capacidade instalada. Assim, o aumento médio na capacidade de geração foi de 4,6% ao ano neste período. Após a renovação dos contratos de geração, a ampliação da oferta não apenas se manteve, mas aumentou seu ritmo de expansão:

     

    Ano

    Potência (MW)

    Var (%)

    2013

    126.754,66

    4,67%

    2014

    133.912,96

    5,65%

    2015

    141.627,63

    5,76%

     

    Em relação ao consumo, este passou de 27,9 mil (Mil Tep) para 45,7 mil (mil Tep) entre 2002 e 2014, o que significa um aumento médio anual de 4,2% no período. Assim, não se verifica nenhum aumento anormal no consumo de energia, ao contrário, as altas de 2013  (3,5%) e de 2014 (2,9%) ficaram abaixo da média dos últimos 12 anos. Em 2015, os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica já apontam para uma retração de 2,6% no consumo de energia no mês de julho de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Ainda restaria a hipótese de um descasamento entre oferta e demanda que se acumularia ao longo do tempo. No entanto, os dados da Aneel e do Ministério de Minas e Energia  mostram que enquanto a oferta se expandiu 89% desde 2002, o consumo de energia elétrica cresceu apenas 63% no período.

    Por outro lado, os dados da ausência de chuvas são bem mais robustos. Na região Nordeste, o último ano em que as chuvas ficaram próximas da média histórica foi 2009, com 2013 registrando quase metade da média histórica (58,31%), enquanto o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que é o mais importante, registra chuvas abaixo da média por dois anos consecutivos.

    Caso as mudanças hidrológicas não sejam permanentes, a perspectiva para os próximos anos é bastante positiva, com aumento de 7,62% na capacidade de produção em 2016 e de 5,54% em 2017.  

     

    Fontes:

    http://www.ons.org.br/historico/energia_natural_afluente_out.aspx#

    http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-eletrica/publicacoes/boletim-de-monitoramento-do-sistema-eletrico?_20_displayStyle=descriptive&p_p_id=20

    http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=37

    http://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/o-que-fazemos/infomercado?aba=aba_info_mercado_semanal&_afrLoop=2395065419330012#%40%3Faba%3Daba_info_mercado_semanal%26_afrLoop%3D2395065419330012%26_adf.ctrl-state%3D1c8sfq3ic4_54

  12. http://bocktherobber.com.cdn.

    http://bocktherobber.com.cdn.ie/wordpress/wp-content/uploads/2007/12/442px-Kennedy_vonbraun_19may63_02.jpg

    COMO SE FAZ UMA POTENCIA – O CASO VON BRAUN – Ao fim da Segunda Guerra a Alemanha desenvolveu armas novas e altamente destrutivas impulsionadas por foguetes, as bombas voadoras V-1 e V-2. O pai dessas armas foi o Major SS Werner von Braun, cientista e nazista, que desenvolvia projetos bélicos durante toda a Segunda Guerra.

    As armas foram produzidas com trabalho escravo de trabalhadores russos e judeus do campo de Mittelbau-Dora. Se Von Brau não despertasse o interesse dos EUA seria julgado culpado no Tribunal Internacional de Crimes de Guerra de Nuremberg, onde TODA a SS foi declarada criminosa, alem disso as bombas V-2 foram declaradas crimes de guerra porque matavam civis de forma indiscriminada, destruiram grande parte do centro de Londres matando milhares de civis.

    Mas os EUA eram e são uma potencia geopolitica, então sua logica coloca a justiça em escala mais baixa do que o interesse nacional. O Major SS Von Braun teve seu passado apagado com borracha e resgatado pelo Exercito

    que o enviou em 20 de Setembro de 1945 para os EUA com seus colaboradores e  familias, com ficha limpa, casa, comida e salario. Alguns resmungos de Promotores (sempre eles) foram ignorados. O agora ex-Major SS tornou-se cidadão americano de 1ª classe, naturalizado americano em 1955, foi nomeado Diretor da Agencia de Misseis Balisticos

    do Exercito dos EUA. Von braun foi o pai do Projeto Apolo, que levou o homem a Lua. Von Braun fundou e foi o primeiro Presidente do Instituto Espacial Nacional e ganhou o Premio Nacional de Ciencia de 1975.

    Na decada de 70 Von Braun foi membro do Conselho de Administração da Daimler Benz, fabricante dos automoveis Mercedes Benz. Morreu em 1977, deixando esposa e tres filhos, Von Braun teve intensa vida amorosa antes e durante a guerra, com muitas ligações e affairs.

    Von Braun foi resgatado e purificado pelos EUA assim como cerca de 12.000 nazistas dentro da Operação Paperclip.

    Outro famoso foi o General Reinhard Gehlen, chefe da Inteligencia do Exercito alemão no Leste, que trabalhou para a CIA até o fim da vida, como Chefe do Centro de Inteligencia para a Europa do Leste em Pullach, perto de Munich.

    A lição dessas ações é que o objetivo de INTERESSE NACIONAL é superior à importancia de se aplicar justiça a um individuo. O INTERESSE NACIONAL supera outros interesses, nessa escala a justiça tem pequeno peso. Interesses economicos, geopoliticos e militares são mais importantes e se necessario for, devem ser descartados em beneficio

    do INTERESSE NACIONAL, que diz respeito à sobrevivencia do Pais.

    O Brasil evidentemente não tem nenhum interesse em ser potencia, escolheu ser um cartorio bem xinfrim.

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