Fora de Pauta

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Redação

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  1. PT, o Bode Expiatório do Brasil

    Certíssimo amigo José Blog do Zé Dirceu..,..gostei…o reino da delação tem data prá acabar:

    Marcio Lima Breijão compartilhou a foto de Kátia Menezes com o grupo: Debate Político -Dilma e os militantes vermelhos.
    44 min ·

    Podem me prender injustamente e sem provas eu não ligo. Se a minha prisão ajudar a impedir o PSDB a voltar a presidência, me prendam 1.000 vezes! E se a minha prisão for pelo Brasil e a garantia do que conquistamos a todos, até os contrários a nós! Me dê a Prisão Perpétua!
    -José Dirceu.

     

  2. Cinco centavos, a moeda da sorte do Tio Patinhas

    “Não esqueça minha moedinha de cinco centavos”, disse o propineiro

     3 de agosto de 2015 | 17:53 Autor: Fernando Brito no Tijolaço: http://tijolaco.com.br/blog/?p=28669 

    cincocentavos

    Há coisas que sempre me lembram o preâmbulo do “Discurso do Método”, do tão desprezado Descartes, onde ele afirma que o bom-senso parece ser a coisa mais bem distribuída do mundo, pois cada um pensa estar tão bem provido dele, que mesmo aqueles mais difíceis de se satisfazerem com qualquer coisa não costumam desejar mais bom senso do que tem.”

    Você consegue imaginar que alguém receba uma propina de mais de R$ 500 mil pagar ou receber o valor com tamanha exatidão que nem mesmo uma moeda de cinco centavos é deixada para lá?

    Pois, caro amigo e querida amiga, é assim que Milton Pascowitch descreve em seu depoimento, reproduzido pelo Estadão,ter se dado um dos pagamentos em dinheiro que alega ter sido feito ao PT:

    “Segundo Milton, os valores repassados a Vaccari eram devolvidos à Jamp (empresa de Pascowitch) por contratos de prestação de serviços que não foram realizados com a Engevix. Pagamento semelhante teria ocorrido, ressaiu (significa ressaltou) Milton, quanto à obra de Belo Monte (também alvo da Lava Jato). Neste caso, a Engevix teria repassado R$ 532.765,05, os quais foram entregues pelo colaborador a Vaccari, em espécie, na sede do PT em São Paulo, aproximadamente em 11/2011.”

    Percebam, leitor e leitora, o refinamento dos cinco centavos, como se um “paco” de dinheiro deste vulto fosse conter um solitária moedinha de cobre azinhavrado, quase verde ali, no meio de pelo menos 5.327 pelegas de R$ 100! Dinheiro suficiente para encher uma mala das grandes e uma solitária moeda…

    E será que alguém que vai receber R$ 532.765, 05 – não esqueçam a moedinha! – de propina vai fazer isso na sede de um partido político, passando por porteiros, militantes, secretárias e um mar de olhos compridos para alguém que anda arrastando uma mala e sai sem ela, enquanto um dirigente a leva embora, lépido e fagueiro, dizendo “vou viajar, pessoal!”.

    Esta história precisa ser bem esclarecida, porque se alguém algum dia, sacou uma quantia enorme em dinheiro para alguma falcatrua, não pode sair dizendo que deu a fulano ou beltrano sem provas. Até porque pode dizer que foi a mim ou a você e se há uma polícia e um juiz que querem provas de que não recebemos e como iremos obtê-las?

    Será que alguém, nesta operação, se preocupa em refletir sobre estas questões de bom-senso antes de sair divulgando como verdade o que não parece ser e dificilmente é.

    Modestamente, sem querer fazer pouco caso da inteligência de ninguém, se eu estou ouvindo uma confissão destas, com este primor da moedinha em meio à mala de dinheiro, não acho que o que está sendo dito valha nem 5 centavos.

     

     

  3. MP quer ouvir população sobre a falta de água em SP

    MP quer ouvir população para instruir investigações sobre a falta de água em SP

     

    Objetivo é produzir provas para instruir dez inquéritos que apuram se está havendo racionamento, possíveis impactos na saúde pela redução da qualidade da água e a legalidade das obras emergenciais por RBA 

    São Paulo – Nos próximos dias 20 e 21, a população paulista poderá levar ao Ministério Público do Estado (MP-SP) relatos, documentos, informações ou qualquer outro subsídio que possa auxiliar na instrução de dez inquéritos que investigam as causas, consequências e responsabilidades sobre a falta de água que atinge São Paulo desde o ano passado. Dentre os temas investigados estão a prática de racionamento não declarado, qualidade da água e risco à saúde, irregularidades nas obras emergenciais, a previsibilidade da crise e suficiência das medidas adotadas pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

    Segundo o promotor Ricardo Manuel Castro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), da capital paulista, o objetivo é produzir provas para os inquéritos a partir da participação de quem é afetado cotidianamente pela crise, mas que nunca havia contatado o MP. “Ouve-se que há falta de água, queda na qualidade da água, que pessoas passam por problemas de saúde ao ingeri-la. Mas isso nunca chegou formalmente ao MP”, afirmou.

    O promotor pede que a população leve relatos completos com data, duração e endereço do local em que o problema ocorreu. E, se possível, provas documentais, fotos ou vídeos. “Notamos que houve ineficiência do governo paulista para evitar a crise. E também está havendo na condução dela. Agora precisamos de comprovação de como a população está sendo afetada por isso”, disse Castro.

    Entre as investigações conduzidas pelas diferentes promotorias do Ministério Público, a mai recente é a que investiga irregularidades nas obras da Sabesp para melhorar a capacidade do Sistema Alto Tietê, que abastece principalmente a zona leste de São Paulo, aberta em março deste ano. “Na verdade, muitas dessas obras não têm condição de ajudar a enfrentar esta crise. Elas estão atrasadas e têm muitos problemas do ponto de vista ambiental e estrutural”, afirmou a promotora do Gaema de Piracicaba Alexandra Faccioli Martins.

    As obras relacionadas no pacote de enfrentamento da crise pelo governo Alckmin foram feitas em esquema emergencial, com dispensa de estudos ambientais completos e licitação simplificada. No entanto, o governador não decretou estado de emergência, ou qualquer outra medida legal que caracterizasse a urgência das obras, e tem cotidianamente descartado o risco de racionamento ou rodízio.

    Para Alexandra, outro problema grave é a falta de transparência, tanto do governo paulista, quanto da Sabesp, quanto dos órgãos reguladores, que impede que a população tenha clareza da situação que se vive e de que a crise ainda não está superada. “Nós temos ainda de conquistar diversas melhorias no acesso à informação para que a sociedade tenha conhecimento do que acontece e qual impacto isso pode ter na vida dela”, disse.

    Alexandra destacou que as reiteradas afirmações de agentes do governo paulista de que não vai haver falta de água, não vai haver racionamento e a não apresentação do plano de contingência podem ter consequências graves no futuro. “Ainda não há nenhuma certeza de que as chuvas vão voltar com força em outubro. No entanto, a sociedade está desmobilizada. Foi afastada a preocupação e ainda é muito cedo para afastarmos o risco de faltar água”, afirmou.

    Outros pontos que estão sendo investigados pelos Ministério Público são o risco de contaminação na rede de abastecimento por rodízio e por redução da pressão, os impactos da crise na saúde pública, o impacto dos contratos de demanda firme no consumo de água, os prejuízos causados pela crise hídrica e se a gestão dos Sistemas Cantareira e Alto Tietê está sendo realizada de forma arriscada ou correta, dentro das possibilidades colocadas pela crise.

    O evento será aberto à população e contará também com especialistas convidados. Apenas para falar ao microfone terá de ser feita uma inscrição prévia, até as 18h do próximo dia 18, pelo e-mail: [email protected]. Do e-mail devem constar: nome completo, RG e, no caso de integrantes de organizações, o nome da entidade ou órgão representativo. Nos dias de audiência será possível se inscrever, mas o número de vagas será limitado.

    Do Ministério Público paulista participam os Gaema: Cabeceiras, PCJ-Piracicaba, PCJ-Campinas e Paraíba do Sul; o Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc); a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social; a Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos; a Promotoria de Justiça dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Capital. Também compõem o processo a Defensoria Pública, o Ministério Público de Contas, o Ministério Público do Trabalho (todos de São Paulo) e o Ministério Público Federal.

    Serviço
    Audiência pública sobre a crise hídrica em São Paulo 
    Dias 20 e 21 de agosto, das 9h às 19h
    Auditório Queiroz Filho do Ministério Público
    Rua Riachuelo, 115, centro de São Paulo

    http://bit.ly/1K1EoXM

  4. Socorro: “POR TRÁS DA MÁSCARA” (a direita se explica) ! Fuja !
    Do El País  FLAVIO MORGENSTERN | AUTOR DE ‘POR TRÁS DA MÁSCARA’

    “O Brasil está conhecendo a direita, e a esquerda está desesperada”

    Autor de livro sobre as manifestações de 2013 diz onda conservadora no Brasil é positiva

    A direita brasileira pensa, escreve e não para de vender livros São Paulo 1 AGO 2015 – 12:31 BRT Protestos sociais Mal-estar social Brasil América do Sul América Latina Livros Ideologias América Política Cultura Problemas sociais Sociedade

    Flávio Morgenstern, na foto de orelha do livro. / DIVULGAÇÃO (RECORD)

     

    “Se eu fizesse ciência política [em universidade] no Brasil, não aprenderia nenhuma das citações deste livro”, diz Flavio Morgenstern, em referência a Por trás da máscara (Editora Record), obra em que se propõe a analisar os protestos de junho de 2013. Um dos expoentes da jovem intelectualidade brasileira de direita, que encontrou terreno fértil para se desenvolver na internet, Morgenstern (“estrela da manhã” em alemão, um nickname herdado dos tempos de chats online) se vale de pensadores conservadores como Ortega y Gasset, Thomas Sowell e Eric Hoffer para criticar as ações dos black blocs, expor semelhanças entre os métodos dos protestos brasileiros e os do Occupy Wall Street e apontar os riscos de totalitarismo naqueles movimentos de rua puxados pelo Movimento Passe Livre.

     

    “A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta (…) Quando está todo mundo com o mesmo slogan, quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some”, analisa em entrevista ao EL PAÍS o escritor e tradutor de 30 anos — sua descrição no portal do Instituto Millenium, think tank do pensamento liberal, acrescenta ator e designer free-lance ao currículo. Morgenstern estuda Letras-Alemão na Universidade de São Paulo (USP) e se formou analista político por conta própria.

    Na conversa abaixo, o analista, que colabora com publicações comoGazeta do Povo e escreve em sites como Implicante e Instituto Liberal, diz que a “onda conservadora” por que o país passa é positiva, mas pondera que “o conservador quer conservar leis eternas, e não a sociedade como ela é”. O autor também aproveita para marcar posição em relação aos políticos brasileiros. “Esses livros [conservadores] que estão sendo lançados vão demorar até chegar à política. O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa direita”.

    Pergunta. Por que os brasileiros foram às ruas em junho de 2013?

    Resposta. Ninguém sabe. É bizarro dizer isso, mas vários teóricos de esquerda dizem que o importante é ir para a rua; depois você discute por que está ali. A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta. Num primeiro momento, houve a pauta dos transportes, que já vinha sendo mapeada pela esquerda brasileira há bastante tempo. Depois, virou movimento de massa. Isso vinha sendo tentado desde 2010, com outras manifestações, e finalmente desta vez eles conseguiram que essa pauta se tornasse chamativa para a população.

    P. Você diz no livro que o Brasil esteve à beira do totalitarismo. Por quê?

    R. Havia três milhões de pessoas nas ruas no Brasil, no principal dia de manifestações, gritando “quero saúde, educação, transporte, segurança”. Como o Estado vai te dar tudo isso? Ele precisa se agigantar e dominar a economia. Na hora em que você pede transporte de graça, o Estado precisa estatizar todas as companhias, proibir qualquer iniciativa particular e dominar tudo. Se ele vai fazer isso com todas as áreas, precisamos de um Estado muito maior do que a estrutura inchada que a gente já tem. Todos os movimentos de massa na história do mundo geraram totalitarismo. O grande risco de uma manifestação como essa é derrubar a ordem vigente. Os livros de esquerda que eu estava estudando antes de 2013 usam a palavra ruptura o tempo todo.

    Vários teóricos de esquerda dizem que o importante é ir para o rua; depois você discute por que está ali

    P. Se houve risco de totalitarismo no Brasil, por que ele não se confirmou?

    R. Para ter ruptura, é preciso ter um confronto enorme. O maior risco estava nos confrontos com a polícia, que são provocados em busca de um apelo social que comprove que a ordem social está errada. E ocorreram agressões horrendas e absolutamente criminosas por parte da polícia. Ninguém gosta disso, é um perigo. Mas o pior confronto aconteceu, por coincidência, quando os aumentos de passagem estavam sendo revogados. O principal deles foi em Brasília, no Itamaraty. Foi estarrecedor e perigosíssimo, mas virou nota de rodapé de jornal. Por que uma manifestação sobre preço de passagem tem de ir para o Ministério das Relações Exteriores, e não, por exemplo, para o Ministério da Justiça, que fica do outro lado da rua? Como cuida de coisas ultramar, o Itamaraty é guardado pela Marinha. Se houvesse confronto entre manifestantes e Forças Armadas, duvido que dali a uma semana não teria acontecido um golpe. Provavelmente 99% da manifestação não sabia disso, mas a linha de frente sabia: se você tem uma cacetada entre um membro das Forças Armadas e um manifestante, ainda mais com o histórico de ditadura militar que nós tivemos, o Brasil hoje seria outro, seria difícil eu conseguir escrever um livro desses.

    P. Mas teria de aparecer alguém para assumir o comando do país.

    R. Exatamente, para salvar tudo. Meu grande problema com esse personalismo é que quando está todo mundo com o mesmo slogan, de que “o Brasil acordou”, “vem pra rua”, coisas genéricas, todo mundo concorda, todo mundo quer mais saúde, mais educação, tudo coisas muito abstratas, e quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some. Para que imprensa livre ou eleições se está todo mundo pensando a mesma coisa? O totalitarismo começa com esse discurso de participação nas ruas, esse ativismo cívico de micareta que acaba sendo péssimo.

    Mesmo manifestações de esquerda, como Marcha da Maconha, podem ter um foco claro

    P. O que diferencia as manifestações de 2013 para a manifestações contra o Governo federal neste ano?

    R. Em 2015, a manifestação já não é mais aberta como foi em 2013. A manifestação de esquerda tem a ver com estatização, com poder, com democracia direta, com a força do Estado. Em 2015 há um fato claro, de a [presidenta] Dilma ter sido reeleita de uma forma muito controversa, sem representatividade. Quando isso acontece, ninguém aguentava mais, inclusive petistas de 30 anos de militância. Já são manifestações que têm a ver com o Fora Collor, as Diretas já, a Marcha da Família pela Liberdade, com um foco objetivo. Mesmo manifestações de esquerda, como a Marcha da Maconha, podem ter um foco claro. Concordando ou não com o tipo de demanda, elas são boas, porque pelo menos promovem discussão.

    P. Os críticos das manifestações de 2015 se incomodaram com a aparente ordem dos manifestantes, inclusive com direito a fotografias ao lado de policiais.

    R. A manifestação de 2013, que estava pautada pelo passe livre – uma pauta que não tem a confiança da população em geral – precisa do confronto com a polícia para sensibilizar a população. O Manuel Castells, um dos grandes ideólogos de esquerda, em seu último livro, chamado Redes de Indignação e Esperança, fala que é preciso trabalhar com sentimentos; o argumento vem depois. Esse tipo de manifestação precisa de um confronto com a ordem atual, para tomar a ordem para si. Já numa manifestação como a de 2015, esse confronto não é necessário. Quando você vê um policial ordenando a manifestação, você agradece. Daí surge o discurso de que essas pessoas gostam de polícia, de repressão, de violência. Mas é o contrário. Tudo que estou falando é que não gosto da Dilma, e não preciso de confronto.

    Hoje a esquerda brasileira é hegemônica na política. Você não vai ver um partido claramente de direita no Brasil

    P. Que esquerda é essa que você tanto critica no livro?

    R. É uma ideologia, a mais hierarquizada e organizada das ideologias. Sua capacidade de formar partidos e dissidências dentro dos partidos é enorme. Hoje a esquerda brasileira é hegemônica na política. Você não vai ver um partido claramente de direita no Brasil. No máximo, dizem que não são de esquerda. O problema é que a população não é de esquerda. Ela pode não saber o que é direita, mas os valores da população são conservadores.

    P. A que você atribui esse paradoxo?

    R. Durante a ditadura militar [1964-1985], havia uma resistência de esquerda, que ganhou um prestígio enorme por causa disso. Os ditadores optaram por combater a guerrilha, mas deixaram as universidades livres. Era a teoria da panela de pressão, para não estourar. Com isso, houve um grande apelo da esquerda na universidade brasileira. A partir desse momento, eles entopem as universidades e se tornam os intelectuais públicos, que dão opiniões para cima e para baixo contra um inimigo comum: a ditadura brasileira — apesar de serem a favor da ditadura do proletariado. Em compensação, a esquerda perdeu muito desse prestígio depois que o Lula chegou ao poder, com o mensalão, a eleição da Dilma e, depois, essa reeleição que resulta em baixíssima aprovação.

    P. O que você sente quando escuta que o Brasil passa por uma “onda conservadora”?

    R. Eu acho muito positivo. A palavra “conservador” é muito assustadora no Brasil, mas eu não conheço praticamente ninguém que tenha pegado um livro de filosofia conservadora para tentar entender. Essas pessoas tentam tirar o significando de conservador da própria palavra: conservador seria querer conservar o mundo como está. Só que o mundo é injusto, errado, tem um monte de problema. Na verdade, o conservador quer conservar leis eternas, e não a sociedade como ela é. As sociedades conservadoras são as que mais progrediram em termos de tecnologia e valores: Áustria, Canadá, Austrália, Inglaterra, [Estados Unidos da] América, Suíça, todos conservadores. Os outros países é que estão parados no tempo. Essa “onda conservadora” que acontece no Brasil é na verdade uma onda restauradora. A gente quer progredir, não ficar no mesmo discurso.

    P. De onde vem essa onda conservadora?

    R. O Brasil está conhecendo uma intelectualidade de direita, e a esquerda está desesperada. Apesar da mentalidade conversadora no Brasil — que paradoxalmente adora o Estado —, a intelectualidade é de esquerda. Uma intelectualidade que escorraçou a direita da universidade, que não dialoga. Com a internet e as redes sociais, agora nós temos acesso aos grandes intelectuais de direita, principalmente de fora do Brasil. Olha a lista de mais vendidos de qualquer livraria: é só livro de direita na parte de não-ficção.

    Olha a lista de mais vendidos de qualquer livraria: é só livro de direita na parte de não-ficção

    P. O Brasil está melhorando ou piorando?

    R. Para afirmar que o Brasil está melhorando eu teria de dizer que o[senador e ex-presidente Fernando] Collor melhorou o Brasil porque gerou uma crise e foi deposto. O Brasil está muito ruim. Não é uma crise de representatividade, mas de modelo, da mentalidade brasileira, de amar o Estado e odiar político, de querer que o Estado dê tudo, mas não gostar de corrupção ou de pagar imposto. Estamos forçados a escolher um caminho. A grande questão é que as respostas boas, que são antigas pra caramba, estão demorando para aparecer. Essa “onda conservadora” aparece para dizer: “pense em algo em que as pessoas formadas em universidade depois da ditadura nunca tiveram conhecimento”, algo fora da solução estatal, do pensamento único, do slogan.

    P. Você se considera portador de um discurso de ódio?

    R. Expressões como “discurso de ódio” e “distribuição de renda” e palavras como “intolerância” e “preconceito” são associadas a sentimentos vindos do pensamento de esquerda. Ao invés de analisar fatos concretos, como assassinatos, roubos, corrupção, etc, parte-se para o abstrato. Como definir o que é ódio? Ou preconceito ou intolerância? Se ocorre uma invasão militar em um país que está praticando mutilação genital feminina, isso é feminismo ou imperialismo? Não tem uma definição clara, são palavras abstratas. A forma de a esquerda argumentar sem precisar de argumentos é chamar de discurso de ódio, de preconceito, intolerância, gritar “fascismo”, associar à ditadura.

    P. A pauta conservadora que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conduziu no parlamento ao longo do primeiro semestre tem algo a ver com a produção intelectual da direita no Brasil hoje?

    R. São coisas distintas. Não vejo nenhum dos congressistas lendo esses livros. São pessoas que estão em busca de poder e enxergam uma brecha no pós-PT. A redução da maioridade penal deve ser o único assunto que me parece ir além dessa disputa por poder. Com 64.000 homicídios por ano, esse se tornou um tema urgente, sobretudo para os pobres. As celebridades dizem que reduzir a maioridade penal é racismo, mas quem mais sofre com criminalidade é pobre, pois eles moram em comunidades violentas. Esses livros [conservadores] que estão sendo lançados e traduzidos vão demorar pra caramba até chegar à política. O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa onda conservadora, com essa direita que anda surgindo.

    O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa onda conservadora, com essa direita que anda surgindo

    P. Por que você não se formou em ciência política, sociologia ou algum curso que lhe ajudasse a fazer análises políticas?

    R. Não pretendo fazer nada academicamente em relação à ciência política. Letras eu faço por conhecimento e humor, já que não consigo levar a USP a sério – pelo menos o curso que eu faço. Se eu fizesse ciência política no Brasil, não aprenderia nenhuma das citações deste livro. Tem professor que explode, que entra em choque epistemológico e desaparece no ar se ler algo deste livro. Na universidade brasileira — e é algo que está acontecendo mesmo nas melhores universidades centenárias ao redor do mundo — não só o debate livre não existe, como se finge que a outra parte não existe. A crítica literária é marxista, pós-marxista ou pós-pós-marxista. Quando o professor ouve o nome de um crítico não-marxista, que ele não conhece, nem considera.

     

  5. Criminal Minds 
     Começo e

    Criminal Minds 

     Começo e meio varia.

      Mas o fim é sempre o mesmo:

      O bandidão com uma arma na cabeça do refém.

       E o ”BAU ” salva.

       Sempre o F B I .

        E NUNCA os trocentos policiais de cidades, geralmente pequenas, que os chamaram.

              Nunca…nunquinha…

             Quem é esse roteirista,hein ?

            

  6. Eu fico lendo os jornalistas

    Eu fico lendo os jornalistas partidários ao PT e me dá ataque de riso.

       Dizem eles que a Lava Jato é política. E é.

                Mas com provas documentadas.

               ENTÃO por que não prende fulano e sicrano da oposição ?

              Porque não houve interesse. POR ENQUANTO.

               Essa é uma operação Limpa Brasil.

                   Tudo por etapa.Não pense que a oposição irá se livrar.

                       DESDE QUE OS COMENTARISTAS DO BLOG NÃO ATRAPALHEM.

                        É uma chance ÚNICA pra termos um Brasil melhor.

                      Então por que começar pelo PT?

                       Por duas razões:

                       CResceram na oposição e não sabe lidar como governistas–além de sua corrupção ser sistêmica.

                      O dito cujo líder fugiu. Aonde anda Lula depois da prisão de ZÉ DIRCEU ? Embaixo da cama ou fazendo lobyy  na Africa, Venezuela,Cuba etc ?

                     E O PT solta uma nota aonde NÃO condena e NEM absolve Ze Dirceu–estão fazendo um conferência de uns 300 dias pra resolver o que decidem.

                  POR MUITO MENOS DELUBIO SOARES FOI EXPULSO–não se esqueçam.,e era ”laranja”.

                      O PT preserva nomes e não fatos. Ou preciso enumerar quantos foram expulsos do PT por um centésimo que praticou ZéDirceu ? —todos honestos. Mas por exemplo: 3 votaram em prol da constituinte e foram expulsos.E outros por ”delitos ” menores.

                   Foi aí que nasceu o PSOL e outros.

                       O PT , enquanto partido, é uma barbaridade.

                   E a oposição ? Um lixo. E como lixo deve ser jogada pra esterco.

                        E quem sobra ?

                      Até aonde minha vista alcança,

                              Ninguém.

                         TEMPOS DIFÍCEIS.

  7. BOA IDEIA E AÇÃO

    Ônibus vira moradia para sem-teto no Havaí

    Projeto transforma veículos abandonados em abrigos para população de rua

    O DIA

    Rio – Um projeto no Havaí (EUA) vai transformar ônibus municipais abandonados em casas provisórias para moradores de rua da Ilha de Onolulu. A ideia, do escritório de arquitetura Group 70 International, é equipar os veículos com camas no lugar das poltronas, chuveiros e até sala de recreação para os sem-teto.

    Projeto no Havaí transforma ônibus em moradia para sem-tetoFoto:  Divulgação

    Segundo uma das integrantes da empresa e idealizadora do projeto, Ma Ry Kim, os abrigos serão construídos por uma equipe de voluntários. O objetivo é dar um novo aproveitamento a coletivos que foram retirados de circulação por terem alcançado a vida útil do motor.

    A organização que ajuda voluntariamente o projeto, chamada Lift, pretende construir um abrigo de ônibus por fim de semana durante o verão. A partir de materiais arrecadados de doação, a meta é transformar 70 coletivos. Os idealizadores dizem que cada coletivo será adaptado para uma finalidade distinta como quarto, sala e banheiro.

    A iniciativa é inspirada em um projeto batizado de “Lava Mae” em São Francisco, também nos Estados Unidos. Desde 2013, um coletivo azul circula pela cidade da Califórnia oferecendo banhos a moradores de rua. O ônibus, reaproveitado a partir de doação da prefeitura, oferece de 300 a 500 “chuveiradas” por semana.

     

     

     

     

  8. BOA IDEIA E AÇÃO

    Ônibus vira moradia para sem-teto no Havaí

    Projeto transforma veículos abandonados em abrigos para população de rua

    O DIA

    Rio – Um projeto no Havaí (EUA) vai transformar ônibus municipais abandonados em casas provisórias para moradores de rua da Ilha de Onolulu. A ideia, do escritório de arquitetura Group 70 International, é equipar os veículos com camas no lugar das poltronas, chuveiros e até sala de recreação para os sem-teto.

    Projeto no Havaí transforma ônibus em moradia para sem-tetoFoto:  Divulgação

    Segundo uma das integrantes da empresa e idealizadora do projeto, Ma Ry Kim, os abrigos serão construídos por uma equipe de voluntários. O objetivo é dar um novo aproveitamento a coletivos que foram retirados de circulação por terem alcançado a vida útil do motor.

    A organização que ajuda voluntariamente o projeto, chamada Lift, pretende construir um abrigo de ônibus por fim de semana durante o verão. A partir de materiais arrecadados de doação, a meta é transformar 70 coletivos. Os idealizadores dizem que cada coletivo será adaptado para uma finalidade distinta como quarto, sala e banheiro.

    A iniciativa é inspirada em um projeto batizado de “Lava Mae” em São Francisco, também nos Estados Unidos. Desde 2013, um coletivo azul circula pela cidade da Califórnia oferecendo banhos a moradores de rua. O ônibus, reaproveitado a partir de doação da prefeitura, oferece de 300 a 500 “chuveiradas” por semana.

     

     

     

     

  9. BELO EXEMPLO E INICIATIVA

    Bienal do Livro, no Riocentro, vai homenagear Mauricio de Sousa

    Criador da Turma da Mônica completa 80 anos durante o evento.
    17ª Bienal será realizada em setembro com mais de 200 autores.

     

    Do G1 Rio

    FACEBOOKDa esquerda para direita, Magali, Mauricio de Sousa e a Mônica 'original' (Foto: Alex Araújo/G1)Da esquerda para direita, Magali, Mauricio de Sousa e a Mônica ‘original’ (Foto: Alex Araújo/G1)

    O Rio de Janeiro recebe de 3 a 14 de setembro a 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que vai homenagear Mauricio de Sousa. O criador da Turma da Mônica vai comemorar seus 80 anos em plena Bienal. Mauricio de Sousa  vai receber o Prêmio José Olympio, oferecido a cada dois anos pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros a personalidades e entidades empenhadas na promoção da leitura.

    A 17ª edição da Bienal tem o número recorde de mais de 200 autores, 27 deles estrangeiros. Os escritores e o público terão várias oportunidades de encontros durante a Bienal, que será realizada no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

    Segundo os organizadores, o investimento na programação aumentou 12% em relação à última edição e triplicou desde 2009. E na 17ª edição, os jardins da praça central do Riocentro estarão acessíveis, ampliando a área total de 55 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados. O maior evento literário do Brasil vai homenagear a Argentina e uma delegação de grandes nomes da literatura daquele país estará presente.

    Autores e público juntos
    Público e autores terão vários eventos paralelos onde poderão se encontrar. O Café Literário promoverá debates dedicados a todos os aspectos da cultura. No Bamboleio, as crianças vão participar com suas famílias de jogos literários e brincadeiras que envolvem as culturas de todos os países – aprendendo, assim, a importância de conviver com as diferenças. Já o Cubovoxes vai conectar, incluir e compartilhar tendências de pensamento e as manifestações culturais do momento em uma arena onde adolescentes e jovens adultos poderão conversar com personalidades do cotidiano e autores. No Encontro com Autores & Conexão Jovem, nomes celebrados pelos adolescentes e pelo público em geral estarão juntos.

    Novidades
    Uma novidade para incrementar ainda mais a diversidade de públicos e conteúdos da Bienal é o SarALL, realizado com a Festa Literária das Periferias (Flupp). Poetas e grupos de saraus de diferentes regiões do país vão trocar experiências e manter viva a tradição poética oral.  

    Uma parceria inédita com a Feira do Livro de Frankfurt criou o Agents & Business Center, que durante os três primeiros dias da Bienal vai estar aberto a agentes literários e outros profissionais do livro interessados em trabalhar no período. A iniciativa aproxima o grande evento literário do Brasil e o maior centro de negócios do mercado editorial no mundo. Já foram vendidas mesas para editores do Reino Unido, Índia, França e Itália.

    Estes são os 27 autores estrangeiros – 14 argentinos – que estarão presentes na 17ª Bienal:
    David Nicholls, de “Um dia”
    Julia Quinn, de “Os Bridgertons”
    Leigh Bardugo, “Grisha”
    Raymond E. Feist, “O mago”
    Colleen Hoover, “Hopeless”
    Jeff Kinney, “Diário de um banana”
    Joseph Delaney, “As Aventuras do caça-feitiço”
    Anna Todd, “After”
    Colleen Houck, “A maldição do tigre”
    Sophie Kinsella, “Becky Bloom”
    Jacques Leenhardt, crítico e filósofo
    Josh Malerman, “Caixa de pássaros”
    Pedro Chagas Freitas, “Prometo falhar”
    Martín Kohan, “Segundos fora”
    Tamara Kamenszain, “O gueto/O eco da minha mãe”
    Eduardo Sacheri, “O segredo dos seus olhos”
    Claudia Piñeiro, “As viúvas das quintas-feiras”
    Mariana Enríquez, “As coisas que perdemos no fogo”
    Mempo Giardinelli, “O décimo inferno”
    María Moreno, “Teoría de la noche”
    Sergio Olguín, “La fragilidad de los cuerpos”
    Tute, “Batu 1”
    Diana Bellessi, “Pasos de baile”
    Noé Jitrik, “Historia critica de la literatura argentina”
    Inés Garland, “Una reina perfecta”
    Silvia Schujer, “Hugo tiene hambre”
    Luciano Saracino, “Jim Morrison: o Rei Lagarto”

    Serviço
    17ª Bienal
    De 3 a 14 de setembro
    Riocentro
    Av. Salvador Allende 6555 
    Dia 3 de setembro, das 13h às 22h
    Dias de semana, das 9h às 22h
    Fins de semana, das 10h às 22h
    Inteira: R$ 16
    Meia-Entrada: R$ 8

    Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 RJ ou por Whatsapp e 

     

  10. Estava quase me dirigindo pro

    Estava quase me dirigindo pro meu aposento, quando me deparei com esta :

    Plenário da Câmara aprova urgência para apreciar contas de Collor, FHC e Lula

    Plenário da Câmara aprova urgência para apreciar contas de Collor, FHC e Lulanoticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/08/04/plenario-da-camara-aprova-urgencia-para-apreciar-contas-de-collor-fhc-e-lula.htm

        Well…well … eles podem até chegar em Pedro Alvares Cabral, que não me importo.

         Mas como explicar pra Master, um perfume de 520 reais( barganhando muito ) que não dei pra ela ?

             Se a Lava Jato chegar em mim a Lava Jato acaba.

                 A MASTER DERRUBA TUDO.

                   INCLUSIVE SERGIO MORO.

           

     

  11. CRIMINALIZAÇÃO DE

    CRIMINALIZAÇÃO DE CONSULTORIAS – A questão do tratamento fiscal das consultorias é antiga. Desde o começo da década de 90 a Receita entende que as firmas de consultoria precisam justificar seu faturamento com relatórios detalhados com horas trabalhadas por projeto que possam consubstanciar os valores cobrados do cliente. No caso de intermediação de negócios, a Receita exige contrato prévio que embase cobranças com a clausula ad exitum” e uma vez faturados os serviços prestados a transação subjacente que justifica a comissão de intermediação precisa ser comprovada. Portanto serviços de consultoria precisam estar lastreados em projetos realmente executados, com planilha de horas e o custo hora determinado na contratação.

    Foi a partir desse entendimento consolidado que o juiz Sergio Moro disse que a JD Consultoria não tinha “condição técnica” de prestar serviços de consultoria. O juiz seguiu a regra da Receita e que tambem é a do COAF. Mas ambas as regras são falhas.

    Existe no mercado e portanto é uma realidade a CONSULTORIA DE RELACIONAMENTO, que não é nem prevista e nem proibida, ela existe e é um fato.  Nesse caso, o consultor usa seu “network”, sua agenda e seu prestigio pessoal para abrir portas e propor negócios que sem ele não chegariam a quem decide. É um ramo antigo, sólido e valioso de consultoria.

    Vou dar alguns exemplos. A firma KISSINGER ASSOCIATES, de Nova York, foi contratada por uma multinacional americana com sérios problemas com o governo brasileiro, para estabelecer contato com esse governo e resolver o problema. O sócio Henry Kissinger ligou para um conhecido no Brasil, ex-presidente de um banco oficial e pediu que este atendesse diretamente a empresa.

    Kissinger deu apenas um telefonema, saiu do assunto e por seu telefonema cobrou 30 mil dólares. Como faria a Receita no Brasil?

    Como comprovar que esse telefonema tem esse valor? Provavelmente glosaria, porque na cabeça dos fiscais, procuradores e juízes esse ramo de consultoria é pecaminoso e nem deveria existir. Existe todavia em todo o mundo, inclusive no Brasil.

    Nos EUA é um ramo gigantesco, em Washington 100 mil pessoas vivem disso, são os “lobistas”, absolutamente legais, atendem empresas e países, abrindo portas e aconselhando sobre estratégias de relacionamento. Praticamente todos os países do mundo tem lobistas em Washington, o Brasil é uma rara exceção. A China é a maior de todas as clientes, a Venezuela ao tempo de Chavez tinha 16 escritorios sob contrato. Cada contrato com pais ou estatal estrangeira precisa de registro no Departamento de Justiça, fora isso a atividade é absolutamente legitima, aliás nasceu em Washington, no lobby do Hotel Willard no Seculo XIX.

    O ex-Embaixador Anthony Harrington ficou em Brasilia poucos meses mas foi o suficiente para abrir uma consultoria baseada na sua agenda feita no Brasil. Kissinger é o mais famoso, seu sócio é Thomas McLarty, ex-Chefe da Casa Civil de Clinton. Para fazer 3esse tipo de trabalho nem precisa ter escritório, alguns lobistas trabalham de casa, clube ou mesa de bar e conseguem muita coisa.

    Outra vertente de “consultoria de relacionamentos” se dá por juízes, procuradores, agentes fiscais de renda aposentados, aqui no Brasil. Tornam-se “consultores” bem pagos mas não porque sejam bons advogados ou tributaristas mas porque conhecem as portas dos gabinetes certos. Vendem seu relacionamento anterior, que é sua matéria prima, dificilmente um bom juiz ou procurador é bom advogado, ficou muito tempo do outro lado do muro, onde a logica é outra, não precisa agradar o cliente, mas tem um “network” que o advogado comum não tem e disso fazem um negocio. Existem quem sequer atende o cliente diretamente, só trabalha para outros advogados como “lobista de tribunal”.

    Não é só a agenda, é tambem a postura que carrega consigo mesmo aposentado, o ex-colega vai atende-lo melhor do que a um estranho. Isso se repete agora nas agencias reguladoras, ex-egressos dessas agencias se tornam “consultores” sobre processos na agencia, o caso do CADE é famoso, a maior parte dos advogados consultores trabalhou lá, o mesmo se repete na CVM, SUSEP,

    etc. Nesses caos o limite é bem mais perigoso mas ao que eu saiba não desperta nenhum interesse do Ministerio Publico, que prefere se concentrar fora desse área onde estão obviamente ex-colegas.

    A Receita, o COAF e o Ministerio Publico precisam aceitar esse tipo de consultoria porque ela existe e não é ilegal, de modo a evitar avaliações fora do contexto, como dizer que uma consultoria de relacionamento não tem “condição técnica” para faturar.

    A única condição técnica necessária e saber teclar um telefone, o resto do capital vem da historia de vida do consultor.

  12. Lava Jato

    Enterro simbólico de Sérgio Moro e de sua força tarefa, no Rio e em Brasília

     

                                                             

     

    A proposta está sendo discutida pelo Sindipetro-RJ, Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais e estudantis.

     

    O juiz Sérgio Moro recebeu o título de personalidade do ano, oferecido pela TV Globo. Sérgio Moro chefia a Operação Lava Jato que investiga a Petrobrás. Há mais de um ano, a Lava Jato produz, através de delação premiada, notícias que instantaneamente são divulgadas na emissora. A delação premiada é ferramenta utilizada por bandidos para diminuir sua pena e, no caso da Lava Jato, está valendo como prova cabal.

    A mulher do juiz Moro trabalhou como advogada para o PSDB do Paraná e para empresas de petróleo concorrentes da Petrobrás. Moro atuou como assistente da ministra Rosa Weber, na AP 470, conhecida como  “mensalão”. Mas o “mensalão tucano” não foi julgado e os crimes já estão prescrevendo.

    No Lava Jato vários delatores citaram o governo tucano de FHC como antro de corrupção na Petrobrás. No entanto, a informação foi ignorada por Moro. Dois senadores do PSDB, os ex-governadores mineiros Aécio Neves e Antonio Anastasia, foram citados como propineiros. Mas Moro preferiu fazer “ouvido de mercador”.

    A Globo é uma espécie de porta-voz da Lava Jato.  informações instantâneas e diárias  que visam manchar a imagem da Petrobrás são produzidas para atender à pauta da emissora. Globo-PSDB são aliados. Juntos, na década de 1990, já tentaram, sem sucesso, privatizar a Petrobrás.

    O argumento do Lava Jato para não investigar Aécio Neves é que ele recebia, através da irmã, propina de uma diretoria de Furnas, “mas a Lava Jato só investiga a Petrobrás”.

    Então, como se explica que o cioso juiz tenha investigado a Eletronuclear, por meio da mesma Lava Jato? Por que Furnas não pode, mas a Eletronuclear pode?

    Coincidência ou não, a investigação da Eletronuclear  vai atrasar, talvez inviabilizar a construção de um submarino atômico no Brasil, o que estava incomodando os Estados Unidos. Esse submarino tem a tarefa principal de proteger o pré-sal, já que alguns poucos países, entre eles os EUA, não reconhecem nosso mar internacional e parte do pré-sal está nessas águas.

    Mais reveladora ainda é a troca de telegramas entre o senador José Serra e a petrolífera norte-americana Chevron, em 2009, quando Serra concorria à Presidência da República. A correspondência foi interceptada e denunciada pela Wikelikes, conforme notícia foi divulgada pela Folha São Paulo. Serra prometia facilidades para a Chevron e outras petrolíferas estrangeiras, inclusive com a retomada do sistema de concessão, o pior dos mundos para o pré-sal. Agora, em paralelo ao mar de lama forjado pela Lava Jato, o privatista José Serra volta ao ataque. Ele é autor da PLS 131 que visa derrubar a Lei de Partilha. A Petrobrás deixaria de ser operadora única do pré-sal e o “conteúdo nacional” cairia por terra.

    Os delegados da Operação Lava Jato fizeram campanha declarada para Aécio Neves. Chegaram a chamar a então candidata Dilma Rousseff de “anta”, no blog de campanha. Saiu da Lava Jato, na véspera da eleição, a notícia mentirosa de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás. Apesar do golpe, Aécio perdeu.

    Mas os procuradores envolvidos com a Lava Jato pareciam ter mais independência, no passado. Eles formavam o  grupo conhecido como “tuiuiui” e fizeram oposição ao Procurador Geral da República, nomeado por FHC, porque costumava arquivar as denúncias, quando o tucano foi presidente. Tanto que ficou conhecido na imprensa como o “Engavetador Geral da República”.

    Entretanto, esses mesmos procuradores hoje, na Lava Jato,  acompanham o juiz Moro, blindando os crimes praticados na era FHC. Inclusive na Petrobrás. Teriam os tuiuiús virado tucanos?

    Está montado o complô para dilapidar a Petrobrás e entregar o pré-sal.  Infelizmente, a sociedade tem sido enganada em relação às verdadeiras intenções dos “justiceiros”. Acredita, ingenuamente, que Moro e sua turma estão empenhados em acabar com a corrupção.

                Não podemos assistir calados à destruição da Petrobrás. O povo brasileiro, na década de 1940-50, quando a Petrobrás era um sonho, foi à rua e criou a nossa empresa de petróleo. Muitos foram perseguidos, presos e até mortos, por sua atuação na campanha “O petróleo é Nosso!”

    Agora que a Petrobrás é realidade vamos deixar um juiz entreguista, a TV Globo e os tucanos destruí-la?

     

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

     

    Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2015

     

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     

               

     

    http://emanuelcancella.blogspot.com.br/

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