Fora de Pauta

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Redação

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  1. Agradar aos homens, coisa de ateu !

     dissemos antes e agora repetimos: Maldito seja quem anunciar um evangelho diferente daquele que vocês receberam.  Por acaso é aprovação  dos homens que estou procurandoou é aprovação de DeusOu estou procurando agradar aos homens? Se estivesse procurando agradar aos homens, eu  não seria servo de Cristo. ( Galatas 1, 9-10. )

    * 6-10: Os gálatas convertidos à fé cristã eram de origem pagã e nunca haviam praticado a religião judaica. Paulo anunciara a eles que o Evangelho é, antes de tudo, a própria pessoa de Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e nos trazer a salvação através da fé. Todavia, alguns judeus convertidos anunciavam «outro evangelho». Segundo eles, para a salvação era também necessário ser cincuncidado e observar a Lei judaica.

    Nos dias de hoje, observar a Lei judaica, é estar submisso à líderes desta ou daquela religião. (11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor  a vida por suas ovelhas. João 10)

  2. queda fantástica

    Nassif,

    A Turquia afirma que o avião russo invadiu o seu território.

    Diz-se que os dois pilotos russos foram ejetados e caíram em território sírio, ou seja, os dois russos foram capazes de cruzar a linha de fronteira turca enquanto desciam de pára-quedas. Aguarda-se explicação sobre este fenômeno.

    Agora a OTAN, fantoche ridícula de USA, dirá que é isto mesmo, paraquedista russo é capaz de se deslocar em linha horizontal. Como se vê, USA demonstra estar em grande dificuldade, ao ponto de precisar ficar mandando derrubar avião russo e/ou com passageiros russos, o primeiro aquele da Malaysian Airlines,com mais de 200 pessoas a bordo, na região da Ucrânia/ Criméia.

    Do navalbrasil.com,

    As duas versões do incidente do avião russo em Latakia

    Turquia diz que dois de seus jatos F-16 derrubaram um jato que havia entrado no espaço aéreo da Turquia e caiu em solo sírio:
    “Dois F-16 turcos derrubaram um jato SU-24 de fabricação russa dia 24 de novembro próximo à fronteira síria, depois de o avião russo ter violado o espaço aéreo da Turquia, informaram fontes da presidência. 

    A Turquia derrubou o avião depois de não ter obtido qualquer resposta aos avisos sobre as regras de engajamento.

    Primeiras notícias dizem que o jato pertencia à Rússia, mas fontes da presidência da Turquia informaram que a nacionalidade do jato é desconhecida.

    A Força Armada Turca também declarou que o jato “de nacionalidade desconhecida” havia sido alertado dez vezes, em cinco minutos, de que estava violando a fronteira.

    Uma autoridade do governo turco disse à [agência de notícias] Reuters que dois aviões de guerra aproximaram-se da fronteira turca e foram alertados, antes de um deles ser abatido.
    O jato derrubado é um SU-24 russo. Um piloto foi morto e o corpo está em poder dos ‘rebeldes’. Em vídeo filmado que mostra o piloto morto, os ‘rebeldes” se apresentam como “mujahidin”. Uma das imagens mostra o corpo com dois ferimentos de bala no peito, sugerindo que tenha sido executado (ilegalmente). Fonte entre os ‘rebeldes’ diz que o piloto teria sido morto enquanto descia de paraquedas, do avião em chamas. Nos termos da Convenção de Genebra é crime de guerra. 

    Um segundo piloto foi provavelmente ferido, mas há notícias de que teria aterrisaso em algum ponto de uma área coberta pelo exército sírio. Esse piloto ainda não foi encontrado, e a busca prossegue.

    versão oficial que a Rússia emitiu sobre o incidente é muitíssimo diferente da versão dos turcos:
    “Hoje uma aeronave do grupo aéreo russo ativo na República Árabe Síria caiu em território sírio, supostamente abatido por ataque disparado do solo. 

    O avião voava a 6 mil metros de altitude. A situação atual dos pilotos russos está sendo determinada.

    Segundo dados preliminares, os dois pilotos ejetaram-se com sucesso de seus aviões.

    As circunstâncias do desastre estão sendo determinadas.

    During all the flight time, the aircraft was flying only within the borders of the Syrian territory. That was registered by objective monitoring data.
    A versão russa deixa sem definir quem derrubou o avião. Para desescalar, talvez? 

    A Turquia diz que a linha vermelha nessa imagem mostra a linha de voo do avião russo.

    Se for verdade, nesse caso a (suposta) violação do espaço aéreo da Turquia não durou mais de 5 segundos, nada que justifique derrubar o avião. Na 6ª-feira, a  Turquia “alertou” a Rússia contra ataques contra “turcomenos” na Síria. Implica que a ação dos turcos hoje nada teve a ver com legítima defesa: foi uma emboscada. 

    Muitos países da OTAN limitar-se-ão a balançar a cabeça contra o irresponsável comportamento dos turcos, e não quererão envolver-se mais com esse tipo de loucura.

    Vale dizer que dificilmente haverá guerra por isso, mas troca de declarações fortes. Os conselhos da OTAN e o Conselho de Segurança da ONU talvez sejam convocados. Mas a propaganda de preparação para a guerra visa ao Estado Islâmico e à Síria, não à Rússia.

    Em incidente separado, dois jornalistas russos que cobriam ação do exército sírio foram feridos por projétil disparado pelos “rebeldes”.

    Depois de perder muitos turistas “ocidentais”, agora a Turquia também perderá os últimos turistas russos. Em Antalya muitos hotéis terão de fechar. A Turquia depende de gás russo (e iraniano) para viver. A derrubada do avião russo com certeza gerará “problemas técnicos” para o prosseguimento daquele fornecimento. Os combatentes do PKK que lutam contra o estado na região leste da Turquia talvez encontrem novo patrocinador e fornecedor de armas modernas.

    Latakia, a área onde o avião foi derrubado, fica a cerca de 3,5km de distância da fronteira turca. É região controlado por, como diz a Turquia, “turcomenos”, o que pode significar combatentes islamistas uigures e uzbeques – mujahidin, como se autodesignam no vídeo. Ultimamente já estavam sob fogo de artilharia notavelmente reforçado. Agora talvez venham a enfrentar ataques diretos, provavelmente violentos, das forças especiais russas. Futuros ataques ar-terra dos russos na área serão feitos com “super cobertura” de mais jatos de combate, prontos a atacar os turcos com as mais modernas armas russas, no instante em que cometerem qualquer mínimo erro.

    Em resumo: essa escalada, por ação dos turcos, terá resposta.

    ATUALIZAÇÃO: O presidente Putin da Rússia acaba de falar, tendo ao lado o rei Abdullah da Jordânia (?!), numa conferência de imprensa. Verdade seja dita: Putin nem tentou esconder que estava furioso. Alguns pontos do que disse:

    Confirma a versão dos turcos de que o avião foi derrubado por míssil ar-ar, mas diz que o avião estava em espaço aéreo da Síria.Descreve o ataque turco como “uma punhalada nas costas, que nos aplicaram aqueles cúmplices de terroristas““Com nossos parceiros norte-americanos, assinamos um acordo para evitar” incidentes desse tipo. “Ankara discutirá essa tragédia com a OTAN como se a Rússia tivesse derrubado avião deles. 
    O que quer a Turquia? Pôr também a OTAN a trabalhar para ajudar os terroristas do ISIS?”Acusou a Turquia de financiar e proteger os terroristas do ISIS. Disse que a Turquia mantém negociações regulares de compra de petróleo com os terroristas do ISIS.O incidente terá consequências sérias nas relações russo-turcas.

     

  3. Lava Jato

    Lava Jato prende Delcídio Amaral do PT e deixa livre os senadores tucanos Aécio Neves, Antonio Anastasia e o ex-presidente FHC

    http://www.ocafezinho.com/wp-content/uploads/2015/05/psdb-fernandinho-beira-mar.jpg

    Senador do PT, Delcídio Amaral, foi preso pela Lava Jato. Delcídio foi filiado ao PSDB de 2008, 2001, trabalhou para Shell, defende a PLS 131/15 do senador tucano José Serra, que visa entregar o pré-sal para as multinacionais. Se prendeu Delcídio, do PT, sob alegação de que poderia atrapalhar o processo,  por que não prende o senador tucano, Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos citados por delatores na Lava Jato?.

     Aliás, o Lava Jato não investiga o governo de Fernando Henrique Cardoso,  na Petrobrás, apesar de citado em várias delações premiadas e de o próprio FHC também  reconhecer no livro “Diários da Presidência”, que um “escândalo” em 16/10/96 acontecia na Petrobrás. Na época de FHC, até uma plataforma afundou de forma muito suspeita, já que é sabido que havia inúmeras irregularidades no contrato, inclusive na ocasião 11 petroleiros foram mortos.  

    Ao invés de investigar FHC, a Lava Jato prefere perseguir Lula, através do filho, da nora e agora do amigo. Essa operação quer passar para a sociedade a vontade de acabar com a corrupção, mas na verdade o que se vê é a tentativa de destruir o Partido dos Trabalhadores e a Petrobrás, tudo que os tucanos também querem. Aliás, a bem da verdade, FHC, Aécio e Anastasia não oferecem perigo às investigações, pois eles sabem que a Lava Jato jamais vai prender alguém do PSDB. Vale lembrar que Delcídio Amaral é ex- filiado!

    É preciso que fique bem claro, como ficou com a prisão do senador petista, Delcidio Amaral: para não ser preso pela Lava Jato não basta ter trabalhado para concorrentes da Petrobrás e ter sido ex-filiado do PSDB, precisa ser um legítimo tucano!  

    Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2015 

    Autor: Emanuel Cancella,  OAB/RJ 75 300              

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

     

     

  4. VAMOS CUIDAR COM CARINHO DO PLANETA TERRA

    ONU: Brasil está entre os 10 países com maior número de afetados por desastres nos últimos 20 anos

    Publicado em 24/11/2015 Atualizado em 24/11/2015   AUMENTAR LETRA DIMINUIR LETRA  

    Falhas e omissão na documentação de perdas dificulta estimar o valor total de danos causados pelas catástrofes naturais. Escritório da ONU estipula que a perda financeira global se situe entre 250 e 300 bilhões de dólares por ano.

    Abrigo improvisado em um ginásio, para famílias desabrigadas em Teresópolis após os deslizamentos de terra em 2011. Foto: Vladimir Platonow/ABr

    Abrigo improvisado em um ginásio, para famílias desabrigadas em Teresópolis após os deslizamentos de terra em 2011. Foto: Vladimir Platonow/ABr

    Brasil é o único país das Américas que está na lista dos 10 países com maior número de pessoas afetadas por desastres entre os anos de 1995 a 2015, segundo relatório publicado nesta segunda-feira (23) pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNISDR) e o Centro de Pesquisas de Epidemiologia em Desastres (Cred).

    Nestas duas décadas, 51 milhões de brasileiros foram impactados por catástrofes. Estados Unidos, China, Índia, Filipinas e Indonésia aparecem como os cinco países com maior número de desastres relacionados ao clima durante esse período.

    O documento avalia catástrofes relacionadas a fenômenos climáticos no mundo e seus danos para a população e aponta que 90% dos desastres estão relacionados ao clima. De acordo com o documento, as perdas econômicas superam 1.891 trilhões de dólares, o equivalente a 71% de todas as perdas atribuídas a acidentes naturais durante os últimos 20 anos. No entanto, como há apenas 35% de registros de perdas econômicas, essa cifra pode ser muito mais elevada. Levando isso em consideração, o UNISDR estipula que os prejuízos causados por desastres naturais se situaria entre 250 e 300 bilhões de dólares anualmente.

    Em média, 335 desastres naturais foram registrados anualmente entre 2005 e 2014, um aumento de 14% entre o período de 1995 – 2004 e quase o dobro da média de 1985 – 1995.

    A diretora da agência da ONU, Margareta Wahlström lembrou da iniciativa do Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres (2015 – 2030), apoiado pela Assembleia Geral da ONU, que determina metas para redução da perda provocada pelas catástrofes naturais. Entre elas estão o índice de mortalidade, números de pessoas afetadas, perdas econômicas e danos causados à infraestrutura, incluindo escolas e hospitais.

    “A longo prazo, um acordo em Paris na COP21 sobre redução da emissão de gases estufa fará uma significativa contribuição para reduzir os danos e perdas de desastres que são em parte gerados pelo aquecimento global e aumento do nível do mar”, explicou Wahlström.

     

     

  5. PROJETO: LEVANDO VIDA PARA O RIO DOCE
    Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2015
    PROJETO: LEVANDO VIDA PARA O RIO DOCE Caros amigos (as) foi muito triste o que aconteceu em Mariana, por isso, gostaria de sugerir um projeto: O LEVANDO VIDA PARA O RIO DOCE, onde no final do ano, nos eventos (festas) da virada do ano, se tenha um ponto, para doação e arrecadação de água mineral, para o povo da região, com isso nós estaremos levando vida e esperança para aquela região, que infelizmente ainda vai sofrer por muito tempo com aquele triste desastre. Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo, da paz, da ONU e um Beija-Flor da floresta do Betinho.  

  6. Veja quem está por trás da ocupação das escolas

    http://www.diariosp.com.br/mobile/noticia/detalhe/88121/veja-quem-esta-por-tras-da-ocupacao-das-escolas

    Obsevações: 1. não há partido ou sindicato por detrás do movimento; 2. por serem de escolas públicas ou muito jovens, a maioria não participou das manifestações de junho/2013; 3. protagonismo das meninas; e 4. matéria honestíssima, que nenhum jornalão da grande mídia ousosu fazer. Mais. Espero que após o fim das ocupações, independentemente dos resultados, haja um legado de envolvimento e participação política desses jovens que vão votar pela primeira vez em 2016 ou 2018. E, se houver esse legado, certamente será capitalizado pelo PSOL e pela UJS, do PC do B. Por exemplo, na audiência pública com o Secretário, o único político presente que eu vi era o Giannazzi, do PSOL. 

    Veja quem está por trás da ocupação das escolas

    Presidente do Grêmio estudantil, Mayara é filha de uma diarista

    Presidente do Grêmio estudantil, Mayara é filha de uma diarista / Leo Martins/Diário SP

    Eles são contra o projeto de reorganização da educação e se tornaram um problema para o governo

    Por: Fernando Granato 
    [email protected] 
    21/11/2015 15:47

     

    Por serem muito jovens na época ou porque os pais não deixaram, a maioria deles não participou das manifestações de 2013 contra o aumento nas tarifas dos ônibus e Metrô que culminou com centenas de milhares de pessoas nas ruas.

    Mas agora dão a cara para um movimento que promoveu a ocupação de, até sexta, 67 escolas no estado. Eles são contra o projeto de reorganização da educação e se tornaram um problema para o governo. O DIÁRIO percorreu ontem quatro escolas das zonas Sul, Oeste e Centro para conhecer os rostos desse movimento. São adolescentes de classe média ou baixa, filhos de diaristas, motoristas, porteiros de prédio ou trabalhadores autônomos. 

    Muitos demonstraram preparo e conteúdo. Citaram, por exemplo, o educador Paulo Freire,  criador da educação popular, voltada tanto para a escolarização quanto à formação da consciência política. Mas, por outro lado, negaram ser  manipulados por movimentos, sindicatos e partidos.

     “O que nos move é uma causa definida, lutamos contra o fechamento da nossa escola”, disse Fernanda Sousa, 17 anos, aluna da Escola Estadual Comendador Miguel Maluhy, na Zona Sul. “Não somos nem de direita nem de esquerda.” 

    Já Ingrid dos Santos, também de 17 anos, da Escola Estadual João Kopke, na região central, acha que o que eles estão fazendo é política, mas não partidária. “A gente quer fazer a história e não só ler a história nos livros”, respondeu.

    Em todas as escolas visitadas, os estudantes se impuseram uma rotina definida. Alguns cuidam da segurança, outros da limpeza e/ou da cozinha. Nas horas livres, participam de atividades culturais e palestras. Na Escola Comendador Miguel Maluhy, por exemplo, foram realizados saraus literários, oficinas de teatro e até o ensaio de bateria de uma pequena escola de samba da comunidade do bairro.

    Nessa unidade, ontem, os alunos estavam envolvidos num mutirão para pintar a quadra e paredes que estavam com a tinta descascada. Já na João Kopke, os manifestantes  distribuíram comida para moradores de rua da vizinha Cracolândia. “A ocupação me deu uma visão social que eru não tinha”, disse Talhia Macedo, 17.

    Nome: Fernanda Sousa

    Idade: 17

    Escola: Miguel Maluhy

    Série: 2 ensino médio

    Justiça

    Fernanda Sousa sempre teve um senso de justiça muito forte. É isso que, segundo ela, a levou a lutar pelo não fechamento da escola no Morumbi, Zona Sul, onde estuda. Filha de uma agente de segurança de hospital, a adolescente frequenta há apenas dois meses as aulas neste colégio, mas se tornou uma das lideranças do movimento de ocupação. “Aprendi cedo a lutar pelo que quero”, disse. “Nada vem de graça.”  Fernanda é uma das únicas da turma que já participou de atos públicos. “Estive nas ruas  em 2013 com minha mãe”, disse.

    Nome: Ana Carolina Martins

    Idade: 17

    Escola: Miss Brown

    Série: 3 ensino médio

    Focada

    Ana Carolina Martins está focada no vestibular para psicologia, mas nem por isso deixou de se engajar no movimento contra o fechamento de sua escola, em Perdizes, na Zona Oeste. Representante da sua sala, ela é uma das articuladoras da ocupação. “Não penso em política. Esse movimento é pela continuidade da escola. Além disso, minha meta é me preparar para entrar na faculdade.” Estudiosa, ela aproveita as horas livras para colocar as matérias em dia.  “Vou fazer  de tudo para ser aprovada este ano.”

    Nome: Lizandra Lima

    Idade: 15

    Escola: Fernão Dias Paes

    Série: 1 ensino médio

    Engajada

    Apesar da pouca idade, Lizandra participa de todas as manifestações da sua escola já há algum tempo. Moradora de Taboão da Serra, ela foi estudar na Fernão Dias, em Pinheiros, na Zona Oeste, justamente pela fama que o colégio tem de progressista. A ocupação, diz ela, serviu para abrir sua cabeça. “Aqui nós estamos vendo que a união faz a força e mostra o poder que a gente tem”, afirmou. Seu sonho é cursar psicologia. A mãe, contou, é mais conservadora e está preocupada. “Ela não concorda muito com o que estamos fazendo.”

    Nome: Guilherme Allegro

    Idade: 16

    Escola: Miss Brown

    Série: 2 ensino médio

    Representante

    Filho de um dentista e uma fonoaudióloga, Guilherme tem uma origem diferente da maioria dos seus colegas. Estuda em escola estadual por opção, não por necessidade. Pensa em cursar gastronomia e relações internacionais. Representante dos alunos que ocuparam sua escola, ele se disse contra a utilização política do movimento. “Não acho que deveria ter lado político”, afirmou. Esta é primeira vez que ele se engaja em algum movimento. “Nas manifestações de 2013 ainda era muito novo e não pude ir”, lembrou.  “Acompanhei pela televisão.”

    Nome: Talhia Santos

    Idade: 17

    Escola: João Kopke

    Série: 3 ensino médio

    Social

    Filha de um zelador de um prédio residencial e de uma faxineira, Talhia disse ter descoberto sua vocação profissional durante a ocupação de sua escola na região central. “Pretendo fazer serviço social para atuar junto aos movimentos transformadores, ajudar quem precisa”, afirmou. Essa é a primeira vez que ela participa de um movimento. “Mas tenho uma tendência a me colocar mais à esquerda”, disse. “Isso porque penso nos outros.” Seus pais, disse, estão preocupados com ela.

    Nome: Lucas Sátiro

    Idade: 17

    Escola: Miss Brown

    Série: 3 ensino médio

    Delegado

    Iniciante no movimento estudantil, Lucas quer cursar direito para ser delegado de polícia. “Não sou reacionário, apenas quero fazer justiça e prender as pessoas do mal”, afirmou. Distante da política, ele disse que a luta pela sua escola acabou o levando a uma causa. “Entrei em um movimento político, mas não partidário”, alertou.  “É a primeira vez que me interesso por algo assim. Antes nunca havia me interessado. Nem das manifestações de rua de 2013 cheguei a participar.

    Nome: Ingrid Santos

    Idade: 17

    Escola: João Kopke

    Série: 3 ensino médio

    experiente

    A palavra ocupação já faz parte da vida de Ingrid. Ela vive há três anos, com a família, num prédio invadido no Centro. Agora, lidera o movimento que tomou conta de sua escola. “O Brasil é uma questão de tempo”, afirmou. “O que estamos fazendo mostra que tudo é  luta.”  Idealista, ela pretende ser enfermeira e atuar junto às populações vulneráveis. “Estudamos aqui próximo à Cracolândia e isso nos dá uma dimensão do problema social deste país”, disse.  Sobre os atuais governantes, ela diz: “Eles devem ficar espertos porque vamos dar o troco nas eleições.”

    Nome: João Constantino

    Idade: 19

    Escola: Fernão Dias Paes

    Série: 3 ensino médio

    militante

    João costuma fazer parte de militância. Participa de todos os atos que vê pela frente e preferiu perder o emprego, numa firma de cobrança,  a não participar da ocupação de sua escola. “Entro de cabeça nas coisas e não consigo parar”, afirmou. Vivendo com a avó, ele disse que tem uma vida difícil e, por isso, luta contra as injustiças do mundo. “Desde os 16 anos participo de movimentos e atos públicos”, contou. “Estive nas manifestações do Movimento Passe Livre, em 2013. Acho que ali germinou uma semente de transformação em mim.”

    Nome: Mayara Melo

    Idade: 19

    Escola: Miguel Maluhy

    Série: 2 ensino médio

    líder

    Presidente do Grêmio estudantil, Mayara é filha de uma diarista e foi a responsável pela mobilização na sua escola, pela redes sociais. Pretende ser pedagoga e atuar junto aos mais carentes. “Li o livro ‘Pedagogia do Oprimido’, do Paulo Freire, e me encontrei”, afirmou. Eleitora de Luciana Genro (PSOL) nas eleições presidenciais do ano passado, ela se disse frustrada por não ter participado das manifestações de 2013. “Minha mãe não deixou.” Moradora da Favela Vila da Praia, não gosta quando dizem que vive numa comunidade. “É favela mesmo.”

    Nome: Sarah dos Santos

    Idade: 17

    Escola:  Miguel Maluhy

    Série: 2 ensino médio

    aberta às novidades

    Filha de uma professora e um motorista, Sarah sente que tem muito a aprender com o que está acontecendo em sua vida. “É tudo muito novo”, disse. “Não imaginava estar participando de um movimento transformador como este.” Para o futuro, sonha em ser psicóloga. “Ainda há muito tabu com as doenças psicológicas e quero atuar nesta área”, contou.  Politicamente, ela não sabe como se considera. “Não participei das manifestações de 2013 porque era muito nova e nunca votei numa eleição. Aliás, votei para o grêmio aqui da escola.”

    leia também

  7. FAZER O BEM, FAZ BEM!

    Dia Internacional do Doador de Sangue: veja como ser solidário

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    Redação Doutíssima

    É simples, rápido, não dói e ainda pode salvar até três vidas. Doar sangue é mais que um ato solidário, é uma ação necessária no País em que apenas 1,9% da população contribui com os hemocentros. O Dia Internacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, visa estimular e conscientizar sobre a doação como meio para mudar o cenário atual da saúde.

     

    Entenda a importância do ato e confira o que é necessário para tornar-se um doador.

     

    Dia Internacional do Doador de Sangue shutterstock doutissima

    Evite esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas após a doação de sangue. Foto: Shutterstock

     

    Doe sangue, salve vidas

    Muitas vezes, a picada da agulha assusta. Algumas pessoas sentem medo de ficarem fracas ou contrair doenças durante a doação. Entretanto, não é preciso o receio. O procedimento não causa qualquer um dos problemas acima.

     

    É preciso levar em consideração que todos os dias acidentes acontecem. Pessoas passam por cirurgias de urgência, sofrem queimaduras, descobrem que são hemofílicas. São nessas situações que a doação pode salvar aqueles que precisam do seu tipo sanguíneo para seguir a vida.

     

    De acordo com dados do Hemocentro do Rio Grande do Sul, se cada cidadão saudável doasse pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergenciais para coletas de reposição de estoques, uma vez que cada doação pode retirar até 450 mililitros de sangue.

     

    Dia Internacional do Doador de Sangue: cuidados

    Para contribuir com a sua doação, é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional, estar com o peso acima de 50 quilos, além de ter idade entre 18 e 69 anos. Jovens de 16 e 17 anos também podem ser doadores, desde que tenham o consentimento formal dos responsáveis legais.

     

    Você não precisa estar em jejum para passar pelo procedimento, mas é necessário ter repousado por no mínimo seis horas na noite anterior à doação. Além disso, não é permitido ingerir bebidas alcoólicas até 12 horas antes do ato, assim como é preciso evitar fumar por, pelo menos, duas horas antes da doação.

     

    Alimentos gordurosos são permitidos apenas até três horas antecedentes ao procedimento. Como medida de segurança, o Ministério da Saúde estabelece que mulheres podem doar a cada quatro meses e os homens a cada três.

     

    Pessoas diagnosticadas com hepatite após os 11 anos de idade, mulheres grávidas ou em período de amamentação, pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como Aids, sífilis e doença de Chagas e usuários de drogas não podem contribuir com doações.

     

    Candidatos que fizeram tatuagem e piercing nos últimos seis meses, com piercing em cavidade oral ou região genital, também estão impedidos de doar sangue.

     

    Confira o que você pode e o que não pode fazer após uma doação, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

     

    1. Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas após a doação.

     

    2. Aumentar o consumo de líquidos, principalmente água.

     

    3. Não fumar por cerca de duas horas.

     

    4. Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas.

     

    5. Manter o curativo no local da retirada por pelo menos quatro horas

     

    6. Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em cima de andaimes, praticar paraquedismoou mergulho.

     

    Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil conta com mais de 30 hemocentros e cerca de 370 centros regionais e núcleos de hemoterapia distribuídos em todo o País.

     

    Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!

     

  8. Manifestantes jogam lama no

    Manifestantes jogam lama no Congresso e são presos por ‘crime ambiental’

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151125_manifestacao_samarco_crimeambiental_rs?ocid=socialflow_facebook

    Ricardo Senra – @ricksenra Da BBC Brasil em São Paulo 

    Um grupo de cinco pessoas que fez uma performance com lama em corredores do Congresso, na tarde desta quarta-feira, foi preso em flagrante sob alegação de crime ambiental.

    O auto de prisão feito pela Polícia Legislativa, ao qual a BBC Brasil teve acesso, diz que os manifestantes foram detidos com base na lei de crimes ambientais (9.605/98). O documento oficial cita o artigo 65 (“pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”), além dos artigos 140 (injúria) e 329 (resistência) do Código Penal.

    Segundo o texto assinado por Roberto Rocha Peixoto, diretor da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, um dos jovens foi “flagrado pichando algumas paredes e piso da Câmara dos Deputados, sujando as pessoas que transitavam no local, bem como ter resistido à prisão”.

    O protesto aconteceu no anexo 2 da Câmara, próximo ao Departamento de Taquigrafia. Os manifestantes seguravam um cartazes com os dizeres “Terrorista é a Vale” e “Código de Mineração + Mariana + Morte”.

     Image copyright REPRODUCAO Image caption Texto assinado diz que jovem foi “flagrado pichando algumas paredes e piso da Câmara dos Deputados, sujando as pessoas que transitavam no local, bem como ter resistido à prisão”.

    O alvo era a controladora da mineradora Samarco, dona da barreira de rejeitos de mineração que estourou há 20 dias, espalhando o equivalente a 25 piscinas olímpicas de resíduos químicos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

    À reportagem, a presidência da Câmara afirmou, em nota, que “jovens que teriam entrado na Câmara como visitantes picharam o local com uma substância que se assemelha a lama”.

    A nota prossegue: “a palavra ‘morte’ foi identificada entre as pichações, o que pode significar uma referência à tragédia ambiental em Mariana (MG)”.

    ‘Paradoxo’

    Logo após a prisão dos cinco manifestantes, os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB), Chico Alencar e Ivan Valente (ambos do PSOL) pediram a liberação imediata dos detidos.

    À BBC Brasil, Alencar classificou como “paradoxo” a prisão por crime ambiental de manifestantes que criticavam o derramamento de lama.

    “A gente vive na Câmara dos Deputados do Brasil um tempo de inversão absoluta de valores”, diz. “Que paradoxo total é esse? Quem vem se manifestar na casa do povo acaba sendo detido sob acusação de crime ambiental. Mas os responsáveis pelo mar de lama da Samarco e da Vale, que vitimou diretamente 22 pessoas, incluindo os 11 desaparecidos, e os todos os danos ao rio Doce, chegando ao oceano Atlântico, continuam soltos.”

    “Qual é o real crime ambiental?”, questiona o deputado, afirmando que a liderança do PSOL na Câmara foi cercada pela Polícia Legislativa durante quatro horas. Parte dos manifestantes procuraram representantes do partido em busca de defesa.

    Sobre as alegações de crime ambiental, a Samarco tem dito que “não há confirmação das causas e a completa extensão do ocorrido” e que “investigações e estudos apontarão as reais causas”.

    Outra manifestação de repúdio à mineradora, envolvendo lama, aconteceu na sede da Vale, no Rio de Janeiro, logo após o derramamento em Mariana. “Naquela ocasião ninguém foi preso”, diz Alencar.

    Segundo a BBC Brasil apurou, parte dos manifestantes desta tarde Brasília faz parte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), enquanto outros participam de movimentos sociais que criticam os impactos sociais e ambientais da atividade mineradora.

    Detenção

    À reportagem, a Câmara dos Deputados disse que as pessoas envolvidas no protesto foram “detidas e encaminhadas ao Departamento de Polícia Legislativa, onde seguem prestando depoimento sobre o ocorrido”.

    O advogado Fernando Prioste, que defende os presos, disse que eles devem passar a noite detidos.

    “Foram presos por fazer um protesto lícito contra as violações de direitos humanos perpetrados pela Vale”, disse.

  9. Alckmin se recusa a dialogar

    Alckmin se recusa a dialogar e crescem denúncias de violência, arbitrariedades e abuso de poder contra estudantes das escolas ocupadas

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/policia-da-camara-agride-e-prende-manifestantes-que-protestam-contra-a-tragedia-de-mariana-e-o-codigo-de-mineracao.html

    publicado em 24 de novembro de 2015 às 23:09

    Salim Faranh 2

    por Conceição Lemes

    Principalmente desde terça-feira 23, crescem as denúncias de violência, arbitrariedades e abuso de poder contra os estudantes das escolas ocupadas da rede pública do Estado de São Paulo.

    E o que é pior.  Em algumas escolas, eles têm de enfrentar a Polícia Militar (PM). Em várias outras, o abuso de poder está sendo praticado pelos diretores das próprias escolas.

    A escola tem a obrigação de proteger as crianças e adolescentes enquanto elas estão sob a sua tutela. E um dos responsáveis por esse cuidado sãos os justamente os diretores. Só que, infelizmente, alguns atuando contra os seus estudantes.

    – Por que se o governador Geraldo Alckmin havia dito que não recorreria à PM para retomar as escolas? — muitos devem estar se perguntando.

    São várias razões:

    1. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz uma coisa e faz outra em relação às escolas ocupadas. Menos de 24h após ele dizer que não usaria a PM em “escolas invadidas”, houve repressão policial em três.

    2. O governador está fazendo pressão, sim, apesar da sua cara de paisagem, como se não tivesse nada a ver com a violência e arbitrariedades

    3. Definitivamente o governo paulista não quer diálogo, como têm denunciado pais, alunos e professores. “Diálogo” para Alckmin significa ele dizer uma coisa e todo mundo bovinamente segui-lo, sem qualquer questionamento.

    Tanto que na audiência dessa terça-feira 23 no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que julgou a reintegração de posse das escolas ocupadas, o intransigente secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, não mandou NENHUM representante.  Nessa audiência, o TJ-SP negou o recurso do governo Alckmin, que pedia a reintegração das escolas ocupadas.

    Cá entre nós, o servil secretário Herman Voorwald  não teria adotado esta postura desapreço ao Judiciário se não tivesse a bênção do seu protetor Alckmin.

    4. O secretário da Educação cancelou também participação audiência na Assembleia Legislativa paulista, que ocorreria nesta quarta-feira 24.

    Semestralmente os secretários  de Estado têm de comparecer à Assembleia Legislativa para falar de suas realizações.  Herman Voorwald não foi. A Alegação oficial é a realização do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). Mas tudo indica que o motivo real foi não se expor publicamente, para evitar manifestações contra a sua gestão, particularmente a malfadada “reorganização” escolar

    5. Nesta quarta (24/11) e quinta (25/11) a Secretaria da Educação realiza o Saresp.  Cerca de 1,2 milhão de alunos dos 2º, 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio devem ser avaliados em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e redação.

    Acontece que os estudantes lançaram uma campanha de boicote ao Saresp.

    Nas escolas ocupadas, ele está suspenso. E mesmo nas não ocupadas, muitos estudantes aderiram ao boicote, simplesmente não respondendo as perguntas ou rasurando as provas.

    As notas obtidas pelos estudantes compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Dos resultados dependem os bônus para diretores de escolas e professores.

    Daí, talvez, alguns diretores estarem agindo como capitães do mato. Alguns prenderam os alunos dentro da escola. Outros, sob o pretexto de que os alunos estavam destruindo o patrimônio público, chamaram a PM para prender a meninada.

    Enfim, vivemos tempos em que o exercício da cidadania é tolhido de forma arbitrária, que lembram muito a época da ditadura.

    É na periferia a ação da PM tem sido mais violenta contra crianças e adolescentes que não aceitam o fechamento de sua escola ou a remoção arbitrária.

    Ironicamente, com o seu autoritarismo,  Alckmin está forçando a meninada a se politizar.  No futuro, é possível que colha os frutos de sua  ação desastrada e arrogante e não vai gostar. Tampouco vai poder jogar nos outros uma culpa que é dele.

    Abaixo, seguem algumas das denúncias  de que falamos acima. Elas estão postadas principalmente no  Não fechem minha escola e no Mal Educado

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    CONTRA OCUPAÇÃO DA FIRMINO PROENÇA, PM DE ALCKMIN PRENDE OITO ESTUDANTES

    A Firmino Proença é uma escola pública estadual bem antiga no bairro da Moóca, Zona Leste da capital paulista.

    Contra a sua ocupação, a PM prendeu oito alunos nesta quarta-feira, como mostra a repórter Fernanda Cruz, da Agência Brasil:

    Oito estudantes foram apreendidos pela Polícia Militar durante a tentativa de ocupação de uma escola na zona leste de São Paulo. Os adolescentes tentavam ocupar a escola Firmino Proença, na Mooca, por volta das 5p0, quando uma zeladora percebeu e chamou a PM. O grupo protestava contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 94 unidades de ensino no estado.

    Oito viaturas foram enviadas para o local e os alunos foram encaminhados para o 8º Distrito Policial, no Belenzinho. Os jovens foram acusados de depredação do patrimônio. A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo informou que enviou advogado para defendê-los. Os alunos foram ouvidos e liberados por volta das 11h.

    *********

    DIRETORA DA PLÍNIO NEGRÃO LIGA PARA OS PAIS E REVELA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE ALUNO

    Não fechem minha escola

    DENÚNCIA: Na manhã de hoje, 23 de novembro, a E.E. Plínio Negrão foi ocupada pelos estudantes, contra a reorganização das escolas que vai fechar escolas, tirar ciclos e superlotar salas.

    Numa tentativa sórdida de desestabilizar o movimento, Mirian, diretora da escola, ligou para os pais dos estudantes que estão ocupando, para tentar tirá-los à força do colégio.

    Em uma dessas ligações, a diretora expôs a orientação sexual de um aluno, que ainda não havia se assumido pra família.

    É CRIMINOSA a atitude da diretora, que, ao invés de prezar pela vida e educação dos estudantes, promover o acolhimento e a discussão sobre o tema, se utiliza de métodos LGBT-fóbicos e completamente impróprios para tentar barrar a luta legítima dos estudantes, que já se espalha por mais de 100 escolas.

    Plínio  Negrão

    Estudantes da EE Plínio Negrão, na Vila Cruzeiro, em Santo Amaro, na capital paulista

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    PM FILMA E ANOTA RG DE ALUNOS QUE ESTÃO NA PORTA DA SALIM FARAH MALUF 

    Não fechem minha escola 

    A Escola Estadual Salim Farah Maluf fica no bairro José Bonifácio, na Zona Leste da cidade de São Paulo.

    As fotos abaixo registram o momento da ocupação.

    Salim Farah Salim Faranh 2

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    DIRETOR DA ETEC JARDIM ÂNGELA PRENDE ALUNOS DENTRO DA ESCOLA

    URGENTE!!!

    Estudantes da ETEC Jardim Ângela acabaram de ocupar sua escola. Porém, o diretor não liberou a chave, trancou os portões e está mantendo os alunos presos lá dentro. Ele está proibindo também que os estudantes façam a assembléia que planejaram logo após a ocupação.

    A ETEC Jardim Ângela fica próxima à Represa de Guarapiranga, região do Jardim Ângela, Zona Sul da capital, área conhecida historicamente por ser muito carente de política pública e de investimentos em educação profissional de qualidade entre outras necessidades.

    imagem etec guarapiranga

    Foto: Vinicius Gomes

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    DIRETORA DA CONSELHEIRO CRISPINIANO ACUSA OS ALUNOS DE FAZEREM BADERNA

    Mal Educado 

    Estudantes ocupam a EE Conselheiro Crispiniano, uma das escolas mais antigas e tradicionais de Guarulhos, contra a reorganização. O colégio perderia o ensino médio pelo projeto de Alckmin.

    De manhã, a direção chegou a chamar os pais dos alunos, que estavam reunidos em assembleia, dizendo que eles estavam fazendo baderna, mas a comunidade escolar apoia a mobilização. “Eu sou a favor da ocupação, vou apoiar minha filha, eles não estão destruindo patrimônio, estão organizados”, disse uma mãe.

    No vídeo abaixo, de vestido verde, a diretora Ana Maria Batista

    *****

    NA LEONARDO VILLAS BOAS E NA IRMÃ GABRIELA, EM OSASCO, DIRETORIAS COLOCARAM ALUNOS EM RISCO

    Mal Educado, via Leo V, leitor do Viomundo, nos comentários

    A EE Leonardo Villas Boas fica no Bairro Padroeira, periferia de Osasco, e foi ocupada pelos alunos na manhã de terça-feira 17 novembro. É vizinha de muro da EE Irmã Gabriela e estava destinada ao fechamento de acordo com o plano de reorganização escolar do governo estadual.

    Acontece que um movimento de mães com abaixo-assinado e manifestações conseguiu reverter o fechamento, assim a escola Leonardo e sua vizinha escola Irmã Gabriela foram alçadas ao status de reorganizadas para 2016. A reorganização agrada a um grupo de mães que apostam no argumento de que a separação entre ensino fundamental e ensino médio garantirá que seus filhos pequenos fiquem mais resguardados diante do tráfico de drogas.

    No ato da ocupação, apoiadores se fizeram presentes diante do portão da escola e duas moças acabaram detidas. A vice-diretora (o diretor está de licença) reagiu agredindo verbalmente os ocupantes. Depois, telefonou aos pais informando que seus filhos estavam depredando a escola (a única coisa que os alunos quebraram ao entrar na escola foi a ordem vigente, calcada no autoritarismo e na opressão) e que alguns já estavam sendo presos, e que “a ROTA vai entregar seu filho em casa se a senhora não vier buscá-lo”. Aos alunos, além de dizer que seriam presos, que apanhariam, disse a dois garotos: “vocês são maricas, umas bichinhas” ; para uma menina que varria o chão exclamou: “você vai terminar assim mesmo, varrendo chão, é pra isso que você estuda, e eles vão virar servente de obra”.

    À polícia, a vice-diretora afirmava que fora proibida de sair pelos alunos e que estes estavam quebrando a escola. A direção da EE Leonardo mentiu deliberadamente para a polícia e para os pais. Temos notícia de que a supervisão de ensino encontrava-se na escola durante este dia de ocupação e que, no mínimo, não foi capaz de disciplinar a direção da escola.

    Do lado de fora, alguns policiais à paisana se fizeram presentes, fotografando apoiadores e estudantes, estabelecendo conversações com a guarnição policial que atendia à ocorrência e transitando dentro da EE Irmã Gabriela. O que estes agentes faziam lá dentro da escola vizinha?

    A polícia foi embora por volta das 16h. Mas outras personagens permaneceram atacando a ocupação. Professoras e alunos sofreram diversos tipos de ameaças. Bombas sonoras foram atiradas para dentro da escola, por pessoas da própria comunidade.

    Ao fim da tarde muitos adultos, adolescentes e crianças estavam na rua hostilizando apoiadores e ocupantes. Um pequeno grupo de alunos adultos do EJA agitava as crianças para que causassem o maior distúrbio possível na rua, além de hostilizar os ocupantes. Bombas eram frequentemente atiradas por cima do muro em franco ataque contra a escola ocupada, e também no meio da rua diante do portão principal, intimidando quem ali estivesse. Com o cair da noite alguns ônibus foram apedrejados, as bombas continuavam, e o portão lateral quase foi arrombado. Só pararam quando a chuva os dispersou. Os bravos ocupantes da EE Leonardo passaram a noite sozinhos, sem apoio externo.

    No dia seguinte as bombas continuaram caindo dentro da EE Leonardo, sendo lançadas inclusive de dentro da EE I. Gabriela. A Supervisão de Ensino compareceu novamente no período da manhã. Um apoiador denunciou o fato ao funcionário que controlava a portaria da escola vizinha, que fez pouco caso do assunto. Cumplicidade ou conivência?

    Por volta do meio dia três homens da polícia civil tentaram invadir a ocupação, mas foram contidos pela resistência dos apoiadores. Na EE I. Gabriela notou-se que pessoas estranhas ao quadro de funcionários estavam realizando funções de inspetores e controlando a entrada. Há suspeita de que alguns alunos teriam sido revistados.

    No final do dia as bombas eram atiradas em grande quantidade no meio da rua, quase aos pés dos apoiadores, e também contra a ocupação, por cima dos muros. Os mesmos adultos do EJA que compareceram no primeiro dia ameaçavam novamente a integridade física dos apoiadores e incitavam violência. Surgiram falsos boatos de que a ocupação estava sendo invadida. Bombas continuavam sendo lançadas.

    Pouco tempo depois a direção da EE I. Gabriela convida um grupo a entrar em suas dependências, para que lá de dentro pudessem ter fácil acesso à EE Leonardo, pulando o muro que divide as duas escolas. Bombas incessantes. Alicates de pressão foram vistos nas mãos das pessoas que realizaram a invasão. Cortaram facilmente o cadeado do portão principal, liberando a entrada dos jovens que estavam do lado de fora e depois cortaram outros cadeados para que todos os acessos à ocupação fossem liberados. O clima geral era de muita hostilidade e ameaça contra os ocupantes, que felizmente conseguiram escapar ilesos. A polícia chegou quando tudo estava “resolvido”.

    Villas

    O que motivou a comunidade a operar este ataque? Certamente existe uma conjuntura delicada, não há respostas fáceis e rápidas. E este breve comunicado, pela urgência da denúncia e limites de espaço, não permite desdobrar qualquer reflexão. Por hora nos limitamos a repetir que “a favela é um problema social”, como já dizia o pensador Bezerra da Silva.

    Por outro lado, não é preciso procurar muito para encontrar o que salta aos olhos: o Estado engajou-se em um conflito que deveria mediar, pois tomou partido a favor do ódio e da intolerância, e além disso violou os direitos dos jovens que deveria acolher.

    A sociedade precisa saber que alguns servidores públicos lotados na EE I. Gabriela e EE Leonardo mobilizaram a população incitando violência e organizando ações coordenadas de grupos contra a ocupação, submetendo os adolescentes a sérios perigos. Também a Polícia Militar demonstrou agir de forma combinada, aparecendo estrategicamente na hora certa. Apenas por sorte o que estamos reportando aqui não é uma tragédia. É o cotidiano de um sistema educacional voltado para a opressão e o controle.

    Responsabilizamos a direção das duas escolas (contando com a conivência da Supervisão Regional de Ensino) por ter tomado parte na organização dos grupos que hostilizaram apoiadores e professores com agressões verbais e ameaças de agressão física, e por ter arquitetado a invasão de um prédio público ocupado por adolescentes, pondo em risco a vida daqueles que deveria proteger.

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