Fora de Pauta

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Redação

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  1. As desculpas esfarrapadas da Rede Globo

    Trecho da explicação no “pedido de desculpas” da Rede Globo, pelo Golpe de 1964

    “Naqueles instantes, justificavam a intervenção dos militares pelo temor de um outro golpe, a ser desfechado pelo presidente João Goulart, com amplo apoio de sindicatos — Jango era criticado por tentar instalar uma “república sindical” — e de alguns segmentos das Forças Armadas.”

    Jango era criticado… E, todos os parlamentares do poder Legislativo assim como também os membros do Poder Judiciário, profetizaram os senhores, não seriam capazes orientar o país de acordo com as reais aspirações da sociedade.

    O povo elege o presidente, o vice-presidente e todo o Congresso Nacional para que um jornalzinho do Rio de Janeiro, em conspiração com alguns outros segmentos das Forças Armadas, faça uma profecia catastrófica, tome a dianteira e passe a manipular, inverter, inventar e ocultar informações, em nome do “bem” do povo brasileiro.

    Tudo bem, os mais compreensivos dirão que por ideologia chega-se a ultrapassar certas berreiras éticas e morais.

    Mas não ficou só nisso! O Jornal O Globo continuou com sua infame colaboração aos golpistas após o Golpe!

    Em 1965, Roberto Marinho é agraciado pelos generais do Golpe com a concessão de uma emissora de TV. Com essa fenomenal ferramenta nas mãos o Sr. Roberto não se acanhou e passou a usá-la com um poder de persuasão e convencimento muito maiores do que quando ele fazia isso apenas com um jornal escrito.

    Ao longo de 21 anos essa empresa de comunicação se beneficiava do regime ditatorial ao mesmo tempo em que veiculava suas notícias tendenciosas, suas meias verdades, suas mentiras, ocultava fatos e informações, bem como dava superexposição a outros fatos e notícias de interesse do poder instalado pelo Golpe.

    Quando se decretou o AI 5, já em 1968, suponho que na concepção da empresa o Sr. João Gular ainda era muito criticado e, o Golpe deveria continuar sendo apoiado também naqueles termos, com o fechamento do Congresso Nacional.

    O que não se faz pelo bem do povo, não é mesmo? Chego a me emocionar.

    Quando começaram as mortes, os desaparecimentos, as torturas, as perseguições e os exílios, a direção da empresa deve ter pensado e repensado e, decidiu continuar apoiando e encobrindo agora, não só o Golpe, mas também os crimes do Golpe.

    As vidas de Marcelo Rubens Paiva, Wladimir Herzog, Manuel Fiel Filho, Santo Dias da Silva, Alceri Maria Gomes da Silva, Antônio dos Três Reis Oliveira, Ieda Santos Delgado, Margarida Maria Alves e tantos outros, CENTENAS de mortos e desaparecidos, na visão golpista da empresa, não mereciam uma vida plena e nem uma morte digna. Eram opositores, cujo perigo que representavam era o fim do supremo poder dos torturadores e dos seus aliados que, a essas alturas, tinham seus cofres entupidos de dinheiro sujo de sangue.

    O Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, que hoje a emissora global indica ser um ex-torturador, à época em que praticava seus crimes monstruosos, era encoberto por essa mesma emissora junto com todos os outros assassinos e torturadores generais, coronéis, capitâes, tenentes, delegados e policiais.

    É certo que a Rede Globo não foi a única entidade a colaborar ativamente com os golpistas e ditadores, outras empresas de comunicação participaram conjuntamente, mas isso não diminui em nada o que foi praticado, como se estivéssemos dividindo a responsabilidade.

    Responsabilidade não se divide, se estende.

    Mas, isso tudo que foi relatado acima não é novidade, o que está espantando a todos nós agora é a empáfia, a ousadia, o despudor de tentar novamente golpear a República e consequentemente o povo que a constituiu.

    Desta vez, em parceria com membros do MPF, do Judiciário e dos velhos companheiros da Comunicação, golpistas de outrora.

    Hoje, nos dias em que emissoras de TV tem o poder de fazer com que pais de crianças pequenas levem seus filhos a programas de auditório para dançar “na boquinha dia garrafa”, nota-se que está muito mais fácil manipular a massa e, conspirar para um Golpe não precisa mais de força armada ou ameaça. A manipulação se dá diretamente nas cabeças das pessoas. Um efeito manada é facilmente provocado quando as empresas de comunicação golpistas se empenham em fazê-lo.

    E é exatamente isso o que está acontecendo hoje. Mas , se os veículos internacionais de informação não conseguirem despertar a atenção desta população e barrar o Golpe, a história se incumbirá de nos revelar e, não haverá garantia de impunidade desta vez. A clava forte da Justiça descerá sobre vossas cabeças.

  2. As denúncias que vêm de fora
    247

    VENCEDOR DO PULITZER DENUNCIA GOLPE E GLOBO EM PREMIAÇÃO
    :
    Maurício Lima, primeiro brasileiro a vencer o prêmio Pulitzer de Jornalismo, denunciou na noite dessa quinta o golpe em curso no Brasil durante a premiação da Overseas Press Club of America (OPC); com uma faixa dizendo “Golpe Nunca Mais” com o símbolo da Globo, disse: “Gostaria de expressar meu apoio a liberdade de imprensa e a Democracia, que é exatamente o que não está acontecendo no Brasil nesse momento. Sou contra o Golpe”

    29 DE ABRIL DE 2016 ÀS 05:25

    Por Mídia Ninja

    Maurício Lima, primeiro brasileiro a vencer o prêmio Pulitzer de Jornalismo, denunciou na noite dessa quinta-feira, (28), o golpe em curso no Brasil durante a premiação da Overseas Press Club of America (OPC), cerimônia que reúne os 500 maiores líderes da imprensa mundial.

    A ação reforça o rechaço da imprensa internacional ao processo de Impeachment, que tenta retirar a presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff do poder a partir das vias institucionais. Com uma faixa onde se lia “Golpe Nunca Mais” e o uso da marca da Globo, Mauricio quebrou o protocolo e fez uma fala política contra a mídia tupiniquim:

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    “Gostaria de expressar meu apoio a liberdade de imprensa e a Democracia, que é exatamente o que não está acontecendo no Brasil nesse momento. Sou contra o Golpe”

    Há Jornalismo inteligente no Brasil, e ele tem memória: A Rede Globo foi uma das mais entusiasmadas defensoras do golpe de 64 e do sangrento regime que se sucedeu até as Diretas Já, quando o processo democrático foi reestabelecido.

    Mauricio Lima pela Democracia

    Maurício é hoje um dos mais reconhecidos fotojornalistas em atuação. Ganhou o Prêmio Pulitzer 2016 – dado aos melhores trabalhos jornalísticos e literários do mundo – pela cobertura dos refugiados na Europa e no Oriente Médio, além do World Press Photo e o Picture of The Year America Latina, que o considerou o melhor fotografo em 2015 pela documentação da Ucrânia e dos protestos no Brasil.

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    Semanas antes da votação do Impeachment no Congresso, Mauricio havia cedido uma entrevista para Mídia NINJA, onde ressalta a importância das mídias livres no país.

  3. Seres humanos, demasiados, e suas tentativas de manipulação.

    Para quem crê e até para quem não crê, mas analisa as atitudes de quem crê, O amor de Jesus é concreto, real, e na vida prática deveria ser expressado para se tornar motivo de Comunhão…mas nas igrejas, e com reflexos decisivos na sociedade, essa posse do amor concreto e real é privilégio das elite… Entenderam, o progresso do golpe, ou o desenho abaixo explica melhor?

    11 AGOSTO 2009

    Qual a função da ideologia?

    A partir de um livro de Marilena Chaui intitulado “O que é Ideologia?“, alguém resumiu o conceito de alienação da seguinte forma: “A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação” e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social de classes, mas por diferenças individuais de talentos e de capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc. A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as idéias.

    Read more: http://oficinadesociologia.blogspot.com.br/2009/08/qual-funcao-da-ideologia.html#ixzz47D8kd71a

     

    MARILENA  CHAUÍ

    O  QUE É IDEOLOGIA

     

    …”Em geral, todos conhecem a famosa fórmula segundo a qual “a religião é o ópio do povo”, isto

    é, um mecanismo para fazer com que o povo aceite a miséria e o sofrimento sem se revoltar porque

    acredita que será recompensado na vida futura (cristianismo) ou porque acredita que tais dores são

    uma punição por erros cometidos numa vida anterior (religiões baseadas na idéia de reencarnação).

    Aceitando a injustiça social com a esperança da recompensa ou com a resignação do pecador, o

    homem religioso fica anestesiado como o fumador de ópio, alheio à realidade. No entanto, costuma-

    se esquecer que, antes de fazer tal afirmação, Marx define a religião como “a criação de um espírito

    num mundo sem espírito”, como “enciclopédia e lógica popular” e “consolação num mundo sem

    consolo”. Se a religião, que é uma forma de ideologia, fosse um “reflexo”, ela teria que espelhar de

    maneira invertida o mundo real. Ora, segundo Marx, a inversão religiosa não “reflete” coisa alguma

    – sendo criação do espírito em um mundo sem espírito, a religião é produção imaginária de algo que

    não existe. A inversão consiste em atribuir a essa

    criação do espírito a origem da realidade, em

    lugar de compreender que é a miséria real que está produzindo a crença no espírito numa divindade

    poderosa que pune e recompensa as ações humanas. A religião, como toda ideologia, é uma

    atividade da consciência social. A religiosidade consiste em substituir o mundo real (o mundo sem

    espírito) por um mundo imaginário (o mundo com espírito). Essa substituição do real pelo

    imaginário é a grande tarefa da ideologia e por isso ela anestesia como o ópio;

    14)

     a ideologia é produzida em três momentos fundamentais:

    a)

     ela se inicia como um conjunto sistemático de idéias que os pensadores de uma classe em

    ascensão produzem para que essa nova classe apareça como representante dos interesses de

    toda a sociedade, representando os interesses de todos os não dominantes. Nesse primeiro

    momento, a ideologia se encarrega de produzir uma universalidade com base real para legitimar

    a luta da nova classe pelo poder;

    b)

     ela prossegue tornando-se aquilo que Gramsci denomina de senso comum, isto é, ela se

    populariza, torna-se um conjunto de idéias e de valores concatenados e coerentes, aceitos por

    todos os que são contrários à dominação existente e que imaginam uma nova sociedade que

    realize essas idéias e esses valores (por exemplo, quando os servos, aprendizes, pequenos

    artesãos e pequenos comerciantes no final da Idade Média e no início do mercantilismo aceitam e

    incorporam as idéias de liberdade e de igualdade, defendidas pela burguesia em ascensão). Ou

    seja, o momento essencial de consolidação social da ideologia ocorre quando as idéias e valores

    da classe emergente são interiorizados pela consciência de todos os membros não dominantes da

    sociedade;

    42

    c)

    uma vez sedimentada e interiorizada como senso comum, a ideologia se mantém, mesmo

    após a vitória da classe emergente, que se torna, então, classe dominante. Isto significa que,

    mesmo quando os interesses anteriores, que eram interesses de todos os não dominantes, são

    negados pela realidade da nova dominação – isto é, a nova dominação converte os interesses da

    classe emergente em interesses particulares da classe dominante e, portanto, nega a

    possibilidade de que se realizem como interesses de toda a sociedade –, tal negação não impede

    que as idéias e valores anteriores à dominação permaneçam como algo verdadeiro para os

    dominados. Ou seja, mesmo que a classe dominante seja percebida como tal pelos dominados,

    mesmo que estes percebam que tal classe defende interesses que são exclusivamente dela, essa

    percepção não afeta a aceitação das idéias e valores dos dominantes, pois a tarefa da ideologia

    consiste justamente em separar os indivíduos dominantes e as idéias dominantes, fazendo com

    que apareçam como independentes uns dos outros. “

    1. Quem te viu e quem te vê, igreja católica.

      * 9-11: A comunidade cristã é formada de pobres e ricos convertidos. Os pobres devem orgulhar-se de sua condição modesta, que os deixa em melhores condições para compreender o Evangelho (cf. Mt 5,3; 11,25-27). Ao entrar na comunidade, os ricos perdem seu «status» social e prestígio junto aos outros ricos, pois abrem mão de suas riquezas para dividir seus bens com os pobres (cf. Lc 18,18-30; At 4,32-35).

      * 19-25: Tiago chama a atenção para a essência da vida cristã: ouvir a palavra do Evangelho e colocá-la em prática. A fé não se resume em afirmações que podem ser ouvidas e decoradas; ela é compromisso que leva a tomar atitudes concretas e cheias de conseqüências. Centrado no mandamento do amor, o Evangelho é a lei da liberdade, pois o amor não se restringe a exigir a obediência a uma lista de obrigações; ele é comportamento criativo, que sabe dar resposta libertadora e construtiva em qualquer situação.

      * 26-27: Temos aqui um dos pontos centrais do Novo Testamento: o culto que se pede aos cristãos não se resume em cerimônias ou em saber fórmulas de cor. O verdadeiro culto é a entrega de si mesmo a Deus para viver a justiça na prática: não difamar o próximo (língua); socorrer e defender os pobres e marginalizados (órfão e viúva) não comprometer-se com a estrutura injusta da sociedade (corrupção do mundo).

      O pobre e o rico –*  Que o irmão pobre se orgulhe de sua alta dignidade,  e o rico se orgulhe de perder sua posição social, porque o rico desaparecerá como a flor da erva.  O sol se levantavem o calorseca a erva, e lá se foi a beleza do seu viço! É assim que o rico vai perecer no meio dos seus negócios!

      http://www.paulus.com.br/biblia-pastoral/_P11S.HTM

  4. …há de vir…

    no meu país certa vez,
    juntaram grande multidão
    a besta e a serpente
    .
    e seguiam a besta
    e adoravam a serpente,
    os singelos,
    os cínicos,
    os de boa formação,
    os bem nascidos,
    os que se achavam
    a luz do mundo
    .
    no meu país certa vez
    o ódio teve vez e teve voz

    e a cadela do eterno cio
    seguia histérica,
    dona de muitos
    .
    e afagos lhe faziam na cabeça
    os bem nascidos
    e sorriam-lhe satisfeitos
    era o seu tempo,
    era a sua celebração maior
    .
    respeitáveis homens de toga
    do nada transfiguravam-se
    em deuses
    .
    até o Olimpo lhes parecia pouco,
    tamanha a festa, a adoração
    dos homens
    a seus novos deuses
    na terra
    .
    tempos tristes, insanos,
    a mentira subvertia a verdade,
    o nonsense ao óbvio,
    a farsa ao real, ao justo,
    meu deus, como imperavam
    as farsas
    no meu país
    naqueles tempos
    .
    tempo de silêncios,
    das vozes roucas de tanto gritar em desespero inútil,
    tempo dos náufragos de mãos dadas,
    companheiros do infinito vazio
    de uma perplexidade muda, muda, totalmente muda,
    que se seguiu
    aos gritos
    da luta perdida
    .
    tempo de esperança rala
    desespero farto
    a cabeça da gente
    implodindo
    engolindo a seco
    o horror
    sem fim
    .
    e foi nesse tempo
    que o poeta se lembrou
    dos desabados que choram,
    .
    os homens e mulheres que como ele
    não queriam vitórias pessoais grandiosas,
    não se viam luz nem de si mesmos,
    quanto mais do mundo!
    .
    os desabados que choram…
    essa gente estranha,
    um sonho na mão,
    uma utopia na outra,
    .
    essa inconformidade com o tempo vão,
    com o sorriso fácil
    e cínico
    dos vencedores do mundo
    .
    e reencontra o poeta os seus,
    os desabados que choram,
    .
    uma luta nas mãos,
    um caminho a andar,
    essa força doida lá dentro dizendo:
    prosseguir, prosseguir!
    .
    logo se dispersarão
    os bem nascidos,
    os adoradores
    da cadela no cio,
    da besta e da serpente
    .
    logo virá o novo tempo
    não há noite sem fim
    .
    re-conforta-se o poeta!
    está onde quer estar,
    está junto aos seus,
    os desabados que choram!
    .
    escuta a voz, todos a escutam:
    prosseguir, prosseguir!
    a lágrima num olho,
    a esperança no outro:

    um novo tempo há de vir, há de vir!
    .
    hão de sorrir o sorriso farto dos justos,

    estes,

    os que hoje desabados,

    choram um tempo

    de dor…

    ******

    (eduardo ramos)

  5. Dia do Golpe

    O deputado Zé Geraldo (PT/BA) propôs à Câmara a aprovação do projeto de lei nº 5095/2016 que institui, no Calendário Oficial, o Dia do Golpe Parlamentar no Brasil, a ser comemorado, anualmente, no dia 17 de abril.

    Aqui – http://goo.gl/JxDStU

     

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