Fora de Pauta

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Redação

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  1. A MIRAGEM DO BANCO CENTRAL

    A MIRAGEM DO BANCO CENTRAL INDEPENDENTE – A lenda do banco central independente volta à cena no debate politico.

    Ideia academica de manuais de escola de economia, o banco central independente é visto como uma barreira à inflação. Foi nestes termos que ontem, no Jornal das Dez da Globonews o incomparavel Carlos Sardenberg se referiu às maravilhas dessa ideia que, segundo ele, será uma das bandeiras de uma gestão Meirelles na economia.

    Trata-se de lenda no mundo real porque o Poder Politico jamais vai dar a um grupo de burocratas não eleitos, portanto sem

    legitimidade soberana, o poder sobre a moeda e a prosperidade de um Pais. Sardenberg deu como exemplo de banco central independente o Federal Reserve americano. Exemplo ruim porque dois Chairman do Fed foram demitidos sem nenhuma dificuldade pelo Presidente dos EUA quando entraram em choque com o Presidente. Entre o poder maximo da Presidencia da Republica e um burocrata não eleito como ficamos? Sai do cargo o Presidente do Pais, eleito e fica o burocrata? Impossivel, no mundo real do poder um presidente de banco central não tem base de poder real como o Presidente.

    É o embate entre um elefante e uma tartaruga, fica o elefante, muito maior em estatura e força.

    Eugene Meyer, milionario que presidia o Fed, nomeado por Herbert Hoover em 16 de setembro de 1930 operava uma politica monetaria ortodoxa que só aprofundava a recessão que virou Depressão. Roosevelt eleito em janeiro de 1933 precisva de uma politica expansionista do meio circulante, Meyer não aceitava, Roosevelt pediu para ele sair, Meyer renunciou em

    10 de março de 1933, cadê a independencia heim Sardenberg?   Meyer (avo de minha amiga Lally Weynouth, primeira jornalistaa americana a entrevistar Lula eleito em 2002) tinha mais de 4 anos de mandato “independente” mas o chefão o demitiu sem cerimonia, Banco Central independente, que lorata, conta outra, é independente só no papel.

    Se Roosevlt era voluntarioso seu ultimo Vice Harry Truman tambem era, teve coragem de demitir o lendario General Douglas MacArthur cara a cara durante a Guerra da Coreia por divergencias profundas de estrantegia militar na China,

    portanto Truman demitir o Chairman do Fed Thomas McCabe, milionario da Scott Paper, o “rei do papel higienico”, não seria dificil e Truman o fez, pedindo o cargo, em 31 de março de 1951, Mc Cabe tambem tinha ainda 4 anos de mandato para completar mas saiu de fininho sem bater a porta, o motivo era um conflito entre McCabe e o Secretario do Tesouro John Snyder.

    A logica dos economistas e jornalistas de mercado para o banco central independente é que a independencia é essencial para o combate a inflação. Tambem ai o exemplo do Fed não serve. Os estatutos do Fed exigem do banco duas coisas: ESTABILIDADE MONETARIA E PLENO EMPREGO, coisa que aqui o nosso Banco Central jamais cogitou.

    “”Te dou independencia mas voce tem que assegurar ESTABILIDADE MONETARIA E PLENO EMPREGO”” Esse é o preço de uma independencia teorica, os daqui querem independencia só para trazer a inflação para a meta, é muito pouco, mau negocio para o Brasil. Se Meirelles tentar isso vai enterrar o Governo Temer em cova rasa mas é so papo furado, isso não passou nem no Congresso do regime miktar e não vai passar agora, porque os Sardenbergs insistem tanto nessa fantasia?  São ideias que vão e voltam, viajam em circulos, estão sempre à mão para os bem pensantes empinarem.

  2. Liberation noticia indiciamento de Aécio

    Do Jornal francês Liberation

    Brasil: o pedido de julgamento para uma investigação de corrupção do líder da oposição

     

    O senador Aécio Neves durante uma manifestação contra Dilma Rousseff 16 de agosto de 2015, em Belo Horizonte. Foto Douglas Magno. AFP

     

    Aécio Neves é um dos instigadores do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

    O Procurador Brasileiro, segunda-feira, pediu ao Supremo Tribunal Federal para abrir uma investigação de corrupção sobre o líder da oposição e candidato na eleição presidencial de 2014, Aécio Neves.

    Um instigador dos processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. 

    “Procurador-Geral Rodrigo Janot, pediu uma investigação” sobre o senador Neves para um caso relacionado com o grande escândalo de corrupção da Petrobras, disse um porta-voz.

     

    http://www.liberation.fr/planete/2016/05/02/bresil-le-parquet-demande-une-enquete-pour-corruption-sur-le-chef-de-l-opposition_1450122

  3. Truculência da polícia de Alckmin é denunciada na CIDH

    Estudantes que fizeram ocupação em escolas públicas estaduais, em protestos contra o fechamento de escolas, sofreram violência e perseguição.

    Do Le Monde Diplomatique:

    Audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos denuncia São Paulo por violência contra estudantes secundaristas

    Confira em vídeo a audiência na integra

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=M-4kG3NAfsk%5D

    Hoje, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) recebeu a denúncia das violências cometidas por policiais durante os protestos dos estudantes secundaristas de São Paulo contra o fechamento de mais de 200 escolas que aconteceram no final do ano passado. A audiência em que ocorreu a oitiva foi realizada na sede da CIDH em Washington, Estados Unidos, e contou com a presença de representantes dos estudantes, do Comitê de Mães e Pais em Luta e da ong Artigo 19.

    Em vídeos e testemunhos presentes foram relatados casos de prisões, agressões e torturas contra estudantes menores de idade cometidas por policiais. Além da repressão ocorrida durante as manifestações, violências, intimidações, criminalização e perseguições por parte de agentes do estado permanecem ocorrendo de forma continua até hoje. 

    “Até hoje os meninos são perseguidos por policiais, sendo enquadrados várias vezes no mesmo dia. No caso do meu filho, ele já chegou a ser três vezes enquadrado no mesmo dia. Nos enquadramentos a policia tem tirado fotos, pegado o endereço e exigido que digam qual o caminho que fazem ”, narrou Tereza mãe de um dos estudantes perseguidos pelo estado.  

    Por parte do estado de São Paulo, a defesa foi feita pelo Procurador Geral do Estado, Elival da Silva Ramos, que limitou-se a refutar as acusações feitas contra os policiais e justificar o fechamento das escolas com gráficos que apontam a diminuição de alunos por sala de aula, dados já desmentidos pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

    Em sua página, a ong Artigo 19 ressalta que “o objetivo da denúncia é demonstrar que o Estado brasileiro, ao cometer violações sistemáticas contra manifestantes, tem descumprido vários acordos e compromissos internacionais. Entre eles, a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a qual o Brasil aderiu em 1992”.
    No vídeo é possível conferir, a audiência na integra

    07 de Abril de 2016

    http://www.diplomatique.org.br/multimidia.php?id=108

     

  4. DATENA É UM PUXA SACO DO GERALDO ALCKMIN !

    Durante os protestos que ocorreram hoje (03/05) feito por estudantes da Rede Estadual, na ALESP, exigindo a abertura de uma CPI para investigar o escândalo da Merenda Escolar, o apresentador Datena fez o seguinte comentário:

    “Eles vão na escola pra comer?”

    Não, Datena, na verdade o problema não é “comer” a merenda! Eles estão protestando porque hoje as pessoas estão mais esclarecidas por causa da internet e sabem que a merenda que está faltando, foi parar NOS BOLSOS DOS LADRÕES.

    Eles não estão morrendo de fome, quem está morrendo de fome são os LADRÕES que você protege e puxa o saco.

    Se não quiserem dar a merenda, não tem problema, MAS DEVOLVAM O DINHEIRO que foi destinado pra isso!

    Entendeu agora, Dapena? Se não entendeu a gente faz um desenho pra você entender, tá?

  5. Pedido de um filho sobre o ataque ao PIBID

    Pai, dá uma ajuda, se puder mandar para aqueles blogs que você sempre manda. 

     O Pibid, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, está sofrendo um grave ataque, a portaria nº 046/Capes modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica. Com esse retrocesso, os estudantes de licenciatura não só perdem a bolsa que também serve como auxilio à permanência estudantil, mas também uma base que vinha trazendo resultados inestimáveis à sua formação que contribui significativamente para uma mudança na educação que se encontra cada dia mais deteriorada. O novo edital redesenha o Pibid, deixando-o com o intuito de “foco na aprendizagem e reforço escolar em língua portuguesa e matemática” somente para as escolas com IDEB menor que o estabelecido, no caso de Rio Claro nenhuma escola estaria no padrão, extinguindo o PIBID da cidade. Além de dar uma falsa impressão que o ensino em Rio Claro por exemplo, estaria muito bem, ainda coloca os estudantes que vierem a serem contemplados em outras cidades, como São Paulo, numa encruzilhada, em que chegariam como solução para os problemas das escola, o que não seria bem visto entre os professores, além disso seria como cavar a própria cova, pois caso o IDEB não aumentasse depois de certo tempo daria margem suficiente para encerrar o projeto. Toda ajuda é bem vinda para que chegue aos ouvidos do Ministro da Educação Aloizio Mercadante e o Presidente do CAPES, Fundação que financia o PIBID, Carlos Nobre. Nota de Repudio: NOTA DE REPÚDIO
      Excelentíssima Senhora Presidente da República,  
    Vimos manifestar com veemência o nosso repúdio à Portaria nº 046/2016, publicada no DOU de 15 de abril, por decisão arbitrária do Presidente da CAPES, Dr. Carlos Afonso Nobre, com vistas a alterar a estrutura do Programa Institucional de Bolsa de  Iniciação à Docência – PIBID.  
    Essa Portaria modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica, tendo amplo reconhecimento de entidades educacionais. Essa decisão desconsiderou o processo de diálogo do que foi chamado pelo MEC de “grupo de trabalho”, com a participação de parlamentares, representantes dos coordenadores institucionais do PIBID e PIBID Diversidade, entidades que representam reitores, estudantes, redes de ensino e sociedade.  Sem transparência, desrespeitando decisões tomadas em audiências públicas no Congresso Nacional e tirando proveito das circunstâncias da crise política que mobiliza o país, a CAPES atua para desestruturar um Programa legítimo, que está produzindo resultados significativos para a formação de professores e para a melhoria da qualidade da escola pública.   
    Com anuência do Ministro, Dr. Aloísio Mercadante, a postura assumida pela CAPES coloca a Agência na contramão da proposta de governo democrático, comprometido com a educação em todos os níveis. É grave o nível de desrespeito e incontornável o grau de indignação entre os educadores e educandos do PIBID e PIBID Diversidade frente a mais uma ameaça ao trabalho em andamento, orientado pelo compromisso firmado pelo governo de continuidade dos projetos aprovados nos Editais 061/2013 e 066/2013 até 2018, prorrogáveis por mais quatro anos.   
    Assim, em nome dos profissionais em educação comprometidos com o fortalecimento do PIBID e PIBID Diversidade, solicitamos a imediata revogação da Portaria da Capes nº 046/2016, pois é inaceitável que o significativo trabalho em construção pelo PIBID nas IES e escolas públicas seja desfeito.    
    FÓRUM NACIONAL DO PIBID

  6. Pedido de um filho sobre o ataque ao PIBID (cont)

    CARTA DO FORPIBID  CONTRA A OPRESSÃO E PELA CORAGEM DE FORMAR PROFESSORES    Brasília, 27 de abril de 2016.
     
    Historicamente, a formação de professores para a Educação Básica é campo de                         conflitos de interesses. Nesse âmbito, os profissionais da educação comprometidos com o                         fortalecimento do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência ­ PIBID e PIBID                             Diversidade ­ têm marcado posição em defesa do consistente trabalho realizadopelaparceria                           entre as IES e escolas públicas. Integrante desse movimento, o FORPIBID vem a público                             manifestar surpresa eindignaçãofrenteàPortarianº 046/2016daCAPES, publicadanoD.O.U                             de 15 de abril de 2016, a qual repudiamos e pedimos a imediata revogação.    A atual conjuntura políticaeeconômica, queameaçaademocracianopaís, deulugar a                               que políticas públicas da educação, criadas pelo próprio governo, sofram instabilidade e                         arbitrarismos. Com o PIBID e o PIBID Diversidade não foi diferente, as ameaças decorteede                                   modificações dos Programas se intensificaram, a despeito dos excelentes resultados                     alcançados. O revés na condução democrática do Programa foi registrado com o início da                             gestão do Presidente da CAPES, Professor Carlos Nobre. Emperfeitoalinhamento, odiscurso                           de posse do Ministro Aloísio Mercadante afirmouqueoPIBIDseriaredesenhadocom“focona                               aprendizagem e reforço escolar em língua portuguesa e matemática”.     A Portaria nº 046/2016 da CAPES vem ao encontro dessa proposta, exigindo que as                             IES assinem um termo de adesão renunciando aos Projetos Institucionais em andamento                         (editais 061e066/2013regidos pelaPortaria096/2013). Tirandoproveitodas circunstâncias da                           crise política do país, medidas decisivas são implementadas de modo apressado, sem                         participação, reestruturando radicalmente oProgramaerompendocomavigênciaprogramada                       até 2018. A medida é grave pois rompe com o princípio de continuidade do PIBID enquanto                                 política de Estado, requisito na busca de excelência de resultados na educação.     As determinações da Portaria significam retrocesso em relação ao que foi sinalizado                         pelo grupo de trabalho formado a partir da audiência pública no Senado Federal. O grupo foi                                 composto por parlamentares, representantes dos Coordenadores Institucionais do PIBID e                     PIBID Diversidade, coletivos de reitores, de estudantes e redes de ensino. Convocado pelo                           MEC, foi veemente em defender o formato do PIBID e indicar a elaboração de termo de                                 referência, instrumento que orientaria ajustes sem, no entanto, descaracterizar o modelo de                         formação do PIBID. A publicação de uma nova portaria com alteração das normas do                             Programa, surpreendeu a todos, desconsiderando as contribuições elaboradas nas reuniões                     realizadas pelo grupo com o governo.   
     
    A Portaria nº 046/2016 mudaoenfoquedoPIBID, deslocandoanaturezadoPrograma                             da formação inicial de professores para atender à demanda por reforço escolar, tida como                             solução para melhoria nos índices de aprendizagem. O documento: 1) determina o fim dos                             subprojetos organizados por cursos de licenciaturas; 2) não menciona áreas deconhecimento                         do Pibid, tais como Licenciatura em Educação Física, Artes Plásticas e Visuais, Ciências                           Agrárias, Música, Dança, Ciência da Informática/Computação, Teatro, Psicologia,                 Enfermagem, Teologia, Línguas Estrangeiras, dentreoutras; 3) éomissoquantoàformaçãode                           professores para a etapa da Educação Infantil, bem como para as modalidades da Educação                             Especial, Profissional e Educação de Jovens e Adultos, desconsiderando as determinações                       das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais                         do Magistério da Educação Básica, que abrange as diversas áreas das licenciatura; 4) altera                             as condições essenciais de formação dos bolsistas de iniciação à docência transferindo a                           função de supervisão na escola para professores que não estão em efetivo exercício em sala                               de aula e aumentando onúmerodeescolas paraosupervisor acompanhar; 5) reduz onúmero                                 de professores das universidades e das escolas que compõem as equipes, aumentando a                           proporcionalidade entre licenciandos e formadores; 6) exclui o Coordenador de Gestão                       Educacional, sujeito que articula as atividades pedagógicas realizadas nas IES e escolas                         parceiras do Programa; 7) transfere suas funções paraos CoordenadoresInstitucionais epara                           os coordenadores de áreas; 8) nãofaz mençãoaoPIBIDDiversidade, desarticulandoas ações                             de formação de professores para as comunidades indígenas, quilombolas e do campo; 9)                           ignora a organização daformaçãoinicial dos professores por meiodos cursos delicenciaturae                               demandas emergenciais de formação de para a Educação Básica; 10) define atribuições                         essenciais para o desenvolvimento do Programa para as redes de ensino, sem que haja                             segurança de que serão compreendidas e atendidas nas diferentes realidades regionais.     Desse modo, a Portaria comete o equívoco de interromper o trabalho em andamento                           nos cursos de licenciatura. Vale lembrar que, ao desenvolver as atividades pedagógicas                         planejadas por professores da universidade, professores das escolas e futuros professores o                         PIBID produz um movimento de formação inicial e continuada, portanto, contribui com a                           reflexão e alteração das práticas pedagógicas, tanto nas escolas quanto nas universidades.                         Esse processo inclui problematizar, planejar, intervir, avaliar, refletir, comunicar e reiniciar o                         ciclo de formação, que integra o diagnóstico das demandas educacionais em cada contexto                           específico e a ação pedagógica dirigida à solução de problemas na escola. Com a Portaria,                               esse ciclo é encerrado, pois o documento não trata de simples ajustes dos Projetos                             Institucionais, mas do desmonte de um desenho pedagógicodinâmico, complexoeefetivo. No                           fundo, a Portaria retoma a proposta de alterações estruturais que vinham sendo divulgadas                           como “novo edital doPIBID”, refutadapelogrupodetrabalhoporquerepresentavaacriaçãode                               outro Programa.     Com esta denúncia não pretendemos diminuir a importância de atender o interesse                         público de aprimorar a alfabetização, oletramentoepromover melhorias daaprendizagemdos                           alunos. Aliás, ao passoemqueatendeàsuafinalidadedeformar mais emelhores professores                                 para todas as áreas e níveis deensino, enfrentandotantooapagãodocentequantorompendo                               com o paradoxo que colocavaaformaçãodeprofessores eaqualidadedaeducaçãoemlados                                 opostos, o PIBID produz impactos na qualidade do ensino e da aprendizagem. Esses                           resultados são oriundos das ações em desenvolvimento nos vários subprojetos que colocam                        
     
    em prática a formação do professor pesquisador, o que contribui para enriquecer a cultura                             escolar, com destaque para a inovação pedagógica.    Reconhecemos e não nos negamos aodesafiodeampliar as parcerias comas escolas                             prioritárias e definir claramente estratégias de articulação do PIBID com os Programas                         existentes nessas escolas. É da natureza do PIBID coordenar ações e atuar em regime de                               colaboração, integrando o trabalho feito pelas IES, governo federal e redes de ensino.                           Avaliamos que a interlocução criadaentreaEducaçãoSuperior eaEducaçãoBásicapor meio                               do PIBID, vem contribuindo com o aprofundamento do conhecimento acerca das                       necessidades, problemas e potencialidades das diversas escolas, criando redes de ação,                       reflexão e transformação da realidade escolar com base no empoderamento dos professores.     Mas a ampliação do PIBID, comamelhoriadaqualidadedaformaçãoedaprática, não                                 se dará como um passe de mágica. Para fazer mais, é preciso ter mais recursos financeiros,                                 ao lado da valorização do diálogo, da ação contínua, da participação ativa dos diferentes                             atores envolvidos. O PIBID é uma política recente e, evidentemente, não se propõe a                             solucionar os históricos desafios daeducaçãobrasileira. Éumprogramafiel aos seus objetivos                             e que prepara professores diferenciados, comprometidos com a mudança da escola e                         dispostos a trabalhar para a valorização da profissão desde o início de sua formação.     Diante do exposto, somos contra a ação coercitiva da CAPES edoMECmaterializada                             pela Portaria nº 046/2016. É uma atitude inaceitável dentro de um estado democrático,                           principalmente quando avaliamos que suas determinações são impraticáveis se o horizonte é                         de mudança significativa da educação. Ao invés de uma nova Portaria e de um novo edital,                                 requeremos o amplo apoio para o fortalecimento e aampliaçãodoPrograma, comodetermina                             o PNE. Exigimos respeito ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo PIBID e PIBID                             Diversidade, com reconhecido êxito demonstrado nas avaliações internas feitas pelo próprio                       governo, nas avaliações feitas por centenas de pesquisadores dentro e fora das IES, até                             mesmo por pesquisadores internacionais.     Contra esse jugo, convocamos a todos comprometidos com o PIBID e o PIBID                           Diversidade a manifestarem­se em prol da revogação da Portaria CAPES 046/2016 e pela                           continuidade dos Projetos Institucionais em andamento. Certos do embate contra os que têm                           medo deformar professores, marcharemos firmes nadireçãodeumaeducaçãosemprivilégios                           e, efetivamente, contribuiremos para a construção coletiva de uma sociedade mais justa e                           democrática. 

  7. Pedido de um filho sobre o ataque ao PIBID

    Pai, dá uma ajuda, se puder mandar para aqueles blogs que você sempre manda. 

     O Pibid, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, está sofrendo um grave ataque, a portaria nº 046/Capes modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica. Com esse retrocesso, os estudantes de licenciatura não só perdem a bolsa que também serve como auxilio à permanência estudantil, mas também uma base que vinha trazendo resultados inestimáveis à sua formação que contribui significativamente para uma mudança na educação que se encontra cada dia mais deteriorada. O novo edital redesenha o Pibid, deixando-o com o intuito de “foco na aprendizagem e reforço escolar em língua portuguesa e matemática” somente para as escolas com IDEB menor que o estabelecido, no caso de Rio Claro nenhuma escola estaria no padrão, extinguindo o PIBID da cidade. Além de dar uma falsa impressão que o ensino em Rio Claro por exemplo, estaria muito bem, ainda coloca os estudantes que vierem a serem contemplados em outras cidades, como São Paulo, numa encruzilhada, em que chegariam como solução para os problemas das escola, o que não seria bem visto entre os professores, além disso seria como cavar a própria cova, pois caso o IDEB não aumentasse depois de certo tempo daria margem suficiente para encerrar o projeto. Toda ajuda é bem vinda para que chegue aos ouvidos do Ministro da Educação Aloizio Mercadante e o Presidente do CAPES, Fundação que financia o PIBID, Carlos Nobre. Nota de Repudio: NOTA DE REPÚDIO
      Excelentíssima Senhora Presidente da República,  
    Vimos manifestar com veemência o nosso repúdio à Portaria nº 046/2016, publicada no DOU de 15 de abril, por decisão arbitrária do Presidente da CAPES, Dr. Carlos Afonso Nobre, com vistas a alterar a estrutura do Programa Institucional de Bolsa de  Iniciação à Docência – PIBID.  
    Essa Portaria modifica o enfoque do Programa, estabelecendo regras que precarizam as ações que vem sendo realizadas com grande efetividade pelas Instituições de Ensino Superior em parceria com as Escolas de Educação Básica, tendo amplo reconhecimento de entidades educacionais. Essa decisão desconsiderou o processo de diálogo do que foi chamado pelo MEC de “grupo de trabalho”, com a participação de parlamentares, representantes dos coordenadores institucionais do PIBID e PIBID Diversidade, entidades que representam reitores, estudantes, redes de ensino e sociedade.  Sem transparência, desrespeitando decisões tomadas em audiências públicas no Congresso Nacional e tirando proveito das circunstâncias da crise política que mobiliza o país, a CAPES atua para desestruturar um Programa legítimo, que está produzindo resultados significativos para a formação de professores e para a melhoria da qualidade da escola pública.   
    Com anuência do Ministro, Dr. Aloísio Mercadante, a postura assumida pela CAPES coloca a Agência na contramão da proposta de governo democrático, comprometido com a educação em todos os níveis. É grave o nível de desrespeito e incontornável o grau de indignação entre os educadores e educandos do PIBID e PIBID Diversidade frente a mais uma ameaça ao trabalho em andamento, orientado pelo compromisso firmado pelo governo de continuidade dos projetos aprovados nos Editais 061/2013 e 066/2013 até 2018, prorrogáveis por mais quatro anos.   
    Assim, em nome dos profissionais em educação comprometidos com o fortalecimento do PIBID e PIBID Diversidade, solicitamos a imediata revogação da Portaria da Capes nº 046/2016, pois é inaceitável que o significativo trabalho em construção pelo PIBID nas IES e escolas públicas seja desfeito.    
    FÓRUM NACIONAL DO PIBID

  8. Que coisa heim gente, após

    Que coisa heim gente, após confessar que Dilma não pedalou em 2015, o procurador do MPF lotado no TCU saiu-se com a tal tese do “estelionato eleitoral”..,..hum, me lembrei da crise hidríca que se seguiu a posse de Alckmin,,me lembrei da ponte prometida e que não foi construida pelo prefeito…que tal derrubar todos esses governantes…

  9. Ruptura já. Romper e denunciar!

    Comecei a pensar e escrever este texto já em 18 de abril, um dia depois do dia infamante. Cada vez me convenço mais de suas acertivas, de que este é o caminho a ser seguido pelo PT, se quiserem restaurar o respeito às instituições brasileiras. Romper e denunciar!

     

     

     

    Prá que PT?

    E se o PT tirar o time do campo institucional e levar a torcida junto?

    Edivaldo dias de Oliveira

     

    Este texto trata, com muita radicalidade, de questões como: Ruptura institucional, Eleições Gerais, Governo Paralelo, Desobediência Civil e sugerem outras providencias.

    PRIMEIRO ATO Cena IV  – Macbeth  –  “ Estrelas, escondam o seu brilho; não permitam que a luz veja meus profundos e escuros desejos. Que o  olho se feche aos movimentos das mãos; e, no entanto, que aconteça!  Que aconteça aquilo que o olhar teme quando feito está o que está feito para ser  visto”.

    CENA V – Lady Macbeth  –  “Vem, noite espessa, e veste a mortalha dos mais pardacentos vapores do inferno, que é para minha fina e afiada faca não ver a ferida que faz, que é para o céu não poder espiar através da coberta de escuridão, a tempo de gritar “Pare, pare!”.         

     

                                 

    A meu juízo, a infâmia de 17 de abril, se confirmada pelo Poder Judiciário e Senado Federal, como tudo indica, encerra e consolida um Processo, sobre o qual o PT precisa se debruçar e decidir se aceita e se submete, ou se se rebela e tira o time de campo, adotando outras formas de luta.

    RUPTURA INSTITUCIONAL.

    A mensagem clara da Câmara Federal é:

    O PT é um partido de 2ª classe.

    Seus dirigentes e militantes são de 2ª classe.

    Seus eleitores e eleitoras são de 2ª classe.

    Os votos obtidos pelo PT são de 2ª classe e precisa da chancela, de um “De acordo” da elite brasileira para que o partido possa exercer o governo conquistado com os votos de 2ª classe.

    Sem essa aprovação da elite o partido não mais assume governo nenhum daqui por diante, sem correr o risco de ser derrubado por qualquer motivo, por mais absurdo que seja.

    E não se pense que a medida adotada contra o partido se aplica a todos os outros, pensar assim seria uma grande ingenuidade. Tais medidas se aplicam tão somente ao partido dos trabalhadores, que nã visão dos seus algozes adotou medidas que ferem de morte o estamento por eles criado e mantido até então. Isso apesar das críticas à esquerda de que os governos petistas não aprofundou o suficiente a supressão das desigualdades.

    A Câmara segregou – esse é o termo exato – o PT e seus governantes, parlamentares, dirigentes, militantes, eleitores e eleitoras. É essa segregação que o Senado e STF estão em vias de confirmar.

    O fato do presidente da Câmara ter declarado a imprensa que não reconhece o Governo de Dilma, como se um poder, independente e autônomo, dependesse do reconhecimento do outro, mostra claramente o desprezo com que o poder executivo é tratado pelo outro poder. 

    Não é improvável que daqui por diante seja delegado ao partido bantustões onde ele possa colher seus votos e exercer o mandato que tais votos lhe dão.

    É sob essa constatação que o PT precisa orientar sua militância, eleitores e eleitoras.

    Desde o assim chamado mensalão, seus mais destacados dirigentes vem sendo perseguidos de forma seletiva e constante sem que o PT se dê conta de que não se trata mais de processos judiciais, não se trata mais de apresentar documentos que comprovem a inocência ou a prática corriqueira por dirigentes de outros partidos daquilo que os dirigentes petistas vem sendo encarcerados, sem que sobre os outros recaiam a mesma sanha persecutória, muito pelo contrário.

    Ainda hoje, 23 de abril, o MPF dá mais uma demonstração inequívoca do quanto se acanalhou, ao “vazar” que Lula e sua família serão denunciadas em função do sitio de Atibaia, que a malta da PF e MPF não conseguiram provar que era dele após dois anos de intensa perseguição e investigação.

    Tudo isso nada tem a ver com justiça, com luta contra corrupção, nunca teve, em tempo algum, nunca terá.

    Quando o partido se dará conta disso?

    Até quando vai se deixar levar, como a presidente, pelo Conto da República de Cardoso?

    Quando todos os seus quadros estiverem encarcerados e o partido destruído?

    Enquanto o partido não chutar o pau da barraca e denunciar publicamente a ruptura institucional a que está sendo forçado, a ação persecutória continuará, até que não haja mais nenhum grande dirigente petista em liberdade.

    Em Minas Gerais, a perseguição ao governo eleito corre a passos largos e sua destituição após a saída da presidenta é só uma questão de tempo, de pouco tempo, diga-se.

    Portanto, a análise a ser feita agora é:

    Qual é e tem sido, ao longo da existência do partido, a importância do mesmo para a legitimação do Estado Democrático de Direito no Brasil e suas instituições, tanto públicas quanto privadas?

    Como o partido pensa que essas instituições vêem a participação do PT no processo de construção e sustentação da democracia e suas instituições republicanas?

    Quais as conseqüências para todos os entes da sociedade envolvidos se o partido resolver renunciar a disputa eleitoral, denunciando que as instituições brasileiras envolvidas no processo de construção de um estado republicano não cumprem com a máxima do sufrágio universal de cada homem/mulher um voto e partindo para dialogar diretamente com a sociedade através de outros mecanismos, renegando o sufrágio universal e conclamando seus seguidores a fazerem o mesmo, não como uma negação do sufrágio em si, mas como um meio de restaurar o respeito de todos pela vontade popular manifestada através do sufrágio ora manietado?

    É profunda a crise por que passa nosso país, no entanto, como no provérbio chinês ou no pensamento derridiano, “onde há crise há chance”. E quanto mais profunda a crise maiores  sejam as oportunidades de aprofundar as mudanças que devemos fazer para que, se não dá fim a crise, ao menos os espaços entre uma e outra se prolongue cada vez mais. Vamos encarar os fatos de frente, esse é o momento da transformação, vamos agir.

    É fato que em todo mundo os partidos denominados de esquerda vem emprestando legitimidade aos processos eleitorais, a democracia, mesmo quando saem deles derrotados.

    Como fica a legitimidade desses processos quando a esquerda ganha e não leva?

    Quem garante que a fraude perpetrada contra o PT não é apenas o balão de ensaio para que em outros países as organizações de esquerda sejam roubadas como está ocorrendo aqui?

    Que legitimidade terá os novos pleitos eleitorais sem a participação dos partidos de esquerda a chancelar a lisura dos mesmos?

    GOVERNO PARALELO.

    O partido deve instalar imediatamente após o afastamento preliminar da Presidente da República, um governo paralelo liderada pela presidente afastada e composto por dirigentes petistas e de outros partidos e movimentos populares que a ele se juntar, tendo Lula como chanceler, para denunciar ao mundo o golpe engendrado, ao mesmo tempo que a sociedade brasileira vai se organizando para lutar e resistir ao desfecho infame.

    ELEIÇÕES GERAIS.   

    Muitos são os parlamentares a defender a convocação de eleições gerais, como forma de zerar a disputa.

    Agora mesmo há no senado uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) nesse sentido.

    A meu juízo, falta aos autores uma compreensão sobre a profundidade e gravidade do ato perpetrado pela Câmara dos Deputados, pois não se trata apenas da anulação fraudulenta da eleição da presidente da república, mas do desrespeito a vontade popular sacramentada nas urnas de forma legítima, insuspeita.

    A dar continuidade a tal proposta, os autores da PEC chancela, aprova a decisão da Câmara e abre o caminho para que outras eleições sejam anuladas sob os mesmos pífios argumentos.

    Também é uma forma de certificar, chancelar, a decisão canhestra da Câmara Federal, entrar com o mesmo pedido de impedimento contra os 16 governadores que cometeram a mesma ação da presidência, pois para livrar os governadores basta que a casa legislativa nos estados, onde certamente a oposição não é maioria, analise e rejeite o pedido, para que o impedimento da presidente esteja legitimado.

    O PODER JUDICIÁRIO E MP ESTÃO ACIMA DO BEM E DO MAL?

    Por outro lado, que diabos seria essa tal de Eleições Gerais, que não inclui qualquer forma de participação popular na escolha dos membros do poder judiciário e do Ministério Público, estariam estes órgãos acima do bem e do mal?

    Não é o que demonstram, na atual crise por que passa nosso castigado país.

    De um lado temos um ativismo militante, partidário e seletivo por parte do MP, do outro um STF acovardado, atávico, que é muito bem sintetizado na canção Capim Guiné, de Raul Seixas: Tá vendo tudo/ E fica aí parado/ Com cara de veado/ Que viu caxinguelê.

    Desconheço a postura do veado diante do outro bicho, mas deve ser uma mistura de medo, espanto e paralisia, que é como está hoje o STF.

    Quem é o caxinguelê do STF, o Cunha, os Irmãos Metralhas, digo, Marinho (é que estava pensando no DARF) e sua ainda poderosa mídia, graças inclusive aos generosos gastos dos governos petistas?

    Os proponentes de tais medidas precisam urgentemente pensar em dar mais transparência a chegada dos membros desses órgãos ao poder e que se inclua na proposta de Eleições Gerais a proposta de renúncia e eleições para os ocupantes de postos do Poder Judiciário, PGR TCU e que tais. Aqui uma proposta:

    A grande desculpa para se negar ao povo o direito de escolher juízes e procuradores entre outros, é que o povo é, digamos, inculto, segundo o entendimento de cultura da elite. Pois bem, e se juízes, procuradores e outras pessoas que operam o direito fossem pré-escolhidos por conhecedores do direito, como por exemplo, todos os advogados do Brasil, fazendo-se uma lista sêxtupla em que o povo escolheria 3 dos indicados e os submeteria a presidência  e ao senado? Isso seria possível sem que uma única vírgula da lei fosse mudada.

    RENÚNCIA GERAL E EM TODOS OS NÍVEIS.

    O que o partido tem que ter a coragem de fazer, caso a presidenta seja vitimada pelo impedimento, é orientar todos os parlamentares e demais eleitos em cargos executivos a renunciar imediatamente e de forma incondicional, passando a engrossar o coro dos descontentes com os novos e sombrios rumos adotados pelos golpistas e pregar o boicote eleitoral até que um novo pacto de governança seja acordado entre todos os atores da sociedade.

    Pensei que talvez os eleitos pudessem terminar o mandato para o qual foram eleitos, após o que não mais disputariam eleições até nova orientação do partido. Mas isso também seria desrespeitoso para com a mandatária máxima da nação, que foi apinhada do poder sorrateiramente e não teve como cumprir o seu mandato.

    DESOBEDIENCIA CIVIL.

    Aprofundado na teoria e na prática por Henry Thoreau, que se recusou a pagar impostos aos EUA em protesto contra a Guerra contra o México e a escravidão, a prática da Desobediência Civil contra atos tirânicos de governos, encontra exemplos mais fecundos nas ações de Ghandi pela independência da India e Paquistão e Luther King, em luta pelos direitos dos negros.

    Essa é uma estratégia que o partido e os movimentos sociais precisam considerar com muita seriedade para opor resistência aos golpistas usurpadores.

    Num momento de comunicação virtual, onde é possível efetuar levantamento sobre a disposição da sociedade em empreender tal iniciativa, pode-se considerar a possibilidade de deixar de pagar impostos e tributos como IPTU, IPVA, licenciamento de veículos, contas de água, luz e telefone, bem como boletos, faturas e carnês, até que os golpistas devolvam o poder a quem de direito.

    É possível criar um APPlicativo para cadastrar os participantes desta ação, os gastos que cada um tem a pagar e conseqüentemente o prejuízo causado ao governo golpista.

    Ações como esta mais as mobilizações e paralisações poderão levar os golpistas a repensarem suas ações antidemocráticas.

     

     

  10. DCM
     
    As diferenças entre a

    DCM

     

    As diferenças entre a Lava Jato e a Mani Pulite, segundo um especialista italiano. Por Jura Passos

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    Postado em 04 May 2016por : Alberto Vanucci

    Alberto Vannucci, docente da Universidade de Pisa

    São muitas as semelhanças entre a operação Mãos Limpas (Mani Pulite, em italiano) contra a corrupção na Itália e a Lava Jato no Brasil.

    As diferenças, também.

    A primeira diferença está logo no princípio. A Mãos Limpas começou a partir da denúncia espontânea do dono de uma simples empresa de limpeza que delatou a um procurador de Justiça o achaque que sofria para obter os contratos de serviço com um asilo de velhinhos em Milão.

    Um asilo, não uma megaempreiteira. Faxina, e não obras de engenharia. Um pequeno empresário livre, não um peso pesado. Uma denúncia voluntária, não uma delação premiada.

    O procurador e o chefe de polícia local fotocopiaram e assinaram uma a cada dez notas que seriam entregues ao diretor do asilo Mario Chiesa, testa de ferro do Partido Socialista Italiano do então primeiro-ministro Bettino Craxi, apoiado pelo magnata das comunicações Silvio Berlusconi. Chiesa foi preso em flagrante, com o equivalente a 3,5 mil euros no bolso, em 17 de fevereiro de 1992. O resto ele conseguiu despejar na privada.

    Dois anos depois, a Mãos Limpas havia condenado 1,2 mil corruptos de todos os níveis e partidos. Os partidos políticos tradicionais italianos desapareceram.

    No Brasil, só o PT foi atingido, embora as acusações ao PMDB e ao PSDB tenham sido numerosas.

    Berlusconi fundou um partido novo só pra ele, elegeu muitos deputados no parlamento sob o lema do combate à corrupção, tornou-se primeiro ministro e passou a combater a Justiça, ao invés da corrupção.

    Chegamos ao terreno das semelhanças.

    Daniella della Porta e Alberto Vannucci são os autores de Corrupt exchanges: actors, resources, and mechanisms of political corruption, obra citada 12 vezes ao longo das cinco páginas de Considerações Sobre a Operação Mani Pulite (Mãos Limpas), artigo do juiz federal Sérgio Moro publicado em 2004 pela revista do Centro de Estudos Judiciários, da Justiça Federal.

    Nesse artigo famoso, Moro antecipou em dez anos o que faria na operação Lava a Jato, tornada Lava Jato após a queda do avião que vitimou Eduardo Campos, cujo dono não apareceu até hoje. O novo apelido popular foi incorporado até pelos homens de toga, que não se importaram com a confusão entre uma limpeza a jato e um jato sujo.

    O DCM submeteu as citações de Moro à apreciação de Alberto Vannucci, professor de Ciência Política da Universidade de Pisa, pesquisador da corrupção política na Itália e colunista do jornal italiano Il Fatto Quotidiano. O autor aprovou a escolha dos pontos ressaltados pelo juiz brasileiro. “Se fosse meu aluno, seria bem avaliado”, comentou.

    Até mesmo a conclusão do artigo do juiz endossa os conceitos de Porta e Vannucci:

    “De fato, escândalos políticos não colocam em questão apenas a legitimidade da classe política; eles também têm um impacto na legitimidade dos encarregados de investigá-los: a magistratura. Em alguns casos, de fato, a descoberta de ilegalidade disseminada provoca críticas ao sistema judiciário no sentido de que este estaria sendo inadequado para combater a corrupção”.

    Para o professor, no entanto, as críticas ao ativismo político do poder judiciário se resolvem por meio das garantias constitucionais do Estado de Direito. “A Justiça italiana é muito garantista. As decisões dos juízes estão sujeitas a uma série de controles que os protegem de qualquer acusação de partidarismo”, afirmou.

    “Tenho dúvidas de que se possa dizer o mesmo sobre a Lava Jato. Não me parece que os juízes tenham sido protegidos das suspeitas de politização. Ao contrário, as suspeitas são tão fortes que foram logo usadas para deslegitimar a operação, coisa que nos primeiros dois anos da Mãos Limpas seria impensável”.

    Se aprovou o aluno Moro, o professor não aprova a Lava Jato.

    O DCM pediu, ainda, que Vannucci comentasse as principais diferenças entre as Justiças brasileira e italiana, avaliasse a transferência de procedimentos judiciais da Itália para o Brasil e, finalmente, considerasse a possibilidade da Lava Jato brasileira ter o mesmo fim da Mãos Limpas italiana: não acabar com a corrupção e ser acabada por ela.

    Vannucci discorreu sobre as causas políticas, institucionais, culturais e intrínsecas da corrupção, que a Justiça não pode resolver:

    “A Justiça pode atacar a ponta do iceberg, mas não eliminar as causas profundas, ocultas abaixo da superfície”, disse.

    Para comprovar o que diz, ele vai direto ao exemplo de Silvio Berlusconi, que apoiou decididamente a Mani Pulite até a destruição dos partidos tradicionais italianos, para depois ser eleito primeiro-ministro e, finalmente, acabar com o combate à corrupção.

    No final, Vannucci ainda acrescenta um dos motivos que podem agravar a corrupção no Brasil: a escravização dos povos nativos e africanos durante cinco séculos.

    “A corrupção transforma os cidadãos em escravos inconscientemente, porque eles perdem o controle sobre o poder público, que se torna irresponsável”.

     

    DCM: Assim que tomou o poder, Berlusconi acabou com a Mãos Limpas e dificultou o combate à corrupção. Pode acontecer o mesmo no Brasil?

    Esse risco todos os demais promotores e juízes podem evitar com a abertura de outros inquéritos, embora até a suprema corte [brasileira] esteja com medo.

    Essa é outra diferença fundamental. Pelo menos nos dois primeiros anos da Mãos Limpas o apoio popular à operação era unânime e todos apoiavam os juízes, enquanto a Lava Jato cria cisões e a unanimidade se reduz à imprensa, dominada por poucas famílias.

    Na Itália, o sistema dos partidos desabou completamente sob os golpes da operação, os partidos da situação desapareceram e poucos da oposição sobreviveram, por conta das transformações radicais, enquanto o sistema político-partidário brasileiro resistiu à operação, o PT apoia os seus membros denunciados, a oposição se aproveita disso, portanto há muitas diferenças também significativas [a declaração foi feita na véspera da aprovação do impeachment pela Câmara dos Deputados].

    Do ponto de vista das consequências ‘políticas’, a operação foi um fracasso, não produziu a troca da classe dirigente, ao contrário, produziu uma condição negativa pela qual retornaram corruptos menores já conhecidos, ou testas de ferro dos maiores.

    Segundo alguns indicadores, isso até elevou o nível de corrupção.

    Quanto às consequências judiciais de longo prazo, a operação também falhou.

    No início, produziu uma crise dos partidos tradicionais, uma troca drástica da classe política, além de colocar o problema da corrupção no centro do debate público.

    Ela, porém, sempre retorna, demonstrando que o problema permanece.

    É difícil projetar o êxito italiano sobre a situação brasileira, que é diferente. Sem dúvida, há algumas coisas em comum.

    A primeira é que quando a corrupção chega a esse ponto ninguém fica imune. Mas, se as causas permanecem – e os inquéritos não podem remover as causas – não há uma evolução da classe dirigente.

    Ao contrário, produz uma troca como a que ocorreu na Itália, com uma classe política talvez ainda mais ávida do que a anterior. Esse é um risco, porque os processos políticos produzem uma espécie de aprendizado.

    Os administradores e políticos corruptos aprendem a se proteger das investigações.

    Aqui na Itália, foram introduzidos mecanismos mais sutis, mais sofisticados, que de fato dificultaram o combate á corrupção e aumentaram a impunidade e a rentabilidade da corrupção.

    Esse é o aspecto perverso da Mãos Limpas. Foi assim que Berlusconi, um sujeito amplamente envolvido em corrupção, dominou a cena política italiana pelos vinte anos seguintes.

    Outro ponto comum é que os processos anticorrupção atingem os políticos e partidos mas deslegitimam o sistema político.

    Por isso, ‘cavalgar o tigre’, ou seja, aproveitar os inquéritos que atingem apenas os próprios adversários, é uma estrategia que acaba por deslegitimar toda a classe política.

    Exatamente porque, como demonstrou a Mãos Limpas, quando há uma corrupção sistêmica, ninguém pode escapar.

    No final das contas o público tem essa percepção. Utilizar inquéritos contra a corrupção como instrumento de luta política é uma estratégia extremamente perigosa.

    Os processos contra a corrupção promovem uma evolução dos métodos corruptores que os tornam cada vez mais impermeáveis às investigações.

    Os conflitos de interesses com os quais Berlusconi construiu a sua carreira política – no mundo editorial, das finanças e das comunicações -, permitiram-lhe enriquecer enormemente sem sequer sujar as mãos.

    Esse conflito de interesses é uma forma de corrupção mascarada, mais avançada e sofisticada, da qual Berlusconi é um símbolo. Na Itália, isso é chamado de corrupção 2.0.

    Quais são as causas de corrupção? Bom aqui precisaríamos de mais duas horas de conversa…

    Os processos judiciais nunca poderão resolver os problemas de corrupção. É impossível resolvê-los porque, quando acontecem, só se consegue atingir a ponta do iceberg, os crimes já cometidos, mas existem causas profundas que alimentam esses circuitos criminais da corrupção sistêmica.

    Essas causas profundas não podem ser atacadas pela Justiça. Os inquéritos podem reprimir, ou seja, golpear alguns dos envolvidos com a corrupção.

    Mas é claro que, se não se atacam as causas, se não se previne a corrupção. Amanhã ou depois, os sucessores dos corruptos punidos terão os mesmos incentivos e o sistema se reproduzirá, não só para os políticos, mas para os empresários e todos os demais.

    Quais são essas causas?

    Cada país tem as suas próprias, mas algumas são comuns. A lista é interminável, mas é preciso saber, no caso brasileiro, qual dessas causas são as mais importantes.

    Posso dizer quais são esses fatores no caso italiano. Há os de caráter institucional: uma burocracia extremamente opressiva, complexa, difícil de interpretar, com uma série de regras que atrasam os serviços públicos, com mecanismos de recrutamento que não recompensam o mérito e não o adotam como meio de avaliação na administração pública.

    Ao invés disso, premiam outras características, como a filiação partidária e maçônica e o parentesco. Pouca meritocracia e pouca transparência, portanto.

    Estamos tentando introduzir um pouco de controle público sobre a administração pública, mas esse é um processo árduo.

    A administração pública ainda é opaca, difícil de avaliada pelos resultados que obtém. Sempre consideramos os procedimentos e atos formais, mas é difícil verificar o que é produzido pela burocracia.

    Isso é um fator que atrapalha controle público.

    Os mecanismos de seleção da classe política dão preferência a competências e talentos ligados à inserção nos circuitos de corrupção. São, portanto, uma forma inversa de recrutamento e seleção da classe política, da classe partidária.

    Existe uma forte dependência econômica das decisões políticas, que são decisões frequentemente arbitrárias e orientadas por interesses privados, prontos para influenciar com seu poder de compra as escolhas destinadas ao interesse geral.

    Ao invés disso, porém, são orientadas a esses interesses particulares. Um tipo de verdadeiro escambo que, às vezes, se converte em corrupção explícita.

    Há ainda um cultura excessivamente formal, pouco orientada a resultados e muito preocupada com os aspectos formais das normas, como o abuso de poder com fins privados, que são as regras a esconder. E também há uma debilidade da cultura cívica.

    A Itália foi descrita como uma empresa em que domina o “familismo oral”, ou seja, a coisa pública não nos interessa porque preferimos cuidar dos interesses particulares, da própria família, do próprio clã, do próprio partido… Nepotismo, clientelismo e todas essas patologias que se entrelaçam entre si.

    Esse é um outro fator, é uma causa importante de corrupção muito difícil de remover porque é preciso investir em educação, informação, cultura e no reforço da participação democrática. Essa é uma estratégia muito difícil de pactuar e, provavelmente, somente teria efeitos a longo prazo.

    Acrescento ainda a essas causas um fator ligado à própria corrupção: os países que possuem uma história importante de corrupção e que – como a Itália – herdaram do passado uma experiência prévia difusa desse tipo de prática ilegal, amadureceram uma série de expectativas e crenças de que a corrupção é algo natural. Todo mundo é assim e sempre foi assim.

    É como se a corrupção criasse as próprias regras de funcionamento, que todos envolvidos com ela conhecem e são levados naturalmente a reproduzi-las e respeitá-las.

    Por isso, a corrupção passada sempre se reproduz de alguma forma, e tende a reiniciar a corrupção futura. Esse mecanismo endógeno da corrupção facilita o seu desenvolvimento ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, dificulta a ação de combate e prevenção.

    É necessário extirpar essa raízes, uma operação que é naturalmente difícil, porque exigiria uma intervenção no nível institucional, mas também modificar o tecido cultural e contrariar essa expectativa de que a corrupção seja o modo normal de comportamento social.

    DCM: O Brasil possui todos esses fatores de risco e mais um: o mais longo período de escravização humana da História, que perdura até hoje.

    Estou plenamente de acordo. A corrupção política ou administrativa é um mecanismo oculto que transforma os cidadãos em escravos inconscientemente, porque eles não têm mais nenhum controle sobre o poder público, que por isso se torna irresponsável!

    A tensão da escravidão que, infelizmente, houve no Brasil, cria uma predisposição que, para ser combatida, exige uma consciência dos próprios direitos, os direitos da cidadania, e uma ação para exercer esses direitos que a corrupção tende a negar, porque alimenta a desigualdade. Esse é um dos seus aspectos mais dramáticos.

    Até o papa Bergoglio disse que a corrupção ‘deixa os ricos cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres’.

    Portanto, não empobrece todo mundo. Empobrece quem já é mais pobre. E rouba até os direitos de quem tem mais necessidade.

    Essa é a lógica da corrupção.

    (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

    Sobre o Autor

    Jura Passos é jornalista. Formou-se na Escola de Comunicações e Artes da USP e fez especialização em comunicação e políticas públicas no Hubert H. Humphrey Institute of Public Affairs da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. É um eterno aprendiz de capoeira, samba e maracatu e adora viajar de bicicleta por ai, menos em São Paulo.

     

     

  11. Atual embaixadora dos EUA é a mesma que atuou no Paraguai

    O golpe é paraguaio… e a embaixadora dos EUA é a mesma

    :

    “O controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro”; afirmação foi feita há cinco anos pela pessoa que hoje é a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, e que na época exercia o cargo de embaixadora no Paraguai (de 2008 a 2011), quando se reportou ao governo norte-americano, relatando a situação do país; ela deixou o cargo poucos meses antes do golpe que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo

    4 de Maio de 2016 às 10:39

     

     

    Por Caco Schmitt, no blog RS-Urgente – “O controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro”.

    A afirmação não é de agora e nem de quem critica o STF por não prender o Cunha, por enrolar a posse do Lula etc. Foi feita há cinco anos pela pessoa que hoje é a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. A diplomata exercia o cargo de embaixadora no Paraguai (de 2008 a 2011) quando se reportou ao governo norte-americano, relatando a situação do país. Ela deixou o cargo poucos meses antes do golpe que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, mas deixou o caminho azeitado. Aqui no Brasil, no cargo desde outubro de 2013, esta personagem é cercada de mistérios e sua vinda pra cá, logo após o golpe parlamentar paraguaio, não foi gratuita.

    Liliana Ayalde assumiu seu posto no Brasil cinco meses antes da Operação Lava Jato começar a fase quente. Chegou discretamente, sem entrevistas coletivas, em meio à crise provocada pela denúncia do Wikleaks de que os norte-americanos espionavam a presidenta Dilma, o governo brasileiro e a Petrobras. Segundo Edward Snowden, “a comunidade de espionagem dos USA e a embaixada norte-americana têm espionado o Brasil nos últimos anos como nenhum outro país na América Latina. Em 2013 o Brasil foi o país mais espionado do mundo”, afirmou o ex-funcionário da CIA e ex-contratista da NSA.

    A mídia brasileira, por óbvio, já preparando o golpe, de modo totalmente impatriótico, não divulgou para o povo brasileiro. E escondeu a grave denúncia de Snowden, que afirmou: “NSA e CIA mantiveram em Brasília equipe para coleta de dados filtrados de satélite. Brasília fez parte da rede de 16 bases dedicadas a programa de coleta de informações desde a presidente Dilma, seus funcionários, a Petrobras até os mais comuns cidadãos, foram controlados de perto pelos Estados Unidos”.

    Liliana Ayalde veio ao Brasil comandar a embaixada de um país que fortalecia o bloco chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), contrário aos interesses do grande capital norte-americano; e de um país que exerce forte influência sobre os países sul-americanos com governos populares, todos contrários aos interesses militares dos Estados Unidos na América do Sul. A vinda da embaixadora pode ser mera coincidência?

    Não. Segundo informações oficiais da própria Embaixada norte-americana, Ayalde chegou ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático. Trabalhou na Guatemala, Nicarágua, Bolívia, Colômbia e, recentemente, como subsecretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, com responsabilidade pela supervisão das relações bilaterais dos Estados Unidos com Cuba, América Central e Caribe. Anteriormente serviu como vice-administradora sênior adjunta da USAID no Bureau para América Latina e Caribe. Entre 2008 e 2011 ela serviu como embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai”. Ou seja: sabe tudo de América Latina…

    As “Pegadas” reveladas

    Na internet encontramos vários textos e análises feitas depois do golpe no Paraguai de 2012 que hoje ficam mais claros e elucidam os fatos. Vejam o que escreveu o jornalista Alery Corrêa , no Brasil em 5 Minutos: “O golpe de Estado contra Fernando Lugo, presidente paraguaio, começou a ser orquestrado em 2008, mesmo ano de sua eleição, a qual colocou fim ao reinado de 60 anos do partido Colorado, mesmo partido do antigo ditador Alfredo Stroessner… A mesma Ayalde assumiu em agosto de 2013, sem muito alarde, a embaixada brasileira. Segundo a Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, ‘a embaixadora Liliana Ayalde vem ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático’. Em um momento de intenso acirramento político e disputa de poder. O impeachment entra em pauta. A imprensa mais agressiva do que nunca. Não se tratasse de política, diríamos que foi mero acaso. Mas sabemos que não existe falta de pretensão quando se trata dos interesses norte-americanos. Na verdade, eles veem crescer a oportunidade de colocar as mãos no pré-sal brasileiro e estão conscientes da chances reais que possuem com e sem o PT em cena. E certamente, todas as possibilidades já foram avaliadas pelo imperialismo norte-americano”.

    Outro texto é da jornalista Mariana Serafini, no Portal Vermelho. “Em um despacho ao departamento de Estado do dia 25 de agosto de 2009 – um ano depois da posse de Lugo – Ayalde afirmou que ‘a interferência política é a norma; a administração da Justiça se tornou tão distorcida, que os cidadãos perderam a confiança na instituição’. Ou seja, apesar da agilidade do processo de impeachment, a embaixadora já monitorava a movimentação golpista três anos antes do julgamento político. No mesmo despacho afirmou que o ‘controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro’. ‘A presidência e vice-presidência da Corte são fundamentais para garantir o controle político, e os Colorados (partido de oposição ao Lugo que atualmente ocupa a presidência) controlam esses cargos desde 2004. Nos últimos cinco anos, também passaram a controlar a Câmara Constitucional da Corte’, relatou a embaixadora dos USA no Paraguai”.

    No Paraguai, a embaixadora não ficou indiferente ao processo de impeachment, como ela mesma disse no relatório confidencial: “Atores políticos de todos os espectros nos procuram para ouvir conselhos. E a nossa influência aqui é muito maior do que as nossas pegadas”.

    E deixaram muitas pegadas, segundo artigo de Edu Montesanti: “No Paraguai, os golpistas agiam em torno da embaixadora. Em 21 de março de 2011, a embaixadora recebeu em sua residência blogueiros paraguaios a fim de ‘conversar’ sobre paradigmas e diretrizes para aqueles setores societários que já estavam desempenhando importante papel na sociedade local. Em tese, para conhecer melhor o trabalho deles, discutir a importância dos blogs na sociedade e a importância da aproximação deles com os governos”.

    Laboratório de golpes

    Blogs, movimentos de internet, Senado, Suprema Corte… qualquer semelhança entre o golpe em curso no Brasil e o golpe paraguaio não é mera coincidência. O golpe no Paraguai é considerado um dos mais rápidos da história, consumado em 48 horas. O presidente Fernando Lugo foi derrotado no Senado por 39 votos favoráveis ao impeachment e quatro contra. Caiu em 22 de junho de 2012. Uma queda rápida, mas que teve uma longa preparação… Assim como no Brasil, cujo golpe começou a ser gestado não no dia das eleições presidenciais de outubro de 2014, quando a oposição questionou a seriedade das urnas e queria recontagem de votos, mas bem antes. Quando? Depois que o modelo paraguaio de golpe deu certo, conseguindo afastar pela via parlamentar um presidente democraticamente eleito pelo voto.

    No seu artigo de junho de 2015, o jornalista Frederico Larsen afirma: “a destituição de Lugo, em 2012, foi o melhor ensaio realizado a respeito do que se conhece como golpe brando, o golpe de luva branca. Trata-se de um método para desbaratar um governo sem a intervenção direta das Forças Armadas ou o emprego clássico da violência. Para alcançar isto, basta gerar um clima político instável, apresentar o governo em exercício como o culpado pela crise e encontrar as formas de dobrar a lei para derrubá-lo. Foi isto o que, três anos atrás, aconteceu no Paraguai”.

    E José de Souza Castro, em artigo no blog O Tempo, em 5 de fevereiro de 2015, profetizou: “Dilma pode sentir na pele o golpe paraguaio”. E destacou o papel da embaixadora Liliana: “No Paraguai, ela preparou, com grande competência, o golpe que derrubou o presidente Fernando Lugo”.

    É o que acontece agora no Brasil: um golpe parlamentar, com apoio da mídia golpista. Um golpe paraguaio.

    O Paraguai foi um dos países que mais sofreram com a ditadura militar patrocinada pelos Estados Unidos, nos 35 anos do general Alfredo Stroessner (1954 – 1989). Foi a primeira democracia latino-americana a cair. Depois caíram Brasil, Argentina Chile e Uruguai. No Paraguai foi testado o modelo do combate à guerrilha a ser usado, os métodos cruéis de tortura trazidos dos USA pelo sádico Dan Mitrioni e ali nasceu a famosa Operação Condor, um nefasto acordo operacional entre as ditaduras. A CIA transformou o Paraguai no laboratório que testou o modelo de golpe militar a ser seguido e que derrubou governos populares e assassinou milhares de pessoas. Agora, o Paraguai serviu novamente de laboratório de um novo tipo de golpe está em curso no Brasil.

    O que nos aguarda

    Se o golpe se concretizar, o Brasil “paraguaizado” terá um destino trágico. São raros os estudos sobre o que mudou no país vizinho pós-golpe parlamentar e jurídico, mas o artigo de um ano atrás de Frederico Larsen joga uma luz sobre as verdadeiras intenções do golpe: “Suas primeiras medidas se basearam em outorgar poderes especiais ao Executivo, especialmente em matéria de segurança. Deu vida à Lei de Segurança Interna, que permite ao governo, sem aprovação do Parlamento, a militarização e declaração de Estado de Sítio em regiões inteiras do país com a desculpa da luta contra a insurgência do Exército do Povo Paraguaio (EPP). Os movimentos camponeses denunciam que com esta lei, os militares efetuam despejos e violações aos direitos humanos, favorecendo ainda mais a concentração da terra. Conseguiu aprovar a lei de Aliança Público-Privada (APP), que permite a intervenção de empresas nos serviços que são providos pelo Estado, como infraestrutura, saúde e educação. Em especial, deu um estrondoso impulso à produção transgênica no setor agrícola”.

    A publicação Diálogo – revista militar digital – Forum das Américas, de 14/05/2010, manchetou a exigência da embaixadora Ayalde: “”Devem ser repudiados todos os fatos que atentem contra a vida das pessoas e contra a propriedade privada”. Portanto, os deputados golpistas representantes da oligarquia rural, senhores da terra, e da UDR que pressionam o golpista Temer para que o Exército cuide dos conflitos de terra já estão adotando o modelo paraguaio contra os movimentos sociais.

    Se o golpe paraguaio vingar no Brasil, retrocederemos em todas as áreas e, mais uma vez, gerações terão seus sonhos abortados, projetos adiados e a parcela fascista, preconceituosa e enfurecida da direita virtual sairá dos computadores e ganhará, de fato, poder nas ruas.

  12. Sou petista, sim. “Petralha”

    Sou petista, sim. “Petralha” é teu rabo golpista.

    Sou petista porque vivo em uma das sociedades mais desiguais do planeta e acredito que qualquer ser humano sensível e bem informado se identifica automaticamente com a esquerda. E, sendo de esquerda, acredito que o PT de Lula é a única força de centro-esquerda capaz de vencer eleições majoritárias. E acredito na necessidade de vencer essas eleições, pelo bem dos mais pobres, embora conheça muito melhor do que você que me odeia todos os vícios de uma democracia burguesa.

    É, estou preocupado com os mais pobres. Não tou nem aí pra tua viagem à Disney, barangão. Eu também deixei de poder importar coisas que queria com a alta do dólar, mas tenho prioridades humanas, não sou um egoísta cretino como você.

    Eu podia ser de esquerda e não ser petista. Sou petista porque o PT fez o necessário: topou o jogo da democracia burguesa num contexto onde não era possível simplesmente democratizar a mídia na base da canetada (é, democratizar, “censura” é o que mídia já sofre) nem forçar a reforma agrária ou taxar as grandes fortunas, sinais quase certos de corrupção.

    Sou petista porque acreditei em um governo de redução de danos em tempos de recrudescimento global da perversidade direitista. Sou petista porque sou adulto e sei que não era possível fazer melhor nesse contexto, por mais que eu sonhe alto.

    Se houve baixas no processo, lamento. Que paguem os culpados, mas não mais que os culpados dos outros. Que paguem os culpados, mas sem interrupção de avanços sociais.

    Você não culpa o PT pela corrupção, nem você é tão burro. Você culpa o PT pelos seus acertos, pela redução da desigualdade social. Admita.

    Sou petista porque leio, sou petista porque discuto, sou petista porque estudei história a partir de fontes sérias (limpo o traseiro com teu Leandro Narloch).

    Sou petista porque dói ver miséria.

    Sou petista porque não aceito a sua lavagem cerebral. Sou petista porque não aceito sua mídia enviesada, sua propaganda partidária sem vergonha. Não é você que tem que ficar irado porque não compro um Lula “chefe de quadrilha” nem uma Dilma “terrorista”. Sou eu é que tenho que passar a mão nessa sua cabecinha globotizada por ter acreditado nesses personagens fictícios inventados para o benefício de, esses sim, quadrilheiros e golpistas.

    Voto no Lula. Me engula.

    Sou petista porque não vou sustentar o negócio milionário do antipetismo. Não vou comprar revista de gente burra. Não vou comprar livro de historiador picareta da modinha do politicamente incorreto. Não vou comprar pixuleco nem adesivo de babaca.

    Sou petista porque não sou patinho.

    Sou petista e não estou recebendo pra isso. Dane-se o que você acha.

    Petismo é posicionamento ideológico, não é ofensa.

    Você vai ter que aguentar aquele petista chato furando a unanimidade burra da tua bolha manipulada, seu mundinho de Globo-Veja-Folha. Aquela voz racional questionando seu senso comum de babão raivoso. E quando estiver toda a turma fazendo aquela catarse de frustrações inconfessáveis usando o PT como alvo, você vai ouvir o meu contraponto azedando a sua brincadeira.

    Sou petista E classe média, e pretendo frequentar em paz o mesmo restaurante que você. Me chame de esquerda caviar, me lixo pros teus rótulos vazios. Estou “traindo” a nossa classe, se você quiser ver assim. E te aviso que a coisa não vai ficar boa se eu e minha companheira formos chamados de vagabundos, bandidos e o caralho. Se me chamar de bandido por minha ideologia, vou te fazer responder por isso. Vou te fazer passar vergonha em público. Come tua comida e me deixa em paz.

    Acostume-se. Do seu lado, no restaurante, na firma, na repartição, na praia, está um maldito petista. Um eleitor de Dilma. Um eleitor de Lula. Você vai conviver comigo sem me ofender, sem nem mesmo uma indireta, uma gracinha. Ou tenha a certeza de que o caldo vai entornar.

    Sei que você gostaria de me marcar com uma braçadeira e me enviar a um campo de concentração. Bom, não vai rolar. Estou do seu lado no ônibus. Estou na sua faculdade. Estou na sua família.

    Sou petista. Somos milhões.

    Rogério Marcus

  13. Golpe

    Prender o Lula, não! Tem que prender os Marinhos da Globo.

     

    Lula afastou 36 milhões de brasileiros da zona da miséria; tirou o Brasil do mapa da fome da ONU; saiu do seu segundo governo com mais de 80% de aprovação, talvez o único estadista que tenha conseguido esse feito. Lula também foi o governo daquilo que os economistas chamam do “pleno emprego”, talvez por isso não o querem como ministro no governo Dilma.

     Lula também afastou a ameaça de privatização da Petrobrás, retomou a indústria naval destruída por FHC. No governo Lula, a Petrobrás desenvolveu tecnologia inédita, propiciando assim a descoberta do pré-sal, que já produz, hoje, mais de um milhão de barris de petróleo, o suficiente para abastecer juntos todos os países do Mercosul. E a Petrobrás, também hoje, com os impostos que paga, financia de 60 a 80% das obras no país, responsáveis por milhões de empregos e por 13% do PIB.

    E por que prender os responsáveis pela Globo? Porque a Globo, que apoiou e cresceu na sombra da ditadura de 1964, sonegou o Imposto de Renda da transmissão da Copa do Mundo de 2002; porque  está envolvida no escândalo conhecido como o Swssleaks, junto com a Band, Folha, Grupo RBS, Jovem Pan, Editora Abril , responsável pela revista Veja, com contas no HSBC da Suíça para lavagem de dinheiro; e pasmem, em novo escândalo, a Globo tem conta no Panamá Papers também para lavagem de dinheiro; é a principal suspeita no escândalo de corrupção da Fifa, pois foi monopolista das transmissões esportivas, inclusive seu principal sócio, a TV Tem de São Paulo, é réu confesso no processo. Em total conluio, a CPI da Fifa, presidida pelo senador Romário do PSB, sequer chamou a Globo a depor.

     A Globo se aliou ao governo de FHC (1995-2003), na tentativa frustrada de privatizar a Petrobrás.  A emissora, na época, comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás. E em 2015, o Globo, mesmo com o sucesso esplendoroso do pré-sal, lança o editorial: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil”.

    Como se não bastasse, a Globo, apesar de ser uma permissão do governo federal, concessionária de serviço público, é a principal articuladora da tentativa de golpe, que rasga a Constituição Federal e tenta tirar do governo a presidente eleita pela maioria dos brasileiros e colocar o golpista Michel Temer, que não teve nenhum voto.

     Com apoio da mídia, e principalmente da Globo, os golpistas vão rever os direitos trabalhistas e previdenciários, diminuir drasticamente os programas sociais, como “Minha Casa Minha vida”, Bolsa família, Fies, Pronatec, Mais Médicos, entre outros.

     Na Petrobrás, seu presidente, Aldemir Bendine, apesar de ter sido colocado por Dilma já tentou retirar nossos direitos e impor reajuste de metade da inflação, entretanto foi barrado nas suas propostas ridículas por uma greve de 21 dias dos petroleiros.  Bendine faz coro com os tucanos que querem acabar com a Petrobrás como empresa de energia, vendendo seus ativos, reduzido-a a uma empresa somente de petróleo, além de implementar um PIDV que pretende a adesão 12 mil funcionários, colocando, à disposição dos concorrentes, essa mão de obra aprovada em concurso, disputadíssima e treinada com dinheiro público.

    Querem entregar, às multis de petróleo, o nosso pré-sal que já teve a lei de partilha modificada no Congresso, e vender ativos da Petrobrás aos concorrentes: A BR, Transpetro e seus terminais e dutos, as termoelétricas, o setor  petroquímico e de fertilizantes. Esses setores, além de estratégicos para o país, são os mais lucrativos do setor petróleo!     

    Se a Globo tem todos esses desserviços prestados ao país e deve ser criminalizada por isso, a Justiça não faz nada. Entretanto, Lula vem sendo investigado desde a sua primeira eleição em 1988, e como não conseguem atingi-lo pessoalmente, tentam através do filho, da nora do amigo, do triplex e do sitio que não são dele. Na verdade, a Globo e seus aliados querem, com a prisão, impedir o que já sinalizam todas as pesquisas, o retorno de Lula através do voto popular em 2018!   

    Rio de Janeiro, 05 de maio de 2016 

    Autor: Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300              

     

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     

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