Formação de capital fixo cai 11,2% no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,9% durante o segundo trimestre de 2014 em relação a igual período de 2013, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 0,7%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram 1,9%.Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Dentre os componentes da demanda interna, destaque para a queda de 11,2% da Formação Bruta de Capital Fixo no segundo trimestre de 2014, por conta da queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção civil neste período.

A Despesa de Consumo das Famílias apresentou crescimento de 1,2%, sendo a quadragésima terceira variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial, com um aumento, em termos reais, da massa de rendimento efetivo de todos os trabalhos de 4,3% no segundo trimestre de 2014, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE), considerando apenas as quatro regiões metropolitanas que tiveram resultados divulgados para todos os meses deste trimestre: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 1,9%, enquanto que as Importações caíram 2,4%. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram: produtos da extrativa mineral (principalmente petróleo e carvão); produtos metalúrgicos; produtos agropecuários; siderurgia e óleos vegetais. Já na pauta de importações, destaque negativo para: máquinas e tratores; indústria automotiva; equipamentos eletrônicos; material elétrico; extrativa mineral; perfumaria e farmacêuticos; artigos de borracha e artigos de vestuário.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, o destaque foi a Indústria, que apresentou redução de 3,4%. Dento de tal grupo, a Indústria de Transformação caiu em 5,5%, devido ao decréscimo da produção na indústria automotiva; de máquinas e equipamentos; móveis; máquinas e aparelhos elétricos; produtos de metal; metalurgia; produtos químicos; borracha e plástico; têxtil; e produtos de madeira e celulose.

A Construção civil também apresentou redução no volume do valor adicionado, com uma variação de -8,7%. Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, apresentou crescimento de 1%, puxado pelo consumo residencial de energia elétrica. Já a Extrativa Mineral cresceu 8,0% em relação ao segundo trimestre de 2013.

O valor adicionado de Serviços registrou variação positiva de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para os Serviços de informação (3%), que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs).

O item Intermediação financeira e seguros apresentou expansão de 2,5%, seguida por Serviços imobiliários e aluguel (1,5%), Administração, saúde e educação pública (1,3%) e Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros), com 0,9%. Já no Comércio (atacadista e varejista), por sua vez, houve queda de 2,4%.

Segundo o IBGE, houve resultado negativo também na atividade de Outros Serviços, que além dos serviços prestados às empresas, engloba serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação: -1,6%.

A Agropecuária apresentou estabilidade (0,0%) em comparação a igual período do ano anterior. Esse resultado pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre e pela produtividade, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE – julho 2014), divulgado no mês de agosto.

Entre os produtos com safra no 2º trimestre que registraram crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (6,0%), arroz (4,4%), mandioca (10,4%) e algodão (25,4%). Por outro lado, milho e café apresentaram variações negativas na estimativa de produção anual: -4,4% e -6,5%, respectivamente. Com exceção do arroz e algodão, os demais cultivos apontaram queda de produtividade. As estimativas para Pecuária e Silvicultura e Extração Vegetal também apontaram para um fraco desempenho dessas atividades no decorrer do segundo trimestre.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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