Trocando em miúdos as minhas canções
Autor: Francis Hime
Editora: Terceiro Nome
316 páginas no formato 21 x 26 cm
352 QR-Codes com exemplos sonoros das músicas analisadas, que podem ser ouvidos no celular dos leitores
ISBN: 9788578162023
Preço da primeira tiragem: R$ 99,90
Em Trocando em miúdos as minhas canções, Francis Hime descreve e comenta o seu processo de criação, examinando, numa linguagem leve e acessível, várias circunstâncias e influências presentes na elaboração de suas obras. Com este objetivo, percorre os meandros da memória, valendo-se de lembranças, especulando sobre fatos vividos e trazendo curiosidades sobre a relação com seus parceiros e companheiros de estrada.
O ano era 1959. O Brasil vivia um período de modernização com o plano econômico de JK, a arquitetura modernista transformava as grandes cidades, o país havia ganhado a Copa do Mundo pela primeira vez. Na música, novos acordes, poesia e interpretação se casavam com aquele Brasil cheio de novidades, fazendo um garoto carioca, que iria estudar engenharia na Suíça, decidir regressar ao Rio de Janeiro para tornar-se um engenheiro brasileiro. Francis, no entanto, mergulhou naquilo que realmente teria importância na sua vida, a música, na qual tornou-se uma ponte entre o popular e o erudito, autor de algumas das composições mais consagradas da MPB e parte de algumas das parcerias mais fecundas da nossa música – como são suas composições com Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Paulo César Pinheiro, Ruy Guerra, Geraldo Carneiro e Olivia Hime, apenas para citar alguns de seus quase sessenta parceiros.
Essa história é narrada pelo próprio autor em seu livro, Trocando em miúdos as minhas canções (Terceiro Nome, 316 p.), a ser lançado em outubro de 2017.
Dividido em dez capítulos dedicados aos vários campos de atuação profissional musicais e à sua formação pessoal, a obra é uma história de amor à música e aos parceiros com os quais compôs melodias como “Sem mais adeus“, “Vai passar”, “Atrás da porta”, “Trocando em miúdos”, “Minha” e “Passaredo”. “Sempre gostei de compor com vários parceiros”, afirma Francis. “Por mais que uma determinada parceria se complete de maneira bem-sucedida, é muito bom o desafio de ter um novo colaborador e o gostinho de não saber no que vai resultar.”
Francis também examina várias trilhas que escreveu para cinema, como Dona Flor e seus dois maridos, A estrela sobe e Lição de amor, ou ainda para teatro, como O rei de Ramos. A produção para música de concerto não é deixada de lado, com destaque para a Sinfonia do Rio de Janeiro e o Concerto para violão e orquestra.
Na obra, acompanhamos desde as primeiras dedilhadas de Hime no piano de casa a suas escapadas noturnas enquanto a mãe dormia, para ouvir música nos bares do Rio; suas primeiras apresentações; os “causos” privados e públicos das canções; as artimanhas para enganar a censura; as festas musicais que podiam durar mais de um dia – como na casa do poeta Vinicius de Moraes – e gerar algumas das canções.
A análise e citação de suas composições, bem como de compositores que o influenciaram, vem acompanhada de uma gravação que pode ser ouvida por meio dos 352 QR-Codes distribuídos ao longo do livro, nos quais Francis analisa o caminho que possivelmente seguiu ao compor determinada canção. “Muitas vezes – diz ele –, esses caminhos são meras suposições, embora me pareçam bastante reais. Outras tantas, podem ter realmente acontecido…
“A ideia, que foi trazida por Olivia Hime, é que os QR-Codes proporcionem ao leitor uma experiência mais profunda, unindo a leitura e a apreciação musical”, afirma Mary Lou Paris, editora da obra. De certa forma, a exemplificação sonora complementa o que é escrito no livro, tornando mais claros os comentários. “Por funcionarem como citações, os QR-Codes são identificados numericamente e é preciso ler o texto para saber do que tratam”, completa.
Cerca de 150 canções foram gravadas em estúdio no formato piano e voz pelo próprio Francis, especialmente para este livro, e outra grande parte são fonogramas que já existiam, com vários cantores amigos e colegas de Francis que fizeram questão de participar desta celebração.
Influenciado tanto pela música clássica quanto pelos ritmos populares brasileiros – samba, valsa, marcha-rancho e os gêneros que surgiram da antropofagia de estilos –, Hime dá nova vida a canções que podem ter ficado perdidas no tempo e sintetiza, a partir de sua trajetória, um dos períodos mais ricos de nossa música brasileira.
Trocando em miúdos as minhas canções é uma realização do Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e contou com patrocínio da Casa Pio, da Engeform, da Icatu Seguros, e da Odila Arantes Arquitetura.
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Francis Hime, grande compositor e parceiro
As parcerias entre Francis e Chico Buarque estão entre o que há de mais criativo e sifisticado na música popular brasileira. Seja no arranjo como na música. Está lá, em As vitrines, Pivete, Vai Passar e Amor Barato, etc. Custa entender a curta duração de uma parceria tão profícua (será que o livro explica?) que terminou ao cabo de 10 anos, ainda nos nos anos 80.
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