Funcionário do Carf ligado ao PP é pego na Operação Zelotes

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da CartaCapital

Zelotes: PP e TIM estão entre os investigados, diz jornal

Com mais de 30 filiados investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, o PP se tornou a maior vítima da Operação Lava Jato. Agora, o nome do partido surge também na Operação Zelotes, que apura a existência de um esquema responsável por causar o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos.

De acordo com o O Estado de S.Paulo, o PP, que não se pronunciou, está na lista de 73 pessoas físicas e jurídicas investigadas, por conta de um débito de 10,7 milhões de reais com a Receita Federal. Partidos políticos não pagam impostos, mas como diretórios do PP tiveram contas rejeitadas pela Justiça Federal, a sigla se tornou devedora. Entre os investigados, diz o Estadão, está o pai do líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), Francisco Maurício Rebelo de Albuquerque Silva.

Albuquerque Silva é conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O Carf é órgão do Ministério da Fazenda no qual os contribuintes podem contestar administrativamente – sem passar pela Justiça – certas tributações aplicadas pela Receita Federal.

A força-tarefa que montou a Operação Zelotes descobriu a existência de empresas de consultoria a vender serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais no Carf. Tais consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do Carf. Elas conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas.

Até aqui, já foi confirmado um prejuízo de 6 bilhões de reais pela investigação da Zelotes, que pode chegar a 19 bilhões, valor maior que o investigado inicialmente na Operação Lava Jato.

TIM investigada na Zelotes

Também de acordo com o Estadão, a companhia telefônica TIM está na lista de investigadas pela força-tarefa que cuida da Zelotes. A empresa de telefonia negou qualquer irregularidade e disse que lida apenas com escritórios de advocacia idôneos para tratar de débitos tarifários.

A TIM é a mais recente gigante a ser citada como envolvida no caso. De acordo com a Folha de S.Paulo, as empresas contras as quais há mais indícios são os grupos Gerdau e RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul. Há também indícios, afirmou a Folha, contra os bancos Santander e Safra; as montadoras Ford e Mitsubishi; e as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle. O banco Bradesco também é citado, mas os investigadores não teriam provas contra a instituição.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. ”’
    Funcionário do Carf

    ”’

    Funcionário do Carf ligado ao PP é pego na Operação Zelotes

    E como chega a ser do ”S T F ” do Carf?

       Por concurso que não é.

       Preciso continuar?

       Voltemos:

        São todas indicações políticas.

       E por que partido A ou Z indicou, é culpado?

           Claro que não.

             O que precisa ser mudada é a regra de admissão lá no primeiro estágio.Depois fazer novo pente fino pra ver se promove o cara.

              E o governo, TODOS OS GOVERNOS, está preocupado com isso? Não está.

                      Mas deveria.

                      Porque quando a bomba estoura , é o governo de plantão que é culpado.

                             Muitas x não é. E nem acredito que agora seja.

                                  Mas explica isso pra galera.

                                   Mais um desgaste pro governo Dilma.Que a meu ver não deveria ter nada com isso.

                                    Ou teria por que não se interessou pelo assunto e foi negligente?

                                      Alguém precisa explicar pra presidente Dilma que governar não é fácil,não.

                                      E que é preciso cortar o topete e calçar as sandálias da humildade.

                                  Como essa palavra a presidente Dilma desconhece. Explico com o dicionário:

                                       

    Sete VirtudesCastidadeGenerosidadeTemperançaDiligênciaPaciênciaCaridadeHumildadeVirtudes CardinaisTemperançaJustiçaFortalezaPrudênciaVirtudes TeologaisEsperançaCaridadeRelacionadosSete pecados capitaisPecado original

     

  2. Esse  PP-Pagou, Pagou Passou,

    Esse  PP-Pagou, Pagou Passou, digo, Partido Progressista, é um danado mesmo: está em todas. Já tem até uma equipe especializada da PF só nele.

    É a PF do PP. 

     

  3. ESTE TRIBUNAL DEVE SER EXTINTO.

    Este tribunal e outros semelhantes devem ser extintos. Os débitos deveriam, depois de confirmados pelo Delegado da Receita Federal, ir, diretamente, para a Procuradoria-geral da Fazenda Nacional para serem executados e, aí, o Judiciário julgaria se é legal ou ilegal o lançamento tributário, sem que os processos ficassem parados 10 anos nos supracitados “tribunais administrativos” para beneficiar os sonegadores.

  4. O Senador Randolfo está

    O Senador Randolfo está empenhadíssimo em chegar aos sonegadores dessa operação em andamento. Resta saber se ele terá sucesso, afinal de CPI a gente entende um bocado.

  5. composição do CARF

    O CARF é composto por conselheiros, metade são servidores públicos (auditores-fiscais) indicados pelo Ministèrio da Fazenda e a outra metade são pessoas indicadas pelos contribuintes. O sr. Albuquerque Silva é um dos indicados pelos contribuintes. Na home-page do CARF tem um “Quem é quem” com as informações.

    Uma curiosidade interessante é que os servidores públicos recebem sua remuneração normal prevista em lei mas os indicados dos contribuintes não recebem (do Erário) absolutamente nada. Trabalham por amor à justiça, tão-somente.

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