Jornal GGN – Entre 2013 e 2016, a observação social dos gastos públicos evitou o desperdício de mais de R$ 1,5 bilhão dos cofres de 50 municípios brasileiros. Os dados são do OSB (Observatório Social do Brasil), uma iniciativa em rede que conta com três mil voluntários para monitorar o uso do dinheiro do contribuinte nas compras públicas.
São estudantes, aposentados, empresários e profissionais de diversos setores que estão criando uma nova cultura anticorrupção no país. A organização funciona desde 2008 e tem o objetivo de promover a cidadania fiscal e trabalhar pela transparência na gestão dos recursos públicos. Atualmente, 110 cidades são monitoradas pela iniciativa. O objetivo é chegar a cobrir todos os 5.570 municípios brasileiros.
Os voluntários do Observatório acompanham licitações e pregões, eletrônicos e presenciais, de compras de órgãos públicos municipais. Enquanto isso, outra parte do grupo se mobiliza para acompanhar o recebimento dos produtos e serviços comprados pelas prefeituras.
“Nossa missão é gerar maior consciência em cada brasileiro, mostrando que para ter retorno do dinheiro pago em tributos é necessário que aprenda a monitorar as contas públicas de sua própria cidade. É desta forma que estamos colaborando para gerar maior eficiência e transparência aos cofres das prefeituras municipais”, explicou o presidente do Observatório Social do Brasil, Ney da Nóbrega Ribas.
“Há mais de R$ 34 bilhões de reais disponíveis para compras públicas municipais, esperando uma concorrência empresarial íntegra. Esse valor refere-se, apenas, a 105 cidades brasileiras”, disse Solimar Haiduck, empresário que presta serviços para a prefeitura de Porto União-SC.
O Observatório tem apoio de pelo menos 50 organismos governamentais de fiscalização, entidades empresariais, entidades profissionais, organizações não governamentais e universidades, que atuam como apoiadores e mantenedores da rede.
De acordo com a diretora executiva do OSB com sede em Curitiba, Roni Enara, os bvrasileiros entenderam que é preciso trabalhar pela prevenção, já que é muito difícil recuperar o dinheiro que foi desviado ou mal aplicado.
“Em boa parte dos municípios em que temos observadores sociais constatou-se que muitos dos gastos indevidos ou desviados nas prefeituras, estavam atrelados aos processos de licitação. As incoerências são diversas: direcionamento, ‘vícios’, má formulação dos editais, sobrepreço ou simples ‘erros de digitação’”, detalhou.
O OSB é financiado com recursos dos próprios colaboradores e por organizações empresariais e profissionais. A organização presta consultorias e gera estatísticas públicas sobre eficência, transparência e controle de gastos públicos. Também oferece cursos presenciais e à distância sobre educação fiscal e cidadania.
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Ahhhhh….agora sim…
Vamos de auto-defesa, como sugerem as milícias aqui do Rio ou do México? Na ausência de instituições, partimos para o “mãos-a-obra-voluntárias”.
Uai, e como são definidos os alvos da fiscalização? Ahhhhhh, tudo um esforço anti-partidário e apolítico…Sei…sei, sei…
Bilhões esperando uma licitação “íntegra”…Meu zeus, será que alguém escreveu mesmo isso?
Quando é que no sistema capitalista alguma coporação renunciará a possibilidade de burlar a concorrência?
Os bocós imaginam que combatem um comportamento amoral e excepcional de maus empresários…Santa ingenuidade, Batman? Ou má fé mesmo de querer nos empulhar esse negócio de observatório? Acho que não saberemos.
Foi a mesma história com o MP, e agora com essa falange de cruzados-voluntários. Mas quem observa os observadores?
Aposto dez contra um que eles têm o juiz-imperador de Curitiba como herói e padrão.