Governo Alckmin rompe contrato com consórcio responsável por obra do Metrô

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Da Agência Brasil

O Metrô de São Paulo entrou ontem (29) com um processo para rescindir unilateralmente os contratos de obras para construção das estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia, que fazem parte da segunda fase da Linha 4. Somadas, as multas previstas nos contratos podem chegar a R$ 23 milhões.

De acordo com nota enviada pelo governo estadual, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, o consórcio Isolux Corsan-Corviam foi notificado por não cumprir os contratos assinados em 2012 nos prazos estabelecidos, desistência da execução contratual (abandono da obra), não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente, ausência de pagamento das subcontratadas e violação de várias cláusulas contratuais.

Segundo a nota, a empresa diminuiu o ritmo das obras desde o fim do ano passado, ocasionando o não cumprimento dos prazos. “O Metrô notificou a empresa várias vezes e acionou o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) – órgão internacional financiador do projeto –, de modo que uma vistoria fosse feita.”

Em março, após visita de missão do banco, governo e empresa assinaram um acordo com a previsão de que os serviços do lote 1, incluindo as estações Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, pátio e terminal de ônibus de Vila Sônia, deveriam ser retomados até o fim de abril, com 12 meses para conclusão. O contrato para a execução do lote 2, das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, seria rescindido.

O governo informou ainda que os operários da Corsan-Corviam retornaram aos canteiros de obras em abril, mas não avançaram no serviço por causa da falta de materiais e equipamentos. Com isso, as cláusulas contratuais foram violadas.

De acordo com o Metrô, os fatos culminaram na abertura de processo administrativo de rescisão unilateral, suspensão temporária do consórcio em participar de novas licitações e impedimento de contratação com a Companhia. A decisão, tomada em consenso com o Bird, permite a abertura de novos processos licitatórios para contratação das obras.

Também por meio de nota, o consórcio Isolux Corsan-Corviam informou que há cerca de 15 dias encaminhou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se impossível.

“Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada”, acrescentou o consórcio.

A empresa esclareceu que já apresentou ao Metrô um plano de desmobilização das obras, lamentou o desfecho, mas está convencida de que a decisão tomada era a única possível.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Existe alguma possibilidade

    Existe alguma possibilidade de, rompido o contrato o governo de São Paulo tenha que pagar a multa e, dita multa seja rachada entre o consórcio e o caixa do dr. Geraldo? É factível? Alguém especializado, por favor, me responda!

  2. (Redator!)

    (Ta confusamente escrito, a chamada diz que foi o governo de SP quem rescindiu o contrato e o texto diz que foi a empresa.  QUEM FOI?)

  3. (
    “Também por meio de nota, o

    (

    “Também por meio de nota, o consórcio Isolux Corsan-Corviam informou que há cerca de 15 dias encaminhou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos”:

    E essa sentenca eh a unica que menciona os ilustres do consorcio de nome esquizito, aditivos, e projetos executivos.  Nao da pra saber o assunto!  Ta parecendo press-release de insiders, cheio de jargao, so nao da pra dizer quem o escreveu, governo ou empresa;  o ultimo paragrafo nao ajuda:  a empresa esta se gabando de nao ter tido multa e na mesma sentenca esta convencida que “o governo” esta certo?????????????  Porque sera?!?!?!  Ta com uma cara tremenda que a jecaiada entrou pelo cano de novo.)

  4. Terá sido por falta de

    Terá sido por falta de “doação”? Como tudo que essa oposição acusa nos outros é o que ela própria faz, não é ocioso perguntar.

  5. Um bom assunto para os

    Um bom assunto para os intrépidos jornalistas inbestigativos da veja, folha, globo, estadão… Será que irão a fundo nisso? Ahah

  6. Estação do Metrô: o inacreditável governador tucano.

    A Estação Oscar Freire do Metrô, esquina com a Rua das Roupas de Luxo de São Paulo com a Avenida Rebouças está em obras há 15 anos. Em 2000 precisamente, o governador do estado era Geraldo Alckmin. Em 2006, era também ele. Em 2011, Alckmin também era governador, assim como hoje, 2015. Só agora o palerma descobriu que as obras estão muito lentas? Ou é o gambito da dama? Rompe o contrato e a estação não ficará pronta nunca? Em fevereiro do ano passado, parei em frente à Estação Oscar Freire e vi que tinham retomado as obras. Mas eu tinha certeza de que seria impossível inaugurar aqela estação antes das eleições. Em fevereiro deste ano, passei novamente na porta, parei, tirei umas fotos e continuei meu caminho (sempre passo por lá na minha visita anual ao oftalmologista). Sabia que não ficaria pronta neste ano de 2015. Nem o Oráculo de Delfos sabe quando ficará.

  7. Carta marcada…

    Aquela galera do ” churrascão da gente diferenciada”  ainda  acreditava que a  casagrande de higienópolis  iria  permitir membros da senzala  circulando pela área??

    Sabem de nada inocentes !!   Esta estação aí vai ficar pronta  só em 2100 !!!

     

  8. Comentário.

    A Operação Vaza a Jato tá demorando pra chegar em São Paulo. Demorou o suficiente pra o Alckmin “romper contrato” (sic).

    E eu, pensando que a Vaza a Jato viria pela Via Amarela.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador