Governo Central registra déficit de R$ 7,4 bilhões em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Governo Central – que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – apresentou déficit primário de R$ 7,4 bilhões em fevereiro, segundo levantamento elaborado pelo Tesouro Nacional. O resultado representa o maior resultado negativo para o mês desde o início da série histórica (1997). Em fevereiro de 2014, o déficit havia ficado em R$ 3,4 bilhões.

Ao longo do período, o Tesouro Nacional registrou déficit de R$ 1,5 bilhão; a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit de R$ 5,9 bilhões; e o Banco Central superávit de R$ 22,2 milhões. O déficit foi amenizado pelo fato de, no mês anterior, ter sido registrado superávit de R$ 10,6 bilhões. Com isso, o resultado primário nos dois primeiros meses de 2015 ficou em R$ 3,2 bilhões. No ano passado, houve superávit de R$ 10,8 bilhões no mesmo período.

As receitas do Governo Central diminuíram R$ 33,6 bilhões (26,8%), passando de R$ 125,4 bilhões em janeiro de 2015 para R$ 91,8 bilhões em fevereiro de 2015 em função, principalmente, do recebimento sazonal em janeiro da 1ª ou única cota do IRPJ e da CSLL referente ao resultado do último trimestre de 2014 e da antecipação de recolhimento, em janeiro de 2015, do ajuste anual desses tributos referente ao lucro obtido no ano anterior.

As transferências da União aos Estados e Municípios apresentaram decréscimo de R$ 1,1 bilhão (4,7%). Este resultado decorre principalmente da diminuição das transferências associadas ao Fundeb, passando de R$ 2,9 bilhões em janeiro para R$ 773,1 milhões em fevereiro de 2015, parcialmente compensado pelo aumento de R$ 1,6 bilhão (129,6%) nas transferências de royalties.

As despesas do Governo Central apresentaram decréscimo de R$ 14,7 bilhões (26,5%) no comparativo entre janeiro e fevereiro de 2015. De acordo com os dados divulgados, o resultado reflete o decréscimo de R$ 16,1 bilhões (26,5%) nas despesas do Tesouro Nacional e o aumento de R$ 1,3 bilhão (4,1%) nas despesas da Previdência Social.

Na comparação com valores de fevereiro de 2014, o resultado primário do Governo Central decresceu R$ 4,2 bilhões, passando de um déficit de R$ 3,1 bilhões em 2014 para R$ 7,4 bilhões em 2015. As receitas apresentaram aumento de R$ 4,8 bilhões (5,5%) e as despesas cresceram R$ 9,3 bilhões (13,7%) quando comparadas a fevereiro do ano anterior.

Comparativamente ao acumulado até fevereiro de 2014, houve decréscimo de R$ 6,8 bilhões (68,8%) no resultado primário do Governo Central, passando de um de superávit de R$ 9,9 bilhões em 2014 para R$ 3,1 bilhões em 2015. As receitas do Governo Central apresentaram aumento de R$ 5,1 bilhões (2,4%) em relação ao acumulado até fevereiro de 2014. Desse montante destaca-se o crescimento de R$ 4,6 bilhões (6,0%) em receitas de impostos e de R$ 2,7 bilhões (4,3%) em receitas de contribuições parcialmente compensado pela redução de R$ 3,4 bilhões (15,3%) nas demais receitas.

As despesas do Governo Central cresceram R$ 11,8 bilhões (7,5%),  destacando-se os incrementos de R$ 7,4 bilhões (13%) nas despesas da Previdência Social e de R$ 2,6 bilhões (4,0%) nas despesas de Custeio e Capital.

Segundo informações da Agência Brasil, o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, disse que o governo federal já esperava o déficit primário registrado em fevereiro, uma vez que se trata de mês “mais fraco no que se refere a receitas”. Apesar de as despesas do Governo Central terem crescido, ele acredita que, a partir do final de abril, os gastos apresentarão ritmo menor.  O secretário ressaltou que o compromisso do governo é com o pagamento das despesas. “Não há nada fora do nosso controle”, completou.

De acordo com o Tesouro, esse resultado se deve principalmente a uma redução de 4,1% da receita líquida, já que as despesas se mantiveram, em termos reais, no mesmo patamar das de 2014. A receita total teve decréscimo de 4,6% em 2015, na comparação com o mesmo período de 2014. Desconsiderando a arrecadação extraordinária de R$ 4,6 bilhões, registrada em fevereiro deste ano, a variação real seria uma redução de 6,6%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. A saída é um ajuste mais forte

    Se a esquerda for contra o ajuste a tendencia é jogar o país num buraco sem procedente. 

     

    A saída da crise é colocar as contas o mais breve o possivel. Essa será a melhor forma de sair da crise caso contrario a crise irá piorar e programas sociais em perigo.

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