Governo de MG deve desalojar 8 mil famílias de três comunidades em BH

Enviado por Leo V

Que Pinheirinho não se repita e em escala ainda maior. Urgente, em BH!

Do Brasil de Fato

Polícia planeja desalojar 8 mil famílias

Reprodução

Fechado à negociação, governo estadual anuncia expulsar três comunidades em Belo Horizonte

Rafaella Dotta 

Mais de 8 mil famílias serão expulsas de suas casas, sem alternativa de moradia. O governo de Minas declarou, na quarta-feira (6), o planejamento de uma “megaoperação” de despejo que vai desalojar as famílias de três comunidades de BH da região do Isidoro. Juristas afirmam que processo não terminou e expulsão é considerada irregular.

As comunidades atingidas pelo despejo serão Vitória, Rosa Leão e Esperança, originadas espontaneamente e, hoje, organizadas como ocupações urbanas. Os moradores tentaram acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte e governo de Minas Gerais desde outubro de 2013 até 24 de julho deste ano, quando o governo mineiro abandonou a negociação.

Em seu blog, Frei Gilvander Moreira, apoiador das ocupações, lançou um texto em que lista 15 motivos para autoridades darem atenção ao que pode ser “uma tragédia de proporções inimagináveis”. Segundo ele, “o povo não vai admitir que suas casas sejam demolidas”, pois as construíram com empréstimos e salários mínimos. O medo de uma ofensiva policial violenta é grande.

PM prepara expulsão

Na quarta (6) e quinta-feira (7), os moradores se reuniram com o governo estadual e Polícia Militar. De acordo com Rafael Reis Bittencourt, integrante das Brigadas Populares, as reuniões serviram como “informe” do despejo e não como procedimento de conciliação. “A gente acredita que essa atitude é muito precipitada, ainda mais sem esgotar as vias pacíficas”, afirmou. 

Ele ressalta que o Ministério Público entrou com Ação Civil Pública, demonstrando equívocos jurídicos do despejo, dentre eles a ausência de uma alternativa de moradia às famílias. Na última semana, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais apresentou uma proposta de mediação do conflito, também não levada em consideração pelo governo de Minas Gerais.

Sem direito a defesa jurídica, os moradores realizaram assembleias para decidir o que fazer e escolheram, por unanimidade, permanecer em suas casas. Em tom de alerta, defensores dos direitos humanos afirmam que “esse pode ser um dos maiores massacres do Brasil”.

Redação

14 Comentários

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  1. Como eu estava dizendo:  se

    Como eu estava dizendo:  se eh “medida eleitoreira”, porque a direita brasileira nao construiu 3 milhoes e meio de casas?

    Resposta:  porque nunca teve intencao de ajudar nem a sociedade brasileira nem o Brasil.

  2. Pinheirinho está fazendo

    Pinheirinho está fazendo escola.

    Não é possível que organizações sociais

    mineiras possam deixar que esse massacre

    venha acontecer novamente. Será um crime

    anunciado contra a humanidade. O Tribunal de

    Justiça de Minas Gerais tem que colocar um freio

    nessa situação.

    1. Pinheirinho foi uma

      Pinheirinho foi uma negociata. O local estava ocupado a décadas.

      Vc viu as “casas” deste local?

       

      Vc não sabe nada sobre este caso para poder fazer esta afirmação.

      Sensacionalismo barato!

    1. 300 reais é praticamente o

      300 reais é praticamente o salário liquido de muitos que estão ali.

      Um mundo em que a terra abandonada tem dono e impede o dieito de outros viverem é um mundo d evalores muito distorcidos.

      Outra coisa: pobre nunca tem direito de propriedade. Vide Copa do Mundo. Quando é do interesse do Capital, são expulsos de suas casas. O direito de propriedade é sempre uma falácia para tirar pessoas indesejadas do caminho. Se direito de propriedade valesse para o pobre não teriam ocorrido milhares de despejos para realização da Copa da FIFA.

      1. Tirante o comentário sobre a

        Tirante o comentário sobre a Copa, que trouxe benefícios ao país, concordo plenamente.

        Com esses despejos, os “donos de terrenos” querem transformar o Brasil numa Palestina.

      2. Propriedade, Terra útil,

        Propriedade, Terra útil, inútil, utilizada, inutilizada, isso tudo é OUTRA discussão.

         

        Não misture os assuntos.

         

        O programa MCMV veio para SUBSTITUIR as FAVELAS com preços ACESSÍVEIS aos FAVELADOS.

        300 foi um valor aleatório citado por mim. Pode ser bem menos mas… mesmo que fosse 300…

        O fato é que uma família deve ter pelo menos 2 pessoas trabalhando.

        Quanto é o salário mínimo mesmo?

        Como está o nivel de emprego no Brasil? Está fácil ou difícil arrumar emprego?

        Vai reclamar mesmo neste momento em que o salário mínimo é de  US$300(deveria ser mais…), Situação de pleno emprego, e com programa governamental que trata justamente deste problema.

         

        É o momento errado na história do Brasil para defender FAVELA e INVASÕES. Simples assim.

        O Braisl mudou e vcs perderam o bonde. Meu amigo, troca o disco tá.

        1. NADA do que ele fala faz

          NADA do que ele fala faz sentido.  Tente conequitar os inconequitados nessa macarronada, por exemplo, Athos:

          Salario minimo, copa do mundo, Capital, Fifa.

          TODOS os itens que ele comenta sao a mesma macarronada.

    2. Errado, para os miseráveis o

      Errado, para os miseráveis o governo paga até noventa e cinco por cento do valor total da moradia.  Tem gente pagando vinte e cinco reais por mês para ter a casa própria.

  3. Polícia reforça efetivo para

    Polícia reforça efetivo para ação de despejo no Isidoro

    Letícia Alves – Hoje em Diahttp://www.hojeemdia.com.br/horizontes/policia-reforca-efetivo-para-ac-o-de-despejo-no-isidoro-1.260737   

    Samuel Costa/Hoje em DiaPolícia reforça efetivo para ação de despejo no IsidoroPoliciais do interior assistem a treinamento no estádio Independência, no Horto, em Belo Horizonte

    Na iminência de serem expulsos de uma área pública na região Norte de Belo Horizonte, moradores de ocupações urbanas tentam suspender a ordem de despejo. Uma das estratégias já colocada em prática foi o pedido de intervenção do Ministério Público Estadual (MPE) para afastar do caso a juíza responsável pela decisão.

    A Polícia Militar intensifica a preparação para cumprir a determinação de tirar 2.507 famílias de uma área conhecida como Isidoro. O terreno, da prefeitura, é destinado à construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, e foi invadido há um ano e três meses.

    Nessa segunda-feira (11), mais 400 policiais militares do interior do Estado chegaram à capital e receberam treinamento especial no estádio Independência. Eles se juntam a outros 1.500 militares já designados para o cumprimento da ordem de despejo. Uma fonte da PM informou que a ação deveria ocorrer ainda na madrugada desta terça-feira.

    Acusação

    O MPE solicitou ao Tribunal de Justiça a retirada da magistrada responsável pela liminar de reintegração de posse do terreno, sob a alegação de que ela atribuiu aos invasores a pecha de “bandidos”.

    O pedido de afastamento será analisado pela desembargadora Selma Maria Marques de Souza, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. De acordo com o processo do MPE, a ordem de reintegração de posse é falha, pois não aponta uma solução a ser adotada entre as partes.

    Diálogo

    Nessa segunda-feira (11) à tarde, o MPE se reuniu com representantes da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para levantar propostas das lideranças das ocupações. Elas querem a suspensão da ordem de despejo até que haja uma solução. Entre as propostas apresentadas está a inclusão das famílias no programa Minha Casa, Minha Vida, mesmo que seja em outro terreno.

    Uma alternativa, sugerem os líderes dos ocupantes, é reduzir a área invadida, garantindo a permanência apenas de quem tenha renda de zero a três salários mínimos. Segundo uma das coordenadoras do movimento, Edna Gonçalves Lopes, poderia, ainda, ser feito um cadastro socioeconômico – uma alusão clara aos oportunistas que buscam um pedaço de terra.

    As propostas serão entregues ao governo do Estado e à prefeitura. O governo federal também promete auxiliar, mas, em um primeiro momento, pede que o prazo de reintegração de posse seja estendido. “Não há para onde essas famílias irem. O município passou alguns galpões, mas não são adequados. A situação é grave e urgente”, diz o ouvidor nacional Bruno Renato Teixeira.

    Tensão

    Na ocupação Rosa Leão, o clima ficou tenso nessa segunda-feira, quando acreditava-se que ordem de despejo seria cumprida. Os cinco acessos foram fechados com barricadas. Pneus, telhas, sacos de terra e até pedras impediam a entrada de veículos. A informação é a de que ninguém deveria sair de casa para ir trabalhar. “Nós vamos resistir. Nossa arma é o número elevado de pessoas e a força da nossa voz”, disse uma das líderes, Charlene Cristine Egídio.

  4. Ainda tem a ocupação Willian

    Ainda tem a ocupação Willian Rosa em terreno do CEASA BH. A questão é, por que deixa-se ocupar se depois dará um trabalho – e custo – dobrado? Em tempo, não sai na imprensa, mas como conheço pessoas que trabalham no CEASA, sei de relatos, não poucos, de aumento de roubos, assaltos, prostituiçã, tráfico, etc. no entorno. Fazer o que? 

  5. No “Estado de Minas” de hoje,

    No “Estado de Minas” de hoje, no caderno Gerais, que trata das questões locais, a primeira página fala do aumento de roubos na região do bairro Buritis e da falta de policiamento na área. Na segunda página, relata-se a preparação da PM para desalojar as famílias que estão na região de Isidoro. Dizem que mais de 400 soldados foram convocados para isso. A foto do “Hoje em Dia” retrata mais claramente este tipo de constraste. Muito interessante. Mas a discussão que interessa é a seguinte: caso as famílias resistam à invasão feita pela PM, e surjam efeitos colaterais dessa resistência, como a candidatura Aécio irá explicar essa situação? O horário eleitoral se inicia na próxima semana.

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