Helena Sthephanowitz revela jantar de Cármen Lúcia com FHC e questiona isenção do STF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – Helena Sthephanowitz divulgou artigo na Rede Brasil Atual, nesta terça (2), revelando um “jantar secreto” entre Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, e Fernando Henrique Cardoso, um dos tucanos de “alta plumagem” que foram atingido pela Lava Jato, e questionou a isenção do tribunal, além do desequilíbrio no tratamento dado aos adversários do PSDB no âmbito da operação.
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Para Helena, os tucanos desfilam com a certeza de que não serão condenados. “Os tucanos são imunes à Justiça. Apesar das inúmeras denúncias, não há nenhuma iniciativa do Judiciário contra os figurões do PSDB”, comentou.
 
“Nada indica que, nos casos de FHC, Serra, Aécio e outros tucanos de alta plumagem, será adotado o mesmo procedimento que adversários políticos de Moro e do PSDB receberam e continuam recebendo”, acrescentou.
 
“É preciso lembrar à ministra Carmem Lúcia, parodiando um antigo dito popular, ‘o cala-boca ainda não morreu’. Os brasileiros vão continuar questionando os tribunais, perguntando e insistindo: quando veremos um tucano na cadeia?”, finalizou.
 
Por Helena Sthephanowitz
 
Na Rede Brasil Atual
 
Jantar ‘secreto’ de FHC e Cármen Lúcia levanta dúvidas sobre isenção do tribunal
 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) já foi citado em pelo menos três delações de ex-executivos da Odebrecht, todas no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do juiz Sergio Moro. Recentemente, o dono da construtora, Emílio Odebrecht, afirmou ter feito “pagamentos ilícitos” durante as campanhas eleitorais de Fernando Henrique à Presidência da República, nos anos de 1993 e 1997. A acusação do empresário deveria ser motivo de constrangimento para quem costuma se apresentar como campeão da moralidade. Mas não. Só fez mudar o discurso: conforme as acusações vão chegando nos tucanos, mais se fala que caixa dois não é corrupção, é “apenas” um “ilícito” contábil. E é assim, com a fidelidade da mídia tradicional, que trata bem diferente as irregularidades de que acusam o PT, que Fernando Henrique continua circulando pelas altas rodas, certo de sua impunidade.
 
E foi com tal capacidade de potencializar o cinismo que Fernando Henrique esteve em Brasília, na terça-feira da semana passada (25 de abril), para um jantar com a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro não constava da agenda da ministra e o teor da conversa foi mantida em absoluto sigilo, o que torna esse encontro inadequado, para dizer o mínimo.
 
O ex-presidente não é investigado no STF. Por não ter mais foro privilegiado, o ministro Edson Fachin enviou à Procuradoria da República em São Paulo o inquérito para investigar as acusações feitas contra o tucano máximo. Mas o PSDB, partido de Fernando Henrique, é.
 
São sete dos 12 parlamentares tucanos – três no Senado e quatro na Câmara – que serão julgados pelo Supremo. Quatro deputados do PSDB são acusados de participação no núcleo de propina da Odebrecht. 
 
Entre os senadores, estão dois ex-candidatos à presidência da República: Aécio Neves (MG) e José Serra (SP). O primeiro figura em cinco inquéritos. A lista ainda tem o atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Ferreira Nunes.
 
Outras figuras, como a ex-governadora e deputada federal Yeda Crusius (RS), o ex-senador José Aníbal (SP) e o ex-governador de Minas Antonio Anastasia também são denunciados nos processos.
 
Tucanos graúdos, como os governadores Geraldo Alckimin (SP), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO), além do prefeito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira, e o de Manaus, Arthur Virgílio Neto, tiveram os processos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O mesmo tribunal onde Fernando Henrique esteve na semana passada participando de um seminário. O mesmo STJ que abriga os ministros Humberto Martins, e Benedito Gonçalves, citados nas negociações de delação de executivos da OAS a procuradores de Curitiba.
 
Coincidentemente, após as visitas aos amigos nos tribunais superiores, o ex-presidente declarou à imprensa  “não há razões para eu estar em apuros”. De fato. Os tucanos são imunes à Justiça. Apesar das inúmeras denúncias, não há nenhuma iniciativa do Judiciário contra os figurões do PSDB.
 
Uma nova denúncia envolvendo o governador Geraldo Alckmin evidencia, mais uma vez, os dois pesos e as duas medidas da justiça brasileira. O depoimento do ex-executivo da Odebrecht em São Paulo Luiz Bueno foi excluído do processo de investigação contra o governador tucano nos documentos entregues ao Supremo Tribunal Federal.
 
Segundo relatos que integram o processo da Procuradoria-Geral da República (PGR), Alckmin recebeu R$ 8,3 milhões em 2014 e R$ 2 milhões em 2010 “não declarados”. No inquérito, Bueno foi descrito pela PGR, como “peça-chave” por ser o responsável por negociar valores e organizar os repasses da propina para Marcos Monteiro, hoje Secretário de Planejamento e Gestão de Alckmin, nos esquemas que envolvem a campanha de  Alckmin em 2014 – Metrô de SP, trens da CPTM, Rodoanel e outras grandes obras na capital paulista incluídas.
 
Apesar de o juiz Sergio Moro já ter afirmado, em entrevistas e palestras – que hoje no Brasil ninguém esta acima da lei, fato é que até o momento nenhum político tucano sofreu condução coercitiva, foi interrogado, investigado, teve seu nome achincalhado na Rede Globo ou foi preso.
 
Nada indica que, nos casos de FHC, Serra, Aécio e outros tucanos de alta plumagem, será adotado o mesmo procedimento que adversários políticos de Moro e do PSDB receberam e continuam recebendo.
 
É preciso lembrar à ministra Carmem Lúcia, parodiando um antigo dito popular, “o cala-boca ainda não morreu”. Os brasileiros vão continuar questionando os tribunais, perguntando e insistindo: quando veremos um tucano na cadeia?
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. O comentário é a crônica que escrevi há quase dois meses

    Prezados,

    No dia 8 de fevereiro escrevi uma Carta Aberta a Cármen Lúcia e aos colegas dela, no STF. Segue abaixo essa carta, acrescida de um parágrafo, decorente desta reportagem de Helena Sthephanowitz.

    ___________________________________________________________________________________

    Escárnio (ou Carta Aberta a Cármen Lúcia e colegas Ministros do STF)

     

                Se digitarmos a palavra “escárnio” e fizermos uma rápida busca nos dicionários virtuais, as principais acepções mostradas são:

                1ª) Aquilo que é dito ou feito para caçoar de alguém ou de alguma coisa; CAÇOADA; TROÇA; ZOMBARIA;

                2ª) Atitude, manifestação de desdém, menosprezo, desconsideração;

                3ª) O que é alvo de ou que expressa desprezo, sarcasmo.

                No dia 25 de novembro de 2015, para justificar o voto favorável a uma decisão   flagrantemente inconstitucional, a prisão do então senador Delcídio do Amaral em pleno exercício do mandato e sem que tivesse sido flagrado cometendo um crime, tomada de forma intempestiva pelo ministro Teori Zavascki, a Sra. Cármen Lúcia, num arroubo de vaidade, soberba e na ânsia de atrair câmeras e microfones  midiáticos, se pôs a falar frases de efeito que impressionam as maltas e matilhas manipuladas pelos veículos de comunicação. Foi nessa data que Cármen Lúcia proferiu o libelo não apenas contra o senador citado, mas contra o partido pelo qual ele havia sido eleito, o PT, contra o Ex-Presidente Lula e contra a Presidenta Dilma Rousseff, vítimas de implacável perseguição judicial e midiática, de injúrias, difamações e calúnias, as mais horrendas possíveis. Oportunista, a Sra. Cármen Lúcia vociferou:

    “Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniqüidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia, é uma mulher, ao ser empossada presidenta (ou presidente) do STF, fazer gracinha e tripudiar de outra mulher, esta a legítima Presidenta da República, Dilma Vana Rousseff, eleita pelo voto popular, num momento em que a chefe de Estado era vítima de vários crimes, como misoginia, injúrias, difamações, calúnias e outros mais graves. Escárnio é uma mulher que, ao ser empossada presidenta (ou presidente) do STF, sugere estar errada a forma ‘presidenta’, fazendo troça com a Presidenta da República que desta forma preferia ser tratada. O escárnio é ainda maior quando o argumento usado pela Sra. Cármen Lúcia é o de que ela estudou e ama a língua portuguesa. Se a Sra. Cármen Lúcia realmente estudou, conhece e ama a língua portuguesa deve saber que o maior escritor brasileiro, Antônio Maria Machado de Assis, já no século XIX usava a forma ‘presidenta’. Assim como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, poeta mineiro contemporâneo e conterrâneo de Cármen Lúcia, usou o termo ‘presidenta’ mais de uma vez. Em Portugal o uso da forma ‘presidenta’ é tão corrente como o de ‘presidente’. A Sra. Cármen Lúcia deve saber também que ‘mestra’ é o termo que designa uma mulher que dá aulas, que ensina, ou seja, usado para designar uma professora. Em tempos recentes o termo ‘mestre’ tem sido usado de forma indistinta para homens e mulheres. Assim como ‘presidente(a)’, qualquer das duas formas ‘mestre(a)’ é considerada legítima, embora ‘mestra’ continue sendo mais elegante e distintiva.

    Mas se a memória da Sra. Cármen Lúcia é tão seletiva e parcial como a atuação das instituições que compõem o chamado ‘sistema de justiça’, com destaque para a operação Fraude a Jato, esta carta pode servir para que ela relembre uma série de atos e omissões cometidos pelos servidores públicos lotados nas instituições que compõem esse ‘sistema de justiça’, com predominância da côrte hoje presidida pela douta ministra.

                Escárnio é um presidente da república, por meio de assessores, apoiadores, ministros e correligionários, comprar apoio parlamentar para aprovação de uma emenda constitucional que permitiu a ele, presidente, concorrer a um segundo mandato, tudo isso comprovado por meio de documentos e depoimentos gravados de deputados que venderam o voto, e mesmo assim o Ministério Público e o Poder Judiciário fingirem que nada viram ou que tal manobra espúria era legal. Fernando Henrique Cardoso comprou apoio parlamentar para aprovar a PEC da reeleição, da qual foi beneficiário direto.

                Escárnio é um presidente da república nomear para o cargo de Procurador Geral da República um aliado político que, por engavetar todo e qualquer processo envolvendo agentes do governo federal, ficou conhecido pela alcunha de “Engavetador Geral da República”. Fernando Henrique Cardoso, quando presidente, nomeou Geraldo Brindeiro para o cargo de PGR e este, desde então, é mais conhecido pelo apelido “Engavetador Geral da República” do que pelo nome que consta no registro civil de nascimento.

                Escárnio é um presidente da república nomear para a Advocacia Geral da União um ex-procurador do MP, o Sr. Gilmar Mendes, que no exercício de AGU orientava os servidores do Executivo Federal a descumprirem a Lei e a Constituição Federal e mesmo assim o STF fingir que nada estava vendo.

                Escárnio é um presidente da república, em fim de mandato, nomear para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal um aliado político que até então era AGU, no caso o Sr. Gilmar Ferreira Mendes. Escárnio maior é saber que essa nomeação teve o propósito de proteger e blindar o então presidente da república e seus auxiliares de futuros processos e condenações no STF.

                Escárnio é um presidente do STF, no caso o Sr. Gilmar Ferreira Mendes, conceder foro privilegiado (ou por prerrogativa de função) a ex-ministros de Estado, de modo que só pudessem ser processados e julgados no STF. Escárnio maior é saber que tal medida discricionária do Sr. Gilmar Mendes teve por objetivo proteger três ex-ministros do governo FHC – José Serra, Pedro Malan e Pedro Parente – acusados de corrupção e improbidade administrativa e de terem causado um prejuízo de mais de R$ 5 bilhões à Petrobrás.

                Escárnio é uma côrte constitucional perder todos os escrúpulos e se aliar a outra instituição dos ‘sistema de justiça’, esta com atribuição de persecução penal. Desde 2005, com a farsa do chamado ‘mensalão do PT’, o STF se aliou ao MPF, numa cruzada contra o PT, contra o então presidente Lula e contra os líderes do partido. Escárnio é um presidente do STF, no caso o Sr. Joaquim Barbosa, cometer diversos delitos, como fraude processual, manipulação e ocultação de provas que poderiam beneficiar os réus, cometer grosserias, ofensas, injúrias, difamações e calúnias não só contra aqueles que iria julgar e os defensores destes, mas também contra colegas de côrte e outras autoridades.

                Escárnio é uma côrte constitucional, por meio de seu presidente, contrabandear uma teoria do direito elaborada noutro país, com outra finalidade e com outro contexto de aplicação, como a chamada ‘teoria do domínio do fato’, visando condenar, SEM PROVAS, os líderes de um partido político, no caso o PT. O alemão Claus Roxin, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, desautorizou a aplicação da teoria naquele julgamento da AP-470.

                Escárnio é um presidente do STF, em plantão judiciário, conceder dois habeas corpus a um banqueiro, o qual orientou subordinados a subornar policiais. Gilmar Mendes concedeu, em menos de 48 horas, dois habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas, preso em flagrante pelo então delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz por tentar subornar policiais federais.

                Escárnio é um ministro do STF, conceder habeas corpus a um médico acusado de estuprar 56 pacientes, sabendo que tal médico poderia fugir para o exterior, o que de fato aconteceu. Em 2009, o ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao médico Roger Abdelmassih, acusado de molestar e estuprar 56 pacientes que com ele tratavam problemas de infertilidade. O médico fugiu do Brasil e somente cinco anos depois uma equipe de reportagem da TV Record o localizou no Paraguai, onde levava uma vida tranqüila e de luxo.

                Escárnio é uma côrte constitucional e outras instituições que compõem o ‘sistema de justiça’ – no caso a PF e o MPF – se aliarem às oligarquias políticas plutocráticas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas, visando derrubar um governo legítimo, eleito pela maioria dos brasileiros através do voto direto em outubro de 2014. Escárnio maior é o STF se acumpliciar com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, contra quem há dezenas de acusações e fartas provas de cometimento de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, de modo que esse ladravaz aceitasse e conduzisse um fraudulento processo de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff.

                Escárnio é uma côrte constitucional, o STF, se omitir, se acumpliciar de manobras espúrias e golpistas, negando-se a julgar o mérito de um processo fraudulento de impeachment, por de antemão sabê-lo sem base jurídica. Escárnio é a atuação pusilânime de um presidente do STF, Sr. Ricardo Lewandowski, ao conduzir um processo farsesco contra a Presidenta da República no Senado, no qual já se sabia de antemão como votariam os ‘juízes’, ou seja, os senadores, quase todos cooptados por meio de suborno ou envolvidos em escândalos de corrupção.

                Escárnio é um ministro do STF, no caso o Sr. Gilmar Mendes, orientar o candidato derrotado, aliado político do ministro, o senador Aécio Cunha, a entrar com um pedido de impugnação da chapa vencedora da eleição presidencial, encabeçada pela Presidenta Dilma Rousseff. Escárnio maior é saber que Gilmar Mendes fez isso com o prévio conhecimento de que seria ele o presidente do TSE, Tribunal Superior eleitoral, encarregado de julgar não apenas as contas eleitorais da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, mas também a ação que pede a impugnação da chapa.

                Escárnio é um ministro do STF que não presidia a côrte, no caso o Sr. Gilmar Mendes, se reunir na casa do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na companhia de um deputado que era réu em ações penais no STF, Paulo Pereira da Silva (mais conhecido como Paulinho da Força). Escárnio maior é essa reunião ter ocorrido fora do horário de expediente, fora da agenda oficial e sem acompanhamento de veículos da imprensa.

                Escárnio é um ministro do STF, no caso o Sr. Teori Zvascki, manter engavetado por cinco meses um pedido de afastamento de Eduardo Cunha do exercício da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal, feito pela PGR, e se manifestar apenas depois que o processo fraudulento de impeachment foi admitido na casa parlamentar. O escárnio é ainda maior se lembrarmos que o mesmo Teori foi aquele ‘rápido no gatilho’ que, de forma FLAGRANTEMENTE INCONSTITUCIONAL, decretou a prisão do então senador Delcídio do Amaral.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia, é um juiz de primeiro grau grampear de forma ilegal a conversa entre um ex-presidente da república, Lula, e a Presidenta da República, Dilma Rousseff, e divulgá-la criminosamente pra a TV Globo. Escárnio maior é esse juiz, de forma cínica e criminosa como é do feitio dele, pedir desculpas ao ministro Teori Zavascki, mas não às vítimas do crime, o ex-presidente Lula e a Presidenta Dilma Rousseff. Escárnio ainda maior é o ministro Teori Zavascki não ter retirado da jurisdição de Sérgio Moro as investigações e processos contra Lula e Dilma e não ter determinado nenhuma punição para o juiz criminoso. O juiz criminoso se chama Sérgio Moro; assim como a Sra. e o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, ele adora os holofotes da mídia golpista e aceita prêmios e rapapés dos veículos de mídia controlados pela família Marinho.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia e Srs. Ministros do STF, é um juiz federal participar de eventos político-partidários e subir em palanques de candidatos, como tem sido a rotina do Sr. Sérgio Moro, juiz da 13ª VJF/PR, responsável pelos processos decorrentes da Fraude a Jato. Sérgio Moro participou de ato de pré-campanha de João Dória, compareceu a evento político a convite do governador do Mato Grosso, Pedro Taques, assim como a um evento patrocinado por uma revista, com uso de milionária verba publicitária do governo federal agora chefiado pelo golpista Michel Temer; nesse evento Sérgio Moro foi fotografado aos cochichos e risadas com o senador Aécio Cunha, um dos políticos com mais citações em esquemas de corrupção na Fraude a Jato. Não por acaso, TODOS os políticos com quem Sérgio Moro se encontrou pertencem ou são simpatizantes do PSDB, o mesmo partido de Gilmar Mendes.

                Escárnio é ver o Procurador Geral da República, Sr. Rodrigo Janot, agir em defesa dos aliados políticos do PSDB e perseguir o PT, os líderes petistas, sobretudo o ex-presidente Lula e a Presidenta Dilma Rousseff. Janot tem em mãos vastíssima documentação comprovando a participação de políticos tucanos em esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As provas contra o senador Aécio Cunha entregues a Janot são suficientes não apenas para pedir a cassação do mandato do senador, mas também para que o PGR – se republicano for/fosse – ofereça denúncia contra o senador, pedindo que seja condenado a dezenas de anos de prisão. Escárnio maior é Janot fazer tabelinha com Gilmar Mendes, para que Aécio não seja denunciado e muito menos condenado.

                Escárnio é ver a turma do MPF na Fraude a Jato perseguir e acusar Lula e a família do ex-presidente, por eles passarem fins de semana num sítio que pertence à família Bittar, em Atibaia, e terem comprado pedalinhos e um barco de alumínio, cujos valores não chegam a R$15 mil e manterem silêncio absoluto sobre a Lista de Furnas e sobre as acusações de recebimento de propina por parte de Aécio Cunha, José Serra, Geraldo Alckmin e outros caciques tucanos. Escárnio ainda maior é tanto o STF como a PGR e o MPF não se manifestarem sobre a chamada lei de repatriação de recursos no exterior, usada sob medida para lavar o dinheiro ilícito pago a José Serra na Suíça.

                Escárnio é o STF ser conivente com a viagem a Portugal de um de seus ministros, o Sr. Gilmar Mendes, ao lado do golpista Michel Temer, sem que o primeiro tivesse sido convidado ou fizesse parte da comitiva que representaria o Estado Brasileiro nos funerais do ex-primeiro-ministro português Mário Soares. Escárnio maior é saber que Michel Temer é citado como partícipe e beneficiário de corrupção pelo menos 43 (QUARENTA E TRÊS) vezes, em apenas uma das delações feitas por executivo da Odebrecht. Escárnio ainda maior é saber que Gilmar Mendes preside o TSE, onde corre uma ação pedindo a impugnação da chapa pela qual Michel Temer foi eleito vice-presidente da república, ou seja o julgador, a convite do réu, viajou ao lado deste, trocando confidências e fazendo tramas.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia e Srs. Ministros do STF, é um ministro do STF, novamente o Sr. Gilmar Mendes, se reunir à sorrelfa com Michel Temer e Wellington Moreira Franco nas varandas e jardins do Palácio do Jaburu, logo após a morte de Teori Zavascki num mal explicado ‘acidente’ aéreo. Escárnio maior é saber que ‘MT’ – como é alcunhado nas planilhas da Odebrecht o usurpador da presidência da república – e ‘Angorá’ – como é citado Moreira Franco nas mesmas planilhas – são citados mais de 30 (TRINTA) vezes, cada um , como beneficiários de propina e corrupção e que Gilmar Mendes, como presidente do TSE e um dos ministros do STF será um dos julgadores dessa dupla de políticos.

                Escárnio é ‘MT’ nomear ‘Angorá’ como ministro de Estado, visando dar a este o foro por prerrogativa de função, já que ‘Angorá’ é citado 34 vezes em delações premiadas e poderia ser processado, julgado, condenado e preso por um juízo de 1º grau. O escárnio é maior se lembrarmos que Gilmar Mendes aconselhou ‘MT’ a nomear ‘Angorá’ como ministro. Escárnio ainda maior é saber que foi Gilmar Mendes o ministro que de forma intempestiva e inconstitucional concedeu decisão liminar a um mandado de segurança, de modo a impedir que Lula assumisse o cargo de ministro da casa Civil, em 18 de março de 2016. Na época Lula não era sequer indiciado, muito menos denunciado ou réu em ação penal e o nome do ex-presidente não constava de uma lista de delação, como o de Moreira Franco.

                Escárnio é Gilmar Mendes atuar como conselheiro político do traidor-golpista-usurpador, Michel Temer, mantendo com o inquilino do Palácio do Planalto encontros quase diários. Escárnio é saber que Gilmar Mendes orientou ‘MT’ a nomear Alexandre de Moraes, esse desastrado, mentiroso, truculento e incompetente, hoje à frente do Ministério da Justiça, para a cadeira antes ocupada por Teori Zavascki. Escárnio maior é o silêncio cúmplice (ou será criminoso?) que tanto o STF, O MPF, a PF, a Justiça Federal, outras polícias, as Forças Armadas e outras autoridades fazem em relação ao suspeitíssimo e mal explicado ‘acidente’ com o avião em que viajavam Teori Zavascki e mais quatro pessoas, de São Paulo a Paraty, no litoral sul fluminense. Escárnio ainda maior é o abafamento do caso, sobretudo porque Teori Zavascki viajava num avião de propriedade de um empresário réu em ações penais no STF, sendo este empresário um dos passageiro e o destino da viagem uma propriedade do tal empresário.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia, é a Sra. se reunir a portas fechadas com ‘MT’, após a morte suspeita e mal explicada de Teori Zavascki. Escárnio é a Sra. homologar, mas não retirar o sigilo das delações feitas pelos executivos da Odebrecht, em que aparecem nomes de vários políticos, como ‘MT’ e muitos de seus atuais e ex-ministros, auxiliares, assessores e correligionários, além de toda a alta cúpula do tucanato; com essa ação a Sra. permite a continuidade dos vazamentos seletivos, que sempre visaram e continuam visando prejudicar o PT e a Esquerda, protegendo e blindando a Direita, sobretudo os caciques do PSDB.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia, é saber que Alexandre de Moraes será o ministro revisor dos processos atinentes à Fraude a Jato no STF. A militância político-partidária desse sujeito, assim como a de Gilmar Mendes, o torna mais do que suspeito para julgar qualquer caso que envolva aliados ou adversários/inimigos políticos, já que ambos JAMAIS demonstraram a mínima isenção ou imparcialidade que se exige de um juiz. Aliás o máximo escárnio é conceder a Gilmar Mendes e a Alexandre de Moraes o cargo de ministro/juiz da suprema côrte constitucional.

                Escárnio, Sra. Cármen Lúcia, é saber que a presidenta do STF manteve, à socapa, um encontro e jantar com um ex-presidente da república investigado por prática de corrupção, acusado por delatores, como é o caso de FHC. Escárnio é a PGR suprimir do processo que investiga milionária corrupção envolvendo o tucano Geraldo Alckmin, hoje governador de SP, o depoimento de Paulo Bueno, ex-executivo da Odebrecht que declarou ser Alckmin beneficiário de Mais de R$10 milhões por meio de caixa 2, nas eleições de 2010 e 2014, e diante disso o STF ficar omisso, cúmplice e conivente.

  2. Êsse criminoso é o pior de

    Êsse criminoso é o pior de todos que já foram catalogados no Brasil. A desgraça que êsse cara começou espalhando durante o seu desgoverno é a pior que já se abateu sobre o povo brasileiro. Na sequencia do seu desgoverno, Lula conseguiu revereter as desgraças espetacularmente, parando com as privatarias e revigorando as empresas patrimônios do país que agora voltaram a ser doadas graças a fernando henrique cardoso e sua gangue demotucana peemedebista infiltrada e dominando o judiciário, o executivo, o legislativo, os promotores e a polícia federal, forças armadas, igrejas lavandarias do tipo da do malafaia amigão do cérra etc etc etc etc… É inexplicável um camarada desse, ex presidente, ter pedido por meio de toda a sua grande imprensa golpista, a renúncia da valente Dilma Rousseff, que não renunciou mas foi derrubada pelos criminosos de alta periculosidade desajustados mentais sem escrúpulos, dira o ex-estorvo Teori.

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  3. A presidente do STF é confiável?

    Além das demonstrações públicas de animosidade com as causas contrárias aos golpistas em geral, além de seu apoio irrestrito aos Tucanos e agora a FHC, hoje no programa Conversa, de Bial na Globo, às gargalhadas e tratamento informal com o apresentador, perguntada sobre o fim da Lava a Jato disse que o STF não iria mudar o Hino do Brasil. Parece uma referência clara ao mote de trols do MBL em comentários pagos feitos por contratados. A resposta sensata seria que iria seguir a lei. Contou casos e deu espaço a intimidades incompatíveis com o cargo que ocupa. Estas aparições, assim como as de Gilmar na mídia, deveriam ser reguladas por lei.

    1. a…

      Falar em isenção é o mínimo. E Moro em convenção entre tucanos e outros indiciados? E toda a cúpula do Poder Judiciário que ainda não apareceu nas denúncias de corrupção? Ou alguém crê que até as folhas das árvores, neste país, não saibam que temos Estado apenas para sustentar uma elite pública parasitária e acobertar seus crimes? Todos. A Imprensa tentará amenizar para este ou aquele lado? Não existe Democracia, muito menos Justiça ou Estado, Até quando esta farsa? Quanto aos tucanos, será que a esquerda quer este tipo de Estado, de punições e de justiça? Será que o Tucanistão não se aproveita desta “sinuca” que a esquerda se impôe? Se nã, por que não exigir tais punições à corrupção escancarada em Trensalões, Mensalões, Merendão, obras superfaturadas e dinheiro desviado juntamente com as mesmas empreiteiras? Basta ver que enquanto se bate em tais empreiteiras com seus diretores presos, as mesmas continuam donas da liberdade paulista, controlando a vida das pessoas em pedágios extorsivos em muitas rodovias que passadas décadas ainda não duplicaram ou fizeram as obras exigidas. Ou estão fazendo um ramal férreo entre a linha leste e o aeroporto internacional, construindo um assinte, um elefante branco de concreto e aço, onde estão sendo enterrados bilhões de reais que seguramente irão para bolsos tucanos. E a Justiça? E os que estão sendo investigados por não serem do mesmo partido? Por que o silêncio?    

  4. Banquete de Bacanas

    Não me convidaram prá esta festa pobre que os homens armaram para convencer a Carmem sem lucidez

    Não te subornaram?

    Será que é o teu fim, tal qual o Teori?

    Fica velhaca com o teu suborno, se não os bicudos te abofelam

  5. Formalismos

    Todo mundo sabe que o STF é um órgão de fachada. Seus ministros estão lá de favor, colocados como fantoches da classe política responsável por suas nomeações. E o andar de cima, intocável, jamais será vencido. Não é à toa que senhores como Renan Calheiros deu risada diante de uma determinação emanada pelo ministro Marco Aurélio. O judiciário, em si, não tem poder algum. É subserviente e inútil, assim como a maior parte dos MPs estaduais, que nada fazem diante da delinquência dos Executivos locais. O MP paulista é, talvez, o exemplo máximo de complacência.

  6. Cobra que não anda, não abocanha sapos

    Deixa a Prisidenta visitar seus amigos.

    Visitantes sempre dão prazer. Senão quando chegam, pelo menos quando partem.

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