IGP-M cai pelo quarto mês seguido

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de agosto com deflação de -0,27%, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar do resultado, o indicador avançou em relação a julho, quando o índice variou -0,61%. Em agosto de 2013, a variação foi de 0,15%. A variação acumulada ao longo de 2014 é de 1,56%, ao passo que o total em 12 meses variou 4,89%.

O destaque do período ficou com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que reduziu sua taxa de deflação para -0,45%. No mês anterior, a taxa foi de -1,11%. O índice relativo aos Bens Finais variou -0,13%, ante -0,71% em julho, por conta do desempenho do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -7,71% para -3,73%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,27%. Em julho, a taxa foi de 0,06%.

Já o índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,04%. Em julho, a taxa foi de -0,26%. A movimentação foi influenciada pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,54% para -0,36%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,06%, ante -0,26%, em julho.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -1,33%. Em julho, o índice registrou variação de -2,60%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram soja em grão (de -5% para -1,65%), café em grão (de -3,22% para 9,42%) e milho em grão (de -10,31% para -4,49%). Em sentido oposto, destacam-se mandioca/aipim (de 0,19% para -9,54%), aves (de 1,41% para -1,27%) e bovinos (de 0,59% para 0,02%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou entre os meses de julho e agosto, passando de 0,15% para 0,02%. A principal contribuição para este decréscimo partiu do grupo Habitação, que caiu de 0,48% para 0,29%. Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item taxa de água e esgoto residencial, cuja taxa passou de -0,66% para -0,91%.

Outros grupos que reduziram suas taxas de variação foram Vestuário (de 0,03% para -0,72%), Comunicação (de 0,06% para -0,38%), Alimentação (de -0,07% para -0,11%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,38% para 0,24%), Despesas Diversas (de 0,23% para 0,14%), e Transportes (de -0,01% para -0,03%). Os itens que se destacaram nestas classes de despesa foram roupas (de -0,34% para -0,87%), tarifa de telefone residencial (de 0,00% para  -0,93%), restaurantes (de 0,81% para 0,55%), medicamentos em geral (de -0,03% para -0,30%), tarifa postal (de 4,95% para 0,00%) e gasolina (de -0,53% para -0,58%), respectivamente.

O único grupo que ampliou sua variação foi Educação, Leitura e Recreação, que passou de -0,04% para 0,13% devido ao item passagem aérea, cuja taxa passou de -13,11%, em julho, para -0,87%, em agosto.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em agosto, variação de 0,19%, abaixo do resultado de julho, de 0,80%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,15%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,45%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,23%, em agosto. No mês anterior, este índice registrou taxa de 1,11%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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    1. IGP-M caindo e a avaliação do governo só subindo

       

      Mário Mendonça (quinta-feira, 28/08/2014 às 11:46),

      Quando vi este post “IGP-M cai pelo quarto mês seguido” de quinta-feira, 28/08/2014 às 11:14, eu quis escrever um comentário que apontaria, em contraste com o título do post falando da queda da inflação, o título do meu comentário falando da subida da popularidade do governo. Só que não me ocorreu a quem mandar o comentário, e quase eu não fazia o comentário embora normalmente nesses casos de post sem autoria eu mando para Luis Nassif.

      Não sei qual é o ponto do seu comentário, e o aproveitei para colocar meu comentário porque considero relevante a sua preocupação com o crescimento econômico. O meu ponto é que estamos em época de eleição e em época de eleição importa menos a notícia e importa mais o bolso do eleitor. O bolso do eleitor é atingido pela inflação (Todos os bolsos) e pelo desemprego (Apenas o bolso do desempregado).

      Como o governo tem garantido um baixo nível de desemprego, o que conta mesmo é o efeito da inflação no bolso do eleitor. Então daqui até o início de outubro, com a inflação baixa, a popularidade do governo só tenderá a aumentar. Amanhã haverá queda do PIB e farta divulgação na mídia durante a semana, mas o povo vai achar que o problema é com os outros.

      Há muito tempo eu dizia que a inflação é boa para o país, mas é ruim para o povo e que, portanto, se um governo quer ganhar a eleição, ele deve manter a inflação baixa.

      Quando foi apresentada a proposta da reeleição eu dizia que os grandes prejudicados seriam os que iriam financiar a aprovação da reeleição, porque toda vez que houvesse reeleição e se avaliasse como necessário o aumento da inflação para melhorar a situação do país (Numa situação de alto endividamento que comprima o consumo, a inflação corrói a dívida das pessoas e do país e assim cria melhores condições para o crescimento) o povo iria pressionar para reduzir a inflação e a economia ia ficar quase paralisada.

      Quando veio o Regime de Metas de Inflação eu passei a ser muito crítico desse modelo de combate de inflação. Hoje eu percebo que o Regime de Metas de Inflação é um instrumental técnico poderosíssimo no combate à inflação. Aliás, com o Regime de Metas de Inflação o governo consegue levar a inflação para onde o governo deseja. E assim o governo vem fazendo desde 2004, estabelecendo critérios diferentes dependendo o tipo de eleição se para as prefeituras ou se eleições presidenciais e de governos estaduais e o tipo de candidatura. Na eleição federal, o critério é, quando se tratar de reeleição, buscar inflação baixa. Em ano de lançamento de candidatura e com governo com alto índice de aprovação é bom dar destaque para o crescimento econômico de modo a tornar mais vistosa a candidatura do governo.

      Os economistas que desenvolveram o Regime de Metas de Inflação desenvolveram um instrumento poderosíssimo e eles o deixaram nas mãos dos políticos que agora vão fazer tudo para perpetuarem no poder.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 28/08/2014

  1. Redução da Selic para 7%a.a.

    Redução da Selic para 7%a.a. na próxima reunião do Copom. Absolutamente nada justifica essa Selic de 11%a.a. A selic do México é de 4,5%a.a. e do Chile 3,75%a.a. O Brasil torra 300 bilhões de reais do orçamento federal para pagar os juros aos especuladores/rentistas. Presidenta Dilma, dê uma basta neste absurdo!!

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