Jornal GGN – Um levantamento realizado para o Índice Datafolha de Confiança (IDC), revela que a percepção dos eleitores com o desempenho da economia subiu 16 posições. Por outro lado, a taxa de eleitores que avaliam o governo como bom ou ótimo recuou de 38% para 35%. Em outras palavras, a sensação de melhoras em relação a inflação e ao desemprego não está se refletindo positivamente sobre a avaliação das ações do Governo Federal.
Da Folha de S.Paulo
Por Fernando Cazian
Melhora na percepção da inflação e do desemprego não foi revertida em aumento da avaliação positiva do governo
Índice Datafolha de Confiança sobe 16 posições e chega a 125 pontos, alcançando a melhor marca do ano
A entrada de Marina Silva (PSB) na corrida eleitoral no meio de agosto bagunçou a correlação entre a percepção dos eleitores com o desempenho da economia e a avaliação do governo.
O otimismo do eleitorado com a inflação e o desemprego voltou a avançar na nova pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (29).
Com isso, o Índice Datafolha de Confiança (IDC), que reúne vários indicadores macroeconômicos, subiu para 125 pontos, alcançando a melhor marca do ano (alta de 16 pontos sobre julho).
Mas a melhora não foi revertida em aumento da aprovação do governo ou mais intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff.
Após uma sinalização de melhoria, a taxa de eleitores que avaliam o governo como bom ou ótimo recuou de 38% para 35%. Os que julgam a gestão como ruim ou péssima foram de 23% para 26%.
A margem de erro do levantamento, feito na quinta (28) e nesta sexta, é de dois pontos para mais ou para menos.
A expectativa do aumento dos preços caiu dez pontos desde julho. Há duas semanas, 52% dos eleitores acreditavam na alta da inflação. Agora, são 48%, o melhor índice desde junho de 2013.
O percentual dos que acreditam em inflação menor nos próximos meses dobrou, de 8% (em julho) para 16%.
O otimismo com o desemprego também segue melhorando. A taxa dos que acreditam que ele irá aumentar nos próximos meses vem diminuindo. Os 42% em julho recuaram para 38%, há duas semanas, e 36% agora –melhor taxa desde junho de 2013.
O Datafolha também consultou a confiança dos eleitores em sua ocupação. Uma maioria de 69% acredita que não corre risco de ser demitido ou de ficar sem trabalho.
Já a expectativa de melhora da situação econômica do entrevistado voltou ao patamar do início de julho, 48%. Mas a percepção em relação ao aumento do poder de compra apenas oscilou de 31% (há duas semanas) para 32%.
Em relação à situação econômica geral do país, o otimismo foi maior. Entre julho e o fim de agosto, aumentou de 25% para 35% o total de eleitores que acreditam em uma melhora.
RECESSÃO TÉCNICA
Dados divulgados nesta sexta (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostraram que houve retração de 0,6% no PIB do país no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior.
Como o resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado antes), o país entrou em recessão técnica, pela metodologia utilizada por alguns economistas.
(FERNANDO CANZIAN)
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