Indícios contra Vaccarezza são incapazes de sustentar uma ação, diz defesa

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – Detido pela Polícia Federal, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza foi interrogado na tarde desta segunda-feira (21). Aos investigadores, Vaccarezza contou que o dinheiro apreendido pela Operação Abate, em sua residência, era para cobrir despesas de uma cirurgia de remoção de câncer de próstata. Explicou que parte era empréstimo de um amigo e outra foi declarada à Receita.
 
Deflagrada na última sexta-feira (18), a Operação Abate prendeu preventivamente o ex-deputado líder dos governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff. Também realizaram medidas de buscas e apreensões em sua casa, em São Paulo.
 
Na ocasião, encontraram R$ 122 mil em espécie, que foram apreendidos. O juiz da Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, determinou a detenção de Vaccarezza por pelo menos cinco dias. Somente nesta segunda é que o ex-deputado federal foi interrogado pelos delegados da Polícia Federal em Curitiba, sede da Lava Jato sob o comando de Moro.
 
“Uma parte do dinheiro encontrado está declarada no imposto de renda desde o exercício de 2015, a outra tem origem em um empréstimo contraído por um amigo perante a Caixa Econômica Federal e os documentos comprobatórios serão anexados ainda hoje aos autos”, narrou o advogado Marcellus Ferreira Pinto, que faz a defesa do ex-parlamentar.
 
De acordo com o advogado, Vaccarezza respondeu a todos os questionamentos feitos pelos delegados. ” O valor apreendido seria usado para o custeio de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata, cujo procedimento preparatório seria realizado hoje (segunda-feira, 21,) pela manhã, em SP, no hospital Sírio Libanês”, continuou.
 
A acusação que recai contra ele é de supostamente ter recebido US$ 500 mil de propina a partir de contratos da Petrobras. Segundo Marcellus, os indícios contra Vaccarezza “são frágeis e incapazes de sustentar uma ação penal”, uma vez que “não há provas de participação de Vaccarezza no esquema que vitimou a Petrobras”.
 
“A defesa confia nos Tribunais e acredita na soltura de Vaccarezza após o fim do período da prisão temporária”, afirmou o advogado.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Outro que provavelmente, tal

    Outro que provavelmente, tal como, Vaccari, apodrecerá na cadeia. Isso se não se valer do “abre-te sésamo” que é delatar o Lula ou algum graúdo do PT. 

  2. A sentença já foi dada

    Vacarezza sempre foi um dos quadros mais direitosos do PT, isso nenguem pode negar, acompanhou marta até a sua ida para o pmdb, sempre batendo duro nos companheiros mais à esquerda do partido, não a toa entrou para um partido de aluguel, depois de fazer a campanha para a prefeitura do Russomano do PRB em 2016.

    Nem por isso desejo o seu mal, embora saiba que tenha muitos companehiros tendo sensaçoes gososas com a sua prisão.

    Ele foi mais uma vítima do método lava jato de investigação, não basta não dever nada não pode ter passagem, pelo ParTido maldito, não importa que a sua trajétória estivesse mais de acordo com o psdb e  que tais.

    Está sendo punido e vai continuar a ser por ter sido petista, simples assim>

  3. Aliás, o Vaccarezza só está

    Aliás, o Vaccarezza só está sendo objeto dessa persecução penal, com “direito” a direta prisão pelo desMoronado, pelo desespero dos mequetrefes mpfezinhos em “achar” algo que ligue o Lula ao… Lula! Enquanto os ladrões “efetivos” estão devolvendo centenas de milhões de reais de propinas, vêm esses de sempre a dizer que o Vaccarezza enquanto tesoureiro do PT teria recebido… 500 mil dólares.

    Pelo visto, a opinião publicada brasileira é a merda-em-si, já que os petistas seriam os propineiros mais incompetentes e pobres do planeta.

  4. Claro que a jogada do juizeco

    Claro que a jogada do juizeco alucinado é acochar o Vaccarezza. Mantendo-o na cadeia até o cabra não resistir, vindo a expelir o nome mágico do grande presidente Lula.

    A turma da farsajato, sobretudo o maníaco de Curitiba, a cada badalada do sino da Matriz, o desespero aumenta para arrumar um ovo com pelos, e atribuir a propriedade do cabeludo, ao Lula.

    Enquanto isso, o Lulão anda de busão lotadasso de nordestinos cabras da peste. Se preferir: Cabra-Macho  Agora mesmo está nas Alagoas, dependurado nos braços dos nordestinos, seu povo.

    Orlando

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