Jornal GGN – A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de julho para agosto de 2015 (série com ajuste sazonal) foi acompanhada por dez dos 14 locais pesquisados, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os recuos mais intensos foram registrados por Pará (-4%), Goiás (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).
Com os resultados desse mês, o primeiro local intensificou o ritmo de queda assinalado em julho último (-0,4%); o segundo eliminou o acréscimo de 0,5% observado no mês anterior, quando interrompeu três meses consecutivos de redução na produção, período em que acumulou perda de 4,5%; e o último devolveu parte da expansão de 4,6% verificada em julho, quando reverteu três seguidos de taxas negativas, que acumularam queda de 7,2%.
Amazonas (-2,2%), Pernambuco (-2,2%), Espírito Santo (-1,9%), São Paulo (-1,7%) e Paraná (-1,3%) também apontaram recuos mais intensos do que a média nacional (-1,2%), enquanto Bahia (-1%) e região Nordeste (-0,6%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em agosto de 2015. Por outro lado, Ceará, com expansão de 3,5%, mostrou o avanço mais elevado, recuperando parte do recuo de 4,5% observado no mês anterior. Os demais resultados positivos foram registrados por Santa Catarina (1,1%), Minas Gerais (0,9%) e Rio de Janeiro (0,2%).
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria recuou 1,2% no trimestre encerrado em agosto de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Em termos regionais, dez locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Paraná (-2,2%), Amazonas (-1,8%), São Paulo (-1,5%), Espírito Santo (-1,4%) e Goiás (-1,2%). Bahia (2,4%) registrou o principal avanço no mês.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 9% em agosto, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Amazonas (-13,8%), São Paulo (-12,9%), Rio Grande do Sul (-12,6%), Paraná (-11,4%) e Ceará (-10,8%). Goiás (-8,5%), Santa Catarina (-7,4%), Pernambuco (-6,7%), Minas Gerais (-4,7%), Rio de Janeiro (-4,0%), Pará (-2,8%) e região Nordeste (-1,8%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Mato Grosso (6,4%) assinalou o maior avanço, seguido pelos crescimentos vistos na Bahia (2,7%) e Espírito Santo (0,8%).
Os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice do primeiro quadrimestre do ano com o resultado do período maio-agosto de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que sete dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -6,3% para -7,5%. Nesse mesmo tipo de confronto, Espírito Santo (de 19% para 7,7%), Pernambuco (de -0,2% para -5,6%), São Paulo (de -7,0% para -12,0%), Pará (de 8,0% para 3,3%) e Goiás (de -1,0% para -5,4%) apontaram as maiores perdas, enquanto Bahia (de -12,3% para 0,5%), Amazonas (de -17,3% para -11,7%) e região Nordeste (de -6,2% para -2,3%) assinalaram os principais ganhos de ritmo entre os dois períodos.
No indicador acumulado para o período janeiro-agosto de 2015, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à média nacional (-6,9%): Amazonas (-14,7%), Rio Grande do Sul (-10,0%), São Paulo (-9,7%), Ceará (-9,2%) e Paraná (-7,7%). Santa Catarina (-6,8%), Minas Gerais (-6,6%), Bahia (-5,9%), Rio de Janeiro (-5,1%), região Nordeste (-4,3%), Goiás (-3,6%) e Pernambuco (-2,7%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos oito meses do ano. Espírito Santo (13,0%) e Pará (5,4%) assinalaram os avanços mais intensos no índice acumulado no ano, impulsionados pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo, enquanto Mato Grosso, com expansão de 1,2%, mostrou o avanço mais moderado.
Já o total acumulado nos últimos doze meses registrou queda de 5,7% em agosto, a perda mais intensa desde dezembro de 2009 (-7,1%), mantendo assim a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em agosto de 2015 e dez apontaram menor dinamismo frente ao índice de julho último. As principais reduções no ritmo de queda entre julho e agosto foram registradas por Goiás (de 0,4% para -1,0%), Espírito Santo (de 14,4% para 13,1%), Pará (de 5,9% para 5,1%), Ceará (de -6,6% para -7,3%) e Rio Grande do Sul (de -6,9% para -7,4%), enquanto Bahia (de -4,1% para -3,3%) mostrou o maior ganho entre os dois períodos.
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