Indústria interrompe quedas e fecha janeiro em alta de 2%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A produção industrial interrompeu uma sequência de quatro meses de perda e encerrou o mês de janeiro com um crescimento de 2% frente a dezembro de 2014, na série livre de influências sazonais, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em novembro, o setor registrou perdas de 1,1%, que chegaram a 3,2% em dezembro.

Apesar do resultado positivo, a indústria recuperou apenas parte da perda de 4,3% acumulada no período novembro-dezembro de 2014 e ainda encontra-se 8,9% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.  A taxa acumulada nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,5% em janeiro de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).

Os dados mostram que a expansão da atividade industrial na passagem de dezembro de 2014 para janeiro de 2015 mostrou resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto positivo foi registrado por produtos alimentícios, que avançou 3,9%, eliminando parte da perda de 4,5% acumulada nos meses de novembro e dezembro últimos. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas e equipamentos (7,6%), metalurgia (5,4%), indústrias extrativas (2,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9%).

Entre os 11 ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância foram assinalados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,8%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,8%). Com exceção do primeiro setor, que mostrou taxa negativa pelo terceiro mês seguido e acumulou perda de 9,7% nesse período, as demais atividades apontaram resultados positivos em dezembro último: 1,9% e 7,7%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, a comparação com o mês imediatamente anterior mostra que o segmento de bens de capital, ao avançar 9,1%, assinalou a expansão mais acentuada em janeiro de 2015, influenciada principalmente pela maior produção de caminhões, após a concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas no mês anterior. Esse crescimento foi o mais intenso desde julho de 2014 (14,7%) e recuperou parte da redução de 13,4% acumulada entre outubro e dezembro últimos.

O segmento de bens intermediários (0,7%) também mostrou taxa positiva nesse mês e interrompeu o comportamento predominantemente negativo presente desde setembro de 2014, período em que acumulou perda de 2,6%. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-1,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) registraram os resultados negativos em janeiro de 2015, com ambos apontando o quarto mês consecutivo de queda na produção e acumulando nesse período redução de 8,2% e de 4,3%, respectivamente.

Ainda na série sazonalmente ajustada, a evolução do índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2015 frente ao mês anterior, após também assinalar queda em novembro (-0,5%) e dezembro (-1,4%). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-2,1%) mostrou a redução mais acentuada em janeiro e praticamente manteve o ritmo de queda verificado no mês anterior (-2,3%).

Os segmentos de bens de capital (-1,3%), de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) e de bens intermediários (-0,1%) também registraram taxas negativas nesse mês, com os dois primeiros permanecendo com a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014; e o último mantendo o comportamento predominantemente negativo presente desde dezembro de 2013.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Enfim, uma notícia boa no

    Enfim, uma notícia boa no meio desse caudal de desgraças que nos jogam na cara todos os dias. Imagino como será, ou como foi, a divulgação desse informe pela imprensa compromissada. Abundarão mas, contudo, todavia, entretanto……..

    Souve hoje pela leitura dos jornais que o Paulinho da Força(do Mal), aquele… mais sujo que pau de galinheiro, consultará advogados para subsidiar um eventual pedido de impeachment da presidente. Só está esperando “a crise aumentar”.

    Esse é o padrão ético, cívico dessa corja hipócrita que nada quer saber de Petrobrás, do Brasil, mas apenas ferrar o governo e o PT e se assenhorar do Poder. 

     

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