Janot se defende, reafirma denúncia e diz que a lei é para todos

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Em nota à imprensa, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, afirma que cumpre o comando constitucional “à risca” e que ninguém está acima da lei. Sua nota foi motivada pelas declarações dadas por Michel Temer, em pronunciamento (leia mais) na tarde de ontem, terça, dia 27, em que critica a denúncia apresentada por Janot e a validade das provas, principalmente a gravação da conversa com Joesley Batista, que classificou como ilícita.

A nota diz que Janot cumpre, à risca, o comando constitucional de que ninguém está acima ou fora do alcance da lei, e que em caso de transgressão é preciso que as instituições, em pleno funcionamento, busquem as devidas punições. “Se assim não fosse, não haveria um Estado Democrático de Direito”, reza a nota.

O procurador-geral afirma que a denúncia apresentada contra Temer é composta por provas colhidas na investigação e que segue a tramitação prevista na Constituição. “A denúncia é pública e baseada em fartos elementos de prova, tais como laudos da Polícia Federal, relatórios circunstanciados, registro de voos, contratos, depoimentos, gravações ambientais, imagens, vídeos, certidões, entre outros documentos, que não deixam dúvida quanto à materialidade e a autoria do crime de corrupção passiva. A peça foi submetida à análise do Supremo Tribunal Federal e seguirá o trâmite previsto na Constituição Federal”, continua.

No tocante às declarações de Temer sobre o ex-procurador da República, Marcello Miller, que saiu do Ministério Público direto para um escritório de advocacia que trabalhou no acordo de leniência do Grupo JBS, Janot informou que Miller não atuou enquanto procurador no acordo de delação premiada que levou à investigação contra o presidente.

“Ele integrou a Assessoria Criminal do procurador-geral da República de setembro de 2013 a maio de 2015. De maio de 2015 a julho de 2016, ele foi designado para integrar o Grupo de Trabalho da Operação Lava Jato na PGR, em Brasília. A partir de 4 de julho de 2016, ele voltou a ser lotado na PR-RJ, com processos distribuídos ao seu ofício, atuando junto ao Grupo de Trabalho somente como membro colaborador”, conclui a nota.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. A piada do ano!

    Nem li o artigo. Bastou a frase: “A lei é para todos.”

    Como se o judiciário golpista calhorda não tivesse seus interesses corporativos (e bota corporativo nisso – ou seria porcorativo?) e políticos (SEM TEREM SIDO VOTADOS PARA ISSO).

    Aliás, não é esse o nome do filme que foi produzido com dinheiro do tráfico (dá para imaginar qualquer origem, já que não se sabe quem financiou a “obra”) e TOTAL APOIO do braço armado dos golpistas calhordas do judiciário?

  2. Ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, exceto Joesley

    Se ninguém está fora do alcance da lei, porque o Joesley vai escapar impune?

    Diz aí, Janot de bosta

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