Judeus brasileiros iniciam movimento para que Estado Palestino seja reconhecido

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Sérgio Storch

Uma onda dissidente na comunidade judaica brasileira vem acumulando forças, e se articulando com setores importantes no movimento dentro de Israel pelo fim da ocupação. Às vésperas do Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino,  judeus brasileiros que incluem lideranças de vários grupos juvenis e dezenas de intelectuais, artistas e profissionais liberais de 7 das maiores cidades brasileiras, e também pessoas residentes na Austrália, Israel e Turquia, divulgam uma carta de apoio a iniciativa de 660 israelenses, que pedem a parlamentares da União Europeia para atuarem para que seus países reconheçam o Estado Palestino.

O movimento responde também à tensão derivada de ações do governo Netanyahu com provocações aos palestinos na questão de acesso aos lugares sagrados, e com um projeto de lei submetido ao Knesset (Parlamento), que pretende instituir oficialmente a discriminação a não-judeus.

Diferente de iniciativas pontuais anteriores, desta vez a campanha prosseguirá acumulando força para catalisar outras iniciativas na Diáspora que fortaleçam os setores em Israel que resistem à direitização e ao racismo crescentes na sociedade israelense. A expectativa dos organizadores (rede JUPROG – Judeus Progressistas) é alcançar 1000 assinaturas qualificadas em 60 dias (120 foram obtidas em 10 dias, e agora se inicia um processo multiplicativo pelas redes sociais).

 

Esse movimento ocorre num contexto em que até nos Estados Unidos, que tem a maior comunidade judaica fora de Israel, com população quase equivalente, já se produziram rupturas no coração do establishment judaico (*).

A carta aberta (com versão em inglês para ser utilizada em Israel e outros países) encontra-se neste link: http://bit.ly/1BYsbVt, onde está linkada a página com assinaturas até 27/11.

(*) Henry Siegman, Leading Voice of U.S. Jewry, on Gaza: “A Slaughter of Innocents” | Democracy Now! – líder do American Jewish Congress – http://bit.ly/1wyv474

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Excelente iniciativa………….

    Quero parabenizar a todos os judeus na Diáspora pela iniciativa, e digo mais que além do reconhecimento, sejam respeitadas as resoluções da ONU que dizem para Israel retornar as fronteiras de 1967!

    Sei que é uma luta árdua, frente aos que se opôem a estas Resoluções, mas como os judeus na Diáspora, têem uma mentalidade mais progressista, podem contar também comm os não-judeus nesta grande empreitada!!!

    Caso não sejamos bem sucedidos, sugiro que façam a assimilação, pois considero que já passou da hora de buscarmos uma Paz duradoura com nossos irmãos palestinos que também são semitas,  ou tudo estará perdido.

    Continuar dialogando com este governo facista que a cada dia, mergulha Israel no obscurantismo medieval e nada faz para por fim a este conflito que já dura dezenas de anos, e ainda quer criar mais legislação de confronto com os palestinos e por extenção com a comunidade mundial, fica muito dificil, senão impossível  !!!!!!!!!!!!!!

    1. judeus antissemitas!

      Governo fascista de Israel??!! Oi!!??

      Israel é a unica democracia do Oriente Médio!!!

      Vai pesquisar e estudar, quais os governos que enforcam homossexuais , mulheres que resolvem pensar, e quem se atrve a não seguir o Islã!! A religiaõ que tornou o pedofilismo institucional.

      Judeus que são contra Israel são judeus vira-latas , antissemitas.

      1. Cambada de ignorantes que

        Cambada de ignorantes que desconhecem ou, pelo menos fingem desconhecer a verdade dos fatos, vou refrescar a memória de vocês: numa entrevista a um jornal holandês, no dia 31/03/1977, Zahrir Muhsehn, membro do comitê executivo da OLP disse ” o povo palestino não existe. A criação de um Estado Palestino é um dos meios para continuar a nossa luta contra o Estado de Israel e pela nossa unidade árabe Hoje, na realidade, não há nenhuma diferença entre jordanianos, palestinos, sírios ou libaneses. Só por razões políticas e táticas é que nós falamos da existência de um povo palestino uma vez que o interesse nacional árabe exige que coloquemos a existência de um povo palestino em oposição ao sionismo”.

      2. Por incrível que possa

        Por incrível que possa parecer, esses judeus que reconhecem a necessidade da criação de um estado Palestino são os que melhor defendem os interesses de  Israel. Pois na opinião de um ex-chefe do Mossad (em recente artigo no Haaretz) e de vários ex-chefes do serviço de defesa israelense (fonte: documentário israelense The Gatekeepers, 2012),  as soluções estritamente militares para o conflito apenas aumentam os riscos para Israel. Para cada lider terrorista palestino assassinado, surgem vários outros. É fato: o governo israelense está deixando Israel cada vez mais isolado e a ocupação da Cisjordância não é mais sustentável do ponto de vista político, demográfico e militar. Como a simples desocupação da Cisjordânia não é mais possível, o único caminho viável é negociar as condições da criação desse futuro estado palestino – algo que o governo atual não está fazendo.

  2. propaganda facista pro arabe nao Nassif?!

    Isntituir ificialmente o preconceito com nao judeus??? NAO! Diz somente que Israel eh um pais  Judaico.  Simples e muitoooooo melhor do que os 80 paises Muculmanos que  enforcam quem sai sem veu na rua ou realiza estuptos multiplos para mulheres que traem os maridos.

    Israel eh uma umica ilha de democracia naquele oriente medieval com leis de shaaria que sao a mais pura maldade, como o casamento com criancas, como o profeta pedofilo Maome fez..

    absurdo tudo que vcs escreveram e pior ainda eh o comentario acima… Pros leigos, foi escrito por pessoas pagas que passam os dias na internet fazendo esse tipo de comentario racista contra judeus e pagos por governos  arabes.. Escoria

  3. estado palestino

    Numa entrevista a um jornal holandês no dia31/3/1977, Zahir Muhseln, membro do comitê executivo da OLP ( nem palestino era mas sim sírio tal como Arafat era egípcio) disse ” o povo palestino não existe. A criação de um estado palestino é um dos meios para continuar nossa luta contra o Estado de Israel e pela nossa unidade árabe. Hoje, na realidade, não há nenhuma diferença entre jordanianos, palestinos, sírios ou libaneses. Só por razões políticas e táticas é que nós falamos da existência de um povo palestino, uma vez que o interesse nacional árabe  exige que coloquemos a existência de um povo palestino em oposição ao sionismo.”  

       Então cambada de cínicos que querem limpeza étnica de judeus no único lugar que tem raízes judaicas, história, e livro que documenta essa história e arqueologia que comprova essa história! As mesquitas foram feitas na Idade Média  em cima do lugar mais sagrado para o judaismo sem nenhuma consideração os ocupantes muçulmanos ocuparam o lugar mais sagrado dos judeus e nem mesmo permitem que eles orem nas proximidades desse local! O senhor Nassif não tem num um pouco de vergonha na cara de expor a ingenuidade de judeus que querem desmerecer e entregar tudo que temos em troca da paz! Até nos discursos na mesquita de Al-Aksa os muçulmanos ocupantes de Jerusalém que rezam voltados para Meca prometem matar até o último judeu pois querem judenreit ou limpeza étnica de judeus e estes que apoiam o Estado Palestino apoiam o que aparece nos mapas dos livros didáticos palestinos: nesses livros didáticos só existe a Palestina, Israel não existe! Mais uma perguntinha: esses judeus que apoiam essa Palestina terão permissão para morar ou simplesmente visitá-la?????

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  4. O QUE DISSE ZAHIR MUHSEHN EM 31/3/1955

    Em entrevista a um jornal holandês disse Zahir Musehn, membro do comitê executivo da OLP ( ele era sírio) ” o povo palestino não existe. A criação de um Estado Palestino  é um dos meios para continuar nossa luta contra o Estado de Israel…” O mufti de Jerusalém continua fazendo discursos virulentos para executar a limpeza étnica de judeus, resta saber se esses judeusque defendem esse estado palestino sabem que ele tal como os livros didáticos palestinos ensinam às crianças árabes mostram só a Palestina! 

    1. É evidente que o contexto de

      É evidente que o contexto de 1955 não é mais o mesmo. Se, por um lado, os países árabes poderiam ter absorvido uma grande parte da população palestina que emigrou ou foi expulsa do território israelense, assim como Israel absorveu judeus emigrantes dos países árabes, e com isso resolver grande parte do problema dos refugiados, por outro lado, negar a identidade nacional palestina é uma arbitrariedade preconceituosa. Identidade nacional é sempre uma construção, mas isso é o mesmo para todos os povos e não serve de pretexto para a negação de direitos.

  5. Critique o sionismo e as

    Critique o sionismo e as ações violentas do Estado de Israel e ganhe o rótulo de antissemita. Típico de quem quer ver só um lado. O lado do Ocidente e o apoio estadunidense irrestrito na questão.

    Enquanto os sionistas não expulsarem todos os palestinos dos territórios que arrogam para si propriedade, não sossegarão.

    Recomendo o vídeo abaixo:

    https://www.youtube.com/watch?v=fBsemwK4DJc

    1. Boa fonte

      Esse video ai que voce postou tem um cara religioso baseando seus argumentos na palavra de Deus.

      Fora essa fonte que outras fontes voce tem baseadas em fatos e nao em “profetas”?

      1. Como?

        Fonte do quê especificamente, amigo? Da minha opinião ou da opinião do judeu do vídeo? Aliás, o vídeo postado não é fonte de nada, mas pra servir como alguma fonte de inspiração.

        Mas tenho, por exemplo, algumas fontes dos vetos americanos contra as inúmeras resoluções da ONU contra os atos abusivos do Estado do Israel.

        E tenho fontes de autores judeus que consideram o Sionismo algo diverso ao Judaísmo e não encampam essa empreitada lunática de alguns fundamentalistas que pregam disfarçadamente a expulsão dos palestinos.

      2. Conflito palestino-israelense

        Criei uma página no Facebook que se cham Palestina, e que pretende ser tão sómente um lugar de estudos, uma sala, uma biblioteca, sem nenhuma finalidade de conflito ou debate. Já tem ali mais de vinte vídeos e um ou outro texto, a grande maioria de judeus, e a quase totatilade de intelectuais, das áreas da Hisória, da Ciência Política, da Sociologia. É a sugestão que tenho para estudos sérios.

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