Juros para pessoa física voltam a subir em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A taxa média de juros do crédito para as famílias subiu em abril, de acordo com dados do Banco Central (BC): de março para o mês passado, a alta apurada no segmento livre chegou a 1,7 ponto percentual, com a taxa de 56,1% ao ano, a mais alta da série histórica do BC, iniciada em março de 2011. Nas operações com as famílias, a taxa média apresentou elevações de 0,7 ponto percentual (p.p) no mês e 2,8 pontos em doze meses, alcançando 33,9% ao ano (a.a).

No segmento livre, o destaque ficou para a alta de 8,8 pontos percentuais no crédito pessoal não consignado. No crédito direcionado, registrou-se custo médio de 8,4% ao ano, o que corresponde a uma redução mensal de 0,1 ponto, refletindo o declínio de 0,2 ponto percentual nas taxas dos financiamentos imobiliários.

O valor médio dos juros praticados nas operações de crédito do sistema financeiro alcançou 26,4% ao ano em abril, com elevações de 0,5 ponto no mês e 2,5 pontos em doze meses. No crédito livre, o custo médio atingiu 41,8% ao ano, com altas respectivas de 0,9 ponto e 5,4 pontos. Nas contratações com recursos direcionados, a taxa situou-se em 8,7% ao ano, após aumentos de 0,3 ponto percentual e 0,7 ponto.

No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9% ao ano. No caso das famílias, houve redução de 0,1 ponto percentual, com taxa em 8,4% ao ano.

A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 1,7 ponto percentual para 347,5% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 3,1 pontos percentuais para 114,6% ao ano. A taxa do cheque especial chegou a 226% ao ano, em abril, com alta de 5,6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) chegou a 26,9% ao ano.

Nos empréstimos às empresas, a taxa média alcançou 18,5% ao ano em abril, o que corresponde a aumentos de 0,4 ponto percentual no mês e 1,9 ponto em doze meses. Nas contratações com recursos livres, o custo médio situou-se em 26,6% ao ano (+0,1 ponto percentual no mês), enquanto no segmento direcionado, a taxa média atingiu 9% a.a., aumento de 0,6 p.p. no mês, com destaque para a alta de 0,8 p.p. nos financiamentos com recursos do BNDES para investimentos.

O spread bancário das operações de crédito situou-se em 17 pontos percentuais, após aumentos de 0,6 ponto no mês e 1,7 ponto percentual em doze meses, com maior elevação nas.operações praticadas com as famílias, cujo spread alcançou 24,3 pontos percentuais (+0,9 ponto no mês). No crédito às empresas, o spread atingiu 9,3 pontos percentuais (+0,3 p.p. no mês). Nos segmentos livre e direcionado, o spread atingiu 29,3 p.p. e 2,9 p.p., respectivamente, com altas mensais de 1,1 p.p. e 0,2 p.p.

A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, alcançou 3% no mês, ao elevar-se 0,2 ponto percentual no mês e 0,1 ponto em doze meses. No mês, o indicador permaneceu estável no segmento de pessoas físicas e aumentou 0,2 ponto percentual no de pessoas jurídicas, situando-se, respectivamente, em 3,7% e 2,3%. No crédito livre, o nível de atrasos situou-se em 4,6%, alta de 0,2 ponto, enquanto no crédito direcionado, alcançou 1,2%, ao elevar-se 0,1 ponto percentual.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Se reduzir a selic para

    Se reduzir a selic para 10%a.a. os juros continuarão na estratosfera. Portanto, a selic deve ser reduzida rapidamente em 3 pontos, a economia do governo será de dezenas de bilhões de reais, que serão investidos na saúde, educação, infraestrutura, saneamento, etc.

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