Justiça libera documentos da Operação Lava Jato à CPI da Petrobras

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Agência Brasil

Juiz libera investigações da Operação Lava Jato para CPI da Petrobras

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou hoje (13) o compartilhamento das provas da investigação da Operação Lava Jato com a CPI da Petrobras. Os parlamentares terão acesso à investigação da Polícia Federal sobre possíveis desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O processo envolve o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Os detalhes sobre supostas contas bancárias secretas do ex-diretor em bancos da Suíça também chegarão aos senadores.

De acordo com o juiz, a CPI poderá auxiliar na investigação. “Considerando que o compartilhamento irá instruir investigação criminal realizada pelo Congresso e de crimes apenados com reclusão (corrupção, peculato e lavagem, aparentemente) e que as provas colhidas neste feito e nos conexos podem servir eventualmente a outras investigações, não havendo ainda princípio da especialidade a impedir o compartilhamento das provas, é o caso de deferir o requerido”, decidiu Moro.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os desvios na construção da refinaria pernambucana ocorreram por meio de contratos superfaturados, feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014. Segundo o MPF, a obra orçada em R$ 2,5 bilhões, custou mais de R$ 20 bilhões. A investigação indica que os desvios tiveram a participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de Alberto Youssef, dono de empresas de fachada.

Nesta semana, o Ministério Público da Suíça informou à Justiça Federal brasileira que foram descobertas naquele país contas bancárias no valor de US$ 29 milhões ligadas ao caso. Foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Paulo Roberto Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Youssef. Do total, US$ 23 milhões pertencem ao ex-diretor da Petrobras, segundo o levantamento suiço.

Paulo Roberto Costa é suspeito de ligação com uma organização criminosa que lavava dinheiro em seis estados e no Distrito Federal, desarticulada na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Em um dos processos, Costa e Youssef estão envolvidos em desvio de dinheiro na construção da refinaria pernambucana. Na segunda ação penal, Costa é acusado de obstruir as investigações com a cumplicidade das duas filhas, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Querem ver ele sair bem na

    Querem ver ele sair bem na foto: é só começar a culpar petistas e ele sai herói da mídia. Me dá medo desses grandes corruptos quando estão na parede, pois a gente sabe como funciona tudo isso na justiciaria tupiniquim: eles, justiceiros, mandam esse daí culpar petistas e, logo logo, será  oferecido o habeas corpus do jb, do gm, mam e seus iguais. Mas, se ele aí, optar em falar a verdade, estará sentenciado à morte como profissional, como homem, como cidadão.

    1. Ou acontece o mesmo que

      Ou acontece o mesmo que aconteceu  na CPI do cachoeira, o PT tava todo animado quando ela prejudicaava o DEM-DF mas tirou o time de campo quando chegou nas empreiteras que tambem financiavam o partido!

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