Lava Jato deve arquivar inquérito contra Valdir Raupp

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
 
Jornal GGN – Acusado inicialmente de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) foi isento das acusações em relatório da Polícia Federal, enviado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
 
De acordo com a delegada Graziela Machado, foi possível verificar que Raupp fez lobby “moral e eticamente questionável”, junto à empreiteira Brasília Guaíba, do Rio Grande do Sul, em possibilidade de contrato com a Petrobras, em suposta troca de doações para sua campanha ao Senado em 2010.
 
Entretanto, “não foram colhidos elementos suficientes no sentido de que a atuação do senador foi precedida ou sucedida da solicitação de vantagens indevidas, configurando o crime de corrupção passiva”. Por isso, o relatório da PF encaminhado ao Supremo indica a impossibilidade de seguir no processo.
 
A decisão, por outro lado, cabe à Procuradoria-Geral da República se irá apresentar ou não denúncia contra o peemedebista. As acusações partiram das delações de Fernando Baiano, intermediário de propinas em contratos da Petrobras com políticos do PMDB.
 
Os relator foram trazidos por Baiano, mas os delegados não conseguiram coletar provas dos indícios, como o elo que relacionam as doações à campanha de Raupp com o esquema de corrupção narrado pelo delator. Os fatos ocorreram simultaneamente, “demonstrando que havia ambiente propício à solicitação”, mas a delegada admitiu que o conjunto de indícios “foi insuficiente para corroborar a narrativa do colaborador quanto a esse aspecto”.
 
O documento, que já chegou aos gabinete do ministro Edson Fachin, será agora remetido à PGR para um posicionamento, antes da decisão do relator da Lava Jato no STF.
 
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Para petistas, não precisa

    Para petistas, não precisa prova;

    Para peemedebistas, só com prova;

    Para tucanos, nem com prova.

    DURATEX SED LEX.

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