Levy admite ter usado termos inadequados ao comentar desoneração

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Jornal do Commercio

Levy reconhece que foi ‘infeliz’ em declaração sobre desoneração da folha

”Fui coloquial demais”, disse ele a auxiliares, segundo relato obtido pela reportagem

 / Foto: ABr

Foto: ABr

Após criticar medidas econômicas revistas pelo atual governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reconheceu a integrantes de sua equipe que foi “infeliz” ao usar algumas expressões em entrevista coletiva realizada na sexta-feira (27).

“Fui coloquial demais”, disse ele a auxiliares, segundo relato obtido pela reportagem. Neste sábado (28), Dilma Rousseff também usou o termo para classificar a fala do ministro.

Na entrevista, Levy, afirmou que a desoneração da folha de pagamento, que está sendo alterada pelo governo, não tem criado nem protegido empregos. “Você aplicou um negócio que era muito grosseiro. Essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano, e estudos mostram que ela não tem criado nem protegido empregos”, disse.

Segundo Levy, o governo tem gasto cerca de R$ 100 mil para manter cada emprego nesses setores, o que “não vale a pena.” “É por isso que a gente está reduzindo, pela relativa ineficiência dela. Ela não tem alcançado os objetivos para que foi desenhada. É saber ajustar quando uma coisa não está dando resultado. A intenção era boa, a execução foi a melhor possível, mas temos que pegar as coisas que são menos eficiente e reduzir.”

Colegas de Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto consideraram as expressões muito duras.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. Este pessoal tecnocrata e

    Este pessoal tecnocrata e envolvido com política nunca fica desempregado por isso não estão nem ai com medidas que garantiram durante a crise bons níveis nas taxas de desemprego, bem baixas e batendo recordes da série históricas.

    A própria esquerda fritou muito o Guido Mantega, que saudades deste ministro.

  2. Joaqum Levy revela-se um mau-caráter

    Joaqum Levy revela-se um mau-caráter

    Obrou em público e, portanto, deveria ter reconhecido o erro em público, e não através de recadinho de auxiliares para o PIG.

    Por isso mesmo, fez bem a Dilma em repreende-lo em público.

  3. A intenção de Levy é boa…

    Para a esquerda melhor estatizar a Vale ou comprar ações da Petrobrás do que dar dinheiro a esses empresários. ​ 

    O governo escolheu os setores errados nessa política de desoneração, não trouxe competitividade ao país. Contribuiu para o encarecimento dos produtos brasileiros, para o empresário se o governo subsidia meu lucro pra quê vou baixar preços???

    O fim da desoneração não vai gerar desemprego pois as empresas lucraram demais enquanto durou, o setor automobilístico tentou chantagear o governo demitindo, graças a pressão e mobilização sindical as montadoras voltaram atrás.

    A equipe econômica deveria fortalecer o CADE e as medidas anti-monopólio dificultando as fusões de empresas.

  4. A única alternativa que

    A única alternativa que salvaguardaria a autoridade da presidente seria a demissão imediata do auxiliar, o que certamente não vai ocorrer. 

    Com essa fanfarronice Levy mostra a que veio, Não tem nenhuma afinidade nem compromisso com as linhas mestras do esquema de Poder que lota atualmente o Planalto. 

    Não foi linguagem coloquial coisa nenhuma. Foi, sim, a demonstração de que sua missão – aplicação do ideário liberal-transcende até as exigências  da disciplina e da cordialidade  nas relações com seu superiores. Nesse sentido, esnobou porque sabe que na presente quadra dificilmente Dilma teria a audácia de sacá-lo fora. 

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