Lewandowski nega habeas corpus e mantém Rocha Loures preso

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: STF
 
 
Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski negou, nesta terça (6), um pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, preso desde o último dia 3 pela Operação Lava Jato. Loures virou o “deputado da mala” após ser flagrado pela Polícia Federal carregando R$ 500 mil recebidos da JBS. O pagamento, segundo delatores, estava vinculado a interferências em órgão das Fazenda.
 
Ao STF, a defesa de Loures argumentou que ele foi vítima de uma “cilada” armada pelo dono da JBS, Joesley Batista. Além disso, solicitou que a gravações feitas por executivos da empresa sejam anuladas, pois também teriam sido obtidos de maneira “ardilosa”.
 
Em uma das gravações, feitas pelo empresário RicardoS Saud, Loures aparece negociando apagamentos semanais de R$ 500 mil enquanto perdurar um esquema de interesse da JBS no Cade. Saud também propôs negócios que demandavam ingerência na Petrobras, mas que poderiam render uma “aposentadoria” a Loures, ou seja, pagamentos que se arrastaria por mais de 25 anos.
 
Segundo informações de O Globo, Lewandowski sequer examinou os argumentos. Ele explicou que o entendimento do STF é de que não pode ser admitido habeas corpus contra a decisão de um ministro da corte. “A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de não ser cabível a impetração de habeas corpus contra ato jurisdicional do próprio Supremo Tribunal Federal”, escreveu o ministro.
 
Loures foi preso por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. Ocorre que a defesa de Michel Temer, que está amarrado ao inquérito de Rocha Loures, quer afastar Fachin do caso, alegando que as acusações da JBS nada têm a ver com a operação na Petrobras. Dessa forma, os atos de Fachin deveriam ter sido distribuídos a outros ministros.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Excelente.
    O STF legitimou a

    Excelente.

    O  legitimou a prisão o entregador de propina de .

    Se não fugir agora do Brasil o tirano terá que fugir da Papuda.

    Pessoalmente, ficarei satisfeito quando a T mostrar a imagem de Michelzinho triste visitando seu pai bandido no presídio federal.

  2. A prática de condutas dessa natureza se tornou algo tão natural nos agentes desse delito que em pleno tsunami de operações, prisões, denúncias, processos etc., um presidente da República tem a atitude de articular propinas com empresário alvo de investigações. Imagino no que deve ter feito em todas as suas décadas de política. 

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