Lobão diz ser quase zero o risco de desabastecimento energético

A matéria saiu ontem.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,consumidor-tera-d…

Colocam uma frase fora de contexto na chamada. Aí, você lê a matéria, e vê que não é nada disso…

Consumidor terá de pagar para ter maior segurança energética, diz Lobão Após garantir que risco de desabastecimento era ‘zero’, ministro agora diz que há uma possibilidade mínima caso não chova14 de fevereiro de 2014 | 13h 17

Consumidor terá de pagar para ter maior segurança energética, diz Lobão Após garantir que risco de desabastecimento era ‘zero’, ministro agora diz que há uma possibilidade mínima caso não chova14 de fevereiro de 2014 | 13h 17 Anne Warth – Agência Estado

BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reconheceu nesta sexta-feira, 14, que há um risco mínimo de desabastecimento de energia no País, caso as condições climáticas sejam “absolutamente adversas”. Na semana passada, Lobão havia dito que esse risco era “zero”. Segundo ele, se o País quiser ter a sua disposição uma folga maior de energia, o consumidor terá que pagar por isso.

De acordo com o ministro, o País tem hoje 126 mil MW de capacidade instalada. “Temos energia na quantidade necessária e devida”, afirmou. “Se quisermos ter uma sobra de energia para garantir uma segurança ainda maior que a que temos hoje, que é sólida, teremos que pagar por isso”, disse. “Quanto isso custará ao consumidor?”, questionou.

Estamos com a normalidade do processo, disse ele, e não com a anormalidade. Mas Lobão reconheceu o risco. “É claro que há taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não vierem chuvas”, afirmou. “Nós não contamos com esse quadro. Ora, se eu não estou contando com um quadro absolutamente adverso, eu tenho que entender que o risco praticamente não existe.”

Lobão destacou que o sistema elétrico brasileiro tem equilíbrio estrutural entre oferta e demanda, mas está sujeito a acidentes e incidentes que interrompem o fornecimento de energia. O ministro afirmou ainda que há diferença entre desabastecimento e apagões como o do último dia 4 de fevereiro.

“Apagão é uma coisa, desabastecimento é outra. Desabastecimento é o que esperamos que jamais ocorra no País”, afirmou o ministro. “É claro que todo sistema está sujeito às dificuldades que existem.”

O ministro disse ainda que o Brasil tem energia necessária para o consumo. “Temos planejamento energético, sim, e um planejamento bom, que se atualiza ano a ano”, disse. “Temos investimentos em grandes proporções.”

Aportes do Tesouro. Segundo Lobão, o governo avalia todo o cenário do setor elétrico para tomar uma decisão a respeito de novos aportes do Tesouro aos fundos setoriais que bancam o programa de desconto na conta de luz. “Ainda hoje terei um encontro com o Tesouro Nacional para discutir o assunto. Não vamos deliberar nem hoje nem amanhã, mas vamos caminhando para encontrar a solução”, afirmou.

“Estamos estudando o cenário inteiro e, depois de feito esse estudo, tomaremos uma decisão, sobretudo sob o ponto de vista do Tesouro. Mas não há nesse momento nenhuma fixação de norma e decisão. Pode ser que na próxima semana tenhamos uma decisão.”

Lobão informou que se reunirá nesta sexta com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para discutir o assunto. Entre as questões em pauta, está o déficit de R$ 5,6 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que banca programas como o Luz para Todos e a tarifa social da baixa renda. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o rombo terá que ser repassado às tarifas do consumidor, o que representaria um aumento de 4,6%.

Outro problema a ser discutido é o gasto com a compra de energia no mercado de curto prazo e com o acionamento das usinas térmicas. No ano passado, para não repassar essa despesa para o consumidor, o Tesouro transferiu R$ 9,8 bilhões para as distribuidoras. Com a seca prolongada, a situação se repetiu neste ano. O governo já sinalizou que pode pagar a despesa novamente neste ano, mas ainda não anunciou nenhuma decisão.

Luis Nassif

9 Comentários

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  1. O papel do Ministro seria

    O papel do Ministro seria exatamente o contrario : alertar para o risco de escassez de energia por causa de falta de chuvas e  criar medidas de contenção ne uso, vender prudencia e realismo e não ufanismo. Todo governo sério faria isso, é um fato da batureza que cabe a  um Governo responsavel administrar.

    O mesmo Ministro ajudou a vender o ufanismo do pre-sal que seria a Arabia Saudita do Brasil.

    1. A fala de lobão foi

      A fala de lobão foi nitidamente editada no jn, percebi que Lobão se referia a custo de redundâncias maiores que as do sistema tem no momento. O propósito do comentario sobre a fala foi de evidente deformaçao no interesse de criar mal estar nos espectadores quanto a custos adicionais.

    2. A fala de lobão foi

      A fala de lobão foi nitidamente editada no jn, percebi que Lobão se referia a custo de redundâncias maiores que as do sistema tem no momento. O propósito do comentario sobre a fala foi de evidente deformaçao no interesse de criar mal estar nos espectadores quanto a custos adicionais.

  2. O AA, o que o JN falou ontem

    O AA, o que o JN falou ontem sobre o Rio que abastece as usinas de Serra da Mesa e Tucuruí, foi criminoso, tocar o terror é o trabalho da Globo maso problema que a Usina de Tucuruí faz parte da minha Regional e posso garantir que além do rio não estar baixo, o Lago de Tucuruí, un dos maiores do mundo, está bem cheio e com seus vertedouros abertos ou seja, jogando água fora.  Se tens alguma dúvida, pegue um avião e dê uma sobrevoada por aquelas paragens antes de assinar embaixo um monte de mentiras.

  3. DESABASTECIMENTO GOVERNO ADMITE

    APAGÕES COM SOBRA DE ENERGIA

    Apagões acontecem e nem é por falta de energia. Mesmo com as térmicas ligadas o tempo todo os  reservatórios não se encheram completamente e todas as térmicas permanecem ligadas para não repetir o esvaziamento de 2012.

    Hoje, 2 verões sucessivos de pouca chuva, quentes e secos, representam maior risco do que quando o sistema iniciou com 4 anos seguidos de anos secos. Reservatórios no Rio Grande, Paranaíba e São Francisco – construídos com grande antecedência – tinham reservas para 6 anos, só com hidroelétricas. Assim, a disponibilidade crescente de energia secundária acaba viabilizando economicamente a entrada de usinas térmicas.

    Daqui pra frente funcionarão na base de um sistema hidrotérmico. Termelétricas já fornecem mais de 1/3 da energia (Kwhora) e em breve será ½ a 1/2.

     

    O problema hoje é estrutural:

    Não falta energia segundo o próprio Operador do Sistema. Falta redundância de linha de transmissão para tornar o sistema mais conectado e ter mais caminhos alternativos por onde fluir grandes blocos de potência de usinas distantes.

    O Sistema se tornou vítima do seu próprio gigantismo. O que há é  “certeza” do desabastecimento que o governo já admite.

    Admitir não é o bastante. É preciso planejar a subdivisão em sub-sistema isolados rumo à geração mais distribuída; convocar estados e empresas – que são partes intessadas – na produção da sua própria energia .

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