Maioria do STF vota por envio de denúncia de Temer à Câmara

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil
 
Jornal GGN – A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestou pelo envio da nova denúncia contra o presidente Michel Temer à Câmara dos Deputados, de autoria do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Mesmo com sete ministros votando contra suspender a peça, a decisão foi adiada e seguirá amanhã (21).
 
Relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, o ministro relator Edson Fachin iniciou a sessão posicionando-se contra o pedido da defesa do presidente Michel Temer. Ao proferir seu voto, Fachin entendeu que o Supremo só pode analisar a validade das provas ou qualquer questionamento sobre a denúncia após a Câmara dos Deputados autorizar a investigação.
 
A Constituição determina que acusações contra um presidente da República devem passar antes pelo crivo de pelo menos dois terços dos deputados antes de serem julgadas pelo STF. Até agora, a Corte entendeu que, como estabelece a Carta Maior, a pré análise compete à Câmara.
 
“Não cabe a essa Suprema Corte proferir juízo de admissibilidade sobre a denúncia antes do exame da autorização pela Câmara. Não cabe proferir juízo antecipado a respeito de eventuais teses defensivas”, entendeu Fachin.
 
A decisão de não suspender a denúncia e, com isso, enviar imediatamente à Câmara o caso depende do voto do plenário, ou seja, dos 11 ministros. Seguiram o voto de Fachin os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski. 
 
O único que concedeu a Temer a razão foi o ministro Gilmar Mendes, que votou por devolver a denúncia à PGR, agora sob novo comando, e suspender o envio à Câmara. Ainda que sendo o único a divergir da maioria, o julgamento precisará ser concluído para o envio à Câmara e será retomado amanhã, quinta-feira (21).
 
Faltam se posicionar os ministros Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. “Toca a bola que eu chuto pra lateral.”

    Pela segunda vez, o presidente será avaliado pelos seus compadres.

    Vai lá, coxinha, olhar a sua grande obra.

  2. um monte de nada..

    .. e daí? STF autoriza, mas a câmara, não.. aliás, se passar pela câmara, será decorrência de um golpe dentro do golpe.. o gordinho, filho do maia, quer assumir a presidência.. no fim, tudo a mesma porcaria.. stf só produz lixo..

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