Meirelles diz que não haverá aumento de impostos

Jornal GGN – O ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não está nos planos do governo aumentar impostos “no momento”. De acordo com ele, serão tomadas medidas para conter os gastos públicos para evitar a elevação da carga tributária. Subsídios poderão ser reduzidos.

“Em último caso, em algum momento, pode-se temporariamente estabelecer ou propor algum imposto, se for necessário, à frente. Há consenso de que a carga tributária brasileira hoje já está num nível elevado. É importante não sobrecarregar ainda mais a sociedade com impostos”, disse Meirelles.

Da Agência Brasil

Meirelles: governo descarta aumento de impostos “no momento”

Por Ana Cristina Campos, Daniel Lima e Yara Aquino

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (24) que o governo não está “no momento” contemplando aumento de impostos. Segundo o ministro, o governo vai tomar medidas como a contenção dos gastos públicos para evitar a elevação da carga tributária e poderá reduzir subsídios.

“Em último caso, em algum momento, pode-se temporariamente estabelecer ou propor algum imposto, se for necessário, à frente. Há consenso de que a carga tributária brasileira hoje já está num nível elevado. É importante não sobrecarregar ainda mais a sociedade com impostos”, disse Meirelles, durante a entrevista coletiva para detalhar as primeiras medidas econômicas do governo do presidente interino Michel Temer.

Ao anunciar as novas medidas para os líderes da base aliada no Congresso, o presidente interino Michel Temer disse que enviará uma emenda constitucional ao Congresso para limitar gastos públicos. As despesas do setor público, segundo Temer, se encontram em uma trajetória insustentável. “Vamos apresentar a proposta de emenda que limitará o crescimento dos gastos”, disse.

Meirelles também destacou, durante a entrevista para detalhar as medidas de contenção do déficit público, que a devolução de aproximadamente R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional faz parte da boa gestão das contas públicas. “Esses recursos estavam ociosos, causando custo desnecessário. Estamos fazendo uma boa gestão das contas públicas, como mencionou o presidente Temer”, disse Meirelles.

Redação

12 Comentários

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  1. Por que usar “interirno” para quem é golpista?

    Esse é um governo GOLPISTA, USURPADOR! Então, nada de falar em interino. Essa corja será marcada como GOLPISTA para o resto dos dias.

    Interino é o cunha que o pariu!

  2. A velha cartilha dos Chicago´s Boys

    A velha e surrada cartilha dos monetaristas (ou financistas) jamais será abandonada por essa trupe. Creio que até alunos de primeiro grau são plenamente capazes de entender que recolher recursos do Fundo Soberano e do BNDES para abater a dívida pública é de uma burrice homérica, com uma Selic a 14,25%. Enxugar gelo é ilusão. O FHC fez isso quando doou as estatais para “abater na dívida pública” e o resultado nós conhecemos. As decisões do Meireles e Cia não deram certo no mundo inteiro, não deram certo recentemente no plano leviano do Levy, mas os caras não desistem.

  3. golpe moderno…

    ou típico de país com políticos ignorantes e comprometidos

    e com toda carreira monitorada externamente……………………………………..

    playground para especuladores e doleiros, haja vista tudo acontecendo quase com a mesma rapidez de mercado lucrativo e temporário

  4. Falácia e mais falácias. As

    Falácia e mais falácias. As críticas à carga tributária nacional tangencia o principal: o seu imoral perfil regressivo e a oneração do produto e não da renda. Nesse último aspecto também distorcida, porque injusta,  pelo fato de ser repassada para os preços finais, ou seja, pobres, ricos e arremediados estarão no mesmo patamar tributário.

    Se o Ivens Dias Branco, o homem mais rico do Ceará e o oitavo do Brasil, comprar uma TV plasma por R$ 1.500,00 pagará o mesmo imposto agregado que um morador da Favela Lagamar aqui de Fortaleza. 

    Ocorre que nesse tema tributação vale o dito popular “quem pode mais chora menos”. Ouse ao menos falar por hipótese em se criar um imposto sobre grandes fortunas. O mundo virá abaixo. 

    Nós não temos carga tributária grande, mas tremendamente iníqua e sob a égide de um sistema caótico e complexo. 

  5. A esta altura podemos

    A esta altura podemos antecipar alguns pontos.

     

    Está mais do que claro que o tal choque de confiança não ocorreu e nem vai ocorrer. Evidentemente, isso foi e é uma tolice, sem nenhuma base empírica minimamente razoável (*). A reação dos mercados às medidas do “gênio” Meirelles é de cautela, para não dizer desconfiança, pois uma coisa é aderir ideologicamente ao discuso neoliberal; outra coisa, muito diferente, é apostar o seu dinheiro numa furada. No fundo, os neoclássicos têm alguma razão: os agentes econômicos são racionais. O problema é que a ideologia leva a racionalizar absurdos e, portanto, a apoiar medidas tolas. Mas não leva a colocar o seu rico dinheirinho numa má aposta.

    Investir? Com essa capacidade ociosa? Que tal esperar pela demanda? Não seria mais prudente? E ainda com essa taxa de juros… Aumentar o consumo? Com esse nível de endividamento das famílias? Elas estão suando sangue para reduzir seus passivos. E com essa taxa de juros… (desculpem a insistência no juros; é que eles se impõem).

    Meirelles sempre foi uma fraude. A sua equipe tem técnicos com alguma competência em áreas muito específicas. Mas não há nenhuma cabeça capaz de pensar o país. O Temer não tem projeto nenhum, a não ser se manter no poder. Acredita que delegando a economia à fraude Meirelles, o seu projeto se viabilizará. Cedo acordará (se ainda estiver no poder, o que parece cada vez menos provável). A única alternativa do golpismo é que exista alguma lucidez no Banco Central, ou seja, que reduzam juros muito e rapidamente. 

    (*) Não me venham citar o caso da Irlanda, l´enfant chérie do discurso neoliberal. Em 2007, antes da grande crise, o dispêndio do governo sobre o PIB era de 35,9%. Em 2010, aumentou para 65,7%! Voluntária ou involuntariamente, praticou-se uma política anticíclica que impediu o colapso do país. Obviamente, após evitar esse colapso, um programa de ajuste de se fez necessário. Em 2011 os gastos sobre o pib se reduziram para 45,5%, e, depois para 41,8% (2012), 39,7% (2013), 38,6% (2014) e 35,1% (2015). Observem, eles ainda são maiores do que antes do início da crise. Mas se o gastos em relação ao pib se reduziram, de onde veio a demanda? Setor externo (ou seja, exportações menos importações). É claro que essa possibilidade não se coloca para o Brasil.

  6. Quem lembrou daquelas

    Quem lembrou daquelas coletivas de Zélia Cardoso de Mello e sua equipe? E do desmonte que veio logo após? Aquela época era o início de um neoliberalismo tardio chegando ao Brasil. E agora será o neoliberalismo zumbi que volta para nos atacar?

  7. Dizeres

    o meirelles diz que não vai aumentar impostos,

    o jucá diz que não falou da lava jato

    o temer diz que tem condições de governar,

    o gilmar diz que o jucá não disse nada,

    a mídia diz que não houve golpe…

    e eu digo:

    tamos lascados!

  8. ALGO ME DIZ QUE …

    MEIRELLES JOGOU O NOME NO LIXO… UMA AMIGA PESTISTA DE CARTERINHA NA ÉPOCA QUANDO ERA O GOVERNO LULA ELA DISSE QUE NENHUM PETISTA GOSTAVA  DE MEIRELLES PORQUE ELE TRABALHAVA PARA BANQUEIROS,  COMO LULA ESTAVA ESTAVA BEM  NO GOVERNO JAMAIS DEI ATENÇÃO A ISSO, AGORA VEJO QUE ELA TINHA RAZÃO, ELE PRECISOU TRABALHAR PARA UM CANALHA PARA EU CONHECÊ-LO COMO ECONOMISTA. TALVEZ SEJA POR ISSO QUE A DILMA NÃO SE AFINAVA COM ELE E COM RAZÃO.

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