Moro manda bloquear R$ 6 milhões de Vaccarezza e não acha nem R$ 10 mil

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O juiz Sergio Moro ordenou que o Banco Central bloqueasse contas do ex-deputado Cândido Vaccarezza no limite de R$ 6 milhões, mas encontrou pouco menos que R$ 10 mil em posse do ex-líder dos governos Dilma e Lula. Hoje, Vaccarezza é presidente estadual do Avante (antigo PTdoB) e virou alvo da nova fase da Lava Jato de Curitiba, batizada de “Abate”.

De acordo com informações do Estadão, o Banco Central identificou R$ 9.887,23 em duas contas de Vaccarezza, uma com R$ 6.529,92 e outra com R$ 3.357,31. 

A Lava Jato tem destacado que o ex-deputado mantinha em casa R$ 122 mil em espécie, que foram apreendidos em ação de busca e apreensão da Polícia Federal. Nesta terça (22), a defesa de Vaccarezza explicou, com base no depoimento dado à PF, que os recursos são lícitos: uma parte foi declarada à Receita Federal e, outra, diz respeito a um empréstimo tomado por um amigo junto à Caixa, e Vaccarezza tem comprovantes das transações.

Os R$ 112 mil, segundo o ex-deputado, seriam destinados ao pagamento de uma operação para remoção de câncer na próstata, que deveria ter ocorrido na segunda (21), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A Lava Jato suspeita que Vaccarezza recebeu cerca de 500 mil dólares em propina por ter intermediado a contratação da empresa Sargeant Marine pela Petrobras.

Hoje, a PF pediu a Moro que a prisão temporária de Vaccarezza seja transformada em preventiva, argumentando que encontrou “indícios” em seu aparelho celular de que mensagens foram destruídas.

“As mensagens existentes sugerem que Candido Vaccarezza utilizava referido aplicativo para se comunicar, havendo menção aos seguintes usuários: “Vadao Gomes”, “Manoel Cantoara”, “Ivan Azevedo”, “João Locco”, “Francisco Thomaz”, “Edmilson Valentim”, “Henrique De bastos Malta”, “Afonso Coelho”, “Henrique Malta”, “Edson Campos”, “Rodrigo Loures”, “Ma No”, “Luciana Muller”, “Bruno Araujo”, “Chico Campos”.”

Vaccarezza deixou oficialmente o PT após o impeachment de Dilma Rousseff, mas vinha mantendo distância da legenda alegando “divergências programáticas”. O ex-deputado vinha criticando a gestão da petista desde seu primeiro mandato. Em 2016, ele apoiou a candidatura de Celso Russomanno (PRB) a prefeito de São Paulo.

Leia mais: Indícios contra Vaccarezza são incapazes de sustentar uma ação

 

Foto: Reprodução/Estadão

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O esporte preferido do Moro:Prisão temporária em preventiva

    outro esporte: prender por indícios.

    outo esporte: criar fatos jurídicos após ou duranteatos do PT: no caso pprender ex lider do overno petista logo no início da caravana do Lula.

    Outro esporte: criar fato jurídico midiático anti-PT quando Aécioo ou Temer ou de membros do governo golpsta estiver sob foo do PGR, pois, Moro parece não gostar da concorrência midiática da Procuradoria 

  2. Bem, quebrar o sigilo

    Bem, quebrar o sigilo bancário e telefônico de alguém, até pode ser legal, se autorizada por quem de direito, agora, publicar tudo isso, sem qualquer pejo, bota merdice nisso, mais criminosos, impossível. Haja país-de-criminosos-merrecas. E os tais conselhos, então, hein? Merdice da merdice, deixando seus acólitos livres como ratos no escuro da cozinha.

  3. Totalitarismo judiciário

    A PF pediu que a prisão temporária seja transformada em preventiva, argumentando que encontrou “indícios” em seu aparelho celular de que mensagens foram destruídas….

    A que ponto chegamos, já não se pode deletar as mensagens em seu próprio celular, virou crime! 

    Isto tem um nome: Totalitarismo judiciário!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador