Morre o músico pernambucano Expedito Baracho

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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https://www.youtube.com/watch?v=GwJCCCpkBwM height:394]

Jornal GGN – Conhecido como um dos maiores intérpretes do frevo pernambucano e grande seresteiro, o músico pernambucano Expedito Baracho morreu aos 82 anos, na manhã deste sábado (27), em Olinda. 
 
O cantor Paulo da Horta, filho do amigo e parceiro de muitos anos de Baracho, Claudionor Germano, disse que o músico teria passado mal por altas taxas de glicose no sangue, e foi levado ao hospital, onde teve uma parada cardíaca. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=7QmV1bpu8Qk
 
[video:https://www.youtube.com/watch?v=BcELM-Ke8Yg
 
Do JC Online
 
Morre o músico Expedito Baracho
 
Aos 80 anos, o seresteiro e compositor de tantos frevos teve um mal súbito
 
Um dos baluartes da música pernambucana, Expedito Baracho morreu aos 80 anos / Igor Bione / JC IMAGEM
 

Conhecido como o maior seresteiro do Brasil, o músico pernambucano Expedito Baracho faleceu, na manhã deste sábado (27), aos 82 anos, em Olinda. “Foi um mal súbito, ele foi internado de urgência antes de ontem. Foi para o hospital, teve uma parada cardíaca, foi ressuscitado, tava esperando esperando para fazer os exames”, conta o cantor Paulo da Hora, filho de Claudionor Germano, amigo e parceiro de décadas de Baracho, que teria passado mal em função da taxa de glicose alta.

Em 1949, ainda adolescente, Expedito Baracho começou a carreira acompanhando programas de calouros de rádio e foi convidado a integrar a Jazz Band Acadêmica, a orquestra fundada por Capiba , formada exclusivamente por estudantes. Em 1954 passou a integrar o grupo Os Cancioneiros, com o qual gravou diversos discos, e foi contratado pela Rádio Jornal do Commercio.

FREVOS

Sua vida foi marcada por sucessos precoces. Em 1957, gravou de Capiba o frevo-canção “Modelos de verão”. Em 1958, gravou de Genival Macedo o frevo-canção “Casado não pode”, e de Capiba o frevo-canção “A procura de alguém”. Em 1960, gravou os frevos-canções “A própria natureza”, de Capiba e “Você”, de Fernando Castelão, os ´primeiros de vários clássicos. Em 1980, gravou de Capiba o frevo-canção “E eu durmo?” no LP “Capital do frevo 80”. Em 1982, participou do LP “Capiba ontem, hoje e sempre”, interpretando de Capiba e Carlos Pena Filho o sambacanção “A mesma rosa amarela”, a canção “A uma dama transitória”, de Capiba e Assenso Ferreira, o samba “Cais do porto” e a valsa “Campina cidade rainha”.

Em 1999, a Polydisc, dentro da série “Histórias do carnaval”, Baracho lançaria dois CDs com coletâneas das composições “Sonhei que estava em Pernambuco”, “Touradas em Madri”, “Mamãe, eu quero”, “Soldado de Israel”, “Já fui bom nisso” e “Morena da Sapucaia”. Um de seus maiores sucessos foi o frevo “Trombone de prata”, de Capiba.

Nos anos 1990 passou a morar na cidade de Olinda, onde passaria a cantar na noite e a acompanhar as serestas da cidade.

 

Do JC Online

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. A mais bela voz de Pernambuco

    Claudionor Germano, cantor maior do frevo, assim falou do amigo que se vai:

    “”Perdemos um grande amigo, um grande profissional. A voz mais bonita que Pernambuco já teve foi-se embora””.

    Não há exagero. Escutem “A uma dama transitória” de Capiba e Ariano Suassuna, salvo em pesquisa de Luciano Hortêncio

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=_2_6d2qp7fA%5D

  2. Expedito Baracho!!!

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=7QmV1bpu8Qk%5D

     

    Maria Betânia

    Tu és para mim

    A senhora do engenho

    Em sonhos te vejo

    Maria Betânia és tudo que eu tenho

    Quanta tristeza sinto no peito

    Só em pensar

    Que o meu sonho está desfeito

    Maria Betânia

    Te lembras ainda

    Daquele São João

    As minhas palavras

    Caíram bem dentro do teu coração

    Tu me olhavas com emoção

    E sem querer

    Pus minha mão em tua mão

    Maria Bethânia

    Tu sentes saudade

    De tudo, bem sei

    Porém também sinto

    Que nunca te dei

    Beijo que vive com esplendor

    Nos lábios meus

    Para aumentar a minha dor

    Saudade do beijo

    Maria Betânia

    Eu nunca pensei

    Acabar tudo assim

    Maria Betânia

    Por Deus eu te peço

    Tem pena de mim

    Hoje confesso com dissabor

    Que não sabia

    Nem conhecia o amor

     

  3. coveiro geral

    é isso, Urariano, é essa sua vocação. Registrar o sumiço dos corpos, na terra, no crematório, na iminente dissolução. E a voz? e o talento? e a saudade? como registrar tudo isso?

    O problema é seu Urariano, coveiro de imortais. De um pernambucano. fabiano.

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