MPs de São Paulo e de Curitiba miram no sítio frequentado por Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O Ministério Público Estadual de São Paulo e o Ministério Público Federal da equipe da Lava Jato em Curitiba não podem, legalmente, investigar o sítio que era frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Atibaia. Mas ambos estão com o caso. 

No desespero de defender as arbitrariedades cometidas pelo Ministério Público na Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo, alguns porta-vozes estão divulgando que o primeiro investiga o sítio de Atibaia, frequentado pelo ex-presidente, e o segundo investiga o apartamento do Guarujá, que nunca foi de Lula.

Entretanto, a Lava Jato já marcou e remarcou para a próxima semana os depoimentos dos donos do sítio, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, além de ter ouvido pessoas que trabalharam nas reformas da propriedade.

E aqui está a prova de que o promotor Cássio Conserino, do MP de São Paulo, também se embrenhou pelas matas de Atibaia: no final do ano passado, Conserino foi a Dourados (MS) para ouvir o arquiteto Igenes Iragaray e o empreiteiro Adriano Fernandes, que trabalharam na reforma do sítio.

Com o conflito de responsabilidade, Lula entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir quem tem o direito de investigar.  Agora, o Supremo tem de decidir quem é o responsável pela investigação do sítio de Atibaia. E a decisão, neste momento, está nas mão da ministra Rosa Weber. Seguem os autos:

  

  

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

20 Comentários

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  1. Aquela que condena porque a

    Aquela que condena porque a literatura permite?

    Além de manter as duas investigações, ainda é capaz de mandar o MP do distrito federal  e a policia civl de atibaia investigarem também.

    Quanta perseguição ao maior predente qe o Brasil já teve.

    Enquanto o pior fica por aí a trepar(será?) com suas amantes naquele apartamento em paris sem ser incomodado.

     

  2. se querem perseguir e infamar

    se querem perseguir e infamar o lula, que escolham logo pelo menos

    os que tem jurisdição sobre o caso…

    procuradores,

    perseguidores,

    infames,

    macartistas de araque

  3. Q mobilização a rede vai adotar? Esperar o q +?

    Não há mais leis nem autoridades da justiça no páis com poder para se atrever ir contra as forças que atuam e patrocinam a lava jato. Estado de exceção velado. Só o povo nas ruas, e  massivamente, é que conseguiria retomar o controle do país e, mesmo assim, debaixo de uma repressão pesadíssima. O desmonte já está sendo implementado e a prisao de Lula nao tarda, mas a blogosfera independente terá que sair do ar nessa fase, por isso essa investida da globo contra os blogueiros..

    Depois disso, a retaliaçaão será sobre os comentaristas ou líderes na internet que assumirem essa posição dos atuais formadores de opiniao e, principalmente, se assumirem a frente para convocar ou organizar, pela rede, manisfestação contrária a tudo o que está ocorrendo..

    Ainda há espaço para resistencia ao encurralamento ou emparedamento, como chamam aguns. Mas a pergunta aqui é uma só: alguém aqui acredita nisso que eu escrevi ou acham que é pura conspiração? 

    Até o último movimento ainda terá gente debatendo eleição 2018, polarizaçao partidária, fofocas da rede, e pior – acreditando na recuperção do governo, da Dilma e gritando “Via Dilma”, Viva Lula, Viva o brasil, viva qualquer coisa…

    Só há uma resistencia eficaz agora: as ruas. A rede pode ajudar nessa mobilização, mas o tempo é curto…..e o palco é um só: a rua.!!! Fora disso, esqueça !!

  4. Acho que a ministra minúscula

    Acho que a ministra minúscula irá dizer: “que não tem capacidade para dizer cabalmente quem poderá investigar, mas a literatura jurídica a permite dizer que ambos podem investigar o Lula.”

  5. Não entendi uma coisa.

    O articulista poderia me informar por qual motivo o Ministério Público Estadual de São Paulo e o Ministério Público Federal da equipe da Lava Jato em Curitiba não podem, legalmente, investigar o sítio que era frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Atibaia?

    1. Simples, porque você não pode

      Simples, porque você não pode ser acusado do mesmo “crime” (teoricamente) em dois inquerítos…… vamos pensar em uma condenação….. vc. seria condenado duas vezes pela mesma coisa….. deu para entender????? 

      1. Prezada Vera Pasq
         
        O sr.

        Prezada Vera Pasq

         

        O sr. Lula não está sendo acusado mas sim investigado. Neste âmbito, não há nenhum impedimento legal que seja investigado por diversas esferas.

  6. Quando dinheiro público sendo

    Quando dinheiro público sendo gasto para incriminar o Lula.

    Essa gente vive um mundo que não é do trabalho, acredito que o tiro vai sair pela culatra e vai fortalecer ele mais ainda. Vai acabar se passando por vítima.

  7. Moro, o muro, está com

    Moro, o muro, está com complexo de chefe de polícia boliviano. Ele acredita que o cerco a butch cassidy e sundance kid está se fechando. Assim, seu lava jato será conhecido internacionalmente. Quem diria? John Wayne, o de Curitiba,  acabou no Guarujá.

  8. Que triste essa situação com

    Que triste essa situação com Lula, que deveria ter sido diferente de FHC, Serra e todo esse povo. Aparentemente, Lula e Familía tomaram gosto do luxo e dos ”favores” dos poderosos. Lula traiu a confiança do povo brasileiro!

    1. Comentario maldoso e sem sentido

      Se o comentario fosse ironico eu entenderia. Comparar o sitio de Atibaia, de um amigo, com o apartamento em Paris que não se tem certeza se é ou não do amigo, ou quem sabe o recente apartamento dado a sua nova esposa,  ou a propriedade em trancoso. com o barco de Dona Letícia é totalmente sem sentido. Quanto ao triplex, que ele não possue, mas poderia pagar por ele tanto pelo periodo na presidência , quanto pelas palestras se eu fosse dono da empreiteira eu faria tudo a meu alcance para ter Lula em um dos meus empreendimentos, pois ganharia tudo de volta na venda dos outros imóveis. Portanto meu amigo eu não sei do que voce esta falando.

  9. O Moro vai indiciar FHC e os irmãos Marinho? Ou vai me prender?

    Nos meses finais de FHC no Planalto, BNDES salvou Net, da família Marinho, com injeção de R$ 300 milhões; 80% do dinheiro novo foi público

    publicado em 27 de fevereiro de 2016 às 05:14 no Vi o Mundo

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    por Luiz Carlos Azenha

    Nas entrevistas que deu até agora à revista espanhola Brazil com Z, à Folha e ao Diário do Centro do Mundo, a jornalista Mirian Dutra sustentou:

    1. que deixou o Brasil de livre e espontânea vontade, depois de, segunda ela, ouvir do então senador Fernando Henrique Cardoso que poderia ter o filho de qualquer um, menos dele;

    2. que quando tentou voltar ao Brasil, antes da reeleição de FHC ao Planalto (que aconteceu em 1998) foi aconselhada por Antonio Carlos Magalhães num almoço a não fazê-lo. Presente ao encontro, um funcionário da Globo — que Mirian não identificou;

    3. que o favor que a emissora fez ao mantê-la assalariada no Exterior (com carga mínima de trabalho, muito menor que a de qualquer outro correspondente) foi recompensado por FHC com ajuda à Globo através do BNDES;

    4. que FHC, depois da morte da esposa Ruth, fez chegar a ela a informação de que assumiria o filho, mas nunca o fez legalmente — por exemplo, alterando a certidão de nascimento.

    Quanto a este último ponto, o jornal O Dia deste sábado confirma.

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    Quanto aos empréstimos do BNDES, só uma investigação da Polícia Federal — como a pedida pelo deputado petista Paulo Pimenta — terá o poder de requisitar e analisar todos os documentos oficiais, estabelecendo uma cronologia com os fatos narrados por Mirian.

    Porém, a análise de uma das operações revela indícios surpreendentes, que merecem uma avaliação mais aprofundada.

    A operação foi objeto do processo 005.877/2002-9, que resultou no Acórdão 183/2004 do Tribunal de Contas da União, publicado no Diário Oficial de 15 de março de 2004.

    Era o final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Crise econômica grave. Real desvalorizado em relação ao dólar. A Net Serviços de Comunicações S/A, ex Globo Cabo, está em situação penosa.

    O Banco Nacional do Desenvolvimento Social, através do BNDESPar, prepara uma operação de capitalização para salvar a empresa. O TCU acompanha.

    Há preocupação com três aspectos da situação da Net, que podem implicar em perdas para o BNDES: queda no número de assinantes, acúmulo de dívidas de curto prazo e dívidas em moedas fortes, principalmente em dólar.

    O ministro-relator Lincoln Magalhães da Rocha, depois de estudo feito por analista do TCU, decide: “8.1 — Recomendar ao Diretor-Presidente do BNDES (Nota do Viomundo: à época, Eleazar de Carvalho Filho) a adoção de providências no sentido de promover reuniões específicas com os demais membros das Diretorias do BNDES e da BNDESPAR para reavaliar (grifo nosso), em conjunto, os aspectos econômicos-financeiros do plano de capitalização da Net Serviços de Comunicação S/A (ex-Globo Cabo), manifestando-se, conclusivamente, sobre a oportunidade da assistência pelo Banco, nos termos previstos no Protocolo de Recapitalização e seus aditivos, levando-se em consideração a existência de riscos de insucesso da operação na hipótese de não vir a ocorrer”.

    Ou seja, ele pregava uma detalhada revisão ANTES do fechamento do negócio.

    Atendido o pedido do ministro, preocupado com possível perda de dinheiro público, o negócio poderia atrasar — ou nem sair. O governo FHC estava em contagem regressiva.

    Logo depois da apresentação do relatório, o ministro Marcos Vinicios Vilaça pediu vista dos autos.

    “Em seguida, a Globo Comunicações e Participações S/A (Globopar), controladora indireta da Net Serviços e Comunicações S/A, na condição de interessada, e por meio de procurador constituído nos autos, propôs ao Ministro Revisor que desconsiderasse as recomendações constantes do item 8.1 da Proposta de Decisão, por entender que as cautelas nela referidas já tinham sido observadas no processo de capitalização”, diz o documento.

    Tudo isso, obviamente, prolongou o processo.

    O Ministro Revisor pediu manifestação do Ministério Público. O procurador Lucas Rocha Furtado disse que não via ilegalidade na ajuda da BNDESPAR à Net, mas deu uma notícia que deve ter surpreendido os ministros do TCU: a operação já tinha sido realizada!

    Portanto, as recomendações do ministro relator, aquelas do item 8.1, contra as quais a Globopar havia recorrido, não poderiam mais sem implementadas!

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    “Há notícias de que a operação de recapitalização da empresa Net S.A. já estaria irreversivelmente em curso… Caso essa notícia seja oficialmente confirmada, prejudicadas estarão, no nosso entender, as propostas de encaminhamento do Ministro-Relator que visavam a balizar o processo decisório da diretoria da BNDESPAR”, escreveu o procurador.

    Em outras palavras, a cautela recomendada pelo relator Lincoln Magalhães da Rocha foi atropelada pelos fatos.

    Restou a ele analisar o desempenho da Net depois de concretizada a recapitalização com dinheiro do BNDES.

    E, surpresa!, ele encontrou intactos todos os problemas que o levaram a fazer aquela recomendação 8.1 — contra a qual a Globopar se insurgiu: queda do número de assinantes, preocupantes dívidas de curto prazo e dívidas em moeda estrangeira, especialmente em dólar.

    “A participação do BNDES e de outros credores no processo de capitalização da Companhia não conseguiu resolver os problemas enfrentados pela beneficiária”, afirmou.

    Acrescentou: “Por meio da operação de capitalização ocorrida no terceiro trimestre de 2002 (Nota do Viomundo: portanto, FHC ainda estava no poder), o BNDES converteu R$ 139,9 milhões de debêntures de sua titularidade em ações da Companhia e ainda subscreveu outros R$ 156 milhões em novas ações a R$ 0,70 cada. Ressalte-se que esse preço foi atribuído após o grupamento de cada lote de 10 ações em 1 ação, conforme assembléia geral extraordinária realizada em 2 de maio de 2002. Se não fosse o grupamento, o preço da ação adquirida/convertida seria obrigatoriamente de R$ 0,07.”

    O ministro Lincoln afirma que àquela altura o investimento na Net não tinha sido um bom negócio para o BNDES. Informa que, em 1999, o banco público já havia subscrito 4,8% do capital da Net, além de comprar outros 4,1% no mercado secundário, a um preço não revelado.

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    Ele escreveu que o plano inicial de recapitalização não foi cumprido: “No plano de capitalização inicial no valor de R$ 1 bilhão, havia previsão de que R$ 447 milhões seriam integralizados em dinheiro novo, dos quais R$ 39 milhões pelo BNDES, acrescidos de uma garantia firme de subscrição adicional de até R$ 117 milhões, caso houvesse sobras de ações não adquiridas pelo público. O restante seria desembolsado pelos demais acionistas e/ou credores. Entretanto, por meio dos aditivos número 1 e 2, essas regras mudaram e o desembolso do BNDES tornou-se exigível pelo valor de R$ 156 milhões, independentemente de sobras, e a participação dos demais reduziu-se a aproximadamente R$ 100 milhões”.

    Porém, os demais acionistas não entraram nem com R$ 400 milhões em dinheiro novo, nem com R$ 100 milhões: “Observa-se nesse demonstrativo que a parcela integralizada em dinheiro novo foi de apenas R$ 192 milhões, dos quais R$ 156 milhões pela BNDESPAR e somente R$ 26 milhões aportados pelos demais acionistas e/ou terceiros”.

    Ou seja, mais de 80% do dinheiro novo veio do banco público!

    O ministro concluiu que o BNDES fez mais do que havia prometido no negócio. A Net, não. A empresa da família Marinho teria “induzido este tribunal a posicionar-se de forma passiva” diante de um negócio arriscado.

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    Estávamos, então, em março de 2004.

    Ao ministro Lincoln restou recomendar, no acórdão aprovado pelo TCU: que o BNDES, “na condição de segundo maior acionista e detentor de 22,1% das ações da Net”, atue junto à empresa e demais acionistas pelo reequacionamento das dívidas e substituição das operações em dólar norte-americanos por reais; que a diretoria do BNDES, “doravante, observe com rigor as normas operacionais da instituição financeira, em especial as cláusulas e condições dos protocolos que firmar, antes de efetuar liberação de quaisquer recursos financeiros ou renegociação de créditos/direitos, com vistas a não por em risco os capitais públicos”.

    Mas, independentemente das recomendações do Tribunal de Contas da União, a Net tinha sido salva com dinheiro público e decolaria ao longo do governo Lula, com o crescimento do mercado de TV a cabo impulsionado pelo boom da economia.

     

    1. O Juiz Sérgio Moro não pode

      O Juiz Sérgio Moro não pode indiciar o FHC ou a Globo pois o STF decidiu que sua atuação no âmbito da Lava-jato restringe-se apenas a crimes relacionados com a Petrobras. Esses processos portanto serão de responsabilidade de outros juizes.

  10. Constrangimento
    Caro  Paulo Henrique Será que Fátima Bernardes saiu do jornal nacional, por constrangimento?Será que Eles não ficavam confortáveis quando seus olhares se cruzavam? Por saber que adignidade era zero, por trabalharem exclusivamente a favor da casa grande, incutindo pessimismo em toda população brasileira mesmo quando o Brasil estava bombando, com intuito de prejudicar o governo popular, em benefício do partido da oligarquia, acho que a consciência pesou principalmente quando soube que teria que trabalhar para prejudicar a pessoa que mais ajudou a classe trabalhadora e os mais necessitados do pais. Creio que ela ponderou e pensou deixa eu sair porque não vou aguentar minha consciência se o pior acontecer com o maior líder político do Brasil e o mais amado presidente que já tivemos. Ricardo Cebalho

  11. Dona Rosita, a encrequeira

    ” está nas mão da ministra Rosa Weber.” 

    Rosita???

    Não é aquela do 

     “NÃO TENHO PROVAS, MAS CONDENO PORQUE A LITERATURA ME PERMITE”?

     

    Para quem ela trabalha?

     

     

  12. Pessoal, fico pensando,

    Pessoal, fico pensando, pensando… Foram mobilizados 300 policiais, viaturas, aviões, etc.  para prender o marqueiteiro João Santana, sua mulher e 1/2 duzia de pessoas, quanto custou isso tudo aos cofres publicos. Acho que alguns milhoes. 

    Acho não precisava de nada disso, uma vez que 2 dias antes o marqueteiro havia se colocado a disposição da Justiça para prestar todo tipo de esclarecimento, por isso foi até gosado pelas autoridades encarregadas do caso.

    Luiz

     

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