Romério Rômulo
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.
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na linha breve que contém o corpo, por romério rômulo

1.

o que sai dela
é poesia

mesmo que brava
mesmo que treva
mesmo que lava
mesmo que eva
mesmo que um dia.

2.

e quando o teu olhar me percorreu
na linha breve que contém o corpo
eu te entreguei o pouco que é meu.

3.

os menestréis do mundo são bem poucos:
uns arrebentam amores enlutados
outros se encantam nas paixões, já loucos.
 

romério rômulo

 

Romério Rômulo

Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.

2 Comentários

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  1. 😉

    (…..)

    Felizmente existe alcool na vida

    E nos três dias de carnaval éter de lança-perfume

    Quem me dera ser como o rapaz desvairado!

    O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas

    E gritava pedindo o esguicho de cloretilo:

    – Na boca! Na boca!

    Umas davam-lhes as cotas com repugnância

    Outras porém faziam-lhe a vontade.

    Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados.

    (…..)

     

    Manuel Bandeira

  2. Deixei de escrever poesias

    E já falei isso aqui. E nao sei bem por qual razão, acho que juntei razões demais e terminei dando às razoes a oportunidade de decidirem sobre esta escrita. Nao escrevo poesias. Mas, às vezes, gosto de lembrá-las, ainda; mas talvez em algum tempo posso ter-lhes pavor. Esta poesia sobre a pena que nao tenho do mundo, eu gosto dela. E deixo aqui estes versos, antes de mudar de ideia.

    A Pena do Mundo

    Prefiro morar em meus versos. 
    Não posso ver: é tudo tão penoso? 
    Porque não tenho pena. 
    E se a pena em mim não vaga, 
    Como viver em um mundo de dar tanta pena? Vou correr atrás dos versos.
    Nas palavras vejo o teto.
    Dos contos saem meus protestos.
    Depois da vírgula é o meu depois.
    Antes do ponto o suplício eterno. Não tenho pena do mundo penoso.
    Tenho a escrita e sou reerguida.
    A juventude foi-me extinta.
    E se nem de mim vou eu ter pena.
    Que coma o mundo as suas penas!

    E as aclamadas mundanas glórias,
    Quando virão em nossa terra?
    Se sentimos pena, não nos acerca.
    Não tenham pena e seremos glória.
    Viveremos entre penas e glórias? 

    Conhecemos penas, e não glórias.
    Falemos então de penas e de temores.
    Ambos nascem e nos destroem.
    Porque do medo vem a pena.
    A pena de um dia ver: 

    somos parte disso que nos dá tanta pena. 

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