Não há como cumprir meta fiscal sem aumento dos impostos, diz Fazenda

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
 
henrique-meirelles-entrevista-coletiva-imprensa.jpg
 
Jornal GGN – De acordo com relatório da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, o governo não vai conseguir cumprir a metal fiscal de 2017 sem aumentar os impostos. 
 
No estudo, a secretaria afirma que “não há como o governo federal cortar R$ 58,1 bilhões de despesas em 2017, sem prejudicar despesas importantes para o funcionamento do Estado, a exemplo do investimento em penitenciárias e de gastos para o funcionamento da Polícia Federal e combate à fome”. 
 
Na semana passada, foi divulgado que o rombo no orçamento é de R$ 58 bilhões, sendo que a meta deste ano é de déficit primário (despesas maiores que as receitas, sem levar em conta os juros) de R$ 139 bilhões. 

 
Divulgado nesta quarta (29), o estudo afirma que há pouco espaço para cortes de despesas. “Em alguns casos, como o ocorrido no início de 2016, um contingenciamento muito grande não é possível, sob pena de levar a atrasos de pagamentos e/ou afetar a qualidade de oferta dos serviços públicos”, diz o relatório.
 
Entretanto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que “não é inevitável aumentar impostos”, em uma palestra fechada para investidores em São Paulo. De acordo com a Folha de S. Paulo, o ministério conta com vitórias na Justiça que vão incrementar a receita extraordinária com a concessão de hidrelétricas. 
 
O governo espera obter R$ 10 bilhões neste ano,  afirmou Meirelles, sendo que outros R$ 9 bilhões,, viriam da conversão de precatórios como receita.
 
“Infelizmente, o Brasil ainda tem, segundo o Banco Mundial, um dos orçamentos mais rígidos do mundo e, assim, uma redução rápida da despesa primária por decisão unilateral do Poder Executivo por meio de um contingenciamento de R$ 58,1 bilhões é impossível”, diz o documento, que também diz que o governo está se esforçando para aprovar reformas como a da Previdência  e do teto de gastos “para viabilizar a redução permanente de despesas obrigatórias”. 
 
O estudo ainda ressalta que o governo federal perdeu 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de arrecadação entre 2011 e 2016, e que a arrecadação líquida de transferências constitucionais do governo federal continuará inferior à média dos últimos três anos (17,5% do PIB) e muito inferior ao valor de 2011, quando alcançou 18,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
 
“O esforço da administração atual é promover um ajuste fiscal pelo lado da despesa com reformas estruturais, como o teto do gasto, e agora com a reforma da previdência. Essas duas reformas farão com que, ao longo dos próximos anos, a despesa primária seja decrescente como porcentagem do PIB e que aumentos de arrecadação, provenientes da recuperação da economia, não sejam repassados, automaticamente, para novas despesas”, afirma o documento. 
 
Assine
 
 
Redação

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Dificil explicar

    Esterelizaram 100 bilhões do BNDS e querem acabar com a correção pela TJLP dos emprestimos de longo prazo. Ano que vem não poderam mais contar com reforço de caixa da repatriação de receitas nao declaradas no exterior e os efeitos nefastos da PEC da morte sobre os investimentos começaram a ser percebidos com a redução da demanda agregada.

    Então os genios querem elevar a carga tributaria porque já perceberam que a liquidação de ativos publicos em baixa não será suficientes para cobrir o rombo que eles mesmo criaram quando numa canetada jogaram o deficit de 90 bi para 170bi no inicio do governo para a cooptar o apoio que agora começa a se esfacelar na Câmara e no Senado inclusive dentro do próprio partido do governo.

    Ocorre que sem nenhuma medida anticíclica adotada, aumentar a carga tributária irá ampliar ainda mais o deficit das contas publicas porque vai deprimir mais os investimentos e consumo considerando que os juros reais estao aumentando em relação a trajetoria de forte queda da inflação.

    Fica cada vez mais dificil explicar ao povo que não sabem o que fazer e nao tem plano algum sequer para 6 meses adiante. 

  2. O COXINHA DE PATO QUE VIROU COXINHA DE MULA

    LÁ VEM O PATO..PATO AQUI PATO ACOLÁ…LÁ VEM O PATO..PATO AQUI PATO ACOLÁ….

    PATO SKAF O COXINHA DE PATO QUE DEPOIS DESCOBRIMOS QUE ERA DE MULA.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador