“Não” vence disputa na Grécia

 
Jornal GGN – A maior parte da população grega decidiu pelo “não” durante a votação que o governo realizou neste domingo (05) para escolher se aderiam ou não às exigências dos credores do país em troca de ajuda da União Europeia para o resgate da dívida que supera mais de 175% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
 
Enquanto a apuração das urnas estava em 52%, o “não” tinha pouco mais de 61% das adesões contra 38,7% para o “sim”. 
 
A decisão torna o futuro mais incerto para a economia da Grécia. Nas últimas semanas a população local correu para os bancos a fim de sacar dinheiro, levando-os a anunciar um possível fechamento das portas.
 
Em sete anos o PIB grego caiu 25%, considerado o pior registro desde que a crise foi identificada, em 2011. A Grécia começou a sair da recessão no início de 2014, crescendo 0,8%, mas voltou a cair no final do ano. O Banco Central Europeu prevê um superávit primário de apenas 0,5% em 2015. Mas os credores exigem um PIB de 1%, ainda em 2015, e elevação gradativa até 3,5% em 2018. Mas, para atingir essas metas, o governo grego teria que cortar gastos e aumentar impostos equivalentes a 1,5% do PIB deste ano.
 
Acompanhe a apuração das urnas em tempo presente, clique aqui
Com informações da BBC
 
Redação

117 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “A decisão torna o futuro mais inserto…”

    O futuro mais incerto é um avanço, antes havia certeza: a penúria permanente para pagar o resgate de um povo sequestrado pelo mercado financeiro.

    O NÃO rotundo, este deve ser o do Leonel, dado pelo povo grego, pode ser o inserto que faltava para reforçar as fundações do país e a nação grega erguer a Pátria que deseja. Livre das humilhações e da miséria impostas pelos saqueadores da troika que buscam apenas garantir o lucro dos especuladores, ou melhor, a pilhagem dos salteadores.

    Como disse a nula das rosquinhas de Maidan: fuck the EU. Só que desta vez no bom sentido.

    P.S. Nassif: não vale corrigir o texto da postagem.

  2. Oxinti que bom !Dê uma

    Oxinti que bom !

    Dê uma banana para esses credores.

    E se Aristóteles Onassis vivo fosse, votaria sim ou não ?

    1. *

      Negociaria diretamente com os credores, com vantagens para ambas as partes.

      Assim como negociou seu casamento com a ex- primeira dama mais famosa dos EUA

      Já a neta do mesmo, preferiu um Brasileiro.

  3. Não acredito nessa notícia

    Não acredito nessa notícia Nassif. É mentira. Eu só me baseio pelo Datafalha, e Globolpe, e ambos dão vitória esrturricante e escaldante ao SIM. Sendo assim, favor verificar suas fontes. Liguei para o Lhevi, e esse me assegurou que os juros e a SELIC da Grécia também estavam com o boi garantido, não havendo maiores preocupações para os homens bons e  de bem.

  4. Exemplo

    Os gregos estão dando um exemplo para o mundo. 

    Não à troika! Não à Merkel! Não à humilhação de uma nação pelo capitalismo voraz e insano! 

    Agora vai! 

     

  5. Democracia

    Excelente notícia. Venceu a democracia. O povo grego colocou os pontos nos “is”. O poder dos mercados ditatoriais é fruto da complacência das maiorias exploradas mundo a fora. Tomara que o povos da Espanha,  de Portugal e da Itália reajam igualmente nas próximas eleições.

  6. O abismo

    Agora a Grécia sairá do Euro e dará um mergulho no abismo. O dracma deverá voltar, mas desvalaorizado em mais de 50%. Serão interessantes as próximas semanas, porque todo o sistema bancário grego está falido e a DONA do dinheiro, Angela Merkel, já deixou claro que não dará nem mais um centavo para os gregos. Vai ser curioso. Vamos assistir o que é um mergulho no abismo. 

    1. Onde você leu que a Grécia sairá do Euro…

      …não existe cláusula que a expulse do Euro ou muito menos da UE… Quem disse também que uma saída do Euro será um mergulho no Abismo… pode ser que não. Tanto a Grécia, como os mendigos Portugal, Espanha e Irlanda estão sofrendo o sufoco atual principalmente por terem perdido o controle da moeda. País pobre que não pode fazer ajuste externo utilizando a desvalorização cambial estão garroteados permanentemente.

      Não basta os nazistas da dona Merkel quererem a saída da Grécia, nem tirando as cuecas e calcinhas pela cabeça, o acordo que criou o frankenstein europeu não tem um único pedaço de cadáver que regule a exclusão de algum associado. 

      1. É simples. Faltam mais de 7

        É simples. Faltam mais de 7 bilhões de euros para a Grecia pagar aposentadorias e salários de funcionários públicos nos próximos dois meses.

        Merkel já disse “Chega”. Como ela é a dona do cofre, a Grecia não tem mais a quem pedir dinheiro emprestado. A situação do país é tão desesperada que hospitais públicos pedem em cartazes que os pacientes levem seu próprio esparadrapo para curativos.

        Não tem cláusula nenhuma que expulse a Grecia do Euro. Vai sair sozinha e voltar ao dracma porque pobre metido à besta sempre termina na miséria.

        O dinheiro é alemão. A Grécia só tem azeitonas. Fim.

        1. Heil Merkel!

          Resumindo seu comentário: “estes que são os bons. O resto é sub-raças”

          Aprendeu direitinho da sua mídia preferida.

           

          1. Dinheiro

            Discurso socialista sem um centavo na carteira não vale nada. As pessoas precisam comer e comida custa dinheiro, DINHEIRO. Resta ver quem vai pagar. Se a Alemannha não der dinheiro, os gregos não comem. Simples assim. A Grecia não pode imprimir notas de euro, somente o Banco Central Europeu pode fazer isso. Aliás, não por acaso, a sede do BCE fica em Frankfurt. 

            A Argentina é um país pária do mercado global desde o calote de 2001. Só consegue dinheiro emprestado, pagando juros muito acima da média internacional. A Grecia vai pelo mesmo caminho. 

            Orgulho de pobres são apenas palavras vazias, nada mais. 

          2. É a política, estúpido!

            Esse discursinho sobre a primazia do dinheiro é papo de banqueiros, que ficam perturbados quando sua circulação interrompe. O neoliberalismo é uma ideologia de (muito) ricos, de banqueiros e rentistas, impressiona os classes merdias, que compram sem poderem participar da suruba, gozam com os ganhos do pau alheio.

            O que aconteceu hoje na Grécia é uma batata quente para a claque dos medíocres “políticos” europeus engulirem. Bancos franceses e alemães vão ter prejuízos, perderam a ração de sangue grego para sugar, cobrarão dos seus “estadistas” comprados o socorro dos rombos, pois eles “são grandes demais para quebrarem”. Existem mais países para serem a ‘Grécia’ da vez: Portugal, Espanha, Itália, etc, estão todos pendurados em dívidas que nunca serão pagas, o dinheiro se acumula e avoluma acima das possibilidades da economia real remunerá-lo, esse é o problema.

            Quando não restar mais periferia na Europa para sugar na sustentação do Euro, vão ter de levar o arrocho para o centro, para franceses e alemães. A  última vez que infernizaram os alemães com dívidas impagáveis, não deu boa coisa.

      2. Ninguém sabe se será o abismo, mas há de haver coerência

        “Amanhã (segunda-feira) o conselho do BCE se reúne. Há argumentos válidos a favor de um maior financiamento através do ELA (a ajuda emergencial)”, disse Sakellaridis em entrevista à emissora “ANT1”, mostrando confiança de que os representantes da instituição mostrarão compreensão para encontrar uma solução viável para a crise do país.

        Pode ser até que a Grécia recupere a capacidade de fazer política monetária e se recupere antes do esperado, servindo de exemplo a Espanha, Portugal etc. Se eu fosse grego talvez até votasse pelo não, pelo simples fato de que os sacrifícios dos últimos anos não resolveram a situação da Grécia. Aliás, mesmo que o “sim” vencesse, a situação da Grécia para os padrões do Euro era terminal.

        Meu único problema com o Syryza é vender o “peixe” de que o resultado não significa pular fora do Euro. A Grécia tem todo o direito de seguir seu caminho, mas não pode querer que a Alemanha, França, Finlândia etc sustentem um modelo político corrupto onde um grego médio se aposenta no mínimo 10 anos antes de um alemão da mesma idade.

        Há de existir coerência, se o povo grego reconheceu (talvez com bom senso) que não tem condições de possuir uma moeda estável, então tem que cair fora e seguir seu próprio caminho. As pessoas que votaram pelo “não” tem que ser coerentes e não procurar Euros no mercado negro a partir de amanhã.

        PS: Achar que a Grécia é uma democracia (também acho) é correto, mas chamar a Merkel (que foi eleita com a mesma legitimidade do Syriza) de nazista é totalmente deplorável, recurso “ad hominem” da pior espécie…

         

        1. Mas… o Euro é uma moeda

          Mas… o Euro é uma moeda estável? uma economia em deflação é estável? em qual manual está escrita essa besteira?

      3. O governo grego não tem euros

        O governo grego não tem euros para pagar suas despesas. Não pode emitir euros. Pode voltar a emitir uma moeda própria e pagar com ela.

        Quem tinha 100 euros no banco vai sacar 100 dracmas, que vão valer 50 euros.

    2. Repetindo a lição franciscana:

      “A política não deve submeter-se à economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia” – Laudato si 189, 4. Política e economia em diálogo para a plenitude humana

    3. Eu não sei o que você tentou

      Eu não sei o que você tentou estudar na USP, mas não foi economia. Há trabalho empírico de Keneth Rogoff (nossa deve ser um economista ultrasocialistacomunista comeder de criancinhas!!!) que mostra que ajustes fiscais demoram um longo tempo para dar efeito – quando dão – e o produto cai por anos a fio, levando economias a depressão. Já desvalorizações cambiais levam a um queda bruta do produto – maior que no caso anterior – só que a recuperação é muito mais rápida e o crescimento posterior é muito maior. Mas fique preocupado: o objetivo não é sair do Euro, transformar a Europa em uma Europa dos trabalhadores e não dos financistas (ah, quanto você tem em papeis gregos? para qual banco vc trabalha???)

    4. “O dracma deverá voltar, mas

      “O dracma deverá voltar, mas desvalaorizado em mais de 50%.”

      … bem…

      … do ponto-de-vista capitalista, “discursinho socialista” à parte, o que a Grécia precisa, neste momento, é exatamente de uma desvalorização monetária, para tornar suas exportações competitivas. E o problema da Grécia é exatamente o fato de que, estando na zona do Euro, não pode desvalorizar sua moeda.

      É o problema de uma união monetária sem união fiscal. Isso, e não o governo do Syriza (que tem seis meses de idade, enquanto a crise grega tem pelo menos sete anos) é que está na origem da tragédia.

  7. Parabéns Gregos!!!

    O “1989” dos neoliberais está próximo.

    Grécia se junta aos BRICs, Argentina, Venezuela, boa parte da América Latina, etc podendo levar muitos países europeus a reverem suas posições políticas.

    Um recado aos golpistas no Brasil “NÃO BRINQUEM COM FOGO”. 

    Para a semana ficar ainda melhor, falta um pé na bunda do Cardozo…

  8. PLEBISCITO

    A pergunta é “complexa e cada eleitor cria seu próprio plebiscito”. Deu na Folha. Estaria querendo dizer que é por isso que o NÃO vence? Só falta o Pelé dizer que os gregos não sabem votar. Haja saco! 

  9. O Não que é um Sim.

    Nada como renovar a democracia onde ela foi iniciada, bem como tantos outros conceitos das práticas ocidentais. Dialética (também conceito grego): segundo Yanis Varoufakis, o ministro da economia (outro conceito grego, além de política, etc etc): “Hoje, o Não é um grande Sim à Europa democrática”. E um grande Sim aos mais pobres entre o povo grego.

  10. A Insônia e a Dívida

    Tem uma velha piada, preconceituosa, que insisto em contar como me lembro:
    O turco Salim se revirava na cama, não conseguia dormir, incomodava a mulher Fahtima, que lá pras tantas perguntou:
    _Marido amado, o que tanto lhe incomoda que não dormes? Teus coices não me deixam dormir.
    Ao que Salim respondeu:
    _É que amanhã vence uma dívida com aquele judeu, o Jacó, e eu não tenho dinheiro para pagá-lo, não consigo dormir.
    Fáhtima então pega o telefone, disca um número e conversa:
    _Senhor Jacó, boa noite, estou ligando para avisar que Salim não vai lhe pagar a dívida amanhã, nem até a próxima semana.
    E desligou.
    E Salim desesperado:
    _O que fizeste mulher??
    E ela respondeu:
    _Fica calmo senhor meu marido, agora quem não vai dormir é ele.

    Perdeu Merkel
    ‪#‎OXI‬

     

  11. Tentativa de golpe fracassou

    A esquerda grega deu uma lição ao mundo.

    O que ocorreu foi uma clara tentativa de derrubar o governo grego, um golpe patrocinado pela UE, FMI e BCE com o apoio ostensivo do PIG internacional. 

    Eles arriscaram o próprio futuro, mas foram coerentes, pois assumir um governo com uma proposta e depois se ajoelhar aos espoliadores e neoliberais é cavar a própria cova.

    Mire-se no exemplo de Atenas, Dilma!!!

  12. Na moral.

    Segundo o primeiro ministro Alexis Tsipras, “estamos prontos para continuar negociando”. “Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a democracia não pode sofrer chantagem.” No Brasil, idem.

  13. Luis Nassif Online saiu na frente
    O curioso é que a grande midia, com todos os recuros tcnológicos,não “acordou pra Jesus”.Digo, para a Grécia. O Luis Nassif Online saiu na frente.

  14. Ficou claro o quanto Bruxelas

    Ficou claro o quanto Bruxelas não queria o não, falsificando os prognósticos antes nos seus meios de comunicação, mesmo aqui no Brasil, colocando o resultado em 50 %, quando a votação é de mais de 60% pelo não.

    Já tinham dado a pista do problema do Euro com a chantagem grosseira do FMI e da UE, mas o problema agora de impedir os outros paises de seguirem a Grécia, mas especificamente os explorados e açambarcados, Espanha, Portugal e Italia é incontornável, pois já sabem que o sentimento destas populações é lhes extremamente desfavorável, apesar da barragem mentirosa da mídia deles.

    O Povo Não É Bobo!

    1. Mais um artigo do Zero Hedge

      São 359 Trilhões de dívida só no USA, se a banda parar vai faltar muita cadeira.

      The “Nightmare Of The Euro-Architects” Is Coming True: JPM Now Sees Grexit, Eurogroup “Split In Coming Days”

      Creditors fixed France Germany Greece

      Perhaps the best summary – or epitaph, some would say – of the shocking events that took place in Greece this afternoon, and the resultant falling dominoes that are about to be unleashed, was given by Slovakia’s finance minister Peter Kazimir, who summarized events as follows:

      He followed it up with a Dylan Thomas quote:

      We assume the next lines goes as follows:

      “Rage, rage against the dying of the “irreversible” currency”

      And while we laid out what Deutsche Bank’s 4 possible scenarios are in the case of the now confirmed “No” vote, here is JPM’s Malcom Barr with the bank’s latest take on Greece which is that at this point, a Grexit is JPM’s “base case”… and it only
      goes downhill from there.

      After the “big no”, euro exit is our base case

      After the “big no” it is now a race between two forces: political pressure for a deal, versus the impact of banking dysfunction within Greece
      Although the situation is fluid, at this point Greek exit from the euro appears more likely than not
      Early indications of the official result suggest the result is a “No” by a comfortable margin. What happens next?

      First, it will be important to see the tone of the immediate political responses both within Greece and outside. We would expect the tone to be somewhat more conciliatory on both sides. Hollande and Merkel are to meet tomorrow night to discuss the issue, and as we understand it, the Eurogroup is scheduled to meet on Tuesday. We expect that a split is likely to emerge in the coming days.  The Commission and France (and possibly others) will argue that negotiations should resume immediately with an aim of finding agreement. Others will find it more difficult to return to negotiations with a newly emboldened Tsipras in short order.

      In the German case, for example, the Bundestag has to be consulted before Mr Schauble can enter into discussions about a new program for Greece (as requested on 30th June). However, the Bundestag has just broken for summer recess, so any such vote will require a recall. We have seen reports that talks at a technical level between Greece and the creditors may restart tomorrow (Monday), but we can imagine that the Bundestag will express its displeasure if it feels those discussions are in-progress without their express consent.

      Second, there are reports of an emergency meeting between the ECB, Bank of Greece and Finance Ministry tonight, and at the latest the ECB will likely have to take a decision about ELA support tomorrow (if not tonight). Our base case is that the ELA total will simply be rolled on a day-to-day basis for now. It is extremely difficult for the ECB to justify increasing the region’s exposure to Greece at this point. That effectively means that the Greek banks are likely to run increasingly short of cash, and the acceptability of electronic forms of payments will diminish rapidly.

      The Bank of Greece and Finance Ministry has a joint committee working to prioritize payments out of Greece for essential imports. There are reports, however, that suggest the logistical problems arising from these procedures are biting. Importers are facing delays in seeing their requests to make purchases processed. And Greek exporters are finding it hard to get payment in euros from those they sell to, as their customers do not want to hold any euro balances within the Greek banking system. It is difficult to get a sense of the scale of these issues at this point. But our best guess is that these issues will multiply in the days ahead.

      This suggests that what we see next will be a race between two forces: political pressure to move toward an agreement despite resistance from a number of northern European parliaments, versus the increasingly unpleasant implications of a dysfunctional banking system on the other. This latter force is unpredictable: it may manifest itself in pressure on the government to stand down, or it may generate a more unified “siege mentality” within Greece. The July 20th payment of €3.5bn to the ECB as Greek bonds mature creates one possibly fixed point as we look forward, but our sense is that could be dealt with via a number of mechanisms if political talks are progressing (transfer of SMP profits, short-term ESM loan, for example).

      Our base case is that the pressures coming from a dysfunctional banking system in Greece will shorten the time horizon to negotiate a deal to a handful of weeks. As that pressure builds, there is likely to be a temptation to call a referendum in Greece on euro membership, and for the state to begin issuing I-O-Us or similar and giving these some status as legal tender. To the extent that pensioners and public sector employees find themselves being paid with such instruments, it takes the banks further away from solvency (they have liabilities in euros, but will have loans to individuals being paid or receiving “i-o-u” s which will be worth a lot less). Meanwhile, we expect at least some countries in the rest of the region (not least Germany) will not hurry over the design of a new program, and will find it difficult to get parliamentary assent for any such program. 

      This is a path that suggests to us that there is now a high likelihood of Greek exit from the euro, and possibly under chaotic circumstances. Perhaps the rest of the region will agree to a reasonably quick deal, or the ECB will raise ELA enough to retain minimal viability in the payments system. Perhaps the pressures of dysfunctional banks will force Mr Tsipras to stand down, and a deal is subsequently made. But for now, we would view a Greek exit from the euro as more likely than not.

    2. O FMI e a UE, vão pagar caro !

      Vai ser um verdadeiro dominó, o que ocorrerá com os demais países, que estão “no bico do côrvo” como estava a Grécia, que “ouvindo as ruas” e preferindo comprometer-se com o seu povo, e não com o FMI e a UE, mostrou que dignidade é mais importante, que compromissos de governos subservientes, que há anos, assinaram acôrdos apócrifos, com as comunidades financeiras européias exploradoras e com o FMI, que se não existisse, não faria nenhuma diferênça.

      As próximas “pedras do dominó” que cairão numa cadeia insustentável, serão a Espanha, Portugal, Itália, Luxemburgo, talvêz não necessariamente nesta ordem.

      Graças a Deus, o Brasil não segue à risca, a cartilha do FMI, nem tem nenhuma ligação com “Uniões” continentais, e acaba de tornar-se signatário do BRICS, cuja cartilha, é totalmente oposta ao do FMI.

      1. Graças a Deus não…
        …graças ao nosso povo que teve a SORTE de não ter colicado alguém da OUTRA turma, no comando deste país…
        E olha q nessa outra turma tem muuuuuuita gente…

  15. Argentina, Islândia, Grécia.

    A Grécia é o terceiro país a decretar o default e romper com o sistema financeiro globalizado. Argentina e Islândia foram bem sucedidos e somente ressurgiram como nação após o default . A decisão da Grécia é acertada e apesar dos dias tortuosos pela frente,  é a única solução que pode devolver a soberania ao povo grego. Bem vinda, Grécia, ao seleto grupo das nações renegadas. 

  16. Repetindo:De tragédias gregas … é bom interpretar
    De tragédias gregas … é bom interpretar 01/07/2015 – 10:14  

    Aristóteles, em Arte Poética:

    “Em toda a tragédia há o nó e o desenlace. O nó consiste muitas vezes em fatos alheios ao assunto e nalguns que lhe são inerentes; o que vem a seguir é o desenlace. Dou o nome de nó à parte da tragédia que vai desde o início até ao ponto a partir do qual se produz a mudança para uma sorte ditosa ou desditosa; e chamo desenlace a parte que vai desde o princípio desta mudança até o final da peça […]”

    ” Há quatro espécies de tragédias, correspondentes ao número dos quatro elementos  indicados. uma complexa constituída inteiramente pela peripécia e pelo reconhecimento … a outra, a peça patética… ; a tragédia dos caracteres .. e a quarta ……… como todas que se passam no Hades.Conviria que os poetas se esforçassem o mais possível por possuir todos os méritos, ao menos os mais importantes e a maior parte, atendendo principalmente às críticas severas de que são alvo em nossos dias; como houve poetas que se distinguiram em tal ou tal elemento essencial, exige-se de um só autor que supere cada um dos poetas em seu mérito próprio. É justo dizer que uma tragédia é semelhante a outra ou diferente dela, não só no argumento, mas também no nó e no desenlace. Muitos tecem bem a intriga, mas saem-se mal no desenlace; no entanto para ser aplaudido, é mister conjugar os dois méritos”. […]

    (Arte Retórica – Arte Poética, Aristóteles, – trad. de Antonio Pinto de Carvalho, p. 298,299, Difel, SP, 1964 ) – grifos meus.

     

  17. Dominó!!!

    O Efeito Dominó está começando: Islandia, Argentina, Grecia…Espanha, Portugal, Itália virão a seguir…Inglaterra rindo e Alemanha e França com o Mico na mão, pois o Euro e sua Comunidade vão afundar!

  18. Só li bravatas e tolices até

    Só li bravatas e tolices até agora. Já estive 3 vezes na Grécia. O país é pobre, só tem azeitonas e cabritos. Nada mais. A taxa de desemprego já supera 25% (40% na faixa até 30 anos de idade). Pobre metido à besta termina sempre na miséria. Lindo o voto pelo NÃO. E dá-lhe discursinho socialista. Esta semana, os bancos do país ficaram fechados porque não havia mais dinheiro. Fotos trágicas de velhos aposentados, batendo nas portas das agências bancárias, implorando para sacar um dinheiro que não existe mais. Os caixas automáticos não tinham na sexta-feira nem mais um cédula de euro. O próprio governo grego estipulou um limite de saques de 60 euros por pessoa. O problema é que nem estes 60 euros existem mais.

    Os sites de notícias da Europa estão cheios de notícias. O bestalhão socialista Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego, entrou em contato com Angela Merkel e Hollande, após o resultado da votação. Para quê? Para pedir mais dinheiro.

    Quem vai pagar as aposentadorias dos velhos gregos nos dia 30? E os professores, médicos, enfermeiros de hospitais públicos? Quem vai pagar a comida dessa gente se o dinheiro acabou?

    Orgulho nacional sem DINHEIRO não vale nada. É papo furado de pinguço de buteco. Parece a USP que eu cursei: muito papo, muito Marx, muito Lenin e nenhum DINHEIRO.

     

    1. Alguns fatos

      A Grécia tem superavit público… você sabia

      O valor arrecadado pelo governo grego cobre todas as suas despesas correntes… você sabia

      As aposentadorias e pensões do setor público fazem parte das despesas correntes… você sabia

      A folha de pagamento do seto público também… você sabia

      A Grécia gera caixa suficiente para honrar todos os compromissos internos, não precisa de empréstimo atualmente para isto… você sabia

      Então por quê precisa de “socorro”… para pegar com uma mão e entregar aos credores com a outra… você sabia…

      O único nó é… o dinheiro em espécie… você sabia…

      Pelo que lí nos seus comentários descobri algo, em quais jornais, revistas e canais de TV você se desinforma. Não é nem preciso falar quais.

      P.S. Você sabe o porquê do desemprego grego ser tão elevado, creio que não, caso contrário não teria pagado o mico de citá-lo no comentário.

      1. Então se é assim como você

        Então se é assim como você diz, por que tantas e tantas reuniões de governantes gregos com as autoridades da União Europeia? Implorando empréstimos e mais empréstimos.

        Por que a Grécia não sai do Euro e da União Européia?

        Vá embora. Comece a imprimir novamente seu poderoso Dracma.

        A Rússia vive por si própria. Faça o mesmo a Grécia.

        Por que estão há 7 anos pedindo esmolas à Alemanha? 

        Por que não vão embora do euro?

        Vá em frente, Grecia tão corajosa. Saia do euro e da Europa.

        Vamos ver no que vai dar tanta tolice e tanto discursinho socialista.

        1. Aí, Rebolla, você virou socialista.

          “Vamos ver no que vai dar tanta tolice e tanto discursinho socialista”.

          Nem você e nem nós sabíamos. O cara parece que é banqueiro, deve ter alguns bilhões de euros aplicados na Grécia, para defender a banca tanto ardor assim.

           

          1. Escuta aqui, ô idiota.

            Você é novato aqui no pedaço. O Rebolla frequenta faz tempo, é eleitor do bolsonaro confesso, não tem nada de socialista, é direitista mas não é imbecil como você, que defende banqueiro sem ser. 

            O que tenho em comum com o Rebolla é o desejo de ver o último banqueiro enforcado, com as tripas do último babaca neoliberal e babaovo de banqueiro. Você é um bom candidato para este último posto.

        2. Que discursinho medíocre!!!
          A

          Que discursinho medíocre!!!

          A Grécia está há anos seguindo tudo que a troika mandou e veja onde ela foi parar. Tente discutir com um pouco mais de razão e com menos emoção. Aqui este não cola!!! 

        3. Que discursinho medíocre!!!
          A

          Que discursinho medíocre!!!

          A Grécia está há anos seguindo tudo que a troika mandou e veja onde ela foi parar. Tente discutir com um pouco mais de razão e com menos emoção. Aqui este não cola!!! 

        4. Aff.. me desculpe, mas acho

          Aff.. me desculpe, mas acho que inteligência tá faltando ai. Porque o ‘socialismo’ agora vai se espalhar pela Europa, eles fizeram isso para mudar a Europa do fascismo de mercado. E isso vai se espalhar pelo mundo…pode se esconder embaixo da cama…

      2. Por não ter cumprido todas as

        Por não ter cumprido todas as exigências dos credores, pela 1ª vez a arrecadação do governo grego cresceu desde o início da crise em 2008.

        O Syriza aumentou o IVA e criou o imposto das Grandes Fortunas.

        Com isso Tsipras cria condições para o país retomar o crescimento, sem crescer não há como pagar as dívidas, a Argentina fez isso.

    2. Pior do que “pobre metido à besta”…

      … são babacas que gozam com pau alheio. Você é banqueiro? Tem dinheiro emprestado para o governo grego? Por que a torcida por banqueiros bilionários contra um país pobre, que só tem azeitonas e cabritos?

      Taí uma boa sugestão para pagar a dívida grega, mandar um bode velho e uma lata de azeitonas pra cada banqueiro. Deviam entatar cocô de cabrito e entregar uma lata especial para Merkel.

      Veja bem, você mesmo descreve a Grécia como país pobre, então, cumé que espera que eles paguem? Será que os banqueiros tão sabidos não viram isso? Emprestaram um dinheirão para pobre fudido e ainda querem receber, é ruim, hem? Agora guenta, esses banqueiros europeus estão parecidos os capitalistas brasileiros, inventaram o capitalismo sem risco. Não tem que ficar com dozinha deles não, viu?

      Acho que se você tivesse 300 vezes na Grécia, não teria aprendido nada, assim como não aprendeu na USP.

    3. Azeitonas e cabritos

      Pensei em nem responder seu comentário. Tamanha ignorância, arrogância e agressividade geralmente merecem apenas o silêncio como resposta. Mas emendando no safanão do Jorge Rebola aqui em baixo (grande, Rebolla!), saiba que de todas as riquezas de um país, a maior é seu povo. Não, meu caro, na Grécia não tem apenas azeitonas e cabritos, como você desdenhou (eu disse desdenhou, não desenhou, tá?). Tem uma cultura multimilenar e um povo com uma consciência muito aguda de Nação, coisa que desconhecemos por aqui. Para além de azeitonas e cabritos, o povo grego tem um sentido muito forte de Honra. Também tem a receber muitos bilhões (eu disse muitos bilhões) de euros da Alemanha referente a uma dívida contraída pelos alemães com o país na época da Segunda Guerra Mundial que nunca foi paga. A Europa inteira sabe disso, mas parece que você, justo você, tão sabido, desconhece. Aqui mesmo no blog esse assunto foi abordado algumas vezes nos últimos meses.

       https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/alemanha-grecia-e-a-segunda-guerra-mundial;

      https://jornalggn.com.br/noticia/grecia-quer-que-alemanha-pague-emprestimo-feito-na-segunda-guerra

      https://jornalggn.com.br/noticia/uma-manobra-grega-maior-que-a-vitoria-de-maratona-por-j-carlos-de-assis

      https://jornalggn.com.br/blog/frederico-fuellgraf/hitler-o-syriza-e-as-dividas-desonrosas-da-alemanha-por-frederico-fuellgraf

       Você, meu caro Renato, apesar de ser, com certeza, um cara  muito viajado (afinal, só na Grécia foi três vezes!!),  me parece que não aproveita bem suas viagens. Além de azeitonas e cabritos, a Grécia tem museus espetaculares, uma cultura riquíssima, um povo honrado e honesto, uma natureza maravilhosa.

      Talvez fosse interessante para você se informar um pouco mais antes de suas muitas viagens para poder aproveitá-las melhor. E também para não ficar regurgitando bobagens e ignorância em um blog que é frequentado por pessoas inteligentes. Fica mal para você, isso. Entre outras coisas…

      1. Mármores do Parthenon

        Minha cara Tina, você tem razão, os museus são lindos. Você precisa ir lá ver o recém inaugurado Museu do Parthenon. É lindo. E é muito comovente ver a apresentação que eles montaram sobre os “Mármores de Elgin”, os belíssimos adornos esculpidos em mármore, que embelezavam todo o frontão do Parthenon, no século V A.C. Esses adornos esculpidos foram levados para Londres pelo almirante inglês Elgin, no início do século XIX, quando a Grécia era apena uma província do Império Turco-Otomano. E estão no Museu Britânico. 

        Sempre apoiei a causa da bela atriz grega Melina Mercouri, que foi MInistra da Cultura de um dos primeiros governos democráticos da Grécia e começou a campanha pela devolução dos mármores.

        Os ingleses se figem de surdos. Mas Melina e os gregos tem razão: os mármores tem de voltar a Atenas.

        Aliás, no museu do Parthenon, há uma bela apresentação em vídeo que termina assim: “Um dia, eles voltarão”, mostrando ao fundo imagens dos mármores.

         

        1. Ah, tá!

          Posar de culto, agora? Depois de ter dito tanta besteira?

          Ai, meus sais…

          * na sua próxima viagem, faça jus a seu nome e vá a Cuba. Quem sabe encontra mais que charutos e rum!

          1. Cuba

            Já estive em Cuba duas vezes. Tem prostitutas e prostitutos à venda por qualquer nota de 5 dolares, aos montes.

            Belos rapazes musculosos e belas moças se ofereciam para sexo em troca de notas de dolares. 

            Fui lá em 2002 e em 2009. Pessoas honestas me paravam na rua me implorando um sabonete, um lápis, uma caneta.

            Tomara que tenha mudado..

             

          2. Pois é,

            Você quer deixar claro que tem dinheiro. Viajou pelo mundo todo (aliás, tem algum lugar que vc não conheça?), estudou na USP, tal e coisa…  

            Dizem que o  dinheiro não compra felicidade. Concordo. No seu caso, ainda cabe acrescentar que também não compra cultura, inteligência, sensibilidade nem educação. 

            Uma dica: tem uns blogs na veja nos quais as pessoas vão babar com o que você tem a dizer. Tenta lá. 

             

      2. Jenio
        Tina
        Deixe esse indivíduo (Cubas ??? – sic !) para lá . Deve ser um ” jenio ” , se considerando um ” doutor sabe tudo ” .
        Na realidade parece um pobre diabo , com muita miséria espiritual no seu extenso amargor e agressividade .
        Deixemos o distinto na ” paz” da sua insignificância .

        1. Exceção

          Eduardo, 

          Não costumo responder a fulanos como esse Cubas, mas hoje abri uma exceção. É que arrogância e ignorância combinadas formam uma mistura prá lá de irritante. 

          Mas o pobre de espírito ( e desconfio que de bolso também, com suas narrativas tipo wikipedia muuuito suspeitas) tá tomando tanta chapuletada que  ficou até engraçado. 

          Coitado.

    4. Centenas de gregos têm Fortuna de quase 60 bilhões

      http://greece.greekreporter.com/2013/10/20/hundreds-of-greeks-have-fortune-of-nearly-60-billion/

      Segundo dados da Wealth-X, 505 gregos têm uma fortuna de cerca de 60 bilhões de euros em total. Estes dados mostram que a crise económica não só não afectou a riqueza, mas é também um ambiente ideal para o seu crescimento.

      Na Grécia, existem 505 milionários gregos cuja fortuna aumentou 20% em relação ao ano passado. Na verdade, sua fortuna atingiu € 60000000000.

      Na Grécia, de acordo com a pesquisa, os milionários devem aumentar. Em nosso país os milionários com uma fortuna de mais de 1 milhão são estimados em 8000 pelos departamentos de Private Banking, e apenas 2.678 pessoas na Bolsa de Atenas têm ações que ultrapassem 1 milhão de euros.

      Os milionários e bilionários do mundo estão investindo 22% em propriedades, 15% em ações, 15% em obrigações de empresas, mantendo 13% em dinheiro. Seus investimentos em títulos estaduais chegar a 8%, em moedas de 7% e em ouro de 6%.

       

  19. Entrevista de Maria Lucia

    Entrevista de Maria Lucia Fatorelli a TV Brasil.

    Desde 2010 que os empréstimos bancários efetuados a Grécia foram com títulos podres, ou seja, a Grécia não recebeu empréstimos em euros e passou a pagar juros sobre os papéis recebidos. No fundo trocou seu parcos recursos em dinheiro por papéis podres que nada valem. FRAUDE!!!!!!!

    [video:https://youtu.be/Gs2itbOjlpQ%5D

    1. A grande fraude do sistema

      A grande fraude do sistema financeiro de Wall Street em 2008 continua fazendo seus estragos pela Europa. 

    2. Existe um ‘sistema da dívida’

      Em entrevista a CartaCapital, direto da Grécia, Fattorelli falou sobre como o “esquema”, controlado por bancos e grandes empresas, também se repete no pagamento dos juros da dívida brasileira, atualmente em 334,6 bilhões de reais, e provoca a necessidade do tal ajuste:

      CC: E onde começa o problema?

      MLF: O problema começa quando nós começamos a auditar a dívida e não encontramos contrapartida real. Que dívida é essa que não para de crescer e que leva quase a metade do Orçamento? Qual é a contrapartida dessa dívida? Onde é aplicado esse dinheiro? E esse é o problema. Depois de várias investigações, no Brasil, tanto em âmbito federal, como estadual e municipal, em vários países latino-americanos e agora em países europeus, nós determinamos que existe um sistema da dívida. O que é isso? É a utilização desse instrumento, que deveria ser para complementar os recursos em benefício de todos, como o veículo para desviar recursos públicos em direção ao sistema financeiro. Esse é o esquema que identificamos onde quer que a gente investigue.

      CC: E quem, normalmente, são os beneficiados por esse esquema? Em 2014, por exemplo, os juros da dívida subiram de 251,1 bilhões de reais para 334,6 bilhões de reais no Brasil. Para onde está indo esse dinheiro de fato?

      MLF: Nós sabemos quem compra esses títulos da dívida porque essa compra direta é feita por meio dos leilões. O processo é o seguinte: o Tesouro Nacional lança os títulos da dívida pública e o Banco Central vende. Como o Banco Central vende? Ele anuncia um leilão e só podem participar desse leilão 12 instituições credenciadas. São os chamados dealers. A lista dos dealers nós temos. São os maiores bancos do mundo. De seis em seis meses, às vezes, essa lista muda. Mas sempre os maiores estão lá: Citibank, Itaú, HSBC…é por isso que a gente fala que, hoje em dia, falar em dívida externa e interna não faz nem mais sentido. Os bancos estrangeiros estão aí comprando diretamente da boca do caixa. Nós sabemos quem compra e, muito provavelmente, eles são os credores porque não tem nenhuma aplicação do mundo que pague mais do que os títulos da dívida brasileira. É a aplicação mais rentável do mundo. E só eles compram diretamente. Então, muito provavelmente, eles são os credores.

      CC: Como funcionaria a auditoria da dívida na prática? Como diferenciar o que é dívida legítima e o que não é?

      MLF: A auditoria é para identificar o esquema de geração de dívida sem contrapartida. Por exemplo, só deveria ser paga aquela dívida que preenche o requisito da definição de dívida. O que é uma dívida? Se eu disser para você: ‘Me paga os 100 reais que você me deve’. Você vai falar: “Que dia você me entregou esses 100 reais?’ Só existe dívida se há uma entrega. Aconteceu isso aqui na Grécia. Mecanismos financeiros, coisas que não tinham nada ver com dívida, tudo foi empurrado para as estatísticas da dívida. Tudo quanto é derivativo, tudo quanto é garantia do Estado, os tais CDS [Credit Default Swap – espécie de seguro contra calotes], essa parafernália toda desse mundo capitalista ‘financeirizado’. Tudo isso, de uma hora para outra, pode virar dívida pública. O que é a auditoria? É desmascarar o esquema. É mostrar o que realmente é dívida e o que é essa farra do mercado financeiro, utilizando um instrumento de endividamento público para desviar recursos e submeter o País ao poder financeiro, impedindo o desenvolvimento socioeconômico equilibrado. Junto com esses bancos estão as grandes corporações e eles não têm escrúpulos. Nós temos que dar um basta nessa situação. E esse basta virá da cidadania. Esse basta não virá da classe politica porque eles são financiados por esse setor. Da elite, muito menos porque eles estão usufruindo desse mecanismo. A solução só virá a partir de uma consciência generalizada da sociedade, da maioria. É a maioria, os 99%, que está pagando essa conta. O Armínio Fraga [ex-presidente do Banco Central] disse isso em depoimento na CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da Dívida, em 2009, quando perguntado sobre a influência das decisões do Banco Central na vida do povo. Ele respondeu: “Olha, o Brasil foi desenhado para isso”.

      CC: Ao longo da entrevista, a senhora citou diversos momentos da história recente do Brasil, o que mostra que esse problema vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso, e passou pelas gestões Lula e Dilma. Mas como a questão da dívida se agravou nos últimos anos? A dívida externa dos anos 1990 se transformou nessa dívida interna de hoje?

      MLF: Houve essa transformação várias vezes na nossa história. Esses movimentos foram feitos de acordo com o interesse do mercado. Tanto de interna para externa, como de externa para interna, de acordo com o valor do dólar. Esses movimentos são feitos pelo Banco Central do Brasil em favor do mercado financeiro, invariavelmente. Quando o dólar está baixo, e seria interessante o Brasil quitar a dívida externa, por precisar de menos reais, se faz o contrário. Ele contrai mais dívida em dólar. Esses movimentos são sempre feitos contra nós e a favor do mercado financeiro.

      CC: E o pagamento da dívida externa, em 2005?

      MLF: O que a gente critica no governo Lula é que, para pagar a dívida externa em 2005, na época de 15 bilhões de dólares, ele emitiu reais. Ele emitiu dívida interna em reais. A dívida com o FMI [Fundo Monetário Internacional] era 4% ao ano de juros. A dívida interna que foi emitida na época estava em média 19,13% de juros ao ano. Houve uma troca de uma dívida de 4% ao ano para uma de 19% ao ano. Foi uma operação que provocou danos financeiros ao País. E a nossa dívida externa com o FMI não era uma dívida elevada, correspondia a menos de 2% da dívida total. E por que ele pagou uma dívida externa para o FMI que tinha juros baixo? Porque, no inconsciente coletivo, divida externa é com o FMI. Todo mundo acha que o FMI é o grande credor. Isso, realmente, gerou um ganho político para o Lula e uma tranquilidade para o mercado. Quantos debates a gente chama sobre a dívida e as pessoas falam: “Esse debate já não está resolvido? Já não pagamos a dívida toda?’. Não são poucas as pessoas que falam isso por conta dessa propaganda feita de que o Lula resolveu o problema da dívida. E o mercado ajuda a criar essas coisas. Eu falo o mercado porque, na época, eles também exigiram que a Argentina pagasse o FMI. E eles também pagaram de forma antecipada. Você vê as coisas aconteceram em vários lugares, de forma simultânea. Tudo bem armado, de fora para dentro, na mesma época.

      Na integra:

      http://www.cartacapital.com.br/economia/201ca-divida-publica-e-um-mega-esquema-de-corrupcao-institucionalizado201d-9552.html

       

  20. Orgulho nacional da Grécia

    O “Orgulho Nacional Grego” é lindo, desde que alguém pague a conta.

    Viva a Grécia. Desde que os euros continuem sendo despejados no sistema bancário grego, saindo de Frankfurt, onde são impressos.

    Aliás, várias pessoas escreveram asneiras louvando o “berço da democracia” como se a Grécia de hoje fosse a mesma de século V A.C. Ignorando completamente que o sistema político grego de hoje é totalmente dominado por clãs e máfias, incluindo o clã do palhaço socialista Alexis Tsipras, fazendo discursos naquele parlamento feio – o prédio é horroroso, eu vi, fui até lá.

    Como é bonito falar besteira socialista de longe. Tenho duas amigas na Grécia. Sabiam que até hoje, neste “berço da democracia”, moças só se casam com negociação prévia feita pelo papai?

    Nas cidades do interior do país, que conheci várias, nenhuma moça ou mulher solteira se atreve a entrar num bar sozinha.

    Mas o que leio aqui neste blog é só asneira e discursinho socialista.

    Apesar das beleza das ilhas – Rodes é a mais bela – e o esplêndido azul do Mar Egeu, a Grécia não vale um cocô de cabrito. O país é igual a NADA.  

      1. Coxinha

        Se você ou alguém puder me explicar a origem deste adjetivo, na forma como ele é usado hoje, eu seria grato. Antigamente, era uma palavra usada para insultar policiais militares, porque havia e ainda há o costume destas duplas de PMs pararem em padarias e bares para comer de graça. A cena era sempre a mesma: um ficava parado na calçada, enquanto o outro entrava para comer coxinhas, kibes, esfihas, pastéis e sei lá mais o que. Depois os dois PMs trocavam de papel. Tudo de graça, em troca de uma suposta proteção especial ao estabelecimento. Sinceramente, nunca vi nada de escabroso nisso, considerando o salário baixo que ganham os nossos policiais.

        De repente, não entendi por que, a palavra “coxinha” começou a ser usada para agredir quem não é do PT.

        Até hoje não entendi a razão disso.

        Eu adoro coxinha de boteco. Aqui na região da Paulista, onde moro, tem botecos e padarias que fazem coxinhas maravilhosas.

        Não consigo entender por quê isto tornou-se um insulto.

        1. Se ajudar.

          Aqui em BH temos um motivo.

          Em Janeiro de 2012 o Jornal O Tempo divulgou que o vereador apresentou um gasto de R$ 62 mil com despesas entre 2009 e 2011 com lanches, como gasto da verba indenizatória – destinada a cobrir custos com o mandato. Os pagamentos foram realizados ao bufê da mulher de seu pai.19 Para ilustrar o valor, a reportagem utilizou como referência os valores da coxinha no centro da capital mineira e em um bairro nobre e estimou que seria possível a compra de 3000 salgados por mês.

          O caso, que não era originalmente relacionado a coxinhas, mas a despesas legalmente autorizadas para alimentação, repercutiu e o músico Flávio Henrique Alves, criou uma marchinha de Carnaval com o tema, intitulada “Na coxinha da madrasta”, para o Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, que escolhe o hit da Banda Mole, tradicional bloco carnavalesco de Belo Horizonte. Uma vez que a música poderia ser considerada um ataque passível de indenização por danos morais, o compositor retirou voluntariamente a música de seu site, mas ela espalhou-se rapidamente pela internet, em outros sites e pelas redes sociais.20

          A marchinha teve um grande sucesso, venceu o Concurso de Marchinhas Mestre Jonas21 e ganhou repercussão nacional durante o Carnaval.22 23 As brincadeiras e piadas não afetaram a popularidade do vereador em um primeiro momento, já que foi reeleito com votação recorde naquele mesmo ano. Porém, em 2014, não conseguiu se eleger deputado estadual.

    1. perderam: direita neolibe do brasil sua hora vai chegar

      Perdeu playboi perdeu. A direita neolibe tá morrendo de medo, cagando nas calças. Fique quieto isso é só o começo do fim para vocês;

    2. Uai, se achou que a Grécia

      Uai, se achou que a Grécia não vale uma cíbala (nome técnico do cocô de cabrito), por que Vossa Sapiência voltou lá mais duas vezes? Num intindi.

    3. Argumentos assás convincentes

      “palhaço socialista”? 

      “parlamento feio”? 

      “não vale um cocô de cabrito”?

      Esses fortíssimos argumentos instrutivos acabaram me convencendo de que o Renato Cubas está coberto de razão.  Como eu poderia encontrar um mísero argumento lógico para contrapor à altura? Teria que descer ao mesmo nível; e disso não sou capaz.

      OK, cara. você venceu. Seu nível de argumentação é imbatível. Demais, cara. Parabéns!

       

    4. E tu acha mesmo que a Grécia

      E tu acha mesmo que a Grécia precisa ser definida por Renato quem? Se você se diverte aqui, a gente se diverte muito mais com essas visitas. 

    5. Eu tb já estive lá,  e o que

      Eu tb já estive lá,  e o que vi e a minha guia, que era brasileira, me contou, é mt diferente de vc. A grande parte dos seus achados históricos estão brilhantemente em outros países europeus.  E eu pergunto ? Se  vc ver um pobre na rua e lhe propor emprestar dinheiro, sabendo que ele não tem como lhe pagar, vc o mata ? Quando criaram a UE, diversos países como a Grécia, Portugal e mesmo Espanha e  Itália, entre outros, não estavam preparados para tal  pois não tinham o mesmo nível dos demais países, principalmente as espertíssimas Alemanha e Inglaterra. Mas a proposta foi feita c/ a promessa de que todos se tornariam como os dois países. E tome empréstimos. Porém, todavia, contudo, quem se deu e muito bem foi a Alemanha que aumentou enormemente suas exportações. Sacou ?

  21. Aceita o oxi que doi menos

    Mais uma que políticos brasileiros deveriam aprender com os gregos: lá o líder da oposição reconheceu a derrota nas urnas e pediu para sair. Gente educada e com semancol é outra coisa. 

    Líder da oposição na Grécia pede demissão

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-07/lider-da-oposicao-na-grecia-pede-demissao

    O líder do principal partido da oposição grega, Antonis Samaras, pediu demissão hoje (5). “Compreendo que nosso grande partido precisa de um novo começo. Demito-me hoje da liderança do Nova Democracia e peço a Evangelos Meimarakis para assumir provisoriamente a presidência”, disse, em breve aparição transmitida pela televisão.

    Evangelos Meimarakis, ex-presidente do parlamento e atual deputado, é o número dois do partido Nova Democracia, de centro-direita.

    Samaras, que foi primeiro-ministro até janeiro passado, liderou a campanha pelo Sim no referendo de hoje na Grécia sobre as propostas de credores internacionais. Com mais de 80% dos votos contados, o Não lidera com 61,57% dos votos, enquanto o Sim registra 38,43% dos votos.

        

     

    1. “Mais uma que políticos

      “Mais uma que políticos brasileiros deveriam aprender com os gregos: lá o líder da oposição reconheceu a derrota nas urnas e pediu para sair. Gente educada e com semancol é outra coisa.”

      Não: isso é consequência do parlamentarismo.

    2. “Mais uma que políticos

      “Mais uma que políticos brasileiros deveriam aprender com os gregos: lá o líder da oposição reconheceu a derrota nas urnas e pediu para sair. Gente educada e com semancol é outra coisa.”

      Não só a oposição de lá é diferente como a situação (esquerda) também é diferente pois não tem sangue de barata.

  22. Mensagem política muito importante

    Há uma mensagem política importante neste não da Grécia, e que pode ser seguida por outros países europeus como Espanha, Portugal e talvez a Itália. Como já alertaram os insuspeitos Paul Krugman e Joseph Stiglitz, a austeridade e a ortodoxia econômica afundaram de vez a Grécia, e os que mais sofrem são os que justamente são os menos favorecidos.

    De qualquer forma, deve ter sido um lindo domingo em Atenas. Mas não será fácil. Boa sorte ao povo grego e ao Syriza.

    http://foradazonaverde.com/2015/07/05/e-a-grecia-disse-nao/

    Abraços a todos.

     

  23. Não venho muito a este blog

    Não venho muito a este blog do PT, mas quando venho me divirto.

    Sei que é um blog dedicado aos militantes do PT e partidos adjacentes. Mas é divertido dar uma olhada neste olhar curioso e tão antiquado sobre o mundo.

    Marx já morreu faz muito tempo. Lenin é só uma múmia de cor esquisita, deitado eternamente num mausoléu piramidal, aos pés da Muralha do Kremlin.

    Aliás, não é curioso que um conjunto de prédios construidos aos poucos, desde o século XIV, para uso exclusivo do Tzares da Rússia, tenha se tornado um símbolo do poder socialista??

    Sinceramente, quando estive em Moscou, eu fiquei espantado e chocado com a minha ignorância. Já tinha lido umas 5 ou 6 biografias do Stalin, sendo 4 delas em inglês, porque jamais serão publicadas no Brasil. Sabia que o corpo do velho ditador assassino tinha sido retirado das muralhas do Kremlin a mando de Khrushchov, no processo de desestalinização dos anos 50. Sabia que Nikita tinha mandado enterra-lo num cemitério da periferia de Moscou.

    Fiquei besta, quando saí do percurso obrigatório do mausoléu de Lenin e vi por acaso uma lápide entre dezenas, aos pés do muro do Kremlin: Сталин. Parei, gerando prostetos na fila de turistas, mas me lixei para eles. Desconfiei do nome e perguntei em inglês a um policial entre os muitos que faziam a guarda: Stalin??. O policial foi educado e respondeu em inglês: Sim, Stalin.

    Fiquei bestado. Não sei até agora quem trouxe de volta ao Kremlin o cadáver do velho assassino. Pois lá está ele, logo atrás do boneco bronzeado que virou Lenin.

    1. *

      Olhar antiquado do mundo?

      A Grécia quer ser Euro de fato e não de fachada.

      Visão antiquada do mundo tem quem se conforma com inúteis desigualdades!

    2. Sabe que tb não entendi

      O que uma sumidade como o sr., que sabe até perguntar se era Stalin, em Inglês, numa fila de turistas em Moscou , faz aqui?

       

      Há pessoas que viajam (?) só para ver o que de ruim tem o país. Um “bestado”, conforme dito pela sumidade, que vem no Blog para se divertir e ” espalhar” seus conhecimentos.

      OH DÓ.

    3. O QUE ISSO TEM A VER COM O BRASIL.

      Por isso desde o ano de 2003 os Governos de coligação de Lula e de Dilma estão tentando implantar o capitalismo no Brasil.

      A maior acusação que a oposição faz ao LUla é ter ajudado os ricos.

       

    4. Petistas não por favor, comunistas comedores de criancinhas.

         Fica ainda mais moderno na sua lição abobada para nós , os ultrapassados.

          Nossa capacidade de compreensão deve ser muito limitada mesmo, ainda estamos tentamos acompanhar esses tão avançados pensamentos, com um pequeno país tão full dido como fazem questão de ressaltar,  frisar, gritar…  pode causar tanto temor a esse tão sólido sistema de sucesso tão indiscutível deixando seus defensores tão desesperados xingando Zeus e o mundo, como pode receber tantos bilhões, e como depois de receber tantos bilhões continua tão ferrado, só nos resta esse raciocínio simplório e ultrapassado, a Grécia era uma secção de um duto de esgoto podre de um esquema de corrupção descomunal onde escorre bilhões de euros que evidentemente não fica nas mãos dos gregos, do contrário mereceriam todos os adjetivos que estão recebendo(menos o de esfarrapados) mas talvez devessem ser dirigidos aos reais donos da bufunfa.

  24. Volta o Dracma

    Vou dormir. 

    Só para finalizar. A Grécia não tem dinheiro para comprar nada e não tem nada para vender que não se possa comprar em outro lugar.

    A Grécia não vale nada e vai afundar no belo azul do Mar Egeu.

    Para quem não conheceu, as antigas cédulas de dracma eram bem bonitas. Espero que repitam os desenhos.

        1. Mas a idéia original é deles mesmos

            rs nós é que copiamos

          e nem duvido, ele já leu quantas ? 6 biografias do Stalin ? deve verificar a porta 6 vezes, deixa o armário aberto pra não ficar imaginando coisas e até pregar o olho fica suando frio com medo do bigodudo vir puxar o pé dele.

          1. Deve ser masoquista. Pois

            Deve ser masoquista. Pois além das seis biografias de Stalin que leu, já esteve várias vezes na Grécia, na Rússia e em Cuba, Pra depois ficar falando abobrinha a respeito, e logo por aqui. Deve ser porque falta inteligência nos meios que frequenta…

            “Um Cubas!”

    1. “Um Cubas!”

      Tchau, chatão. Perdeu outra eleição, hoje. A última foi a do Aécio, né, e o pessoal reclama até hoje. Vai dormir chateado, depois de tentar chatear os outros aqui e sacanear os gregos mais do que já foram pela Troika.

      Antes de dormir, veja se não há um cumunista debaixo da cama. Nunca se sabe… 

      Bons sonhos com a múmia de Lenin! 

      1. Essa da múmia de Lênin foi demais

        Essa da múmia de Lênin foi demais, esses textos anti-comuna escritos como se eles estivessem incrustados nascredaçõescda Readers Digest soam nos meus ouvidos como uma piada de mau gosto de uma gente emburrecida e parada no tempo.

         

         

  25. auld lang syne
    amanhã voltaremos a lutar. mas hoje apenas deixemos as lágrimas da vitória encharcarem nossos sorrisos de vitória, enquanto nos abraçamos em júbilo

    amanhã voltaremos a lutar. mas hoje dissemos um rotundo NÃO à extorsão, ao terrorismo e à tirania. e a vida nos respondeu com um generoso: “SIM, NÓS PODEMOS”.

    hoje somos todos jovens que amadurecem e pessoas maduras que recuperam a juventude. estejamos onde estivermos, dançaremos unidos até a exaustão, sob as bênçãos de um arco-íris profético: SIM, um outro mundo é possível. onde todos são dignos de respeito e as responsabilidades por todos devem ser compartilhadas.

    hoje nossa ousadia na luta nos conduziu à vitória. hoje nossas vidas nos pertencem. amanhã, por elas voltaremos a lutar.

    auld lang syne
    .

    1. Baita comentário arkx

      Este povo não sabe se divertir, levam tudo muito a sério.

      A situação é difícil, com ou sem bom humor.

      Celebremos uma vitória de cada vêz, que é o único modo mesmo rsrsrsrs….

  26. Para refletir …

    Sim, a vitória do não foi expressiva, ninguém pode negar. Mas é difícil para mim entender o nível de celebração que algumas pessoas estão expressando aqui, por uma série de razões:

    – no decorrer dos diversos acordos dos países credores com a Grécia, a maior parte dos débitos do país foram “estatizados”. Portanto, não são os “grandes banqueiros” que estão perdendo, mas sim os orçamentos dos outros países da Europa. Agora, considerando que democracia não vale apenas para os gregos, imaginem o que aconteceria se houvesse um referendo nos outros países da Europa perguntando se eles aceitam continuar financiando a Grécia. Qual seria o resultado?

    – sim, a Grécia entrou para a zona do Euro em condições desfavoráveis. Mas a culpa é de quem? Será que a Alemanha impôs isso? Será que os políticos gregos não tiveram o mesmo comportamento que o FHC 1 e o Lula 2 – ou seja, deixar o câmbio se valorizar para dar uma ilusão de riqueza à população ? Todo mundo sabe que essa política tem perna curta, inclusive o Brasil atual é um grande exemplo disso …

    – há muitos anos atrás, antes dessa confusão toda, a Economist publicou um caderno especial sobre a Grécia. Qual foi um dos maiores anunciantes? A empresa de loterias grega! Isso é apenas um exemplo de quão disfuncional é a economia daquele país. Além disso, quem visitou a Grécia depois das olimpíadas sabe que eles gastaram o que eles tinham e o que eles não tinham com os jogos. Pelo menos houve um “legado” melhor que o da Copa no Brasil (Atenas se tornou uma cidade muito menos caótica que antes com os investimentos de infraestrutura à época), mas que eles gastaram muito mais do que podiam, disso não há dúvida.

    – na possibilidade, cada vez maior, da Grécia sair do Euro, sabem quem perde mais? Os pobres, porque a classe média e os ricos são safos e já tiraram todo o dinheiro do país, portanto suas economias não serão desvalorizadas automaticamente em 50%. Somente os servidores públicos gregos (uma casta pior que a brasileira, sem dúvida – e eu sou servidor, por isso sei bem do que estou falando, antes que joguem pedra) enviaram bilhões de Euros das suas economias para o exterior no ano passado. Sem contar que o risco de hiperinflação no momento da criação de uma nova moeda é imenso, e vocês sabem bem quem perde mais com a inflação né ?

    Prefiro nem falar da cédula do referendo com texto críptico e “não” antes do “sim”, mas enfim … o fato é que é preciso pegar leve com o champagne e aguardar os próximos capítulos, porque não há garantia nenhuma que o resultado do referendo de hoje será, no longo prazo, a melhor decisão para a Grécia …

    1. Esquema da divida

      Em entrevista a CartaCapital, direto da Grécia, Fattorelli falou sobre como o “esquema”, controlado por bancos e grandes empresas, onde a divida é criada apenas para converter “titulos podres” em juros a serem pagos com a “privatizações”:
      “Existe um ‘sistema da dívida’. É a utilização desse instrumento [dívida pública] como veículo para desviar recursos públicos em direção ao sistema financeiro”:

      veja a integra:
      http://www.cartacapital.com.br/economia/201ca-divida-publica-e-um-mega-esquema-de-corrupcao-institucionalizado201d-9552.html

    2. Como não entendo de economia

      vou lendo, e eu já havia lido mais ou menos isso em outros textos. Os Chefes de Governos sabiam da situação da Grécia sob o comando de trambiqueiros e não é possível aceitar as determinações do FMI e outros órgãos. O desemprego, a fome mesmo é grande na Europa e EUA.

         Achei isso aqui no twitter de @palmériodória:

       

      Ministro da Fazenda da Grécia assinando acordo em 1953 para perdoar metade da dívida da Alemanha.

      Mesmo a Alemanha tendo invadido a Grécia, depois da guerra houve um acordo favorável a Alemanha. https://twitter.com/msantoro1978/status/617793209968762881

       

    3. “- no decorrer dos diversos

      “- no decorrer dos diversos acordos dos países credores com a Grécia, a maior parte dos débitos do país foram “estatizados”. Portanto, não são os “grandes banqueiros” que estão perdendo, mas sim os orçamentos dos outros países da Europa. Agora, considerando que democracia não vale apenas para os gregos, imaginem o que aconteceria se houvesse um referendo nos outros países da Europa perguntando se eles aceitam continuar financiando a Grécia. Qual seria o resultado?”

      Essa é uma boa pergunta. Mas uma resposta à altura demanda um entendimento da história dessa situação.

      A dívida grega era sobretudo uma dívida para com bancos privados. A União Europeia, como vc diz, “estatizou” essa dívida. Traduzindo para o português, significa que os Estados da UE emprestaram ao governo grego para que este pagasse a dívida grega para com os bancos.

      Se eu fosse um eleitor alemão ou finlandês, eu me perguntaria, não se é preciso continuar financiando a Grécia, mas se imbecis que compram uma dívida impagável são mesmo imbecis – caso em que é absolutamente necessário tirá-los do governo – ou se, ao contrário, são espertos e estavam na verdade defendendo o interesse dos bancos – caso em que é absolutamente necessário tirá-los do governo e colocá-los na cadeia.

      “- sim, a Grécia entrou para a zona do Euro em condições desfavoráveis. Mas a culpa é de quem? Será que a Alemanha impôs isso? Será que os políticos gregos não tiveram o mesmo comportamento que o FHC 1 e o Lula 2 – ou seja, deixar o câmbio se valorizar para dar uma ilusão de riqueza à população ? Todo mundo sabe que essa política tem perna curta, inclusive o Brasil atual é um grande exemplo disso …”

      Olha, você não convida alguém para uma festa, e depois quando o sujeito já comeu e bebeu, se lembra de dizer que a comida e bebida têm de ser pagas. Se é festa, é de graça; se tem de pagar, não é festa (ou seja, não é “União” Europeia, não é um passo adiante na história da humanidade, não é nenhuma das pieguices ideológicas que foram construídas para vender o projeto).

      Por outro lado, não, os políticos gregos não tiveram esse comportamento de valorizar o câmbio.

      Não gosto do Samaras nem do Papandreu, e fico feliz de ver ambos irem para o lixo da história, mas disso aí eles são inocentes – por que com a entrada da Grécia na “zona” do Euro, a Grécia (e por tabela o Papandreu e o Samaras e outros menos votados, se é que isso é possível) perdeu o controle sobre o câmbio. Então se alguém valorizou o câmbio, não foi a Grécia, nem os governos gregos, nem os políticos gregos. Foi, adivinha… o Banco Central Europeu. Que convidou a Grécia (e Portugal, e Espanha, e Itália e Irlanda) para a festa do Euro sobrevalorizado (sobrevalorizado para as condições da Grécia, etc., não para as condições da Alemanha, é claro) e agora está cobrando ingresso para o que foi prometido como boca livre.

      “- na possibilidade, cada vez maior, da Grécia sair do Euro, sabem quem perde mais? Os pobres, porque a classe média e os ricos são safos e já tiraram todo o dinheiro do país, portanto suas economias não serão desvalorizadas automaticamente em 50%. Somente os servidores públicos gregos (uma casta pior que a brasileira, sem dúvida – e eu sou servidor, por isso sei bem do que estou falando, antes que joguem pedra) enviaram bilhões de Euros das suas economias para o exterior no ano passado. Sem contar que o risco de hiperinflação no momento da criação de uma nova moeda é imenso, e vocês sabem bem quem perde mais com a inflação né ?”

      Bom, isso é verdade. A situação é a seguinte: o BCE está dizendo aos gregos, “tomem o cianeto, senão nós mesmos vamos atirar em vocês”. Nessa situação, você toma o cianeto, ou corre o risco de eles errarem o tiro?

      A Grécia em particular tem uma vantagem muito grande, no caso de recorrer à volta à moeda própria (e, consequentemente, como você diz, à inflação): é um país de potencial turístico muito grande; uma moeda local desvalorizada leva quase automaticamente a um aumento no influxo de turistas – que pagam em euro ou dólar. O que, por si mesmo, aumentando a procura pelo “dracma” (supondo que esse seja mesmo o nome da moeda grega ressuscitada), leva à valorização desta, atenuando os efeitos que você aponta.

      Mas, é claro, o problema é mais embaixo: a zona do Euro é uma união monetária, mas não é uma união fiscal. O Krugman explica um pouco isso, comparando a situação da Grécia com a situação de Porto Rico (que está numa crise semelhante, mas está em uma união fiscal, e não apenas monetária, com os EUA): http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/07/04/no-puerto-rico-isnt-greece/?_r=0

      Ou talvez você prefira o estilo do Tim Worstall: http://www.forbes.com/sites/timworstall/2015/07/05/puerto-rico-shows-greece-needs-e50-billion-a-year-and-would-still-fail-even-then/

      Enfim, se o seu diagnóstico é o de que a Grécia sofre de sobrevalorização do câmbio, é um pouco contraditório alegar que o tratamento óbvio – a desvalorização cambial – vai gerar problemas. É, antibiótico causa problemas intestinais; mas primeiro você trata a pneumonia, depois você se preocupa com a diarréia consequente.

      Concordo com você que não é exatamente algo a ser comemorado. Os gregos fizeram o certo; mesmo fazendo o certo, a situação deles continua dificílima; a economia grega não vai começar a crescer loucamente como a da China, e o que deveria ser uma vantagem –  a estatização da dívida grega, que deveria significar credores menos ávidos e portanto mais flexíveis na negociação – se tornou, ao contrário, uma dificuldade a mais, por que esses credores, ao contrário dos bancos, não precisam realmente do dinheiro, e podem optar por perdê-lo, só para derrotar politicamente a Grécia e seu governo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador