No Fórum Brasilianas.org, Haddad fala sobre reapropriação do espaço público

Da Prefeitura de São Paulo

Construção de cidades agradáveis pede mudanças de conceitos, diz Haddad
 
Em debate nesta quarta-feira (7), prefeito defendeu a criação de novas maneiras de aproveitar os espaços públicos

Em debate sobre metrópoles, o prefeito Fernando Haddad defendeu nesta quarta-feira (7) que a construção de cidades mais agradáveis passa por uma quebra de paradigma, com transformações de comportamento e a reapropriação do espaço público. A palestra de Haddad integrou o 66º Fórum de Debates Brasilianas – “A Revolução das metrópoles: como prepará-las para serem cidades agradáveis”, realizado nesta manhã no Hotel Tryp Paulista, na região central.

“Vai ter que haver uma quebra de paradigma. A maneira como nós concebemos as metrópoles no passado não vai prevalecer por uma questão material. Estamos começando uma jornada para tentar transformar o que é problema em solução, por mudança de comportamento. Uma grande parte dos problemas urbanos são comportamentais, das pessoas saberem viver em comunidade. Como 22 milhões de pessoas podem aprender a conviver e ser parte da solução da cidade?”, afirmou Haddad.

A transformação da maneira como as pessoas encaram a vida nas cidades inclui um movimento de recuperação de espaços públicos, como ruas, calçadas e fachadas, que hoje constituem 25% do espaço na Capital. Uma das iniciativas nesse sentido é o programa Rua Aberta [http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/6021], que tem como objetivo abrir para pedestres e ciclistas ruas e avenidas de grande relevância aos domingos e feriados, das 10h às 17h, em todas as Subprefeituras da cidade. “Se é verdade que a propriedade privada sofreu uma contestação no sentido de problematizar o acesso ao solo, nós hoje estamos em uma situação inédita de discutir a distribuição democrática do que já é público”, explicou o prefeito.

Em sua apresentação, Haddad também falou sobre o conceito de cidade-parque, a partir do qual as grandes metrópoles assumem características dos espaços de lazer, como arborização, espaços para convivência, ambiente pacífico e agradável. Entre as políticas públicas voltadas para este objetivo está a promoção da segurança no trânsito, com a redução da velocidade máxima permitida em vias da Capital e a instalação de ciclovias, por exemplo. Outra medida é instalação de iluminação por LED em toda a cidade, por meio de uma parceria público-privada.

Todas estas ações, segundo o prefeito, têm como objetivo democratizar o espaço urbano. “É uma questão política que está por trás das decisões que se toma para o bem estar da coletividade. Tem um o pano de fundo que é a radicalização da questão democrática, para que possamos viver em mais harmonia em uma cidade mais agradável”, concluiu Haddad.

Debate

Após a palestra de Haddad, o secretário municipal Fernando Mello Franco (Desenvolvimento Urbano) participou de debate com a urbanista Ermínia Maricato, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) sobre os desafios para uma gestão metropolitana contemporânea.

No período da tarde, Guillame Sibaud, Sócio da Triptyque Escritório de Arquitetura, apresentou experiências internacionais bem sucedidas.  No encerramento do evento, o tema foi a revitalização das zonas mortas, com a participação do professor André Fontan Köhler (USP) e do empresário Facundo Guerra.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Cidade Parque

    Socorro! O prefeito de Juiz de Fora Bruno Siqueira, está sendo chamado de Bruno Pontes, por uma gestão obrista e a cidade vai correndo atrás do sonho de ser grande, só que está obesa, inchada, e continua… Na área central não existe um parque sequer e árvores muito menos. O vereador João do Joaninho (sic) era o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara e foi pego, numa represa, com algumas capivaras e jacus abatidos. Um pouco antes, numa área enorme, próxima ao Museu Mariano Procópio, que tem um bom horto, aconteceu o corte de mais de trezentas árvores. Segundo a notícia, há 6 ou 7 nascentes no local. A declaração do então vereador e presidente foi lacônica. Pelo menos ele renunciou (talvez para não ficar inelegível, mas aí é o imponderável). 

  2. Palestra do Prefeito

    Infelizmente, grande parte de nossa população não merece o Prefeito que temos.  Talvez, eles preferissem outro tipo de pólítico, alguém como Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra; gente que nada fez pelo município que não fosse de seu interesse pessoal.  É só olhar para trás e conferir.
    Há muitos anos não tínhamos ninguém tão preparado, tão interessado e tão dedicado ao trabalho, para fazer o que precisa ser feito em São Paulo.
    A mudança de paradigmas a que ele se refere é inevitável e absolutamente necessária, para que readquiramos um modo de vida decente em nossa cidade. 
    E quem não reconhce isto está absolutamente cego. Bem provavelmente por ignorância.

    1. Haddad está certo

      Haddad está certo, tem que fazer o que é correto e danem-se os coxinhas, a imprensa, a extrema direita e toda sua escumalha…

      Não importa o que ele fizesse os ataques coxinhísticos seriam feitos de qualquer forma, então o negócio é tocar o barco ao lado do povão. Se não houver condições para superar o massacre midiático e a massa mediocrizada, paciência, é continuar dialogando com o povo e fazendo o que é certo. Não vai ser deixando de abordar as questões básicas da cidade que se amenizará os ataques.

      Vencer ou perder, é melhor que seja lutando pelo que é justo do que fazendo concessões para aqueles contaminados pela má-fé e a mediocridade.

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