Noticiário ajuda bolsa a fechar com leve valorização

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em um dia bastante volátil, a bolsa brasileira fechou as operações em ligeira valorização, impulsionada pela menor desvalorização das ações da Petrobras e por notícias corporativas pontuais, o que ajudou a reduzir a pressão sobre o índice. Após um pregão bastante volátil, a bolsa brasileira fechou com ligeira alta nesta quinta-feira, uma vez que as ações da Petrobras reduziram as perdas e notícias corporativas pontuais levantaram alguns papéis de peso, aliviando a pressão sobre o principal índice da Bovespa.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia em alta de 0,14%, aos 47.762 pontos e com um volume negociado de R$ 6,721 bilhões. Agora, o índice acumula desvalorização de -2,08% na semana e de -4,49% no mês, e avanço de 0,43% em 12 meses.

O mercado voltou a abrir o dia em baixa, puxado por Vale e Petrobras. Em um dia de agenda pesada, os indicadores divulgados pela manhã nos EUA saíram com sinais mistos, com o número de pedidos de auxílio-desemprego ficando em 265 mil na semana passada, o que representou queda de 43 mil em relação à semana anterior (est. 300 mil), o que dá suporte à tese de elevação das taxas de juros ainda em 2015. Já as vendas de imóveis residenciais usados caíram 3,7% em dezembro, (esperado 0,6%). Por aqui a ata do Copom reforçou o tom de cautela com as perspectivas da economia, ao assinalar que o ritmo de expansão da atividade em 2015 será inferior ao potencial.

A recuperação das ações da estatal ao longo do dia acabou ajudando a bolsa a se recuperar. Contudo, essa recuperação perdeu força depois que o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse a analistas e investidores durante teleconferência que há possibilidade de não haver pagamento de dividendos a acionistas, “alternativa que pode ser avaliada dependendo da situação da companhia”. A estatal falou sobre o balanço não auditado no terceiro trimestre de 2014, que foi divulgado na madrugada de quarta-feira (28), e que decepcionou analistas e investidores por não conter uma orientação clara sobre o valor justo dos ativos da estatal. No fim do dia, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) recuaram 3,1%, a R$ 8,75 – apenas nas últimas duas sessões, a ação acumulou perda de 13,96%. Já os papéis ordinários (PETR3) perderam 1,85%, a R$ 8,47, acumulando desvalorização de 12,14% nos dois últimos dias.

No câmbio, a cotação do dólar comercial teve sua alta consecutiva na semana, e fechou o dia com ganho de 1,37%, a R$ 2,612 na venda – a maior alta percentual diária desde 23 de dezembro do ano passado, quando a moeda norte-americana subiu 1,64%.

Os agentes repercutiram o comunicado divulgado pelo Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) nesta quarta-feira, que sinalizou que a economia dos Estados Unidos encontra-se “nos trilhos”, em meio às turbulências registradas por outros mercados. O tom trouxe alguma preocupação entre investidores uma vez que, com a melhora econômica dos Estados Unidos, o ciclo de alta dos juros possa ser iniciado, o que poderia retirar recursos de mercados com maior grau de risco (e de rentabilidade), como o Brasil. Atualmente, as taxas básicas norte-americanas estão entre 0% e 0,25%, em vigor desde o fim de 2008.

No cenário doméstico, o Banco Central manteve seu programa de intervenções, com a venda de 2 mil contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro), sendo 200 para 1º de setembro e 1,8 mil para 1º de dezembro deste ano.

O BC também realizou o que deve ser o último leilão para rolagem dos contratos de swap que vencem em 2 de fevereiro. Na operação desta sessão, foram vendidos 10 mil contratos de swap, sendo 9 mil com vencimento em 1º de fevereiro e 1 mil para 1º de abril de 2016.

Para sexta-feira, os agentes aguardam a publicação do índice de preços ao produtor, de confiança do consumidor elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o resultado nominal e primário do setor público, a ser divulgado pelo Banco Central. No exterior, destaque para o PIB (Produto Interno Bruto), índice de compras dos gerentes de Chicago e confiança do consumidor nos Estados Unidos; vendas no varejo da Alemanha; taxa de desemprego na zona do euro; e a produção de veículos no Japão.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. acho que a petrobrás 

    acho que a petrobrás  anunciou tudo de ruim que

    poderia afetá-lanegatiamente.

    talvez as ações agora recomecem a subir.

    a ver…

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