Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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O abismo, o PT e o impeachment, por Aldo Fornazieri

O PT e o governo miram o abismo e o abismo mira o PT e o governo. O PT, soterrado pela lava vulcânica de denúncias que o atingem a cada semana que passa, permanece paralisado, mumificado, incapaz de se explicar e de reagir ao cerco que lhe é movido. O governo é um corpo sem cabeça e a presidente Dilma é uma cabeça sem corpo. Corpo e cabeça, seccionados, sentem o horror do um possível fim iminente e só resta mirarem o abismo e a solidão do Planalto Central. A rigor, o segundo mandato de Dilma é um mandato em que não há governo.

A única coisa que existe é o ajuste fiscal. Mas o ajuste fiscal não é de Dilma, não é do governo, não é do PT. É qualquer coisa imposta pela necessidade que acontece sem a vontade dos atores e por mera inércia do vazio de governo, o vazio de projetos, o vazio de lideranças e o vazio de partidos. Nenhum governo sobrevive apenas com um ajuste fiscal que não é um ato de vontade, mas uma mera conseqüência das necessidades.

É nesta situação dramática que o país ingressou nas últimas semanas. O impeachment, depois de aparecer com força em março e abril, arrefeceu e foi posto de lado como alternativa, ao menos momentaneamente. Esperava-se que o PT e o governo tivessem feito uma leitura correta das manifestações e aproveitassem o clima ameno do outono para tomar a iniciativa de governar o país, construindo propostas para além do ajuste e uma aliança política e social a partir de uma plataforma de governo. Nada fizeram. Permaneceram presas, ou do seu torpor ou à sua soberba.

A ausência de governança vem se impondo, com a piora dos indicadores sociais e econômicos e com uma enorme paralisia do setor público – da União, passando pelos Estados e chegando aos municípios. O governo federal não se mexeu para buscar nenhum pacto com os governadores, nenhum pacto com os prefeitos. Os efeitos da crise paralisante do setor público se fazem sentir em quase todos os serviços, principalmente na saúde e na educação, atingindo os mais necessitados. A inflação e o crescente desemprego erodem o poder de compra e a esperança de muitos.

A falta de governo começa com a desastrada atuação do PT no Congresso e termina num ministério de quem quase nada se ouve falar. A rigor, o PT não existe no Congresso. Os seus líderes não lidaram nada, não articulam nada e não são respeitados. Fracos e sem representatividade, são acachapados por Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Desorientados, não sabem se fazem oposição ao governo ou se o apóiam; não sabem se apóiam o ajuste fiscal ou se lhe fazem oposição. Chega ser inacreditável que um governo que tem 39 ministérios não consiga ter maioria no Congresso, com uma profusão de partidos disponíveis.

No ministério, os ministros mais técnicos, cada um ao seu modo, procura tocar seu barco longe das labaredas políticas. A Casa Civil não  consegue articular uma ação de governo consistente e de conjunto. Não se sabe o que o governo quer e para onde pretende ir. A presidente Dilma, acuada em seu canto, atacada pela oposição, pelos aliados, pelo PMDB, pelo PT, pelo Tribunal de Contas e por órgãos do Estado, não sabe o que fazer e para onde ir. Lula, que se estranha com a presidente e critica o PT, não é ouvido nem pelo PT e nem por Dilma.

A Volta do Impeachment

Em termos estritamente jurídicos, até agora, não há uma razão suficiente para propor o impeachment de Dilma. Mas depois de morgar no silêncio por alguns meses, o tema voltou com força. Dada a inação do governo e a desmoralização do PT, as forças opositoras sentiram o momento e o espaço para construí-lo politicamente. O mais grave é que nessa construção, o PT e o governo agiram a favor dele pela omissão.

A desaprovação das pedaladas fiscais pelo TCU; as prisões dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez; as novas denúncias de Ricardo Pessoa; as novas prisões de ex-diretores da Petrobrás; a desarticulação do governo no Congresso nas votações de vários temas, são alguns dos ingredientes que induziram para uma nova percepção da reposição do cenário do impeachment. Aqueles que querem o impedimento de Dilma perceberam que o PT e o governo se enfraqueceram a tal ponto que parecem não ter mais capacidade de reagir.

Na convenção nacional do PSDB, no final de semana, a ideia do impeachment pairou como um espírito forte a excitar os corações e as mentes e, quase, o verbo dos tucanos. Não resta dúvida de que os vazamentos seletivos da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz Moro, cumprem um papel importante na estratégia do impeachment. O problema é que o PT não consegue se explicar ante as denúncias e nem consegue questionar os vazamentos seletivos nos tribunais superiores.

No Congresso, nem o PT e nem o governo parecem ter força suficiente para segurar o impeachment. Tudo está na dependência de uma decisão do PMDB. Nas ruas, o PT perdeu a legitimidade. O eleitorado desembarcou do PT e do governo, como mostram as pesquisas. Os movimentos sociais, aqueles que não se encontram paralisados, olham o PT e o governo com desconfiança, seja porque o partido parece ter ido longe de mais nos esquemas de corrupção, seja porque o governo impõe sacrifícios pelo ajuste, pela inflação e pelo desemprego.  

Desta forma, nem mesmo nas ruas o PT e nem o governo têm força para barrar o impeachment. A proposição, no Congresso, deverá ocorrer no momento em que as demais forças políticas se acertarem acerca dos desdobramentos da saída de Dilma. Evidentemente, os vários atores fazem seus cálculos acerca das conseqüências políticas da possibilidade do impeachment. O dilema parece ser o seguinte: ou Michel Temer assume até 2018 sustentado por um governo de coalizão salvacionista, ou ele assume com o compromisso de convocar uma eleição imediata. Em meio a tudo isso surge agora, também, a discussão do parlamentarismo, recurso sempre invocado nos momentos de crise. Partindo da constatação de que  o PT e o governo não querem ou não são capazes de propor uma saída, tudo agora depende da vontade do PMDB.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

22 Comentários

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  1. Que chame os militantes e

    Que chame os militantes e movimentos sociais para defender o mandato de Dilma nas ruas, dia 14 já deveria ter uma manifestação marcada na porta do tse para o delator ver com quem está lidando, mas não, ficam fechados nesses convescotes do partido e deixam a midia falar livremente, assim fica dificil.

  2. O Brasil acabou?

    O Sr. Aldo Fornazieri é a voz dos golpistas no Blog do Nassif.

    Para ele o Brasil acabou. Bem ou mal, está tudo funcionando, mas para ele o Brasil acabou.

    A matéria desse senhor é um convite ao golpismo imediato. A propósito, qual o cargo a ser ocupado pelo Sr. Aldo no caso  do golpe defendido por ele vir a acontecer? 

    Golpista de merda, este senhor.

     

  3. Cade aquele pessoal importante

    das jornadas de junho 2013 , MPL , Black Blocks e outros da estrema esquerda? Não vão mais se manifestar? Levar milhões à rua?

    Está bom para esse pessoal ver o Cunha e Cia  , mais o PSDB assumir novamente o poder?

    Infelizmente esse foi o resultado daquela palhaçada. Se o pessoal ficou revoltado porque queriam mais do que já estavam conquistando – e não estavam com paciência para esperar , tinha que ter mais naquele momento – (todo direito de reivindicar , mas não fazendo papel de inocente útil , como foi dito várias vezes) , podem se preparar para esquecer essas novas conquistas e possivelmente até perder uma boa parte daquilo que já tinha conquistado.

    Tempos sombrios pela frente.

  4. De pleno acordo. O PT é hoje

    De pleno acordo. O PT é hoje apenas um cadáver soterrado embaixo de corrupção, mediocridade e burrice. A Dima é como uma barata que a oposição pateta tem receio de pisar logo em cima e esmagar. O problema é a sujeira que vai ficar depois. Sujeira que tucanos e cia. não saberão limpar. Aliás, é uma guerra épica essa pra saber quem é mais estúpido e incompetente, se governo ou oposição. O jeito é ir sobrevivendo até 2018. E esperar que apareça nas próximas eleições não um salvador da pátria, mas alguém com competência, espirito democrático e um mínimo de vergonha na cara.

  5. “A única coisa que existe é o

    “A única coisa que existe é o ajuste fiscal. Mas o ajuste fiscal não é de Dilma, não é do governo, não é do PT”

    Acontece que o PT é bom para distribuir o bolo. Agora, quando o bolo acaba… é na base do “eu não tenho nada a ver com isso”…

  6. O Brasil acabou?

    O Sr. Aldo Fornazieri é a voz dos golpistas no Blog do Nassif.

    Para ele o Brasil acabou. Bem ou mal, está tudo funcionando, mas para ele o Brasil acabou.

    A matéria desse senhor é um convite ao golpismo imediato. A propósito, qual o cargo a ser ocupado pelo Sr. Aldo no caso  do golpe defendido por ele vir a acontecer? 

    Golpista de merda, este senhor.

     

  7. Nassif, algo que seria bom saber

    A inação do governo se deve à Dilma ou ao PT? Sempre se falou do centralismo de Dilma, e lógico que cabe à ela mesma coordenar a defesa dela e do governo. Mas ela não faz isso por inação, por inabilidade ou porque não consegue apoio do PT? Ou por todos esses motivos juntos?

  8. Subscrevo tudo que está na

    Subscrevo tudo que está na matéria. 

    Eu, que sempre votei no PT, não suporto mais assistir a tanta inação, falta de liderança e silêncio sepulcral, como se ninuém nem precisasse matar o PT, porque ele se suicidou.

    O que me angustia é saber que, uma vez sofrendo o impeachment, Dilma será sucedida pelo PMDB de Cunha e Renan, dois vagabundos, ordinários, que tem mostrado ser mil vezes piores que os tucanos. Estes, pelo menos, são oposição ferrenha desde sempre. O PMDB, ao contrário, com a ascenção dos dois malandros no Congresso, estudaram as fórmulas para tirarem a máscara e mostrarem ao Brasil que são traidores, e que serão muito mais eficazes que os tucanos em matéria de oposição. Nesse sentido, resta saber como se darão os novos acordos com dois oposicionista desejosos das mesmas coisas.

    Eu já joguei a toalha. Não acredito mais no Governo.

  9. esse artigo parece editorial do globo

    Esse artigo está parecendo mais um  editorial do globo, bem tucanado mesmo. Um empurrão pra quem está na beira do abismo.
    “tudo agora depende da vontade do PMDB”. O Partido da Boquinha que está no governo desde sempre e com uma quantidade imensa de cargos e ministérios posando de oposição. E o futuro primeiro ministro vai ser o cunha ?

  10. O professor falou sobre

    O professor falou sobre impressões, como se o Brasil estivesse no fundo do poço apenas pela incompetência da situação. A pergunta que o articulista não respondeu: Qual é o preço para reverter este golpe em andamento? 

  11. Repeteco hein!
    Já se lia isso

    Repeteco hein!

    Já se lia isso até quando  o o governo estava indo em

    brancas nuvens.Antes que alguem “grite” que o sonho

    acabou é melhor dormir antes.Tirar “lasquinha” agora?

    O mundo não é o Brasil, sinceramente ainda prefiro

    o sufoco com Dilma que imaginar qualquer situação

    com Aécio -PSDB e demais.E muitos.. mas muitos mesmo

    (até da oposição (?)) tambem preferem.Se querem

    “impeachment” demorô! Tentem a sorte logo!Vamos

    ver como é que fica.Avisando que tem que ser rápido

    ou o PT ganha em 2018. Impeachment virou “muleta”

    do discurso imcompetente.

  12. Me lembrou o Nelson

    Me lembrou o Nelson Rodrigues: “A unanimidade é burra”!

    Só vejo gente que era “progressista” aderindo bovinamente ao mantra do golpismo. Estão é fazendo o jogo deles.

    Mas… Não passarão!

    Daqui a um ano veremos.

  13. Inacreditável, mas é verdade

    Fiquei refletindo um pouco ontem e observei o seguinte, baseado não só em seus textos, mas de outros da esfera progressista: foram várias as manobras diversionistas. e o alvo, como já dizia o PHA já a um tempo, sempre foi o pré-sal. os ataques foram imensamente diversificados gerando várias frentes com o claro propósito de “estrangular” e amedrontar essa administração, e pelo jeito conseguiram. A visita dela pelo jeito foi para firmar compromisso, e foi lá para que não houvesse a menor condição da conversa ser monitorada por terceiros… A manutenção do Cardoso no governo após tudo o que aconteceu é uma amostra dessa capitulação. A “falha de segurança” que ocorreu na visita da Presidenta naquela universidade foi uma sutilíssima demonstração de força. O projeto do Çerrinha vai de vento em popa. Como “consolo”, o chefe aparentemente se comprometeu a afrouxar o “torniquete” e permitir que ela continue pelo menos com as políticas sociais, mas as hienas irão dar o bote de qualquer forma, pois já perceberam que ela sentiu o golpe e além disso conseguiram muito apoio.
    Ah, ele inclusive brindou o mundo com uma reaproximação com Cuba…
    Como não estou vendo nenhuma atitude decisiva e MUITO rápida para reverter o triste quadro, creio que a “vaca já foi pro brejo”. Espero sinceramente estar COMPLETAMENTE errado, mas infelizmente acho que não… Estou à espera dos próximos capítulos.

  14. Hà outros melhors analistas, mas não são midiáticos

    E fogem de qualquer mídia. Estão na academia (palavra que muitas vezes é dita com desdém, como bitolações, prinpalmente pelos superficiais e pelos místicos – não renego misticismos em todos os aspectos da vida, e ciência não é estática jamais – um saco fazer esta observação, mas é pelo público desse Posts do Dia)

  15. NÃO VAMOS DERRAMAR SANGUE DOS

    NÃO VAMOS DERRAMAR SANGUE DOS NOSSO IRMÃOS NACIONAIS O que estou vendo diariamente o acirramento que pode levar ao embate, isto é, uma revolução civil, e isto não é bom para a nação, não é bom para as partes. Revolução Civil começa e não tem tempo para terminar é uma destruição generalizada e com forte atuação de milicias de impossível controle.Asim sendo, a Presidenta Dilma precisa urgentemente enquanto há tempo tomar duras e enérgicas decisões e fazer calar a grande mídia que acirra os animos, pôr a polícia federal no seu devido lugar, suspender o congresso nacional por tempo determinado e outra decisões amargas.Ontem os discursos dos caciques do PSDB não foi nada conciliador muito menos um discurso político, mas de racha e de golpe, e isto eles sabem fazer com muita propriedade. O presidente Jango tinha uma grande parte do povo brasileiro lhe apoiando, fez um comício com milhares de pessoas em frente a Central do Brasil-RJ, mesmo assim o golpe foi dado e o povo calado ficou, não existia organização suficiente para barrar O GOLPE e o povo se recolheu. A Globo, a Veja, Estadão e Folha de São Paulo deram pleno apoio ao golpe e jogando água fria na cabeça do povo para aceitar.Hoje de forma prática não existe organização, existe sim o bafafá nas mídias sociais e isto é muito pouco para o que vem por aí. Lula, Dilma e alguns líderes políticos, algumas entidades democráticas precisam estar oníssonas para liderar o povo.O CONTRA GOLPE. Só assim, creio eu, que eles recuarão. O povo sozinho sem uma minima organização é uma insensatez, uma catástrofe.Lembrem-se uma boiada sem um berrante se dispersa. GOLPISTA NÃO REPEITA A DEMOCRACIA E MUITO MENOS O ESTADO DE DIREITO

  16. O brasileiro sempre foi popular

    Durante um curto espaço de tempo, o país experimentou o sabor inesquecível de uma economia normal, O enorme capital financeiro acumulado em décadas de taxas de juros descomunais começou a se mover em direção à renda variável, quando a inflação ameaçou retomar e o crescimento a cair, houve um curto circuito no governo Dilma e afloraram as vulnerabilidades deixadas pelo governo Lula e pelo PT, no período de bonança.

    E que vulnerabilidades são estas?

    O Lula foi o mais perto de que o Brasil teve de se tornar uma economia normal, infelizmente a coisa toda foi implantada mais como fruto do instinto, consequencia de um relacionamento incompleto com o empresariado, aquele que verdadeiramente produz riqueza numa economia real. Nos últimos cinquenta anos, foi o que mais conseguiu catalisar a vontade do País numa única direção, a intenção foi boa, a melhor existente no Brasil, diga-se de passagem, porem, incipiente, incompleta sem visão de conjunto e sem a preocupação de revirar os subterrâneos da maquina administrativa e acabou repetindo o de sempre, porque menosprezou as necessidades do conjunto em prol de benefícios particulares, de um projeto pessoal de poder. Tudo ruiu, porque a sociedade evoluiu, seria inevitável, as instituições se aperfeiçoaram por moto próprio, independente de quem se encontrava no poder, uma geração de jovens acadêmicos estava pronta para mostrar trabalho, a sociedade amadureceu, os podres seculares vieram a tona e o PT pagou por se sujeitar por tão pouco, tivesse o Lula uma base intelecto social e experiência mais complexa poderia passar para a historia como o grande estadista que possibilitou ao Brasil dar o salto que o elevaria a ocupar sua verdadeira posição entre as nações do mundo, infelizmente como sempre acontece, falou mais alto os interesses mundanos que mantem o homem preso na ganancia e no canto da sereia do poder efêmero em detrimento do bem estar coletivo e o Brasil a patinar lamentavelmente.

    O governo Dilma necessita urgentemente do melhor populista que a politica sempre contou, uma retorica demagógica seria a salvação da lavoura para a baixa popularidade de que padece o governo, mas, parece que até isto se esqueceram de como se faz. Seria necessário afagar o povo, encostar a cabeça em seus ombros sempre generosos, matéria para isto não falta, o PT vive apregoando que a politica adotada foi a que mais tirou o brasileiro da miséria, pois então…

    Seria necessário um discurso de humildade em que se reconheceria os erros, que não foram poucos, por outro lado relembrar os benefícios que a politica de inclusão possibilitou retirar da extrema miséria milhões de brasileiros. Esquecer o discurso batido de que o PT é a melhor possibilidade no lugar do bicho-papão. Sera que a memoria é tão curta que não se lembrem que a tão pouco tempo a popularidade da Dilma encostava no céu? Sera que esta tudo perdido? É necessário se jogar nos braços do povo, para perplexidade da oposição.

    Deixe de lado os brios e parta-se para os rincões deste brasilzão generoso de sempre.

    Que se mostre para o povo o verdadeiro bicho-papão que sempre lhes sugou o sangue, demonstre a intenção sincera do verdadeiro pai pronto a mitigar com seu sofrimento.

    1. Ótimo !

      Te dou 5 estrelinhas (até o instante, não houve 0 (zero) estrelinha – mas não ligue pra isso ). E nem sei se vc ignora ou discorda frontalmente de eventuais comentários meus – isso é secundário. Obs: não marco as 5 estrelinhas só pra mais tarde ver como foi o andar da carruagem.

  17. em q pesem certeiras análises, lá vem o anti-PT, o anti-Dilma..

    ” A única coisa que existe é o ajuste fiscal. Mas o ajuste fiscal não é de Dilma, não é do governo, não é do PT. É qualquer coisa imposta pela necessidade que acontece sem a vontade dos atores e por mera inércia do vazio de governo, o vazio de projetos, o vazio de lideranças e o vazio de partidos. Nenhum governo sobrevive apenas com um ajuste fiscal que não é um ato de vontade, mas uma mera conseqüência das necessidades. ” – Não vejo a Presidência tão paralisada. O PT, sim. Um resultado de um partido que nasceu diferente de tudo o que havia, casto, expulsando hereges, ou os boicotando, e seus líderes, também nos sindicatos, tudo fizeram (e fazem ) pra que não se arejem, não se escanteiem os arrivistas. Ó, ser humano, somos assim!

    1. Ó, ser humano, somos assim!

      Mas é uma mescla de humana vaidade com pseudo militância pelo coletivo: há que se gritar contra isso, se se quer, de verdade, dar um passo a um mundo novo, ou melhor. A história mostra que alguns que assim procederam – que gritaram – foram caluniados, tidos como traidores, perseguidos, fuzilados, também expulsos, postos no ostracismo. Sobre a trajetória das esquerdas é bom que tiremos lições. Mas não em cartilhas. ( P.S. – qual é o grau dessa generalização, aqui ? )

      1. esqueci: é de Dilma, é do PT, não é “qualquer coisa imposta”!

        Votei em Dilma-PT no 2º turno(na época,e não p/oportunismo falo agora,pois falei p/aki,achava importante a presença de uma Luciana Genro,certo de q Dilma estaria no 2º turno):nenhuma outra candidatura teria força de fazer “ajuste fiscal (… ) qualquer coisa imposta pelas necessidades” – ninguém disse que é tudo,só Aldo – nenhuma outra candidatura teria tanta força pra atuação livre dos órgãos de investigação ( e nova indicação pro STF ). Só na cabeça de Aldo e de crentes é q não haveria juiz,polícia federal,ministério público atuando contra e seletivamente(novo P.S., q saco: leia-se q a omissão de pronome definido na frase,no período,é proposital, não é uma generalização).

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