O assassinato em massa dos povos indígenas americanos

Do Informação Incorrecta

O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte I

Como de costume, no dia 27 de Janeiro de cada ano é celebrado o Dia da Memória para comemorar os judeus deportados e mortos pelo regime nazista.

Facto curioso: é o único “Dia da Memória”, apesar dos não poucos exemplos de genocídio ao longo da História. Os meios de comunicação realçam pontualmente o martírio do povo judeu, acusando de anti-semitismo e racismo qualquer pessoa que simplesmente coloque não dúvidas mas perguntas, por exemplo acerca da legitimidade das acções de israel ou da ideologia sionista.

Pelo contrário, outros e mais extensos genocídios foram completamente removidos da consciência comum, ou, pior ainda, justificados de várias maneiras. Para tamanho e método de execução, não é minimamente possível comparar o genocídio dos judeus com aquele dos nativos americanos: apesar das dificuldades em obter números certos, não há dúvidas que desde a chegada dos primeiros europeus até o final do séc. XIX, 50 milhões de nativos morreram por causa das guerras, perda do ambiente onde viviam, mudanças no estilo de vida, doenças. Mas outros estudos apontam para 100 ou até 114 milhões de vítimas.

De acordo com o estudioso David Carrasco, em 1500 cerca de 80 milhões de pessoas ocupavam o Novo Mundo: em 1550 apenas 10 milhões de indígenas ainda sobreviviam. No México, havia cerca de 25 milhões de pessoas em 1500 enquanto em 1600 não sobravam mais de que um milhão de indivíduos.

Particularmente trágico foi o destino dos nativos da América do Norte: aqui morreram menos indígenas em termos absolutos, mas o impacto foi de longe mais devastador dado que o total inicial de nativos era bem mais reduzido. Em 1890 não sobravam mais de 250.000 indivíduos, 80 % (cerca de 1 milhão) da população original foi simplesmente exterminado.

“Dia da Memória” também para os nativos americanos? Não há.

Como

O genocídio dos nativos que povoavam a América do Norte (e que são normalmente conhecidos como índios), como vimos, começou alguns anos após a descoberta do Continente e terminou no limiar da Primeira Guerra Mundial, desenvolvido ao longo dum amplo período de tempo e dificilmente definível.

Os meios do genocídio têm sido vários: do massacre de inteiras comunidades por parte de exércitos regulares ou mercenários até a propagação intencional de doenças endémicas como a varíola. Lembramos as palavras do general britânico Jeffrey Amherst durante a revolta de Pontiac em 1763:

Fazem bem a tentar contaminar os índios por meio de cobertores em que dormiram doentes de varíola ou por quaisquer outros meios para exterminar esta raça abominável

Entre os outros métodos de genocídio havia também:

destruição do habitat

caça intensiva ao bisonte, fonte de sustento dos nativos

escravização e extermínio através do trabalho

massacres voluntários

provocar confrontos entre tribos e grupos étnicos

incendiar intencionalmente os frutos da terra

transmitir de forma involuntária novas doenças (contra as quais os nativos não tinham anticorpos)

libertação deliberada de varíola como arma biológica (além dos já citados cobertores, também oferta de comida contaminada)

esterilização forçada

actos voluntários de provocação e sacrilégio contra membros duma tribo para desencadear uma reacção violenta

guerra aberta, com o uso de tecnologias modernas, tais como metralhadoras

assassinatos secletivos de líderes carismáticos

assassinatos deliberados de crianças indígenas capturadas

propagação deliberada de alcoolismo entre os nativos

transferências com marchas forçadas em péssimas condições climatéricas e higiénica

Muitos foram também os índios que morreram em guerras entre potências europeias que ocuparam o solo americano (Espanha, Império Britânico, França) e, posteriormente, durante a guerra de independência das colónias americanas. Nestes casos, os índios que tinham escolhido servir o lado perdedor (e, infelizmente, a maioria fez essa escolha como no caso dos Franceses ou permanecendo leais ao Império Britânico) sofriam as consequências. Os colonos não perdiam nenhuma oportunidade para provocar os índios para que estes cometessem actos violentos, atraindo-os para brigas, violando os seus territórios de caça, exterminando o bisonte, vendendo-lhes álcool. Os povos indígenas destas terras tinha uma longa tradição guerreira e uma psicologia baseada no sentido de comunidade, portanto um mal feito a um membro duma tribo era para eles um acto contra a comunidade toda e desencadeava a reacção índia contra o “inimigo branco” (e essas reacções violentas contra os colonos eram na verdade muito mais perniciosas para os índios).

Outro pretexto que foi utilizado contra os índios foi acusá-los de “tradicionalismo irracional”, isso é, a hostilidade deles em recusar submeter-se a costumes e tradições que não lhes pertenciam e reivindicar direitos sobre enormes porções de terra (que, de facto, sempre lhes tinham pertencido).

A tudo isso era adicionada a ideia de que a história humana é feita de choques de civilizações e, portanto, uma sociedade mais “avançada” e mais poderosa tem o direito legal de utilizar qualquer meio contra culturas mais “fracas”; assim os índios, considerados inferiores aos anglo-saxónicos, não tinham o direito de impedir o desenvolvimento do futuro Estado americano.

Outro aspecto que pesa sobre a questão do genocídio na América do Norte é que os índios, ao contrário de outros casos semelhantes, não abdicaram passivamente dos direitos deles mas reagiram enfrentando corajosamente a violência dos colonizadores com continuas tentativas de libertação, compensando com astúcia e habilidade a enorme diferença de forças no campo, conseguindo não poucas vezes derrotar os adversários.

Como muitas vezes acontece, infelizmente, aqueles que reagem à violência com violência são vítimas do hipócrita pensamento pacifista, pelo que não é raro ver os nativos americanos no papel de “maus”, de guerreiros sanguinários; e “normal” e “justificada” parece a reacção dos colonialistas. Até poucas décadas atrás, Hollywood alimentava este quadro com produções historicamente absurdas nas quais os índios eram invariavelmente os maus da fita.

Porquê

Nos presentes dias deveria ser analisada a razão pela qual um evento tão trágico (e bem pior de outros “holocaustos”) recebe muito pouca atenção por parte das supostas “mentes abertas” da civilização moderna. E isso apesar dos índios ainda representarem uma das faixas mais desfavorecida da população dos Estados Unidos. O rendimento médio semanal duma família indígena é de 30 Dólares (média nacional: 130 Dólares); a expectativa de vida é de 42 anos (média nacional: 67 anos); uma taxa de suicídio e de mortalidade infantil respectivamente 5 e 10 vezes a média nacional; 45% dos habitantes das reservas estão desempregados e 42% deles são analfabetos. Ao mesmo tempo, os territórios das reservas são ricos em matérias-primas: 80% do urânio, 40% do petróleo, 75% do carvão extraídos em todos os EUA vêm das reservas, mas a exploração desses recursos é a prerrogativa de vinte grandes empresas, enquanto aos índios são reservadas apenas pequenas comissões. Para aqueles que procuram uma fuga das reservas, a situação não melhora: tristes realidades dispersas na degradação urbana, poucos recebem ofertas para um emprego estável, a maioria vive marginalizada e desprezada, os descendentes das antigas tribos tornam-se alvo de drogas, alcoolismo e criminalidade.

Não é possível não realçar o enorme contraste com a comunidade judaica, cujos membros têm agora importantes posições institucionais em muitos órgãos políticos e económicos, tanto ao nível nacional quanto naquele internacional; são donos de bancos, corporações, multinacionais, rádio, jornais e televisão.

Se compararmos a área-símbolo da comunidade judaica internacional, ou seja o Estado de israel, com as pobres e exploradas reservas indígenas, o contraste é impressionante.

E aqui pode ser encontrada a razão do esquecimento geral, pois tudo pode ser reconduzido a um mero cálculo económico e geopolítico por parte das potências imperialistas: lembrar o genocídio dos índios em nada favorece nem gera lucros, enquanto o genocídio judeu é útil para tais fins.

Todas estas razões são necessárias não apenas para entender o porquê do genocídio dos nativos americanos ficar “atrás” em relação a outros; mas também para entender que o holocausto dos indígenas da América do Norte ainda não acabou.

Redação

29 Comentários

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  1. O ASSASSINATO EM MASSA

    BELISSIMO TEXTO. 

     

    VALE SALIENTAR QUE ESSE MESMO ASSASSINATO OCORREU COM OS INDÍOS NA AMAZONIA. ONDE FORAM EXTERMINADOS MILHARES DE DEZENAS. ONDE OCORREU A VERDADEIRA DESOCUPAÇÃO DA AMAZONIA.

     

    ESPERO QUE SEJA TAMBEM VISTA ESSA SITUAÇÃO..

     

     

    1. Não sobrou ninguém

      Só na Amazônia? 

      O autor se concentra nos índios norte-americanos porque, como ele ressalta, eles foram “proporcionalmente” mais dizimados.

      Os números não deixam dúvidas…

    2. A História da humanidade foi construída por invasões, guerras, massacres, genocídios, escravidão e todos meios possíveis de violência, sempre foi a lei do mais forte sobrevive, era cada povo defendendo sua região de outros povos, isso é só história, não há oque se fazer a respeito, todos esses povos de até 1900 pra trás estariam mortos hoje da mesma forma, já que a espécie humana dificilmente vive mais que 100 anos, não podemos fazer nada pelo passado, ele tá lá e foi escrito como tinha que ser, e vivemos atualmente da forma que vivemos justamente por que houve tudo que houve durante a história, somos só o resultado de tudo e todos durante o tempo, oque podemos é valorizar ter nascido em um tempo onde possamos desfrutar de paz, onde existe alguma “justiça” e podemos seguir o caminho que desejamos e quem sabe ajudar a construir um futuro ainda melhor

  2. E qual a conclusão do artigo?

    E qual a conclusão do artigo? Os europeus deveriam ficar na Europa e deixar as Americas com os indios?

    1. Há um filme documentando que

      Há um filme documentando que uma das primeiras levas de colonizadores ingleses que por lá chegaram estavam quase morrendo de fome ao tentar plantar culturas não adequadas ao solo da colônia. Foram os índios que os salvaram ao ensinar-lhes a plantar e consumir o milho. Porque não podemos viver em harmonia neste mundo?

    2. Mundus Novus

      Não, os americanos deveriam saber que não são europeus.

      O Novo Mundo não é o Velho Mundo, embora os velhos sempre queiram mandar nos novos.

    3. Bela conclusão a sua.

      Se amanhã os europeus decidirem sair da Europa e não deixar o Brasil com os brasileiros, para você tudo bem? Eles podem chegar aqui e passar a foice em todo mundo, é privilégio deles como raça que se julga superior. Houve um certo europeu de bigodinho que pensava exatamente assim como você.

      1. Eu não elaborei nenhuma

        Eu não elaborei nenhuma conclusão, quero saber qual é a conclusão do autor, toda tese tem que ter uma conclusão.

    4. A cinica resposta dos que defendem genocídios
      “E qual a conclusão do artigo? Os europeus deveriam ficar na Europa e deixar as Americas com os indios?”

      SIM!

  3. “Find The Cost Of Freedom”,

    “Find The Cost Of Freedom”, canção de Stephen Stills, em versão de Paul Darling, com poema e imagens visuais a propósito do assassinatro em massa dos povos indígenas americanos.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Oxbdcwn4uDI%5D

    Find the cost of freedom, buried in the ground
    Mother earth will swallow you, lay your body down

    Find the cost of freedom, buried in the ground
    Mother earth will swallow you, lay your body down 

  4. Pois é os europeus deveriam

    Pois é os europeus deveriam ter ficado na europa mesmo e deixado os indios em paz, oras.  Grande m os eurpoeus fizeram nas americas.

  5. A maldição de Edoardo Cunhambebe

    Isso explica porque a política e a gestão importadas não dão certo aqui.

    Não foram feitas por nós, nem pra nós.

    Não temos anticorpos pra elas.

    Podemos ser loiros, negros ou japoneses por fora.

    Por dentro somos todos índios.

    É a maldição de Cunhambebe.

    Nada vai dar certo nessa terra.

    O quê Eduardo Cunha bebe?

  6. A culpa, no fundo, deve ser do Cunha ou do Temer

     “50 milhões de nativos morreram por causa das guerras, perda do ambiente onde viviam, mudanças no estilo de vida, doenças. Mas outros estudos apontam para 100 ou até 114 milhões de vítimas”.

    Blablablá, blablablá, fantasia, fantasia. Números absurdos. Que baita conversa mole, hein? Não há registros. Não há provas. Não há fontes. É chutometria ou tiraram daquela porcaria de livro do Eduardo Galeano, “As veias abertas da America Latina”? Livro, aliás, renegado pelo próprio autor. Além do mais, os invasores ou descobridores eram uns chucros e quase na totalidade analfabetos que não liam e mal contavam…e nem tinham visão geral geográfica e demográfica. Além disso é preciso ponderar o estágio de civilização do seculo XV. Ou não? Tempos de inquisição, queima de hereges, ideia do indio sem alma, etc.

    Post irrelevante. Comprido demais. Dá preguiça de ler. Fiz uma “dinâmica”. Achei infeliz a ideia de contrapor o “dia da memória judaica” com o inexistente “dia da memoria indígena. Seriam 3, 4?…pra indio norte americano, centro americano….sul americano…brasileiro?. E pra finalizar: a criação da data conserta a barbárie de 500 anos atrás? Dá licença!

    1. É isso mesmo. Viva a Santa

      É isso mesmo. Viva a Santa Inquisição, Viva a Inglaterra, Viva os EEUU, Vivam os babacas e morra a história (independentemente dos números)

      1. A internet aceita tudo….alguns comentaristas também

        O assunto é chinfrin, mas vamos lá. Sua ironia é quase infantil. Não estou enaltecendo inquisição e ignorâncias de 500 anos e muito menos negando a dizimação de ameríndios. Isso é fato. Questiono a cara-de-pau de usar números historigraficamente incomprováveis como se tirados da Bíblia ou do Alcorão. Informação vagabunda. Se vc se contenta com jornalismo de empulhação faça bom proveito. Eu sou mais exigente. 

        1. Todo jornalismo do Brasil é de empulhação.

          Todo, principalmente da grande mídia. Quem destruiu os nazistas, e detonaram as fronteiras da alemanha foi o exercíto 

          russo. Agora na Syria, quem detonou o Estado Islâmico foram, novamente os russos. Não sei sobre a WW1, mas

          aqui no Brasil a grande mídia é aliada incondicional dos americanos. Até contra o próprio país eles se aliaram as 

          forças americanas. E querem, em pleno século XXI com internet e tudo criar histórias fantasiosas. Não existe jornalismo no Brasil, tudo empulhação.

          Coitado dos índios. A Argentina já está sofrendo o ataque da ofensiva contra a américa-latina. Orai e vigiai.

    2. Existiam só na america do
      Existiam só na america do norte cerca de 20 milhões de pessoas que formavam a população nativo-americana indigena. Hoje são menos de 300mil. Trata-se de um genocídio bem maior que o judeu, E AINDA TEM GENTE COMO VOCÊ QUE SUBJULGA ESSAS VIDAS.
      A raça humana não é a maior praga do planeta, o homem branco é. Conseguiu destruir o mundo todo

      1. No nosso mundo, a pele clara
        No nosso mundo, a pele clara é o significado de dominação. Pele vermelha ou mais escura ou até amarela pressupõe inferioridade. Imagino os genocídios ao longo dos tempos. O homem esquece que todos os corações são vermelhos. O domínio do mundo, os massacres, todas as distinções sociais são pressupostos de superioridase toenade da pele branca: a escravização e expropriação da África por séculos, a subjugação dos “latinos”, menores e mais eoscuros, a dominação de indígenas dos Euas, no Brasil e em toda a América Latina e, por fim, o massacre continiuo de palestinos(tidos como raça, na maioria mais escura e de menor tamanho). O homem vê só a pele e não vê o coração. O homem sem Deus age assim, deixando levar-se pelo fascismo, racismo. O homem animal e selvagem, que acha que a sua cor branca lhe faz superior. Mas se ele se apoia nisso, automaticamente se torna um bárbaro, uma fera selvagem, uma besta-fera assassina e irada e sem Deus.

  7. Dee Brown

    No livro “Enterrem meu coração na curva do rio” – “Bury my heart at the Wounded Knee”, mostra, com documentos, o genocídio ocorrido em diversas tribos indígenas.

    Por exemplo, o Governo dos USA tinha feito um acordo para os Navajos saírem das terras férteis do Arizona e do Novo México (destinadas aos colonos), prometendo suprimentos para esses povos sobreviverem em terras inóspitas. Esses suprimentos eram desviados pelos próprios Agentes Indígenas (a FUNAI deles), que lucravam em cima desses víveres. Isso perdurou até um momento curioso.

     

    Os Navajos descobriram minas de ouro naqueles territórios inóspitos.

     

    Então começaram com o genocídio (através de “posses”, regimentos irregulares formados à revelia do governo com a desculpa de “punir” indígenas), liderados por Kit Carson (que não tinha nada contra os Navajos, porém precisava do dinheiro para pagar suas meretrizes de luxo e dívidas de jogo, pois o dito cujo era viciado em sexo e nos panos verdes dos cassinos). Eli Parker (o responsável pelo Departamento Indígena à época, ele mesmo um índio obrigado a mudar seu nome para um “nome de branco” para viver na sociedade) bem que tentou impedir, mas o governo resolveu fechar os olhos às posses, pois também estava de olho no dimdim.

     

    Lembrando que algumas tribos, muito antes dos europeus, já tinha uma espécie de “Conselho das Nações”, como os Iroqueses (Oneidas, Onondagas, Mohawks, Tuscaroras, Senecas e outras duas tribos menos conhecidas a princípio, depois foram expandidndo esse conselho) que, muito antes do descobrimento da América, já articulavam sua política e agiam como uma grande nação.

    A honra era muito importante para eles. Numa passagem por Paris, início do século XX, Touro Sentado, já idoso, certa vez foi à famosa boite “Crazy Horse” e ficou indignado pelo fato de colocarem o nome de Cavalo Louco (um chefe de uma tribo inimiga, já falecido à época), numa casa de “burlesco e prostituição”, haja visto que o dito chefe era valoroso em combate e não deveria ser desrespeitado assim.

  8. É um papo sem sentido e sem

    É um papo sem sentido e sem direção. A Historia da humanidade se fez através de conquistas de territorios e povos, isso registrado pela historia escrita dos ultimos dez mil anos. Os EUA se integrarem de Leste a Oeste conquistando territorio indio, se assim não fosse o Pais não existiria tal qual é hoje. Da mesma forma o Brasil se formou com os conquistadores e bandeirantes adentrando territorio indigena, se assim não fosse o Brasil não existiria talqual é hoje.

    Sem falar na conquista brutal das civilizações pre-colombiadas dos Incas, Maias, Aztecas, muito mais evoluidas do que a dos indios brasileiros, até que os nossos indios foram melhor absorvidos do que os da America espanhola, o retrocesso está se dando a partir da absurda politica de “”reservas” para manter indios em estagio primitivo, tese ahistorica.

    Registro tambem qu as conquistas romanas se deram pela derrota de incontaveis povos dominados, assim como os hunos dominaram o Imperio Romano do Ocidente e depois os arabes conquistaram o Imperio Romano do Oriente.

    O que propõe o autor do artigo? Gostaria de entender qual sua interpretação da Historia, me parece que pretende uma Historia politicamente correta e retroativa, me parece conversa de maluco.

    1. Imperialismo luso-castelhano

      Não é conversa de maluco, é coisa de portugues. Curiosa e ironicamente o post é do blog lusitano “Informaçãoincorrecta”, o que é autoexplicativo. E atenção: é parte I. Podemos esperar outras considerações, preciosidades e profundas elocubrações intelectuais.

    2. Pressupostos

      Qual seu critério para definir “estágio primitivo” dos nativos americanos?

      É a incapacidade de destruição em massa?

      Ou a integração com os ciclos naturais?

      Ou o fato de não poluírem o ambiente além de sua capacidade de recuperação?

      Não que não haja coisas “ruins” com eles e coisas “boas” conosco… mas como avaliar esse processo histórico sem discutir o que é “evoluído” e o que é “primitivo”, se é ruim, se é bom…

      Então a violência é válida para fins “civilizatórios”? É preciso antes refletir sobre que civilização é essa.

      Chega de binarismo/maniqueísmo.

    3. Infelizmente voce jamais

      Infelizmente voce jamais entenderá tal lado da interpretação da História, pois esta mostrando uma postura crítica totalmente alienada e inclusive à favor dos acontecimentos relatados acima.

      Poiis voce esta falando que se tal genocídio não tivesse acontecido tanto nos Eua como no Brasil tais países não estariam como esta hoje… e vou falar pra voce eu faria oque fosse possivel para mudar como o Brasil esta hoje. Vejo o resultado desse genocídio todos dias nas ruas da minha cidade, escuto nas rádios todos os dias o resultado desse genocídio, e advinha? Mortes, Assaltos, Estupros e a bendida Dívida impagavel brasileira. 

      E os Eua? em uma bolha que esta prestes a estourar novamente, com aqueles banqueiros poderosos viciados em cocaína  brincando de serem os donos do mundo kkk e voce ainda acha que deveríamos mesmo ter matado uma população totalmente envolvida com a Natureza para esta totalmente dependente de dinheiro e bebidas.
      Pra mim se os territorios ainda fossem dos indios nós estariamos muito mais elevados na condição humana. Mas não, vejo hoje em dia um ser humano totalmente alienado às noticias da televisão, com um poder crítico totalmente baseado em seus egos inflados, e cada vez mais obesos.  

       

  9. Agora é que tive tempo de ler

    Agora é que tive tempo de ler mais desse artigo, e constatar que o genocídio dos indígenas nele tratado serve de pretexto para propaganda antijudaica, afinal. Assim como o artigo sobre Angela Merkel, desse mesmo sítio português, e reproduzido nesta página. Lamentável, pra dizer o mínimo. 

    Tem faltado “curadoria” aqui no blogue.

  10. Foi muito esclarecedor. No entanto, essa história da covardia do ser humano “superior” às etnias parecem repetir-se no nosso amado Brasil mormente na região amazÔnica comandada pelo próprio governo federal, porém, os interesses são diversos.
    O general Custer reencarnou agora, com o posto não mais de general, mas de capitão

  11. Quanto aos indios do Brasil os mesmo querem ter acesso as riquezas de suas terras e não ficarem como atrações vivendo em miseria para satisfazer a esquerda. Faz bem o Presidente Bolsonaro ao acolher os indios e lhes dar dignidade.

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