O aumento da renda per capita é o apocalipse da civilização

Já se concluiu que o planeta tem recursos finitos e que a exploração predatória e sem planejamento a que está submetido poderá resultar em efeitos desastrosos para as próximas gerações. A renda per capita mundial quase que decuplicou nos últimos 250 anos, foi de aproximadamente US$ 600 para quase US$ 6.000 mil e continua a crescer aceleradamente. O consumo de bens, por sua vez, cresceu na mesma proporção ou até mais, pois a tecnologia barateou a produção. Estamos em plena sociedade do consumo. Consumir é tudo: status, realização, felicidade, conforto, segurança e etc. Além do uso exacerbado de matérias primas, multiplicação das populações (e consumo de alimentos), temos como um outro resultado perverso a poluição, nas mais diversas áreas (clima, lixo, contaminação de águas e etc).

A solução estaria na mudança de paradigmas. O aumento da produção e o consumo deveriam ser contidos, os conceitos de felicidade, status e etc deveriam mudar. Mas como fazer isso em uma sociedade de classe, com tanta disparidade de renda, onde os de baixo ainda tem carência de bens mínimos para qualidade de vida e os de cima querem padrão de vida cada vez mais sofisticado?

A própria redução de produção e consumo é algo terrivelmente complexo, pois iria reduzir o ritmo do desenvolvimento econômico, quebrar empresas, aumentar o desemprego, diminuir a receita fiscal e os orçamentos governamentais. Em uma economia global, isso só poderia ser feito por acordo entre os países, pois se um reduz a produção e outro não, a concorrência se tornaria desleal.

Ainda temos algumas décadas para decifrar o enigma, mas e um problema precisa ser enfrentado. Enquanto não for possível uma política global concertada mundialmente, resta ganhar consciências e agir localmente, individualmente ou em grupos e organizações, onde e no que for possível, retardando o apocalipse: o inevitável dia em que a renda per capita chegará aos US$ 60 mil.

Percival Maricato

Redação

33 Comentários

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  1. Seu tema me remete a

    Seu tema me remete a discussão de um novo modelo mundial. Acredito que os povos estão muito mais preocupados com um viver bem do que com uma economia de consumo. Todo mundo tem muito mais interesse em bens duráveis em vez dos descartáveis apresentados hoje em dia. É a industria em sua sanha de expansão que estimula o mercado de consumo. Como salientado em seu artigo também não vejo como manter todo mundo trabalhando em um mercado mais comportado.

    Cheguei a conclusão que o dinheiro é o maior dos males da humanidade, na busca pela sua concentração todos os desmandos e distorções acontecem e ainda geram querras. Tudo no mundo é difícil de se fazer por falta de dinheiro quando na realidade o que precisamos é de mão de obra e matéria prima.

    A mão de obra ainda é abundante assim provocando as disparidades na condição social. Toda esta corrida do capitalismo se baseia em financiar moradia, comida, educação, saúde e lazer. A cada dia inventam um gasto supérfluo a mais em busca de concentração de capital e falsa comodidade.

    Para mim o mundo chegou ao limite da insensatez. É hora de se botar o pé no freio e nos preocuparmos somente com o básico para todos os cuidadões e acabarmos com a desculpa que para isto falta dinheiro.

  2. Lei de Lavoisier

    Todos deveriam interpretar de forma criativa a lei fundamental de Lavoisier:

     “Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”

    Trabalho na evolução da agricultura sustentável. Utilizando sistemas de irrigação ganhamos produtividade e produção em larga escala. Ai vem ambientalistas me xingando dizendo que “isto é desperdício de água vital para a humanidade!”. 

    Eu mereço…

  3. Um texto curto, porém

    Um texto curto, porém espetacular, porque resume o que o mundo vive hoje, as consequências das políticas globais, e a necessidade de um enfrentamento urgente se a maioria do povo já sofre uma realidade que há de piorar se nada for feito de forma eficaz, e urgente.

    A Suíça é um ovinho em comparação com o Brasil, mas valem comparações como as que farei, porque são políticas usadas naquele país que poderiam ser espelho para muitos. 

    Uma amiga brasileira, residente na Suíça, quis mudar os móveis da sala de visita – um sofá e duas poltronas. Comprou a mobília nova, porém carecia, por um tempo, da Prefeitura, que tem que passar no bairro para levar esses objetos descartáveis. O destino deles, como o de eletodomésticos, e tudo mais que se tem em casa, são levados para um local, onde são transformados, ou apenas melhorados. Ficam num depósito. Quando surgem os refugiados de guerra, ou qualquer estrangeiro carente de alguns deles, poderão ir ao local e levá-los para as suas moradias, Também existem locais onde tudo isso é usado, como instituições de caridade. Não sei se também são transportados para outros países. O fato é que nada fica jogado ao relento, ou nos rios e lagos, como ocorre aqui no Brasil.

    Ao longo das estradas da Suíça a gente vê uns sacos plástico enormes, cheios de folhas secas. Os garis limpam os canteiros e ponhem tudo nesses sacos para servirem posteriormente de adubos para as plantas. 

    A minha amiga contou-me que não se usam sacos plásticos. Compram-se, normalmente, 30 ou 60 sacos na Prefeitura, que são de uma espécie de cânhamo. Então, eu mesma vi que ela usa diariamente dois: um para lixo orgânico e outro para lixo seco. O caminhão leva tudo separado, porque esses lixos são tratados e reciclados.

    Enquanto isso, há dois anos mudei-me para um prédio novo. Cada um de nós, moradores,  não entrou sem comprar montanhas de coisas, envolvidas em caixas de papelão, por exemplo. A lixeira do prédio se entupia diariamente de toda sorte d eprodutos importantes para reciclagem, sobretudo papelão. Acho que apenas eu fiz contatos com alguns vizinhos para que descartássemos esses objetos de forma consciente, e até que os administradores dos prédios contatasse com alguma cooperativa para que viessem aqui pegar essa enorme quantidade de descartados. Eram pias, vasos sanitários, bancadas inteiras, luminárias, etc. e tal. Pois bem, teve dias de ser  ver que a chuva havia molhado tudo que se encontrava nos variados containeres.

    Até hoje eu vejo as pessoas não serem capazes, ao menos, de lavar uma garrafa antes de jogá-la no lixo; e ninguém tá nem aí pra fazer a separação. Eu faço, só que vai tudo no mesmo caminhão e pro mesmo destino.

    Há algum tempo guardo comigo uma sacola enorme de remédios fora da validade, mas não sei onde descartá-los. Já busquei ajuda em todo canto, e ninguém me diz o que fazer com esses produtos, que, em princípio, não deveriam ser descartados normalmente. E, assim, sucessivamente, nosso Brasil caminha, sem uma visão séria das medidas que todos nós precisamos tomar em prol da Humanidade, e do futuro dela. 

    1. Parabens pelo texto, muito

      Parabens pelo texto, muito bom.

      O caminho é este mesmo, aumentar e disseminar tecnologias e reciclar.

      Diminuir produção e consumo é o discurso oculto verde, que nao tem o menor sentido.

       

  4. Uma boa reflexão é

    Uma boa reflexão é esta:

     “conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco. Onde estão seus móveis? Perguntou o turista. E o sábio, bem depressa, olhou ao seu redor e perguntou também: E onde estão os seus…? Surpreendeu-se o turista: Os meus?! Mas, estou aqui só de passagem! Então, concluiu o sábio: Eu também…”

  5. Em vez de aumentar em todos

    Em vez de aumentar em todos os níveis de renda per capita, melhorar a redistribuição dessa renda. Menos bilhões em paraísos fiscais e menos gente vivendo com US$ 1,00 por dia.

  6. me parece um sistema de

    me parece um sistema de po$$e$ tão arraigado

    que só vai terminar desmantelado

    ou quando a maioria siafastar 

    d’ANIMAL obsessão do lugar marcado

    pr’HUMANA fruição do prazer desfrutado

  7. Caro Nassif e demais

    Caro Nassif e demais

    Há pessoas, que se diz consciente, que 5 planetas Terras, seria a metade da ambição de consumo, só para ela.

    Saudações

     

  8. Pera lá, demorou 250 anos

    Pera lá, demorou 250 anos para a renda per capita passar de 600 para 6000. Por que, em poucas décadas passaria para 60 mil ?

    E uma extrapolação indevida, nao faz sentido. Quais as premissas ?

    Ademais, renda per capita é importante, mas não diz nada sobre distribuição de renda ou inclusão social dos que possuem menor renda, que também é muito importante.

    Esse discurso que temos que frear produção porque, SUPOSTAMENTE nossos tris-tetra-penta- tatataranetos não sobreviverão é uma falácia em si mesma. É um discurso ideológico, aonde sobram dúvidas e faltam certezas, mas que certamente beneficiará alguns poucos grupos de pessoas e prejudicará a grande maioria da população mundial.

    E a informação de que o crescimento da população diminui com o desenvolvimento foi omitida. À medida que o mundo se desenvolva e aumente os incluídos, a população, faltamente perderá ritimo de crescimento. É o que ocorre no Brasil e faltamente ocorrerá na India, na África, etc…

    Se o caminho escolhido for a redução da produção, quem sofrerá são os pobres inicialmente, com aumento de custos, perda de emprego, aumento de fome, etc. Em seguida, todos sofrerão, mesmo os ricos, pois o consumo diminuirá. Talvez quem viva de juros de dívidas não sofrerão, que beleza, não é mesmo.

    Exemplo pequeno, mas que retrata bem essa nova economia verde bizarra: a retirada das sacolinhas plásticas de supermercados, medida exdrúxula, que, ainda bem, ja foi revogada na maioria dos lugares. Ora, o que antes era de graça – as sacolas – passaram a serem pagas. O que antes era custo para o supermercado, passo a ser receita, que bejeza !!! O que antes não havia custo para os clientes passou a ter um custo, comprar a sacola !!! Bom, quem tem carro, talvez não precisa da sacola, mas e quem vai ao mercado a pé,  que de certo são os mais ricos né, como que fica ???

    É a jenialidade verde atuando. De certo se a Marina ganhar em 2018 estaremos todos salvos de o mundo não aguentar e acabar em 3.300….

     

    1. Meu caro Daniel, essa é uma

      Meu caro Daniel, essa é uma reciclagem da tese de Malthus que há 250 anos previu que o mundo já em 1900 não aguentaria a população crescente,. ele simplesmente não previu o incrivel avanço das tecnologias agricolas e industriais

      que permitem que hoje com 7 bilhões de habitantes o planeta tenho melhor alimentação do que quando tinha 2 bilhões, maior vida util, em 1800 as pessoas com 40 anos já eram velhas. Por outro lado há em grandes paises menor crescimento de população, como o Brasil, EUA e Argentina. Novas tecnologias permitem maior eficiencia energetica e a industria de reciclagem está avançando mais rapidamente do que a tecnologia geral, hoje 30% do aluminio no Brasil é obtido por reciclagem, as energias eolica e solar avançam com menor uso de combustiveis fosseis.

      Mesmo que essas teses tenham algum merito a discussão não pode ser tão simploria porque não existe mecanismo para fazer as pessoas desistirem de consumir, ai passa a ser uma discussão sem conteudo e sem consequencia.

      1. Então André, na verdade, a

        Então André, na verdade, a única forma de reduzir o consumo é reduzindo a produção. E é o que muitos que defendem o tal “desenvolvimento sustentável”, no fundo, advogam.

    2. Sem contar que renda per capita aumenta por serviços também,

      não apenas por bens.

      O tamanho médio das casas, por exemplo, não decuplica junto com a renda.

      O que precisa ser visto é a extração de recursos não-renováveis

      E o que precisa ser feito é induzir uma redução no crescimento populacional.

      E não fica tirando sarro da minha candidata aí! rsrs.

      1. Ah não Gunter, deixa essa

        Ah não Gunter, deixa essa candidata vai. O Campos até vai, mas a Marina  ?

        Não sei se precisa induzir redução no crescimento populacional, isso é complicado de se fazer, é fácil começar depois fica muito dificil de se reverter. Veja o caso da China. Creio que com a inclusão, meio que automaticamente as pessoas terão menos filhos já que os métodos contraceptivos já estariam bastante disseminados. Hoje, no Brasil atual mesmo, a classe média-alta quase que não tem filho é algo que talvez comece até a preocupar.

        1. Eu prefiro tanto Campos como Marina

          aos demais candidatos. Bom, tem Eduardo Jorge também.

          Não precisa mesmo porque o próprio inconsciente coletivo leva a isso. Por volta de 2030 em cerca de metade dos países a população já estará diminuindo.

          E não há necessidade de se reverter, nem na China. 

          Mas será bom que não se faça propaganda ao contrário.

          http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/o-pouco-uso-do-estimulo-a-natalidade

           

           

          1. Olá Gunter, obrigado pela

            Olá Gunter, obrigado pela resposta mais uma vez.

            De verdade, torço para que façam um bom governo se ganharem.

            Creio que a chance maior será em 2018. O problema, para eles,  é que dificilmente Marina e Campos estarão juntos né…

            Esse Eduardo Jorge quem é ? Não conheço, só lembro de um tucano com este nome….

             

             

             

  9. a comparação de renda com

    a comparação de renda com consumo de bens naturais finitos não é correta. Se decompusermos o produto das economias avançadas, veremos que a participação dos serviços é preponderante e crescente. Funciona como se a quantidade de material que o homem aguenta consumir tivesse limite e o que conta mais não é quanto se consome e sim como, onde, com que grau de conveniência, com que grau de desejo, sofisticação. Ou seja, depois do material ainda se agrega muito valor para satisfazer necessidades que vão além das coisas e depende de muito trabalho para se conseguir isto.

    Mesmo no Brasil parece que já temos que relativizar esta questão da desindustrialização. O próprio sistema tributário, que tinha a cumulatividade do Pis/Cofins, exigia verticalização total na indústria para evitar incidência em castata dos impostos. A partir de 2004, com o fim da cumulatividade, ficou muito mais fácil separar atividades industriais das de serviços efetivos, que podem ser colocados e retirados seguindo a vontade dos consumidores e das empresas, que se debatem para entender o que eles querem em cada momento. Os economistas mostram a queda de participação da indústria no PIB e com isto ficam calculando o investimento necessário para retormar patamares antigos, imagino que podem estar incorrendo num erro e talvez nem seja necessário tanto investimento quanto calculam.

    Provavelmente o homem moderno já gasta muito mais renda com transporte de bits pelos sistemas de comunicação do que com o pão de cada dia.

     

  10. O interessante é que o autor

    O interessante é que o autor expressa exatamente o contrario do que o PT vem fazendo desde que governa o Pais, incentivando a exarcebação do consumo de carrinhos zero, televisores, eletrodomesticos, com desonerações fiscais e incentivos a novas fabricas de automoveis, o Brasil tem aqui dentro montadoras de todas as marcas do mundo.

    Os governos de esquerda historicamente incentivam o consumo para ganhar a simpatia do povão enquanto governos de direita focam mais em bens de capital e infraestrutura. Essa não é uma tese nova. Foi expressa em 1936 pelo pensador marxista DANIEL GERIN em um livro classico FASCISMO E GRANDE CAPITAL. Gerin mostrava que os governos de direita

    preferiam concentrar os recursos do Pais em grandes projetos de infra estrtura e militares em detrimento do consumo,

    enquanto os governos de esquerda corriam para incentivar o consumo na visão de que isso era atender os pobres.

     

    1. Eita, Motta Araújo! Vai dizer

      Eita, Motta Araújo! Vai dizer isso para os EUA, país espelho do Capitalismo e seu consumismo desbrabado e irracional. Nenhum povo e em nenhuma época da história foi tão hedonista como os americanos. Tudo lá para o consumo, pelo consumo e no consumo. 

      No auge desse verdadeiro hedonismo, décadas de 60 e 70, não raro eles estocavam dois três carrões nas garagens. Qual a população que mais deve no mundo? Que esbanja em quinquilharias? Claro que construíram uma infraestrutura esperacular, mas mais para dar suporte a esse caráter esbanjador do que propriamente como prioridade econômica. 

      O que posso concordar é se essa análise abranger o alvorecer dos EUA, lá pelo idos do século XIX e começo do século XX quando ainda eram uma nação muito ancorada na ética protestante. Depois da primeira guerra mundial, quando então avançam sobre os mercados do mundo todo e iniciam um processo de crescimento econômico inaudito, aí começa o destroço. São folclóricas as excentricidades dos magnatas americanos. E a classe média corria atrás para imitar.

      A estratégia do PT, abstraídas os efeitos colaterais óbvios, era a única, ou pelo menos a mais viável para soerguer a economia brasileira que em 2002 estava só o bagaço. Nem a iniciativa privada e muito menos o governo tinha como recursos para investir. Os canais externos estavam fechados. Como, então, meu caro aquecer uma economia nesse estágio se não pela variável Consumo? Lembra da equaçãozinha 

      P = C + G + I + X – M ? Foi através do aumento dos gastos do governo, incluindo os sociais e as renúncias fiscais, acrescidos da resultante positiva da diferença X-M, devido ao boom das commodities, que por sua vez ensejaram o aumento da demanda que por sua vez induziu ao aumento da oferta que gerou empregos que gerou mais renda que por sua vez gerou mais consumo, e assim continua a estória. 

      1. Meu caro Costa, Daniel Gerin

        Meu caro Costa, Daniel Gerin nunca se referiu aos EUA e sim a governos fascitas. Os EUA não se encaixam porque desde sua fundação foi um pais democratico por excelencia, o modelo americano não tem nada a ver com a tese de Gerin.

      2. A funão de um governo não é

        A funão de um governo não é gerar emprego e consumo, a sua função é forjar um ambiente que melhore a produtividade da iniciativa privada.

        A formula “sua” é a geradora de muitas distorções sobre a economia.

        Não vale nada, ou melhor não vale o que pensam que tenta mensurar.

        O erro é pensar que “P = C + G + I + X – M” significa aumento de patrimônio liquido de um país, quando na verdade expressa o que foi comprado e vendido em termos monetários contabilizando duas vezes o gasto estatal.

         

    2. Tem lógica essa sua tese.

      Tem lógica essa sua tese. Obras de infraestrutura são destinadas às grandes corporações. É dinheiro do estado direto na veia dos grandes capitalistas. Incentivo ao consumo, no entanto, é fazer o dinehro percorrer um caminho maior. Primeiro passa nos bolsos dos pobres, os consumidores, quica nas mãos dos pequenos, médios comerciantes, nos fabricantes. Por último, chega ao grande capital. Este modelo precisa dar poder de consumo na forma de aumentos salariais. A elite tem pressa. Por isso elimina as diversas paradas do modelo consumista.

  11. Acusam o capitalismo de

    Acusam o capitalismo de promover o consumo e o mesmo tempo o culpam de gerar a fome no mundo.

    Duplipensar.

    “Duplopensar ou duplipensar é o ato de aceitar simultaneamente duas crenças contraditórias como corretas, muitas vezes de distintos contexto sociais.1 É relacionado, mas diferente da hipocrisia e da neutralidade. Algo relacionado é a dissonância cognitiva, onde as duas crenças causam conflito.

    George Orwell quem inventou o conceito de “duplipensar” em seu romance Nineteen Eighty-Four como “o poder de manter duas crenças contraditórias na mente ao mesmo tempo”

    1. Quem acusa, Aliança Liberal?

      Quem acusa, Aliança Liberal? Tu tens de citar fontes ou referências para subsidiar tuas afirmações. 

      No Manifesto Comunista de fevereiro de 1848, Marx e Engels, reconheceram o caráter revolucionário do Capitalismo(burguesia) e de certo modo prestaram até uma certa reverência. Se não, atente:

      [….] Vemos, pois que a própria burguesia moderna é um produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma série de revoluções no modo de produção e de troca……….A burguesia desempenhou na História um papel verdadeiramente revolucionário. O Capitalismo jamais foi fator ou seria, fator  de fome no mundo porque ele não sobreviveria, nem sobrevive,  sem consumidores, ou seja, sem mercados.  Mais do Manifesto: [….] Pela exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e a consumo em todos os países………Devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos de produção e ao constante progresso dos meios de comunicação, a burguesia arrasta para a corrente da civilização mesmo as nações mais bárbaras.  

       

      São passagens secundárias, porque as principais são para condenar o modelo face às suas contradições e injustiças, que efetivamente reconhecem esse sistema como responsável pelas mais radicais transformações promovidas pelo Homem.  A discussão é se esse modelo econômico-político valeu, vale ou valerá a pena e se o Planeta tem condições de suportar o caráter duo e paradoxal que lhe é característico – criação/destruição – conforme o economista checo Josepeh Schumpeter. 

      1. O Capitalismo jamais foi

        O Capitalismo jamais foi fator ou seria, fator  de fome no mundo porque ele não sobreviveria, nem sobrevive,  sem consumidores, ou seja, sem mercados.

        Atenção: essa parte é minha, não faz parte do manifesto. Não sei porque ficou formatado assim. Observem que na sequência escrevo: “Mais manifesto”.

    2. Duplipensar e Curtopensar

      O AL não enxerga diferença entre promover o consumo e concentrar a renda deste consumo.

      Nem que a fome é a situação de “não poder consumir” derivada desta exacerbação predatória.

      A preocupação dos neoliberais não é combater a fome, nem “gerar consumo”.

      Ao contrário, esta é uma preocupação, por ex., de um Lula, tomando medidas anticíclicas heterodoxas.

      Eles querem e gerar e acumular riquezas, em níveis que sequer conseguem “consumir”.

      E o “resto” que “se consuma”.

       

  12. consumismo

    com o consumismo exacerbado, não confundir com a inserção de milhões e milhões de pessoas no melhoria de suas vidas, está levando a Homeostase Planetária para o espaço, a produção de lixo e poluição das águas e do ar só aumentam e a maioria das pessoas não estão nem aí para sua Pegada Ecológica..

  13. Não é a renda per capita o problema

    É a qtde. de “capitas” … (além da concentração de capitas privilegiadas).

    Ou entendemos que a capacidade de humanos na Terra já é maior do que ela pode, sustentavelmente oferecer (pelos parâmetros correntes de tecnologia, sócio-economia, politica, etc.).

    Ou deixaremos um mar de lixo e devastação para nossos descendentes.

    Nas equações matemáticas, podemos mexer de um lado para outro.

    Ou aumentamos a renda / capita.

    Ou diminuimos a capita para aumentar a renda.

    Ou ainda, como querem alguns: diferenciar a renda aumentando em muito a de alguns capitas

    E (quase) zerando a de muitos e muitos capitas.

    No fundo, para os “alguns” é “meramente” uma questão “matemática”.

  14. Capitalismo, Socialismo e

    Capitalismo, Socialismo e ganância

     

    Poucos se deram conta de que o problema não é o Capitalismo, mas sim a ganância.

    Depois da 2° guerra mundial fizeram uma política de que os eletrodomesticos deveriam durar o mínimo possível, para que a indústria pudesse vender mais. Tem uma lâmpada do início do século XX que está acesa até hoje nos EUA  em testemunho do que eram os eletrodomésticos antes desta política do dura menos.

    Mas a ganância não existe só no capitalismo; a tragédia ecológica do Mar de Aral na antiga União Soviética atesta este fato.

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