O balanço econômico e político do período militar

Foi um equívoco o editorial da “Folha” sobre o regime militar. Nele, deplora-se a violência, mas considera-se a modernização tecnocrática proporcionada pelo regime.

Diz que em vinte anos a economia cresceu 3,5 vezes. Isso equivale a 4,89% ao ano. Ora, nos dezesseis anos anteriores – de 1947 a 1964 – a economia cresceu a 6,7% ao ano, mais do que nos 20 anos seguintes.

Era um ciclo ligado à urbanização disponibilizando mão de obra e às políticas de substituição de importações, que se mantiveram durante o período democrático e na ditadura.

Em período democrático, o país conseguiu criar grandes estatais, como a Cemig, a Petrobras, a Eletrobrás -, assim como no regime ditatorial criaram a Telebras e outras.

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Vencido o impasse político do momento, nada do que foi construído no período militar não poderia tê-lo sido em regime democrático. Pelo contrário, em um sistema democrático provavelmente a grita da oposição não teria permitido exageros, como a Transamazônica, a Ferrovia do Aço; a Siderbras.

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A democracia imperfeita, de fato, valia-se do uso do Banco do Brasil para cooptar bancadas políticas. Mas a ditadura imperfeita distribuiu benesses a torto e a direito, sem nenhum critério.

No período Delfim Netto, enormes extensões de terra na Amazônia foram entregues a grandes empresas, multinacionais e nacionais, sem nenhum compromisso com a colonização; escândalos financeiros de monta, como no Independência Decred ou nas “polonetas”.

No período supostamente rigoroso de Ernesto Geisel, a criação pelo Ministro Mário Henrique Simonsen de sistemas de apoio a bancos quebrados permitiram enriquecer os controladores em detrimentos dos depositantes. Sem contar os superinvestimentos induzidos pelos Planos Nacionais de Desenvolvimento.

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Não significa que o regime militar era intrinsicamente corrupto, como não significa que o modelo democrático é intrinsicamente viciado.

O grande problema da ditadura foi o enorme desequilíbrio no atendimento das demandas sociais e o enorme atraso provocado na organização da sociedade.

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Nos anos 60 emergiu uma nova geração, que pela primeira vez acordava para os aspectos mais anacrônicos do país, um meio rural onde sequer se pagavam salários, uma pobreza ampla a irrestrita que sequer era atendida. Descobria-se o interior, o nordeste, as favelas, os planos de desenvolvimento econômico (em JK) ou social (em Jango).

Havia demagogia, é claro, as lideranças que tentavam se aproveitar desse idealismo, os populistas de ocasião, os pelegos, os radicais. Mas o amadurecimento era questão de tempo, dependia apenas do aprendizado democrático.

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A ditadura ceifou não apenas uma, mas as gerações seguintes, milhares de jovens que poderiam ter se especializado em questões sociais, que poderiam ter desenvolvido soluções para a miséria, somando-se à modernização que ocorreu no mercado de capitais, nas contas públicas, na Receita. Foi a falta de voz que permitiu a concentração desmedida de renda, a deterioração dos serviços públicos ante a urbanização que se acelerava, a sobrevida dos coronéis regionais, a demora em constituir um mercado interno robusto.

Só agora, com as manifestações de junho de 2013, percebe-se uma nova geração com o ímpeto juvenil da geração dos anos 60.

Luis Nassif

101 Comentários

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  1. Só o fato do regime militar

    Só o fato do regime militar se tornar uma babá que dizia o que a população poderia ver, ouvir ou ler já é execrável. É tomar o cidadão como uma criancinha que ainda não sabe nem se limpar direito. Um dos maiores exemplos disso era a censura : ela não só visava os artistas ‘engajados’ , mas tudo aquilo que ela achasse ‘imoral’ . Até mesmo Odair José e sua música com o refrão Pare de Tomar a Pílula foi alvo da censura. 

    E havia paradoxos que, à luz de hoje, soam cômicos = enquanto a embrafilme financiava filmes de pornochanchada, a censura proibia O Último Tango em Paris, só liberando o filme quase 7 anos depois de seu lançamento. 

    O período militar não foi só marcado pela violência, mas também por um moralismo rastaquera, de oitava categoria. 

  2. jornal da unicamp – entrevista com eduardo fagnani

    Desigualdade predatória

    Texto: LUIZ SUGIMOTOFotos: Antonio ScarpinettiArquivo Edgard Leuenroth (AEL-Unicamp)/Fundo Voz da UnidadeEdição de Imagens: Paulo Cavalheri

     

     

    “O maior pecado do regime militar foi interromper o processo de construção de um país mais civilizado. Nós nos transformamos numa sociedade de massas sem passar pelos estágios prévios da educação – educação entendida aqui em seu sentido amplo”, opina o professor Eduardo Fagnani, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp. “O Brasil vivia seus primeiros vinte anos de democracia e havia um clima favorável para o desenvolvimento das forças políticas comprometidas com a construção da nação. O país estava se industrializando e lidando com as reformas de base: agrária, tributária e educacional, entre outras. Era a primeira vez que se tinha uma perspectiva de desenvolvimento com equidade, sob o espírito do nacionalismo. Este processo foi interrompido com o golpe”, reafirma.

    Eduardo Fagnani, que é também pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), recorda que houve um crescimento econômico nos anos 60 e 70 por conta de uma conjuntura econômica internacional favorável, mas que trouxe  uma concentração de renda enorme e de natureza política. “Uma medida imediatamente posterior ao golpe foi a intervenção nos sindicatos, eliminando qualquer possibilidade de pressão popular e deixando claro que nesse campo não haveria negociações. Esta repressão se intensificou a partir do AI-5 em 68. Impôs-se o chamado arrocho salarial, em que o governo aumentava os salários sempre abaixo da inflação, ano após ano, e a consequência desta redução sistemática do poder de compra dos trabalhadores foi a elevada concentração de renda. No final do regime militar, o Brasil era o terceiro país mais desigual do mundo”.

    Do ponto de vista econômico, o economista aponta o encilhamento financeiro, a elevada dívida interna e externa (que chegou a mais de US$ 120 bilhões em 1984) e a ameaça de hiperinflação como alguns dos legados da ditadura que causaram transtornos de toda ordem por mais de duas décadas. “A vulnerabilidade do balanço de pagamentos, que culminou com o colapso cambial em 1982, levou o país ao Fundo Monetário Internacional, que impôs um ajuste ortodoxo e recessivo. A crise dos anos 80 combinou desaceleração da taxa de investimento, estagnação, vulnerabilidade externa, crise fiscal e aumento das pressões inflacionárias. O Estado Nacional Desenvolvimentista – que cumpriu tarefas cruciais frente à industrialização ocorrida desde os anos de 1930 – esgotou-se nesta quadra. Colocado no epicentro da crise, o Estado perdeu o comando da política macroeconômica e da iniciativa do crescimento.”

    O pesquisador do Cesit acrescenta que o país, que deveria capturar recursos externos para financiar seu desenvolvimento, teve que remeter dinheiro para fora por mais de uma década. Assim, a infraestrutura econômica e social deixou de receber investimentos e entrou em colapso, abrindo espaços para as privatizações – um dos núcleos da agenda liberal que passou a ser dominante nos anos 90. “As reformas feitas pelo regime militar preservaram o status quo social, pois não havendo um ambiente democrático para discutir tais medidas, acabou-se arbitrando em favor do capital. Um exemplo concreto é a reforma tributária promovida em 64 e 67, que em última instância isenta o capital de pagar impostos. Ao invés de tributar diretamente sobre o lucro, a renda e o patrimônio, tributa-se sobre o consumo, ou seja: quem passou a pagar mais impostos foram os mais pobres, estrutura que em linhas gerais vigora até hoje.” 

    Quanto à reforma agrária, um dos temas centrais do movimento social nos anos 50 e início dos 60, foi simplesmente interditada, o que na visão de Fagnani está na raiz da migração extraordinária do campo para a cidade. “Para que se tenha uma ideia, em 1950, 70% da população brasileira estavam no campo e 30% nas cidades; em 1980, eram 70% nas cidades e 30% no campo. O país fez esta transição demográfica em 30 anos, quando nos países desenvolvidos ela levou 100 anos. E por que foi tão mais lento nestes países? Porque todos eles promoveram a reforma agrária como forma de conter as pessoas na zona rural.”

    Esta migração em massa, como observa o professor do IE, deu origem a metrópoles desorganizadas – e posteriormente às regiões metropolitanas, com suas periferias e o caos urbano atual. “Houve um crescimento acentuado das cidades em curtíssimo espaço de tempo, e sem que o Estado tivesse capacidade ou se prestasse a investir na infraestrutura urbana. Não vimos, por exemplo, uma política de saneamento básico; a política habitacional beneficiou somente as camadas de renda alta, visto que o governo militar passou a financiar a indústria da construção civil sem nunca se interessar em construir casas para pobres; tivemos uma política de transporte público, é verdade, mas devido aos quebra-quebras de trens por parte da população em 1974.”

    Ainda em meados dos 70, o pesquisador focaliza mais uma questão que considera gravíssima: a desnutrição da população, com boa parte das crianças fora do peso adequado. “Tínhamos uma saúde privatizada, que privilegiava os setores empresariais e só atendia a quem estava no mercado de trabalho, enquanto pessoas morriam de doenças evitáveis com vacinas. A política educacional, por sua vez, levou a uma expansão quantitativa do ensino, mas sem qualidade: mais da metade das crianças repetia o primeiro ano do primeiro grau, repetência que contribuía para o abandono da escola e suas intercorrências. Combinando tudo isso com a interdição da reforma agrária, deu no que deu: na concentração de renda, caráter mais excludente das políticas adotadas no período.”

    Na opinião de Eduardo Fagnani, não há dúvida de que o golpe militar representou um atraso irreparável para o Brasil, que iniciava um projeto de desenvolvimento identificado com a questão nacional, a necessidade de redução das desigualdades sociais, melhor distribuição de renda, implantação da reforma agrária e garantia dos direitos cidadãos. “Tudo isso foi interrompido e ficamos andando para trás por duas décadas. Se aquela agenda fosse seguida, teríamos uma nação muito melhor e uma sociedade mais civilizada. O que se fez foi condenar quatro gerações à ignorância – e ignorância não só em termos de educação, mas incluindo envolvimento político. O maior pecado do regime foi interromper o processo de construção de um país.”

     

    Acerto de contas
    O professor da Unicamp vê a Constituição de 1988 como fruto de um movimento que pretendeu acertar as contas com a ditadura militar, depois de ter percorrido um difícil caminho. “As bandeiras tremulavam em torno de todas as medidas que dessem uma resposta ao que ficou reprimido durante 20 anos: reforma agrária, direito de greve, direitos trabalhistas, redução da jornada de trabalho, seguro para o grave desemprego no final do regime. E ainda: educação universal, gratuita e laica, bem como um sistema de saúde público e igualmente universal, que não fosse privado, para poucas pessoas.” 

    Fagnani lamenta, entretanto, que a mobilização das forças políticas contra a ditadura tenha resultado em uma transição democrática através de um pacto conservador. “A não aprovação da emenda das diretas em 83 selou uma derrota destas forças políticas, visto que  seria necessário fazer uma eleição conforme as regras dos militares. Houve então o pacto entre o PMDB e uma dissidência do PDS, formando-se a Frente Liberal, em que a morte de Tancredo Neves representou somente um fato adicional, pois quem governaria o Brasil e se tornaria personagem da transição seria José Sarney, ex-presidente da Arena.”

    Se o governo Sarney seria contemporizador num primeiro momento, o pesquisador recorda que no meio do mandato, a partir das eleições de 87, remontou-se a tradicional composição de forças que apoiou a ditadura. “Nossa transição, portanto, foi um pacto conservador, que trouxe limites aos anseios por mudanças. Em seguida, nos anos 90, aderimos ao neoliberalismo, com uma agenda que novamente se opunha à Constituição de 88, tanto do ponto vista econômico quanto social. E mergulhamos num longo processo para se tentar enterrar os princípios pelos quais a sociedade lutou nos 70 e nos 80.”

    Sobre o governo do Partido dos Trabalhadores, Fagnani recorda a difícil travessia nos três primeiros anos de Lula, visto que na atual etapa da concorrência capitalista, no contexto da globalização, buscar mudanças em favor do desenvolvimento nacional tem sido complicado devido à correlação de forças desfavorável. “Especialmente no ano de 2002, período eleitoral, viu-se uma tentativa de chantagem do mercado internacional pela continuidade da ordem econômica estabelecida nos 90. Uma tentativa de inflexão na política econômica viria a partir de 2006, no sentido de retomar o crescimento, frente à agenda que durante 25 anos pregou o ajuste fiscal, os cortes nos investimentos, a reforma do Estado, a privatização. Mesmo dentro destas limitações mais gerais, a recuperação do crescimento foi de alguma forma possível, o que explica o progresso social recente no Brasil, com melhor distribuição de renda e outros indicadores afins. Ainda é muito pouco diante do nosso passado e os desafios futuros são enormes, mas o que se fez foi importante.”

     

    Volta a Celso Furtado
    Ao comentar as perspectivas para o país, Eduardo Fagnani considera que uma série de reformas de base colocadas por Celso Furtado, na década de 60, ainda são atuais e importantes. “A despeito dos avanços no período recente, a grande marca da sociedade brasileira ainda é a desigualdade social, que é percebida de várias formas, sendo a mais evidente a desigualdade de renda. Se o Brasil era o terceiro país mais desigual na época da ditadura e na década de 90, hoje avançou para 15º, mas continua com sérias dificuldades.”

    O professor aponta como uma das heranças do regime militar a desigualdade no mercado de trabalho, com informalidade e rotatividade elevadas e empregados concentrados nos setores de baixo valor agregado, como de serviços e de construção civil. “Temos também a desigualdade fiscal, com uma estrutura de impostos extremamente injusta e que em grande medida ainda repousa nas reformas de 64 e 67. E, ainda, profundas desigualdades no acesso a serviços públicos: saúde, educação, saneamento, habitação, transporte público. Os desafios que se colocam são estes.”

    Fagnani acredita que a desigualdade social é o pano de fundo das atuais manifestações de rua que estamos vivenciando e aconselha aos partidos políticos que, em ano eleitoral, se esforcem para interpretar estas vozes. “Em minha opinião, a sociedade brasileira deve retomar os debates sobre as reformas de base ocorridos em 62 e 63, enfrentando de fato o nosso subdesenvolvimento. Guardadas as proporções, após 50 anos, esse debate ainda é atual. Mas o que temos visto é que as pressões do mercado são predominantes – pressões que vão em direção oposta ao combate à desigualdade social, uma herança do passado brasileiro como um todo e especialmente do período da ditadura, quando se deu esta urbanização desorganizada e 

     

  3. Pontos nos iiissss.Muito bom

    Pontos nos iiissss.

    Muito bom

    Enquanto na década 60/70 o mundo caminhava para a frente em avanços democráticos empurrados pelas manifestações da década 50/60, sobretudo nos EUA e na Europa, no Brasil e na América do Sul caminhos em marcha ré.

  4. A censura no filme A Laranja Mecânica

    Sobre censura do regime militar, nada mais hilário e representativo dos esforços vãos daquela turma do que o modo como entrou nos cinemas o filme Laranja Mecânica.

    Na cena em que uns pelados dançam freneticamente, todos os expectadores caíam nas gargalhadas porque os censores intentaram cobri-los abaixo do umbigo com um disco preto – mas a velocidade do disco não era tanta quanto os rebolados, e os discos pretos saíam em desabalada correria para tampar os pênis da rapaziada, nem sempre com êxito. Ridículo.

      

  5. Um assunto de que não ouço falar

    Devem ter ocorrido corrupções grandes e pequenas praticadas por militares durante a ditadura, mas, o assunto parece ser tabu, não me lembro de ter lido nada mais consistente a respeito disso.

     Ouvi dizer que parentes do Andreazza teriam entrado com processo contra alguém que teria mencionado desvios de grana durante a gestão dele num Ministério. 

    1. Tinha muito A. Fco

      Eu levei uma “tonga” de uma tal de CAPEMI, mas tinha uma outra chamada GBOEx. Os coronéis à frente de várias estatais e diretorias dessas…cê precisava ver.

      Tenho uma que presenciei, também. Criou-se (foram várias em setores específicos) uma para cuidar de INGRESSOS DE CINEMA. Os proprietários das salas de exibição tinham que “adquirir” os ingresos numerados e seriados. Na época foram utilizadas as Agências da ECT. Era para controlar os impostos de exibição para os direitos autorais e claro, imposto sobre audiência. Aí os donos das salas de exibição faziam o seguinte – enquanto havia o fiscal iam vendendo certinho, e o porteiro do cinema ia ficando com os ingressos. Não rasgavam ou colocam em uma “urna”. Quando percebiam que o fiscal tinha ido embora, os ingressos que estavam com o porteiro retornavam à bilheteria e eram revendidos, duas, três vezes…não havia as catracas eletrônicas. Isso ainda é feito nos campos de futebol onde não há controle eletrônico de presença.

      1. Tem mais…muito mais

        A. Fco,

        é que a prostitutapress, vulgo PIG, não investiga aquilo que nessas últimas semanas ficou claro. Ela foi, esteve e auxiliou no golpe e varreu para debaixo dos tapetes as histórias, que são muitas, de desvios, sociedades, omissão e corrupção das grossas. Tinha uma embaixada brasileira na Europa que centralizava todos os negócios de importação e exportação de e para o Brasil. Os embaixadores dessa embaixada, no período, todos os três ficaram conhecidos como “Dr. Quinzinho”. É que todo negócio por ela intermediados já vinham o carimbo de pagamento de quinze por centro de propinas. Ainda acham que Alston e Siemens são novos!!!

        Mas tem algumas que é de chorar: Aquela do Professor de Educação Física de um colégio de Brasília que só por atender e massagear um general-presidente acabou por influência da amante desse general sócio da Zona Franca de Manaus. E esse FDP esteve metido na invasão do escritório da Presidência da República em SP pela PF só porque essa negou-lhe a cessão de UMA ILHA no litoral paulista e claro, aí veio a retaliação.

        Tem a de um político, hoje famoso, da antiga ARENA/PDS, que teve sua iniciação comprada por títulos de dívida que ele, espertamente, adquiriu. De bancos ou instituições financeiras? NÃO, de BANCA DE JOGATINA onde certa esposa do General Presidente da ocasião, viciada no Bacará, 21 e roletas perdia muito e a “banca” não podia cobrar, quem tem tem medo. Aí o árabe-descendente foi lá e comprou todos os títulos, e daí para a chantagem foi um pulo. Muito corajoso!

        De Ministros então tem caso para exumar corpos para tornar a matá-los no mesmo instante. Tem um das Minas e Energia que, claro, era o encarregado de aprovar todas as compras de petróleo para refino. Dizem que a 15ª geração dele não terá como gastar toda a grana arrecadada no período. Vou listar conforme o AA fez:

        As compras de defensivos agrícolas e demais venenos além de fertilizantes;

        As Areias do Iraque que saíram do Espírito Santo;

        Os carregamentos de cimento para a ponte Rio-Niteroi e Ferrovia do Aço (essa deixou muito neguinho bilionários)

        Na Ferrovia do Aço, os trilhos importados;

        A revista O Cruzeiro, principalmente as causas de seu fechamento (chantagem com as empresas anunciantes por Coronéis) até o repasse para o grupo Árabe;

        Os incêndios da TV Record e Excelsior e a Panair do Brasil;

        Os Grupos de cafeicultores in natura e o solúvel da Nestlé;

        A Aliança para o Progresso e o sistema de alimentação escolar – CNAE;

        As fábricas de Celulose (Boudegard e o General Goubery);

        O ouro de Serra Pelada e o coronel curió;

        A tríplice fronteira – A CIA, O Mossad, o pessoal da Líbia e o Comandante Marcos. As máfias chinesas e russas, os tráfegos de armas, drogas e tudo o mais, inclusive pessoas…e o dinheiro aplicado no mercado financeiro brasileiro. Sub-título: Mensalões – A origem. Tem um banco cheio de oportunidades que está fazendo cara de paisagem. E por aí vai meu caro. Não há CPMI que daria conta.

    2. Esse, a corrupção no período

      Esse, a corrupção no período militar, é um assunto tabu para nosso querido “direitista esclarecido”, o AA, ou MA. Creio que mereça uma pesquisa aprofundada para acabar com esse lugar-comum que pega até gente inteligente e bem-intencionadas como o AA. A de que na ditadura quase não havia corrupção.

      Isso é muito importante porque é o que a gente sempre houve desses saudosos da ditadura. “Que a roubalheira é tanta que é preciso chamar as Forças Armadas de novo”. São uns fetichistas adoradores de uniformes verde-oliva e quepes

       

  6. Cada vez que me ponho a

    Cada vez que me ponho a pensar sobre o significado e os impactos do golpe 64 chego a uma mesma conclusâo: tudo que apareceu, resultou e ficou desse episódio foi um amontoado de erros inacreditáveis, desde a política econômica, passando pela educação, cultura, segurança e por aí vai. Tudo!  Pensando a fundo tenho a convicção de que nada de bom resultou daquele regime odioso e não há como negar que o legado deixado pelos militares e asseclas foi um país transformado num pesadelo social, pois só agravou nossos problemas socias sem resolver nenhum deles. A 50 anos pagamos a conta de monumental erro e só Deus sabe quando vamos ter a oportunidade de quitá-la completamente.

  7. Venho me refugiar aqui depois

    Venho me refugiar aqui depois de ver comentários de leitores direitosos em vários sites de notícias a respeito dos 50 anos do golpe. A revisão da história feita pela Folha está na boca do povo. Muitos comentam: “o golpe foi horrível, mas…”. Sei lá, dá um desânimo.

    1. só uma correção: “povo” foi

      só uma correção: “povo” foi só para completar a expressão. não dá para chamar esse pessoal de povo.

  8. “”Nada de bom resultou

    “”Nada de bom resultou daquele regime odioso””, só isso:

    1.O BANCO CENTRAL

    2.AEMBRAER, terceiro fabricante de aviões no mundo e o primeiro dos paises emergentes.

    3.A EMBRAPA, principal centro de pesquisa agricola em Pais tropical no mundo, referencia internacional.

    4.USINA DE ITAIPU

    5.USINA DE TUCURUI

    6.USINA DE SOBRADINHO, essas tres as maiores do mundo.

    7.52% DA CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA HIDROELETRICA, equivlente a 32.000 MW, 29 anos após o regime militar não se construiu metade dessa capacidade.

    8. OITO DAS ONZE REFINARIAS DE PETROLEO, nenhuma mais depois, estão tentando construir duas há cinco anos.

    9.AGRICULTURA NO CERRADO E NOVA FRONTEIRA AGRICOLA

    10.PRO ALCOOL, primeiro programa de biocombustivel no mundo, ainda o maior.

    11.PONTE RIO NITEROI

    12.SISTEMAS DE SANEAMENTO DE AGUA nas nove regiões metropolitanas do Brasil, inclusive o Sistema Cantareira, maior do mundo em tratamento de agua, depois nada mais se fez.

    13.PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO e Usinas de Angra I e II

    14.AS DUAS MELHORES RODOVIAS DO PAIS, Bandeirantes e Imigrantes

    15.OS METROS DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

    16.AEROPORTOS INTERNACIONAIS DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

    17.FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

    18. EXPLORAÇÃO MARITIMA DE PETROLEO

    19.POLITICA EXTERNA INDEPENDENTE, com reconhecimento do Governo de Angola e aliança estrategica com o Iraque.

    20.INDUSTRIA DE BENS DE CAPITAL, O BRASIL PRIMEIRO FABRICANTE MUNDIAL DE TURBINAS HIDROELETRICAS

    1. Muito disso com o dinheiro da

      Muito disso com o dinheiro da Previdêncvia Social, que nunca mais foi devolvido…Pode creditar muitas obras aos aposentados desse país…

    2. Mas nada justifica o negar a democracia

      A essência do post é justamente mostrar que tudo isso que você aponta como grandes feitos poderia acontecer sob a normalidade democrática.
      Agora, vou lhe fazer uma provocação: a criação da Embraer só se tornou realidade porque antes dela havia o CTA. E o CTA só foi criado por conta do empenho do Brigadeiro Montenegro para a criação do ITA. Montenegro tinha como opositor a criação do ITA o brigadeiro Eduardo Gomes. Enquanto o primeiro queria criar uma escola de engenharia aeronáutica, o último queria criar uma oficina de reparo de aviões. O primeiro vislumbrava fabricar aviões no Brasil, o segundo fazer a manutenção de material importado. Montenegro acabou exonerado por Gomes em 1965.
      O ProAlcool também tem um pé dento do CTA (na antiga divisão de motores do IPD).
      Concordo, por outro lado, que o que foi feito de importante não pode ser negado, mas a ilegalidade do golpe e ruptura da democracia promovidas pelo regime implantado em 64 são imperdoáveis. Como já disse, defender o regime de 64 é como defender fazer justiça com as próprias mãos, pois o resultado é o mesmo, a barbárie.

    3. Saudosismo Bobo e anti democrático

      Não é possível justificar a violência com dinheiro no bolso….

      Relaxa aí Andre. Foi uma tremenda cagada a ditadura. Circunstâncias da é poca mas uma merda!

      E Como você já deve ter notado . O Fantasma da Quarta Frota existiu….apesar da sua negativa.

      1. O titulo do post é BALANÇO.

        O titulo do post é BALANÇO. Balanço é ATIVO E PASSIVO. Todos falam do PASSIVO, da repressão, ninguem fala do ATIVO que os militares construiram , infinitamente mais do que os governos posteriores.

        A democracia tambem tem um balanço, tem ATIVO, a liberdade absoluta e PASSIVO, uma corrupção que saqueia 2/3 da rrecadação que todos pagam para a COMILANÇA da classe politica, sindical, burocratica, pela monumental ineficiencia

        e direitos para todos, sem nenhum dever. Nada é de graça na vida, nem democracia.

        1. AA e sua crença cega na ética

          AA e sua crença cega na ética “sine qua non” dos senhores de uniforme verde-oliva. Como se o fato de fazerem um juramento à bandeira, garantisse que jamais praticariam qualquer ato de corrupção.

          Como disse abaixo, a corrupção no período militar merece uma investigação jornalísitca. Mesmo sabendo que nada era divulgado e nada fiscalizado, poderão se achar coisas apesar disso, para causar grande decepção ao nosso AA

      2. Quarta, segunda, quarta de novo, de domingo a domingo…

        O que o AA pratica, por desrespeito aos colegas e compatriotas (?), é fazer afirmações de ma fé, por ignorância (então não fala) ou mesmo por conjunção ideológica ou a serviço.

        A famosa Quarta Frota existiu durante a II Guerra, para o Caribe e Atlantico Sul. Depois da guerra, foi incorporada à Segunda Frota (não, não afundaram a frota, apenas a realocaram sob outro conjunto).

        Mais recentemente, em curiosa coincidência com o pré-sal e outros itens, resoveram destacá-la novamente, o que até gerou consultas diplomáticas pela “curiosa” decisão em tempos de paz.

        Portanto a afirmação “correta” de que a Quarta Frota “nem existia” durante o golpe é completamente inócua e irrelevante. O fato é que na época, ela era parte da Segunda Frota e estava à disposição para eventuais necessidades.

        Que felizmente (sob certos aspectos) não foi o caso, pois corríamos o risco de dividir o país com um “paralelo” qualquer.

        Imagine-se (por ex.) a fragilidade de um país cortado do Piauí ao Acre e Rondonia do resto do país. Era a sopa no mel, não? Riquezas e áreas imensas dando esta doce sopa.

        Enfim, esta conversa mole da inexistência da “Quarta Frota”, espero que morra por aqui.

        Dentre dezenas de documentos e evidências públicas, Lindon Johnson, em vídeo, evidencia o o interesse e a disponibilidade do apoio “guarda-costas”.

        Querer negar tal interesse e influência é desrespeitar os colegas do blog.

    4. Excelente. A acrescentar,

      Excelente. A acrescentar, frise-se que o também “odioso” 1.º Governo Vargas (uma Ditadura de 15 anos, de 1930 a 1945), só deixou como legado a insignificante USINA DE VOLTA REDONDA (inclusas as cidades ao seu derredor) e uma das mais modernas LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS para a época, que, à semelhança do Código Napoleônico (França), mantém-se sempre atual. Ah, antes que me esqueça, tinha o SAPS, que serviu de inspiração para a criação dos denominados RESTAURANTES POPULARES. Quanto a estes, lá como cá, demagogia pura! Todavia, tratando-se de FOME, o negócio pega! Abraços.-

    5. Excelente. A acrescentar,

      Excelente. A acrescentar, frise-se que o também “odioso” 1.º Governo Vargas (uma Ditadura de 15 anos, de 1930 a 1945), só deixou como legado a insignificante USINA DE VOLTA REDONDA (inclusas as cidades ao seu derredor) e uma das mais modernas LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS para a época, que, à semelhança do Código Napoleônico (França), mantém-se sempre atual. Ah, antes que me esqueça, tinha o SAPS, que serviu de inspiração para a criação dos denominados RESTAURANTES POPULARES. Quanto a estes, lá como cá, demagogia pura! Todavia, tratando-se de FOME, o negócio pega! Abraços.-

    6. A maioria já estava prevista, planejada ou em andamento

      E como colocado pelo Nassif, nada que não viesse a ser feito numa democracia, que disparou 90% de tudo isso antes do golpe. 1) BC: Puxa, pegaram a SUMOC, BB e Tesouro e acertaram rapidinho (em 64 mesmo) com a banca! 2) Embraer: Se não fosse a luta de Osires contra seus colegas, seria apenas mais uma montadora de aviões estrangeiros. 3) Já ouvia falar dela desde os ’50 na Univ.Rural do RJ. 4) Todas já previstas desde antes do golpe. O fato de hoje se fazer menos na retomada de Lula porque o jogo político e ambiental é restritivo e as grande hidrelétricas já não são tão fartas. FHC e neolibs = zero em infraestrutura, apenas fez corretagem de tudo existente que pôde. 9) Refinarias idem. A oposição sabota. No temp da ditadura não havia contestação ambiental, política nem contenção finamceira. 9) Crescimento natural, ocorreria mais cedo ou mais tarde. 10)Pro-alcool: OK, mas foi desenvolvido com interesses privados de usineiros. 11) Projeto dos tempos de “D.João VI”… 12) O sistema Guandu, que é o maior do mundo (43 K M3/s contra 29 do Cantareira) foi construido em 55 e reformado por Lacerda antes da “Redentora”. 13) Angras: Graçcas à Eletrobras de Jango. 14) As estradas mencionadas são estaduais com ajuda federal (como o RouboAnel). 15) Metros: já previstos, faltava grana, que ficou mais fácil (embora pouco produtiva) 16) Aeroportos. Só o de Cumbica, pois o do Galeão já existia há muito, sofreu reformas, como sempre qualquer aeroporto sofre. 17) O FGTS foi favorável a longa luta das empresas para acabar com a lei de estabilidade anterior. 18) Planejamento da Petrobras de Vargas e não da ditadura. 19) Não posso avaliar no momento. 20) Sim, como um gigante hidrelétrico, nada mais natural, viável e barato que as ESTRANGEIRAS as montassem aqui. Na verdade, a ditadura ganha sim, mas é do período entre a pós-ditadura e pré-Lula, onde NADA foi feito pelo país, além de corretagem e entrega do patrimônio público (inclusive o lucrativo e estratégico) e da financeirização da economia, além do ajoelhamento à banca e competição internacional. Enfim,nada que não pudesse ser feito com a democracia (acho até que se faria mais), frente a nefasta destruição social, cultural, educacional e política feita no período. Portanto, nenhuma novidade ou contradição ao excelente post do patrão. Afogaram um círculo virtuoso (econômico e humano) que vinha num crescendo desde muito. E ainda redemocratizamos o país entregando-o à representantes de oligarquias históricas que terminaram o serviço. A duras penas, desde 2003, estamos só recomeçando. Tentando pegar embalo, apesar do enorme arrasto da oposição a nos puxar para trás. Se puderem, até viram o barco. Mas parece que a tripulação está mais atenta.

    7. Motta Araújo,E daí, Motta

      Motta Araújo,

      E daí, Motta Araújo? Querias o que de um regime liderados por militares e administrados por tecnocratas sem nenhuma amarra institucional, política, econômica ou mesmo moral, gozando assim da mais ampla liberdade de ação para fazer e desfazer sem prestar contas a ninguém já que uma ditadura? 

      Seria estranho que após vinte anos eles nada mostrassem, mesmo que em muitos casos não seja apenas “leite-e-mel”. Não me comove nem um pouca isso, decerto às custas de um endividamento que nos custou muito caro. 

      Como retruquei ao um cidadão neste mesmo post, é comum os defensores desse regime o defenderem arrolando essa lista de realizações. Como se o cerceamento das liberdades fosse um preço a pagar.. Afora o direito a uma mísera aposentadoria tipo “meia bôca” para trabalhadores rurais não contribuintes, na área social só existiram arremedos. Morria gente de fome e de doenças. Quem mais se beneficiou foi a classe média urbana. Bilhões foram gastos em conjuntos habitacionais destinados a elas. Enquanto isso, nos arredores das grandes cidades e nas cidades do interior permaneciam as favelas, as palafitas e as casas de pau-a-pique. 

      Essa prestação de contas não me comove,  repito. Não negocio democracia por obras. Jamais. 

      1. Xeque-mate do Costa no AA!

        “Não negocio democracia por obras. Jamais.” 

        Frase deifinitiva, Caro Costa. É a resposta definitiva ao AA. E nada mais precisa ser dito. 

         

    8. Bandido é bandido

      Bandido é bandido. Seja nos morros ou nos palácios.

      Justificar alencando assim é como comparar aos donos dos morros. Dão guarida a quem não os “caguetam”. Dão festas de arromba e animam os pobres jovens. Alienando-os e hipnotizando-os com suas várias mini-companheiras dançantes. Justificar que os DITADORES trouxeram alguns benefícios em épocas tão terríveis é compará-los aos “reis” dos morros. Pra ter tal opinião ignorante não é, mas uma certeza eu tenho,  tú falas com tal segurança e convicção é porque esteves sempre, ou nos topos dos morros ou nos palácios. 

    9. A frase é minha e reafirmo

      A frase é minha e reafirmo com cada letra: “nada resultou de bom daquele regime odioso”. Ou você já fez as contas de quanto tudo isso custou não apenas em termos financeiros, mas também em termos humanos e sociais? É muito fácil citar obras (imaginei mesmo que algum saudosista do regime ia vir com essa ladainha), mas pra mim isso não basta. Quero ver quem as pagou, como foram feitas, quem as fez e a quem beneficiaram. Pra encerrar vou pegar uma obra para exemplicar : as usinas nucleares e o Acordo Brasil-Alemanha. Em 40 anos elas custaram no mínimo US$ 50 bilhões ao país quase nada trouxeram de relevante para nosso programa nuclear, que para avançar teve que ir para a clandestinidade. Foi um péssimo negócio que engordou alguns burocratas e empreiteiras, mas que na época o regime considerava o “negócio do século”. Poderia dizer o mesmo de quase tudo o que você apresentou como coisa “boas” deixadas pelo regime.

       

       

  9. Nada pior do que o que

    Nada pior do que o que fizeram com as escolas públicas durante a ditadura. Foi uma operação desmonte de um dos maiores patrimônios do Brasil. Até hoje não conseguimos recuperar, minimamente que seja, a qualidade da educação pública. 

    1. Não fale besteira André. Se o

      Não fale besteira André. Se o ensino público está na situação que está não foi devido à ditadura militar. Hoje não existe mais comprometimento com a educação, sobretudo daquele que tem que estudar no ensino público. Essa falta de comprometimento começa no topo da pirâmide, naqueles que tem o poder na mão, com políticas educacionais que não funcionam, pois quem as faz nunca enfrentou uma sala de aula, sequer frequentou uma escola pública e se estudou em escola pública, estudou naquela do tempo da ditadura, senão não estaria onde está, seria peão de obra ou bóia-fria.

      Onde já se viu uma política que permite uma PROMOÇÃO continuada (sim é promoção e não progressão continuada), onde o aluno é aprovado independentemente de seu aproveitamento escolar. Digo a você que conheci VÁRIOS alunos de escolas públicas que são analfabetos, porém com diploma de 6º ano completo. Ora meu amigo, foram seis anos para aprender a escrever o nome?!?!?!? Mas para o governo, e para a sociedade, são “analfabetos funcionais”, pois sabem escrever seu nome – o suficiente para votar. Só no Brasil existe essa figura do analfabeto funcional. E digo mais, esses analfabetos funcionais que conheci, na realidade, não sabiam escrever seu nome não, sabiam DESENHÁ-LO, pois se você trocar de posição duas letras do seu nome ele não faz a mínima idéia do que está escrito.

      Essa falta de comprometimento com a educação se dissemina em todos os níveis, incluiu as direções das escolas, os professores, funcionários e também a família do aluno. Tenho conhecidos que trabalham em secretarias de escolas públicas que enfrentam pais que aparecem lá para desafiar professores e funcionários para culpá-los das notas baixas de seus filhos. E estão eles preocupados com o aproveitamento escolar do filho? (piada né!!!) Se o filho for reprovado ele perde o BOLSA FAMÍLIA.

      Diga-me se isso acontecia no tempo da ditadura. Eu estudei em escola pública, praticamente toda minha vida (exceção ao curso técnico) e quando recebia NOTA VERMELHA (lembra disso?), ficava desesperado, pois como explicaria isso em casa para meus pais? Hoje tirar um ZERO em uma prova não significa nada, pois o aluno já sabe que irá para Conselho de Classe e será PROMOVIDO. É uma piada. Você pode até me dizer que a Progressão Continuada que está prevista na LDB não funciona assim, mas digo para você, “na prática a teoria é outra”.

      Por fim caro André, lanço um desafio para você: deixe seu filho estudando na ESCOLA PÚBLICA de hoje, democrática, justa, da pedagogia do amor, enquanto eu preparo meu filho para estudar em ESCOLAS e COLÉGIOS MILITARES, do ensino tradicional, da pedagogia do resultado e da ditadura. Num futuro breve veremos quem chegou onde…

  10. Com o dinheiro que desviaram

    Com o dinheiro que desviaram da corrupção, dava para entregar 3 países desse que entregaram. A fome, a falta de serviços básicos, a violência, a desigualdade social e outros males de países subdesenvolvidos foram herdados dessa corja. Era um Brasil para poucos. Políticos (DEM e PP, ex-PFL, ex-PDS, ex-ARENA) e empresários enriqueceram-se à custa da fome e miséria da maioria. A roubalheira, arbitrariedade e desmandos eram generalizados. Um período sombrio, de censura, autoritarismo e amarguras. Uma volta à Idade Média. Esse Brasil que alguns insistem em querer, NUNCA MAIS.

  11. Ditadura – NUNCA MAIS

    Com o dinheiro que desviaram da corrupção, dava para entregar 3 países desse que entregaram. A fome, a falta de serviços básicos, a violência, a desigualdade social e outros males de países subdesenvolvidos foram herdados dessa corja. Era um Brasil para poucos. Políticos (DEM e PP, ex-PFL, ex-PDS, ex-ARENA) e empresários enriqueceram-se à custa da fome e miséria da maioria. A roubalheira, arbitrariedade e desmandos eram generalizados. Um período sombrio, de censura, autoritarismo e amarguras. Uma volta à Idade Média. Esse Brasil que alguns insistem em querer, NUNCA MAIS.

    P.S.:  Após 50 anos, a grande imprensa continua manipulando informações e tentando recontar a história conforme seus interesses e conveniência.

    1. ditadura

      Quando li seu comentário fiquei na dúvida se você estava falando do governo militar ou do governo do PT….acredito que voc~e mora na Suiça ou coisa parecida..pois quem vive hoje no Brasil sabe que isso aqui está bem pior do que na época da ditadura, mais muito pior mesmo

      1. Mentir para si mesmo é o

        Mentir para si mesmo é o ápice do inconformismo. O autoengano é um bálsamo para os deserdados da razão. 

        Queria, sinceramente, que tu experimentasse pelo menos um minuto de ditadura. Só um minuto. Aí talvez tu mudasse de opinão. 

         

  12. Diferenças gritantes.

    O TRABALHADOR tinha o respeito. O salário não era dos melhores? Não, não era. Mas criminoso não tinha salário maior que o MÍNIMO, destinado a quem trabalha. Quem trabalhava ganhava, quem não trabalhava, não era apoiado a não trabalhar.

    A ESCOLA não era das melhores? Estudei todo o primeiro grau em escolas públicas. Ótimas escolas e ótimos professores.

    A economia não era das melhores? Não, não era. Dizem que sumia o dinheiro dos aposentados…… talvez, mas as obras apareciam e eram concluídas. E hoje que o dinheiro some e ninguém mais vê. Não havia milionário saindo debaixo de pedras, os quais ninguém sabe como ganham o dinheiro.

    Haviam grande obras? Haviam sim, e boas obras.

    Estou falando do que vivi e lembro, pois era pequeno quando o regime acabou. Não estou falando com base em livros ou contos de estranhos, que não sabemos se é verdade ou não. Estou falando com base no que meus pais falam. E filhos que tenham pais trabalhadores como eu tenho, sabem a diferença tanto quanto eu sei.

    As mudanças que a democracia trouxe foram enormemente maiores para os que se dizem governantes do que para o povo que trabalha pesado e “os elegeu”. Assim não fosse o “fantasma da seca” do nordeste já teria desaparecido. Não haveriam favelas imensas, onde o urbanismo não passa nem perto. Não haveriam tantos casos de doentes perecendo em filas ou jogados ao chão. etc. etc. etc.

    Falo isso com a certeza de que o Brasil poderia muito melhor do que na época do regime. Afinal, a economia não está bem melhor?  Mas realmente está? Olhemos em volta, não somente para nosso umbigos. Vejamos como os jovens estão crescendo sem espectativas, sem esperança no futuro, quando em muitos casos a primeira oferta de emprego vem do tráfico.

    Olhemos para as leis que estão sem discutidas na nossa casa de leis. Contemplam o que realmente a população precisa?

    Enfim…. com as  condições natas do Brasil, só falta honestidade e boa vontade de quem vier a nos governar, indiferente se será militar ou civil, pois o país é uma grande potência.

    Desejo entretanto, que todos que querem algo melhor, olhem para o sistema que aí está…. não está dando certo, e pode ser mudade por este mesmo governo que está no poder… se não o quiser, estará declarando ao povo para que veio.

     

    1. Caro Gemelli, eu não devia,

      Caro Gemelli, eu não devia, mas vou te ajudar.

      Já começas o teu arrazoado com falácias e MENTIRAS, se não vejamos: como trabalhador tinha o respeito(sic) se a liberdade sindical foi totalmente cerceada e os  os salários arrochados? Aponte onde há no país criminosos ganhando mais que um salário mínimo. Se tu te referes ao auxílio-reclusão incides na ignorância e na má fé. Não vou esclarecer o que é esse benefício para não poupar tua preguiça e indolência intelectual. 

      O bolsa-família, para resumir e não perder tempo com um mau intencionado, é um programa elogiado e imitado mundo afora. Não é destinado a remunerar quem não trabalha e tu sabes disso. Queres apenas marcar posição. Pena que de uma maneira tão patética. 

      As escolas públicas eram melhores porque as demandas eram menores. Mas nem todas as escolas públicas eram de excelência. Ao contrário: a maioria, em especial as do ensino do primeiro grau(antigo primário e ginasial) sofriam até mais de indigências qque as atuais.

      Sobre obras públicas: se jogou bilhões de recursos em projetos faraônicos, a exemplo da Transamazônica. Não havia nenhum contrôle e os desvios foram enormes. Só que naqueles tempos não se podia denunciar. Como tu achas que apareceram e cresceram as grandes empreiteiras nacionais, hoje uma matriz de corrupção na área pública? Como elas adquiriram expertise? Hã?

      Houve empreendimentos bem sucedidos? Sim. Mas no geral foram mal projetados e megalomaníacos.

      EU TAMBÉM VIVI, como POBRE, repito, COMO POBRE!, aquela época. Não seja desonesto com essas comparações absurdas e mentirosas! Mesmo com um regime de força, autoritário, pouco ou nada se fez para redimir a miséria imensa que pairava no país. Quem mais se beneficiou, isso tu não escreves por carência de lisura intelectual, foi a dita classe média. Vi, naqueles tempos de “fartura”, pessoas morrerem de FOME! Outras por absoluta falta do mais elementar atendimento médico.

      Só um ser desesperado para defender uma causa tem a coragem de traçar paralelos desse tipo. 

      Ora, paro por aqui. Não vou perder mais meu tempo rebatendo tolices e desonestidades. 

       

      1. Caro Costa. Ditadura …já

        Caro Costa. Ditadura …já foi.

        Não sei como consegues defender a democratura que aí está. É algo que devemos combater com a mesma força que estás a gastar escrevendo horrores da ditadura….

        Pecados cometeram aos montes mas o país está bem pior do que nas décadas de sessenta e setenta. Toda a infraestrutura viária, aeroportuária, educativa, financeira, energética, de saúde e segurança pública ainda é desta época……

        Com a democracia (?) a partir dos oitenta só vi as coisas se degradarem ainda mais, e lá se vão quase trinta anos…..

      2. Acho até que ele é honesto, JB.

        Prezado JB,

        Entendo tua inconformação com este monte de bobagens ditsa pelo cidadão e gostei – como sempre – de sua argumentação esclarecendo-o, no entanto creio que o seguinte trecho do próprio texto do Gemelli explica suas “convicções”

        Estou falando do que vivi e lembro, pois era pequeno quando o regime acabou. Não estou falando com base em livros ou contos de estranhos, que não sabemos se é verdade ou não. Estou falando com base no que meus pais falam. E filhos que tenham pais trabalhadores como eu tenho, sabem a diferença tanto quanto eu sei.

        Houve uma época, creio que um pouco antes de entrar no “ginásio”, não entendia o feriado de 31 de março. Sete de setembro era Independência, 21 de Abril, Tiradentes…mas e 31 de março?

        O que era “O aniversário da revolução”? 

        Ao perguntar ao meu pai, ele sem titubear, respondeu-me: “É quando se comemora a Revolução militar que salvou o Brasil do comunismo.” Ele era um operário, despolitizado, muito trabalhador, porém somente com a terceira série primária. Comprou o que a imprensa vendeu.

        Acontece que estudei, li muito, trabalhei em banca de jornal desde os 14 anos de idade, lia o Pasquim, Jornal do Brasil e apesar da censura prévia à imprensa consegui entender o que acontecia no meu país.

        Sempre respeitei e amei meus pais, reconhecendo seu valor de trabalhadores e esforços para cuidar de uma família numerosa, não desconhecendo no entanto, sua alienação política.

         

    2.  
      GRITANTES DIFERENÇAS. OU,

       

      GRITANTES DIFERENÇAS. OU, DIFERENÇAS GRITANDO AOS BERROS

       

      O TRABALHADOR tinha respeito(?). Ele que não tivesse. Iria cavalgar no pau de arara. Em compensação, diriam os crentes, podia-se concorrer ao título de “Operário Padrão do Ano.” Uma belezura.

      O salário mínimo arrochado e congelado na ditadura, demonstra cabalmente o apreço dos generais pelos trabalhadores. Quanto aos ganhos dos criminosos corruptos. Isto, era assunto tratado como informação vedada ao público. Como a subversão comunista, a corrupção, era questão de honra. Diria mesmo, a razão de ser dos justiceiros e honestos golpistas de sempre. Portanto, era assunto de caráter e de conteúdo restrito à lei de “Segurança Nacional.”

      Ao que sabemos hoje, a maioria daqueles senhores são detentores das maiores empreiteiras do País. Tais empresas, continuam financiando as eleições e ganhando obras. A diferença é que agora, tomamos conhecimento da pouca vergonha entre os corruptos e corruptores. Vale resaltar, que os fardados de hoje, ainda gosam de certo sigilo descabido, quando atolam o pé na jaca.

      E, por falar em corrupção, não se sabe onde foi parar o ouro das joias arrecadados na campanha “Dê ouro para o Bem do Brasil,” e, da quebra da “CAPEMI.” Ambas, arapucas “pega otários” montadas pelos espertos “revolucionários” do primeiro de abril.

      Evidentemente que as arapucas relatadas acima, objetiva apenas caçoar, e não esgotar o rol dos crimes e da ladroagem patrocinadas pelo agente corruptor norte americano, e posta em prática pelos paus mandados e asseclas internos. Sejam da FIESP, da OAB, da Igreja, ou do baronato da imprensa terceirizada que temos. Traidores de todas as cores, nuances, e da falta de carater . Sejam civíl, militares ou religiosos.

       

      ESCOLA PÚBLICA DAS MELHORES

      Maravilha, os resultados estão ai. Sobretudo, na visão crítica daqueles pacientes, digo alunado. Ou seria anulados?. Tudo isso, não fosse os renitentes problemas de catarata precoce. Fenômeno recorrente e esquisito, há atacar simpatizantes daquela rebordosa redentora. Mesmo com tantos mutirões realizados por oftalmologistas, a catarata teima em não recuar, mantendo em quase cegueira plena, pessoas, nas quais o país investiu vultosos recursos para educá-los. No entanto, vivem ai ao léu, portando grossa cortina toldando-lhe a visão, dificultando-os de bem enxergar o mundo real. Uma pena.

       

      BOAS OBRAS, HAVIA.

      Bem, ai nem sei que diabo seria uma boa obra. Por exemplo: um bem construído Pau de Arara, uma cadeira do dragão, mobiliário, digamos assim, da maior necessidade construído com madeira de lei, tipo, cega-machado, pau de fuso, pau ferro, pau d’arco, ou, uma boa tora de Sebastião de arruda. Seria isso o suficiente para se considerar uma boa obra? Se confirmado. Ai sim, pode-se afirmar. A ditadura e seus estrelados torturadores, de fato, realizaram muitas obras, melhor dizendo, realizaram uma grande merda).

      Orlando

  13. Chega ser hilario para nao

    Chega ser hilario para nao dizer tragico essa historia que “na ditadura nao se roubava”

    Na verdade ai era que se roubava mesmo.

    Pois como era uma ditadura ninguem podia falar ou levantar suspeitas. Nenhum jornal ou jornalista podia fazer uma materia dizendo que o corenal fulano de Tal  tava desviando dinheiro ou algo parecido…

    Devido a isso era que eles se aproveitaram mesmo para ROUBAR….

    Para onde foi o dinheiro da Transamazonica?…acho que as “viuvas” do regime militar deveriam responder esta questao!…

     

     

     

     

  14. Dizer que o regime

    Dizer que o regime democrático teria impedido abusos como a Transamazônica , blá , blá , blá …………….

    E o regime democrático  impediu a ferrovia Norte Sul de Sarney , o confisco da poupança de Collor , a privataria de FHC –  só para citar algumas coisinhas ,  já que a lista de descalabros é imensa  ?

     

    1. Para pensar:

      Collor foi deposto via impedimento e o príncipe da privataria não elegeu o seu sucessor. Com a ditadura, tinha que engolir em seco ou lutar até a morte.

  15. O problema do analfabeto

    O problema do analfabeto político é q ele nada sabe, mas quer discutir, quer reproduzir, reverberar o q ele lê, vê e ouve na mídia manipuladora. Vítima de uma engenharia social de desinformação, o infeliz se põe a falar asneira até não poder mais. O período da ditadura foi de corrupção extrema. Para esclarecer esses ignorantes, que devem estudar mais e falar menos, recomendo três livros q falam justamente sobre as maracutaias da época dos milicos meliantes, Os 3 são do economista e jornalista José Carlos de Assis: “Os Mandarins da República”, “A Chave do Tesouro” e “A Dupla Face da Corrupção”. Se não quer estudar, se não quer aprender, então cale a boca.

    1. analfabeto político

      Ómi, ou muié, parabéns!

      Parece quocê conhece meu vizinho. U cara assina a veja, a foia, a caras, assiste os telejornais da grobo, ainda vota no maluf, é contra o Bolsa Família (chama neuroticamente de bolsa esmola), diz que não vai haver copa e apoia, “incondicionalmente” a pena de morte, a volta dus milico… 

      Será que tem cura?

  16. Balanço econômico

    “Foi a falta de voz que permitiu a concentração desmedida de renda, a deterioração dos serviços públicos ante a urbanização que se acelerava”

    A aceleração da concentração de renda foi um dos motivos para o golpe, ante a perspectiva de um governo que apontava para a distribuição não só de renda mas dos acessos à terra e aos espaços cativos de nossas elites (educação, saúde, etc.).

    A aceleração da concentração de capital se realiza também internacionalmente, com o processo de endividamento externo, que o comentarista do ufanismo da Pátria Grande, postado lista abaixo, se esqueceu de citar como efeito colateral do elenco de façanhas dos serviçais dos interesses do capital internacional implementaram como grandes obras (ele não deve se lembrar de quem pagou a conta e do tamanho da conta no fermento dos juros internacionais).

    A ditadura permitiu um processo de concentração fundiária e de depopulação das áreas rurais, por conta da mecanização da produção agrária, sem contrapartidas aos trabalhadores rurais, inchando áreas urbanas com os famosos exécitos de reserva de mão de obra, para viabilizar a realização da tal da mais-valia, que não aconteceriam em um cenário com sindicatos e ligas camponesas ativos.

    A urbanização se acelerou sem nenhum trato à população que era deslocada para os grandes centros urbanos. Estamos pagando essa façanha até hoje, com os deficits habitacionais, sanitários e de mobilidade urbana.

    Quanto ao ímpeto juvenil da moçada dos anos 60, que só teria comparação com as mobilizações de hoje: deveríamos esquecer os levantes estudantis de 77 a 80, as greves operárias de 78 em diante, a fundação das centrais sindicais, o surgimento do MST? É um surto de nostalgia de nosso editor?

     

  17. Coisas da mitologia do progresso pela ordem forçada

    “Diz que em vinte anos a economia cresceu 3,5 vezes. Isso equivale a 4,89% ao ano.”

    Se aumentou 350% em 20 anos resulta em 7,8% ao ano.

    De qualquer modo, não é desculpa para militarismos.

    Economias crescem pela disponibilidade de capital, trabalho e ambiente institucional, e isso ocorre tanto com democracias como ditaduras.

    Esse mito da ditadura ajudando economia só é usado quando conveniente ao discurso, quando coincide de um país estar em um ciclo de crescimento.

    Na mesma época houve países que cresceram quase o mesmo tanto sem recorrerem a estado de exceção (México, Colômbia, Japão)

    E também houve ditaduras que não cresceram (China)

    E houve democracias que lidaram com insurgências (Itália/Brigadas Vermelhas; Alemanha/Baader Meinhof.)

    Assim, alguns axiomas básicos:

    – Ditaduras nunca se justificam

    – Ditaduras podem até eventualmente não atrapalhar desenvolvimento, mas acelerar não aceleram.

    Mesmo quando são do ‘socialismo real’. Depois de décadas de poupança forçada a URSS chegou nos anos 1960 a +/- os mesmos 40% da renda per capita dos países centrais que a Rússia czarista havia chegado ao final do século XIX. É claro que isso é discutível e depende de pesquisador, pois nem havia metodologia de contas nacionais consolidada numa época, nem a URSS usou a metodologia mundial por muito tempo.

    Órfãos de autoritarismo, de direita ou de esquerda, seriam tediosos se não fossem trágicos.

     

     

     

    1. Entre 1945-1975 praticamente todos os países do mundo cresceram

      Esse período é conhecido com os “30 anos gloriosos” ou “anos dourados”. Os países que mais cresceram: Brasil, Japão, Alemanha e Itália (o 1º tirando seu atraso industrial e os 3 últimos perdedores da 2ª guerra e com os maiores incentivos do Plano Marshall).

      A China passou a crescer sucessivamente a partir de 1978;

      A Colômbia passou a crescer com estabilidade a partir do governo Uribe, a Colômbia é o exemplo do que seria o Brasil se mantida a política do café com leite. O país não teve desempenho tão brilhante no pós-guerra pois faltou um líder popular para conduzir o processo, (ex: Vargas (Brasil), Perón (Argentina), Cárdenas (México)) Gaitán é assassinado em 1948 e com domínio oligarquico pra quê ditadura militar?

      Sobre a liderança de Krushev a URSS viveu seu apogeu econômico, além da dianteira na corrida espacial acho que chegou a ultrapassar o PIB americano no final dos anos 50. Com a entrada do burocratismo de Brejnev o país inicia sua decadência econômica a partir dos anos 60

    2. Dá pra entender o porque das opiniões…

      Economista que não sabe nem fazer conta dá nisso.

      Dobrar (2x) signifca crescer 100%, triplicar (3x) significa 200%, portanto crescer 3,5 x significa 250% e não 350%.

      O índice utilizado pelo Nassif leva a exatos 259% ou as arredondadas 3,59 vezes. Portanto ~correto (não chequei os fatos, só as contas).

      De resto, até dá para concordar, embora neste país não existam (felizmente) órfãos de ditaduras de esquerda.

      Mas há ainda (infelizmente) os de direita.

       

  18. Assim não dá, Nassif.

    “Vencido o impasse político do momento, nada do que foi construído no período militar não poderia tê-lo sido em regime democrático. Pelo contrário, em um sistema democrático provavelmente a grita da oposição não teria permitido exageros, como a Transamazônica, a Ferrovia do Aço; a Siderbras”. O que o Senhor me diz da transposição do Rio São Francisco e dos estádios da copa?

    “A democracia imperfeita, de fato, valia-se do uso do Banco do Brasil para cooptar bancadas políticas. Mas a ditadura imperfeita distribuiu benesses a torto e a direito, sem nenhum critério”. O que o senhor me diz das bolsas-isso-e-aquilos? Há critério que não seja a compra de votos?

    “No período supostamente rigoroso de Ernesto Geisel, a criação pelo Ministro Mário Henrique Simonsen de sistemas de apoio a bancos quebrados permitiram enriquecer os controladores em detrimentos dos depositantes. Sem contar os superinvestimentos induzidos pelos Planos Nacionais de Desenvolvimento”. O que o senhor me diz das aquisições e fusões entre bancos, além das renuncias fiscais em prol das montadoras de veículos?

    Somemos a isso tudo, essa maravilha de democracia em que vivemos, o enriquecimento de todos os integrantes da família Lula, os escândalos de mensalão, refinaria de Passadena, CEF precisando de socorro para fechar contas… A violência, a estagnação econômica… Ah, são tantas coisas que é impossível levar essas suas palavras a sério, Nassif

     

     

     

    1. Quanta papagaice de míRdia!

      Transposição do velho Chico: visa atender GENTE (brasileiros, já ouviu falar?) que vive sob seca no semi-árido (já ouviu falar?), uma solução que vem sendo discutida há mais de século.

      Estádios: Papo farsesco, pois o governo federal, no máximo financia. Boa parte é de estados e municípios. De qualquer forma, o valor total deles (que não é nadica um gasto federal) é de 1/4 ou 1/3 do total dos demais investimentos em infraestrtutura, que são necessários ao país.

      Bolsas: sim, há critério e não é eleitoreiro. É investir no principal recurso de uma nação: GENTE (já ouviu falar?)

      Aquisições e fusões entre bancos: um problema entre eles (ex: Itau/Unibanco). Em alguns casos menores, houve absorção para bancos públicos (lucrativos e que ajudam o país)

      Renuncia fiscal: embora as montadoras sejam beneficiadas (pela manutenção ou aumento no volume de vendas) o principal objetivo foi manter empregos e a economia girando, o que deu certo para enfrentar a crise que atingiu o mundo inteiro e nos deixou mais tranquilos.

      O último parágrafo (enriquecimento, Pasadena, CEF, violência estadual, mensalão, estagnação, etc., é de uma papagaice miRdiática tão grande que não vale o trabalho de responder.

      A menos que vc se digne a discorrer sobre o que “sabe” e não currupaquear o que lê para se desinformar.

      “Tá mals”, hein?

       

      PS: E se continuar se desinformando assim, vai piorar!

    2.   Limpe a baba que está

        Limpe a baba que está escorrendo da sua boca e repita CEM VEZES:

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

        “governo e REGIME de governo são coisas diferentes”

       

      (…)

       

    3. Que tamanha imbecilidade e

      Que tamanha imbecilidade e ignorancia juntas.

      Que lhe disse que transposição e estádios não são essenciais ?

      Deixe de ser preguiçoso cara, nem os critérios para o bolsa família conhece. De uma pesquisadinha no google.

      Aquisições e fusões entre bancos..kkkk, putz, o que tem que ver isso cara, ?

      CEF precisando de socorro para fechar as contas ? De onde tirou isso ? O lucro liquido em 2013, foi de 6,7 bilhoes.

      Quem lucra 6,7 bi em um ano precisa de socorro aonde ?

       

  19. O balanço econômico e político da ditadura militar

    Caro Nassif, 

    Uma aula de jornalismo. Você é o ultimo grande jornalista deste Pais. 

    Esta responsabilidade com a infomação e profundidade na analise é só sua. Basta ler o nivel dos comentarios que atrai. 

    Deveria ser de leitura obrigatoria em todas as escolas de jornalismo. 

    Abs, 

  20. O Golpe nunca é temporário

    O Golpe nunca é temporário.

    O Golpe nunca é por pouco tempo.

    O Golpe sempre vem pra ficar!!

    As pessoas que falam em golpe para arrumar a casa não conhecem o que é a ditadura e muito menos a opressão.

    Os golpistas estão sempre de plantão e na primeira opotunidade voltam com a ladainha de salvar o país dos comunistas.

    Os golpistas atiçam com a mão esquerda e tomam com a mão direita. 

    Trechos da canção  ” Vinte anos depois” (CarlitoMattos)

    “Vinte anos depois, juventude iludida

    Vinte anos depois, juventude enganada

    Enquanto ouvíamos Beatles nos salões, eles faziam as revoluções

    A CIA e a máfia na Amárica latina

    Políticos exilados, jovens mutilados. e nós anestesiados na nossa loucura”

     

    NÃO QUEREMOS GOLPE !!

    DITADURA NUNCA MAIS !!!

     

     

     

  21. Nassif, meu filho, deleta a

    Nassif, meu filho, deleta a ultima frase. Tudo bem, a garotada está querendo sair da passividade, mas não há nível de comparação, do ponto de vista de conteúdo político, entre a geração de 60 e essa do “vem para a rua voce também”.

    Seu excepcional texto não precisava desse adendo, um tanto quanto ingenuamente otimista 

    1. Concordo

      Nem é muito por culpa deles, mas pelo ambiente político/midiático/educacional prevalente, promovido pelos que estão sem a autoridade, mas (ainda) detém o poder no país.

      Do BBB, do funk, do sertanejo “universitário”, da Internet e redes sociais manipuladas, dos citérios de “sucesso” na vida, das novelas, Pânicos, CQC´s e “Mondo Cane” policial na TVe outras tantas.

      Talvez a próxima geração possa chegar lá.

      Ou (infelizmente) até piorar.

    2. Assino embaixo.

      Caramba Juliano,

      Ia dizer isto!

      Li o texto do Nassif e achei correto, mas a ultima frase é totalmente equivocada. Acho que o Nassif coloca seu desejo acima da percepção da realidade.

  22. Viva Keynes

    Ainda bem que o PT amadureceu e está copiando a parte boa daquela época, o desenvolvimento econômico com uma diferença (mais distribuição de renda) e ainda deu as Forças Armadas o maior orçamento desde aquela época.

    Mesmo assim o governo petista custa apagar o caos econômico neoliberal:

    – A TELEBRÁS é impedida de desempenhar um papel maior pelo Paulo Bernardo, lobista da teles;

    – O governo atual aceita passivamente uma participação maior do capital estrangeiro numa empresas estratégicas como a EMBRAER e HELIBRÁS, num momento de crise nos países centrais, era para o Brasil aproveitar e aumentar as ações;

    – Governo tem a maioria do capital da VALE, mas não comanda a empresa de fato;

    – Concessão desnecessária dos aeroportos, tanto que o BNDES vem aumentando suas ações nos aeroportos, não seria o caso do BNDES ter emprestado dinheiro para as obras sem concessão? Ou está engordando caixa das concessionárias?

    – As ferrovias deveriam desempenhar um papel de reduzir o fluxo dos aeroportos, mas o governo extinguiu a RFFSA (que já vinha mal antes) e não revogou nenhuma concessão irregular, vem até adotando esse modelo;

    – Duplicação de rodovias a passos de tartaruga: BR-381 (Belo Horizonte-Governador Valadares), BR-364 (Mato Grosso-Rondônia), BR- 316 (Rio-Bahia), BR-105 (Natal-Fortaleza), etc. Reforça a tese que a área de trasnportes é a mais decepcionante do governo petista, justiça seja feita a pasta foi comandada na maioria por não petistas (culpa do governo de coalizão);

  23. A César o que é de César!

    Caro Nassif,

    Querer esconder os feitos econômicos do período do Regime Militar no Brasil me parece uma ignorância sem tamanho. Já que você omitiu no seu texto, permita-me citar apenas algumas relizações dos Generais Presidente:

    – Construção de 4 portos e recuperação de outros 20;

    – Criação da Eletrobrás; 

    -Construção da Ponte Rio-Niterói

    – Implantação do Programa Nuclear; 
    – Criação da NUCLEBRÁS e subsidiárias; 
    – Criação da EMBRATEL e TELEBRÁS (antes, não havia “orelhões” nas ruas nem se falava por telefone entre os Estados);
    – Construção das Usinas ANGRA I e ANGRA II; 
    – Desenvolvimento das INDÚSTRIAS AERONÁUTICA e NAVAL (em 1971 o Brasil foi o 2º maior construtor de navios do mundo); 
    – Implantação do PRÓ-ÁLCOOL em 1976 (em 1982, 95% dos carros no país rodavam a álcool); 
    – Construção das maiores hidrelétricas do mundo: TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPÚ; 
    – Rede de rodovias asfaltadas, passou de 3 mil para 45 mil.

    Agora, me cite você os brilhantes feitos da democracia brasileira nestes 29 anos de abertura política. Porque considerar democracia o fato de poder se votar em pessoas como Lula, Dilma, Collor, Tiririca , José Dirceu e tantas outras figuras de notória incompetência é no mínimo uma piada. A César o que é de César!

     

    1. Lista um pouco mais

      Lista um pouco mais completa.

      Os militares pegaram um país com o 45º PIB do mundo e, 21 anos depois, entregaram aos civis com o 10º(décimo) PIB mundial.

      – Criação de 13 milhões de empregos;

      – A Petrobrás aumentou a produção de 75 mil para 750 mil

      barris/dia de petróleo;

      – Estruturação das grandes construtoras nacionais;

      – Crescimento do PIB de 14%;

      – Construção de 4 portos e recuperação de outros 20;

      – Criação da Eletrobrás;

      – Implantação do Programa Nuclear;

      – Criação da Nuclebrás e subsidiárias;

      – Criação da Embratel e Telebrás (antes, não havia ‘orelhões’ nas ruas nem se falava por telefone entre os Estados);

      – Construção das Usinas Angra I e Angra II;

      – Desenvolvimento das Industrias Aeronáutica e Naval (em 1971 o Brasil foi o 2º maior construtor de navios do mundo);

      – Implantação do Pró-álcool em 1976 (em 1982, 95% dos carros no país rodavam a álcool);

      – Construção das maiores hidrelétricas do MUNDO: Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipú;

      – Brutal incremento das exportações, que cresceram de 1,5 bilhões de dólares para 37 bilhões; o país ficou menos   dependente do café, cujo valor das exportações passou de mais de 60% para menos de 20% do total;

      – Rede de rodovias asfaltadas, que passou de 3 mil para 45 mil km;

      – Redução da inflação galopante com a criação da Correção Monetária, sem controle de preços e sem massacre do funcionalismo público;

      – Fomento e financimento de pesquisa: CNPq, FINEP e CAPES;

      – Aumento dos cursos de mestrado e doutorado;

      – INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM;

      – Criação do FUNRURAL – a previdência para os cidadãos do campo;

      – Programa de merenda escolar e alimentação do trabalhador;

      – Criação do FGTS, PIS, PASEP; (**)

      – Criação da EMBRAPA (70 milhões de toneladas de grãos); (**)

      – Duplicação da rodovia Rio-Juiz de Fora;

      – Criação da EBTU;

      – Implementação do Metrô em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza;

      – Criação da INFRAERO, proporcionando a criação e modernização dos aeroportos brasileiros (Galeão, Guarulhos, Brasília, Confins, Campinas – Viracopos, Salvador, Manaus);

      – Implementação dos Pólos Petroquímicos em São Paulo (Cubatão) e na Bahia (Camaçari);

      – Investimentos na prospecção de petróleo no fundo do mar que redundaram na descoberta da bacia de Campos em 1976;

      – Construção do Porto de Itaquí e do terminal de minério da Ponta da Madeira, na Ilha de S. Luís, no Maranhão;

      – Construção dos maiores estádios, ginásios, conjuntos aquáticos e complexos desportivos em diversas cidades e universidades do país;

      – Promulgação do ‘Estatuto da Terra’, com o início da Reforma Agrária pacífica;

      – Polícia Federal;

      – Código Tributário Nacional;

      – Código de Mineração;

      – Implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus;

      – IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;

      – Conselho Nacional de Poluição Ambiental;

      – Reforma do TCU;

      – Estatuto do Magistério Superior;

      – INDA – Instituto de Desenvolvimento Agrário;

      – Criação do Banco Central (DEZ 64);

      – SFH – Sistema Financeiro de Habitação;

      – BNH – Banco Nacional de Habitação; (***)

      – Construção de 4 milhões de moradias;

      – Regulamentação do 13º salário;

      – Banco da Amazônia;

      – SUDAM;

      – Reforma Administrativa, Agrária, Bancária, Eleitoral, Habitacional, Política e Universitária;

      – Ferrovia da soja;

      – Rede Ferroviária ampliada de 3 mil e remodelada para 11 mil Km;

      – Frota mercante de 1 para 4 milhões de TDW;

      – Corredores de exportações de Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande;

      – Matrículas do ensino superior de 100 mil em 1964 para 1,3 milhões em 1981;

      – Mais de 10 milhões de estudantes nas escolas (que eram realmente escolas);

      – Estabelecimentos de assistência médico sanitária de 6 para 28 mil;

      – Crédito Educativo;

      – Projeto RONDON;

      – MOBRAL;

      – Abertura da Transamazônica com instalação de agrovilas;

      – Asfaltamento da rodovia Belém-Brasília;

      – Construção da usina hidrelétrica de Boa Esperança, no Rio Parnaíba;

      – Construção da Ferrovia do Aço (de Belo Horizonte a Volta Redonda);

      – Construção da Ponte Rio-Niterói;

      – Construção da rodovia Rio-Santos (BR 101)

      1. Meninos, eu vi.

        Os militares entregaram um país quebrado, endividado e em hiper-inflação. Não sei que idade você tem, mas eu já era adulto no governo Figueiredo.

        1. “Os militares entregaram um

          “Os militares entregaram um país quebrado, endividado e em hiper-inflação.” sim pq cometeram os mesmos erros do atual governo.

      2. ?????????????

        Neolliberal defendendo políticas Keynesianas (intervenção do estado)?

        Não é a ditadura do Pinochet ou da Argentina sua preferida no campo econômico?

      3. Não sou reacionário, mas

        Não sou reacionário, mas gosto de Nelson Rodrigues. Tudo o que você relatou é a mais pura verdade. Lembro-me de uma referência feita por um general americano na Europa sobre o Brasil, e não era o Vernon Walters, na qual ele falava, com muita decepção na voz, que no Brasil havia acontecido um fenômeno inesperado.

        Um governo militar implantado para trazer aquele (nosso) país aos parârametros mais radicais do liberalismo econômico, (onde ele seria devorado facilmente pelos grandes lobos liberais), tinha se transformado no governo mais protecioniista, mais estatizante que se possa imaginar, com o Estado direcionando tudo e se imiscuindo em toda sorte de atividades econômicas.

        Um governo implantado para proibir o estudo da matemática moderna, como se fez na Argentina e na Grécia, justamente incentivou o desenvolvimento daquela matéria, quando os estudantes brasileiros foram apresentados à teoria dos conjuntos.

        Jamais chegaremos perto da verdade tentando negar ou minimizar tudo o que foi feito pelo desenvolvimento do país no período militar. Não devemos encarar este período como um “tabu” que não possa ser vasculhado senão para catar seus terríveis pecados.

        Infelizmente sabemos pouco ou quase nada do que acontecia no interior das altas iinstâncias do poder comandadas pelos militares, e esta é nossa grande falha em historiografia. Roberto Campos, por exemplo, um liberal radical, ministro da fazenda nos primeiros momentos do regime, parece ter sido convocado mais para modernizar tecnicamente o aparelho estatal do que para submetê-lo a alguma doutrina ou conduzí-lo à ortodoxia econômica liberal.

        Este afastamento do liberalismo foi percebido rapidamente  por Carlos Lacerda e pela UDN, fiadora civil interna do golpe. Bem que Lacerda tentou articular a derrubada do “monstro estatizante” que acabara de ajudar a criar. Foi  preso e anulado. Há uma face realmente monstruosa da ditadura, esta sim, amparada pelos sádicos da “Escola das Américas” do Panamá, mantida pelos Estados Unidos. Mas é bem verdade que muitos oficiais de peso insistem em que nada sabiam sobre as atividades destes degenerados e de seus discípulos no país. Até a ponto isto seria verdade? Até a que ponto necionalistas verdadeiros e capazes agiram no interior do poder militar para conduzir o Brasil? Não sabemos. Mas não devemos ter medo de saber.      

        1. Não estou defendendo apenas

          Não estou defendendo apenas mostrando o que fizeram.

          O maior erro foi a lei de informática fechou o país e condenou o país a um atraso de anos.

          Por sinal a experiência da lei de infor mática não é muito falada atualmente, cabe criar um texto sobre.

           

      4. Aliança Liberal
        Jamais se

        Aliança Liberal

        Jamais se fazem comparações sem se levar em conta  a famosa relação de custo benefício .Diga-me , de quanto a dívida externa aumentou no período e as nefastas consequências sentidas até hoje ?(a inflação sendo um exemplo  bom deste endivadamento SUPERFATURADO  promovido pelos militares ) . Hoje a bandalha não se faz mais por instalação de elefantes brancos (O programa Nuclear com a Alemanha do Maluco do Geisel!) , mas com a empulhação de supostas transferências de tecnologia (A “Nascente indústria de Lego armamentista Brasileira) , ou Passadena ou pior , a Usina de Itaboraí , no Rio de Janeiro , ou o REfIS , na área econômica Tributária . No Brasil , Alinaça Liberal ou Aliança Comunista só tem um significado :Aliança Mafiosa para a Locupletação !.

    2. E competente para voce é quem

      E competente para voce é quem ? O Alckmim, que depois de 19 anos no Governo está a beira de um racionamento de água ? Ou o FHC, que depois de 7 anos, teve que racionar energia ? O Nassif não disse que os Governos militares não tiveram méritos, e eu também sei que tiveram sim. O que o ele demostra é que estes méritos são relativos e o País também poderia ter conseguido coisas boas, como já conseguiu várias, com democracia. Querer justificar uma ditadura por causa de supostos méritos  é absurdo.

      1. Creio que vc não tenha

        Creio que vc não tenha formação acadêmica em política para falar sobre os dois períodos. Provavelmente está baseando seus argumentos em períodicos como Veja, Istoé, Folha de São Paulo ou autores como o próprio Nassif. Quando vc faz um estudo com base em dados estatísticos sobre educação, saúde e segurança que são políticas básicas de uma sociedade, vc vai chegar à conclusão que, na época do Regime Militar, os índices eram melhores. Isso é um fato. Não há como negar o que é científico. E Fernando Henrique Cardoso e Alckimin nunca estiveram ao lado do regime militar, portanto suas administrações “demócráticas” não deveriam ter levado o Brasil `a bancarrota em 1999 e nem à falta de energia em 2001 e 2014. 

        Amigo, democracia é muito mais do que poder votar em alguém. Especialmente quando esses “alguéns” são os políticos que aí estão.

        1. Então quer dizer que só quem

          Então quer dizer que só quem tenha formação academica em politica pode opinar ? De onde o senhor tirou isso ? Não leio Veja nem Isto é, nunca li, na verdade. A Folha, parei de ler há uns 12 anos, mais ou menos. Mostre os números então, e os dados, e vamos comparar.

    3. A Eletrobrás foi criada por

      A Eletrobrás foi criada por João Goulart e seu processo de criação vinha desde Getúlio Vargas.

      1. A Eletrobras foi proposta por

        A Eletrobras foi proposta por Getulio Vargas em 1954 e só foi aprovada em 1962 por oposição do Congresso Nacional. 

    4. Concordo…

      Realmente os militares fizeram “grandes obras”, mas para quem? Procurou preparar o “povo” para serem governados e não a aprender a escolher, decidir, pensar, aliás, se alguém tomasse uma posição dessas, o pau corria solto. Prova de que eles fizeram uma infraestrutura para um País sem povo ou para um povo boiada, foi só cairem fora como coisa obsoleta que as raposas acabaram vendendo tudo, tal qual filhinho que não ajudou o pai a construir a empresa, quando assume pela aposentadoria dele, não sabe o que fazer. E pela sua medida dicide que se ele não sabe fazer, então ninguém sabe. E vende. Foi só um metalúrgico chegar ao poder, sem teorias econômicas e coisas como “eterna dependência” que as coisas se reencaixaram e a engrenagem voltou a funcionar.

  24. Foi um engano, um lamentável

    Foi um engano, um lamentável equívoco. Se eu soubesse que o movimento de 64 iria dar no que deu, não teria tomado parte dele. Durante dois anos preparei a Polícia Militar de Minas para uma revolução que vencesse a corrupção e a subversão. Hoje, 25 anos depois, sei que o que aconteceu foi um golpe. A corrupção tomou conta de Minas e do Brasil. Fomos meros serviçais dos magnatas. A cada dia eles se tornaram mais ricos e o povo ficou cada vez mais pobre”, analisou Coronel José Geraldo (ex-comandante da PM ) na época.

    http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/30/interna_politica,513303/a-marcha-rumo-ao-golpe.shtml

     

  25. O Periodo da Ditadura de 64

    Parabens Nassif. Concordo em genero, numero e grau com tudo que ja foi dito sobre e contra aquele periodo negro que vivenciamos, e, ainda, sobre o ainda será dito.

    Para agradar os sadosistas do regime so poderia ser publicada a frase celebre do Ministro da Justiça, cearense…., todas as vezes que era arguido sobre qualquer problema, à epoca.

     

    ” NADA A DECLARAR “.

  26. “Não Li e Não Gostei”

    Nassif: vou lembrar de uma fala do Osvald de Andrade, quando lhe perguntavam sobre publicação de autor chinfrin: “não li e não gostei”. Assim me reporto ao editorial da Folha a que você utiliza para embasar seu artigo. O governo militar, que insiste em querer repartir com a elite civil da época a responsabilidade da cama-de-sete-varas em que se meteu, tem até vergonha da data de sua façanha — 1º de Abril, dia mundial da mentira, do engodo. Sim, porque da forma como comemoram é o único evento, no mundo, que surgiu no momento das dores de parto, não no nascimento da criança. E esse seu “ceifou vidas” é eufemismo. Mataram mesmo. Só no Rio de Janeiro foi apurado que a cada dois dias um “comunista” era justiçado (explica-se: “comunista” era tudo que não lhes fosse do agrado). Era uma guerra, alegam, em que ganharam importantes batalhas. Mas perderam, ao final. Material e moralmente, deixando um rastro de vergonha e dor em 90% dos brasileiros. Destruíram duas gerações de jovens “pensantes”, pois só lhes interessavam os alienados e os filhos de corruptos, a quem o poder seria entregue. Nas urnas eram um fracasso, apesar de todas as manobras de cassação e exilio. Quanto a economia, seu demonstrativo é suficiente para desmascarar os “Sardenberg” da vida. Na Alemanha e no Japão os responsáveis foram exemplarmente punidos. Atualmente, Argentina e Chile fizeram o mesmo. Só aqui, atrás de uma anistia fajuta, tentam se esconder. Crimes contra a humanidade, contra seu próprio povo, verdadeiro lesa-pátria, nunca prescrevem. E não tomem esta manifestação como aprovação ao que fizeram seus adversários. Estamos falando da tortura “institucionalizada”. Das outras, aqui e agora não é o lugar e o tempo. Quanto a Folha e sua congênere Veja, são detritos midiáticos, cuja finalidade é, inescrupulosamente, ganhar dinheiro. E dizem que estão sendo bem remuneradas, no momento, em moeda nacional e estrangeira.

  27. “Foi a falta de voz que

    “Foi a falta de voz que permitiu a concentração desmedida de renda, a deterioração dos serviços públicos ante a urbanização que se acelerava, a sobrevida dos coronéis regionais, a demora em constituir um mercado interno robusto.”

    Na minha opinião é o contrário: a concentração de renda é que calou a voz de quem propunha reduzir dsigualdades. O Professor Wanderley Guilherme dos Santos já expôs em vários momentos que os conflitos distributivos estão na base de mudanças institucionais. E na base da resistência a essas mudanças, portanto. E isso não é nenhum materialismo, não. Se sociedade se diz baseada em valores comuns, desigualdades tão estúpidas como as da sociedade brasileira são injustificáveis; e as instituições vão sempre passar por testes de estresse. Estamos ainda em processo de inclusão: no sistema escolar, no sistema salarial e de consumo, etc.

    O processo de consolidação do “modo de produção” urbano industrial brasileiro conta essa história direitinho. O trabalho rural era superexplorado para que os custos de reprodução da mão de obra urbana se mantivesse bem baixo de modo que permitisse também o achatamento dos salários urbanos nos níveis mínimos necessários para sua reprodução básica, por um lado, e a taxa de lucro no limite máximo, por outro. Essa acumulação era invertida lá fora. Daí a história econômica brasileira ser uma história de crises cambiais. Enricar pra gastar lá fora sempre foi o lema. Para uma minoria imitar os padrões de consumo e estilos de vida lá de fora, dados os níveis de produtividade, só mantendo a ampla maioria nos limites da indigência.

    Esse modelo só foi agravado pelos governos militares. Tentaram conter o processo de pressão distributiva e só o agravaram. Empurraram com a barriga até onde podiam e largaram o abacaxi na mão da democracia; sem assumir qualquer responsabilidade, sequer; tal qual crianças mimadas.

    Não tem importância. Na democracia o povo é maior de idade e assume responsabilidades. A agenda da igualdade que foi interditada na década de 60 veio para ficar. Já que o mercado não paga nem nunca pagou salários decentes – vide mais uma vez as condições de vida nas cidades onde o capital imobiliário, que sempre foi protagonista nesse processo, empurrou dois terços da populção para periferias e favelas – o povo pede mais salários indiretos via serviços públicos de maior abrangência e qualidade.

    Foi por isso que as pessoas foram às ruas recentemente. Não foi para derrubar governo nem calar ninguém. Podem os reacionários de sempre continuarem fazendo a chacrinha ideológica que quiserem. Ou aceitam que em sociedades que dizem compartilhar valores comuns tais desigualdades são inadmissíveis, ou que passem a defender abertamente uma sociedade de castas.

  28.   De Jânio de Freitas:
      “As

      De Jânio de Freitas:

      “As escolas militares não preparam militares para a democracia.

     
    Outra condição é que se propague a noção de soberania, tão escassa nos níveis socioeconômicos que influenciam a condução do país. Em seu artigo na Folha de ontem, o embaixador Rubens Ricupero contou de documentos por ele vistos, na Biblioteca Lyndon Johnson, em que os “reformistas” conduzidos por Roberto Campos, no governo Castello Branco, sujeitavam aos americanos até a revisão do currículo escolar. Se a imaginação conseguir projetar a mesma conduta para o sistema financeiro privado, por exemplo, pode-se ter uma ideia dos obstáculos que a construção do desenvolvimento brasileiro enfrenta.”
     
      AÍ ESTÃO OS CULPADOS PELO FIM DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE: os “SALVADORES” da democracia.
     
    https://jornalggn.com.br/noticia/o-balanco-economico-e-politico-do-periodo-militar

    1. Infeliz o comentário do

      Infeliz o comentário do autor. Qual o conhecimento dele sobre as escolas militares? Primeiramente, deixa-me fazer um relato aqui: nos 7 anos em que estive frequentando as escolas militares, jamais um professor faltou a uma aula sequer. No início de cada ano eu recebia um planejamento de aulas a serem ministradas, e naquele dia e naquele horário a aula era dada, sempre pontual e ordeira. Compare os resultados do ENEM e do ensino superior das escolas militares com as escolas publicas e particulares e vc chegará a sua própria conclusão. Depois de muitos anos, já realizando o Doutorado na FGV do Rio de Janeiro pude participar de diversas discussões sobre a política brasileira, com professores e alunos e jamais vi qualquer diferença marcante sobre o que aprendi e sobre o que outros doutorandos oriundos de escolas civis aprenderam. A bem da verdade o que era diferente é que alguns alunos tinham orietação socialista, mas o socialismo por si só não se sustenta. O mundo e a história estão aí para mostrar isto. As escolas militares têm uma formação cartesiana, mas é preciso que seja assim, porque o que diferencia um militar de outros profissionais é que as vezes ele será chamado para, fardado, fazer o uso cívico da força em prol do estado e, neste momento, sua formação é que garantirá a este estado a certeza de que será feito o melhor para o estado e não para um governante ou grupos de influência.

      1.  
        Ahhh!!…  Somente agora,

         

        Ahhh!!…  Somente agora, comprendi a admiração subalterna e a obdiência servil dos nossos militares, em atender aos generais norte americanos. Seria isso derivado de certa extravagante visão cartesiana. Dizem, que durante a II Guerra, construiram grande amizade. Quando nossos pracinhas lá estiveram para defender a democracia. Aquela que, até aqui, sobra para os herdeiros da casa grande e falta muito para os verdadeiros donos desse País.

         Sabe-se que hierarquia e a obdiência , são princípios essenciais, crucias, para o bom funcionamento da caserna. Todavia, a gorilada local, fez uso das regras quando estas lhe respaldavam a vontade. Como aliás, é regra entre qualquer elite de merda, conservadora, mantenedora dos usos, costumes e do ranço gorduroso do Brasil colonial.

        No entanto, não consigo evitar uma certa ponta de inveja, quando observo os militares da Rússia. Aqueles, forjados lá atrás, no alvorecer do século XX, daqueles que se tornaram  os militares da extinta União Soviética. Aqueles soldados, oriundos da escola do mesmo “socialismo (que) por si só não se sustenta.”  Não obstante, foram eles capazes de dá forma a um exército de verdade. Os Soldados da Rússia não se agacham em reverente genuflexão, cuidando alvorassados, para lustrar as botas dos milicos do Pentágono.

        Um primeiro de abril nos moldes daquele enfiado no rabo dos traidores do Brasil. Tamanha patranha, jamais seria praticada por militares de formação republicana de vaerdade.

        Orlando

         

         

         

      2. Militares e democracia

        Prezado, vc enalteceu a formação cartesiana dos militares mas não falou nada da fomação de valores. Até hoje na AMAM existe fotos dos ditadores miliatres. Que formação seria essa para a democracia? Se chamados a dar um golpe aceitariam? Estão seguros de seus valores democráticos como respeito à Constituição, o poder é civil e não se deve matar povo desarmado? Acho que não, pois se assim o fosse teriam se descompromissado do erro da ditadura e punido os fascínoras. Não fizeram isso porque acreditam ainda que fardados garantirão, nas suas palavras, ” a certeza de que será feito o melhor para o estado e não para um governante ou grupos de influência.”

      3. Prezado Erasmo Filho
        Você

        Prezado Erasmo Filho

        Você está profundamente equivocado ! . Em cursos superiores modernos em Universidades e Faculdades  , o máximo que um Professor almeja é ser um TUTOR !. Jamais   um  instrutor-adestrador  ! , como nas Escolas Militares , onde o processo pedagógico principal parece ser  doutrinar para a obdiência cega à hierarquia ! (sendo portanto um simples e extremamente medíocre processo de memorização pura e simples de Apostilas (nem livros se memoriza nestas Academias !) , e assim retirando totalmente a  capacidade de Análise enriquecida e convivência com estudos contraditórios e conflitantes  dos Cadetes . Os Generais são as referências intelectuais neste meio “acadêmico”…..

        Militar é Militar , Profissões Liberais são Profissões Liberais !.

        Diga-me a produção de Pesquisa Original e de valor Internacional dos Instrutores das Academias Militares (AFA, AMAN, Escola Naval) ?.

        Esta é a péssima qualidade intelectual , tanto no Campo das Ciências Militares quanto aquelas puramente acadêmicas dos Oficiais Militares Brasileiros . Claro , desde quando operar estruturas militares  construídas há 50 anos atrás , exige algum raciocínio avançado ?(F-5E, Porta Aviôes São Paulo  , Tanques Leopard , SuperTucanos , etc…).

    2. …os “reformistas”

      …os “reformistas” conduzidos por Roberto Campos, no governo Castello Branco, sujeitavam aos americanos até a revisão do currículo escolar.”    

      Em 1972, eu estava no segundo ano do Instituto de Educação, tradicional escola de formação de professores do RJ, quando ouvi de uma professora o seguinte comentário, pertinente à uma Lei de “Reforma” do ensino, promulgada naquela ocasião : ” este é o maior projeto de emburrecimento coletivo de um país ” e ainda completou dizendo que como já estava velha, não viveria o suficiente para ver o tamanhp do estrago que aquilo causaria ao Brasil. 

      Pois é, nós estamos aqui testemunhando, 42 anos depois, o fruto do que eles plantaram…

  29. “Foi um equívoco o editorial

    “Foi um equívoco o editorial da “Folha” sobre o regime militar. Nele, deplora-se a violência, mas considera-se a modernização tecnocrática proporcionada pelo regime.”

     

      Hehe, você é um pândego, Nassif. Mas ainda assim parabéns pelo texto, muito bom.

  30. Com relação a  economia , o

    Com relação a  economia , o regime miltar sobreviveu à custa  dos fartos empréstimos externos , em função do excesso de

    liquidez que existia no mercado internacional naquela época .   Quando a fonte secou , tinha chegado a hora de começar a

    amortizar os empréstimos  . Neste momento os militares sairam de cena. Muitas riquezas foram constituídas naquela

    época , principalmente pelos latifundiários que davam calote no BB , desviando  os fartos empréstimos baratos do crédito

    rural , além dos proprietários das Corretoras e Distribuidoras de Títulos que operavam no mercado financeiro , que

    exerciam o papel de Delears, onde de  posse de informações privilegiados aplicavam  milhões em títulos públicos

    cambiais  dias antes das periódicas  maxi desvalorizações cambiais que ocorriam naquela época.     

  31. O repúdio da Dívida paga a juros pornográficos

    Penso que a grande bandeira para o movimento popular de junho de 2013 seria o repúdio da dívida pública que é paga a juros pornográficos e capa toda e qualquer possibilidade do povo brasileiro abandonar o verdadeiro regime de escravidão em que se encontra submetido e a Nação desenvolver seus potenciais em benefício dela mesma.

    Vontade política, que o povo irá insuflar, cedo ou tarde, nos que comandam o Brasil.

  32. Tenho 57 anos e considero-me,

    Tenho 57 anos e considero-me, hoje talvez nem tanto, uma orfão politico. Nascido e criado na periferia de SP quase não sabia do que se passava no país mas lembrom-me muito bem das cargas da cavalaria ao manifestantes no Largo São Franscisco. É que nessa altura era office boy e cheguei, por várias vezes, a “matar o trampo” para ver o que passava. Na inocência de adolescente desinformado nã fazia ideia do horor que aquilo representava. A orfandade só não causou mais danos por conta de dois professores, Marco e Vitor, que criaram o Coral Ouviver, no qual eu era baixo, que serviu de pretexto para uma formação política muito, mas muito sútil. Não obstante a sutileza ambos não duraram muito na Escola Estadual d 2º Grau Prof Luiz Gonzaga Pinto e Silva. Acho que era esse o nome. Lembro-me ainda dessa época alguns episódios. O primeiro, bem vivo na minha memória, eu e meus doir imrãos mais novos, à beira do córrego que ainda hoje corre por trás da nossa casa, ajoelhados a volta de uma vela e a rezar por algo que temiamos. Ainda no mesmo colégio a figura do professor Georji, um nissei de cara de bolacha que usava uns óculos de aros negroas e grosos, que aliciava jovens para a TFP. Uma ocasião, num bar em frente ao colegio, onde entrei para comprar alguma coisa, deparei-me com dois senhhores dos seus trinta e poucos anos e não me lembro de como nem porque falei-lhes ou eles falaram-me tendo ficado na minha cabeça uma pergunta feita a mim por um deles: você conhece a OBAN, operação bandeirante? Evidentemente não conhecia. Em 25 de abril de 1974,  ainda a tabalhar pelo centro de São Paulo como comprador externo, compareci à manifestação em apoio à Revolução dos Cravos. A imagem me é nítiida: uma roda formada por uma meia centena de pessoas, penso que eram sobretudo artistas, todos com cravos vermelhos à lapela completamente em silêncio, devidamente guardados pela tropa de choque acompanhada de cães em reta prontidão. Felizmente o silêncio ensurdecedor não provocou a sanha repressiva da PM. A manifestação disspou-se e lá fui eu percorrer a Florencio de Abreu em busca das brocas, parafusos, rebolos, paquimetros,retentores e outros produtos necessários ao laboratório de desenvolvimento da eltrometalurgica onde trabalhava. 

  33. Tenho 57 anos e considero-me,

    Tenho 57 anos e considero-me, hoje talvez nem tanto, uma orfão politico. Nascido e criado na periferia de SP quase não sabia do que se passava no país mas lembrom-me muito bem das cargas da cavalaria ao manifestantes no Largo São Franscisco. É que nessa altura era office boy e cheguei, por várias vezes, a “matar o trampo” para ver o que passava. Na inocência de adolescente desinformado nã fazia ideia do horor que aquilo representava. A orfandade só não causou mais danos por conta de dois professores, Marco e Vitor, que criaram o Coral Ouviver, no qual eu era baixo, que serviu de pretexto para uma formação política muito, mas muito sútil. Não obstante a sutileza ambos não duraram muito na Escola Estadual d 2º Grau Prof Luiz Gonzaga Pinto e Silva. Acho que era esse o nome. Lembro-me ainda dessa época alguns episódios. O primeiro, bem vivo na minha memória, eu e meus doir imrãos mais novos, à beira do córrego que ainda hoje corre por trás da nossa casa, ajoelhados a volta de uma vela e a rezar por algo que temiamos. Ainda no mesmo colégio a figura do professor Georji, um nissei de cara de bolacha que usava uns óculos de aros negroas e grosos, que aliciava jovens para a TFP. Uma ocasião, num bar em frente ao colegio, onde entrei para comprar alguma coisa, deparei-me com dois senhhores dos seus trinta e poucos anos e não me lembro de como nem porque falei-lhes ou eles falaram-me tendo ficado na minha cabeça uma pergunta feita a mim por um deles: você conhece a OBAN, operação bandeirante? Evidentemente não conhecia. Em 25 de abril de 1974,  ainda a tabalhar pelo centro de São Paulo como comprador externo, compareci à manifestação em apoio à Revolução dos Cravos. A imagem me é nítiida: uma roda formada por uma meia centena de pessoas, penso que eram sobretudo artistas, todos com cravos vermelhos à lapela completamente em silêncio, devidamente guardados pela tropa de choque acompanhada de cães em reta prontidão. Felizmente o silêncio ensurdecedor não provocou a sanha repressiva da PM. A manifestação disspou-se e lá fui eu percorrer a Florencio de Abreu em busca das brocas, parafusos, rebolos, paquimetros,retentores e outros produtos necessários ao laboratório de desenvolvimento da eltrometalurgica onde trabalhava. 

  34. Os partidos de esquerda
    Os partidos de esquerda instalaram em Brasília grupinhos barulhentos que estão sufocando as opiniões contrária dos cidadãos conservadores, não Deixe dar opinião favorável aos militares e nem que é contra o terceiro sexo, é eles que estão enchendo um monte de vagabundos de direito

  35. A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

    Nassif, uma pequena, mas importante correção. A média de crescimento durante o regime militar foi de 7,81% ao ano. e foi puxada para baixo pelo período Castelo Branco. Os governos nacionalistas que se seguiram foram um grande sucesso em modernização administrativa, em dinamismo e em adensamento produtivo e tecnológico do país.

    Pode-se dizer que POR OUTRO LADO foram autoritários, fascistas etc, ou mesmo que não tem compensação econômica que valha o regime de exceção. Pode-se ainda argumentar que só conseguiram tamanho sucesso econômico porque puderam centralizar e planejar. Mas é preciso separar analiticamente as coisas, sob pena de jogarmos o bebê fora junto com a ágia do banho. 

    1. O legado da Ditadura.

      Não precisa analisar o quanto o país cresceu na Ditadura e sim o quanto a Ditadura concentrou a renda. O arrocho salarial era escandaloso e participação em sindicatos era decretação de sentença de morte. Manoel Fiel Filho, operário metalúrgico, foi assassinado no governo “legalista” de Ernesto Geisel.  Leiam os dados compilados em “São Paulo, Crescimento e Pobreza”, editado pela Cúria Metropolitana, quando dirigida por D.Paulo Evaristo Arns, um exemplo de padre realmente cristão. O livro mostra o quanto a miséria havia crescido na capital mais rica do país, entre 1964 e 1975. Bairros inteiros eram criados da noite para o dia, favelas inchavam as periferias, que forneciam empregadas domésticas e operários analfabetos pelo preço de uma garrafa de scotch.

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