“O cárcere esconde dramas e histórias de vida que vão além daqueles corpos”, diz juíza

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A juíza Fernanda Orsomarzo, do Tribunal de Justiça do Paraná, publicou um texto que está correndo as redes sociais, nesta sexta (6), em decorrência dos massacres que ocorreram no Amazonas (60 mortos) e Roraima (33), desde o início de janeiro. A magistrada alertou para o drama vivido por famílias de presidiários e falou da necessidade de ver humanos por trás dos sentenciados, e não apenas corpos que se acumulam nas superlotadas prisões do País.

O GGN reproduz abaixo.

Por Fernanda Orsomarzo

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Certo dia, ao chegar ao fórum, avistei uma moça que me aguardava na entrada do gabinete. À medida que me aproximava, ela baixava os olhos para o chão, acuando-se num canto entre a parede e a porta.
– Olá! Posso te ajudar em algo?
– Oi, doutora. Meu marido pediu para que eu falasse com você.
– Quem é seu marido?
– É o João (*nome fictício*). Ele está preso.
– Ah, sim. O que aconteceu?
Nesse momento, a moça de corpo franzino começou a chorar. Suas lágrimas eram acompanhadas por intensos soluços e, por conta disso, não conseguia falar. Eu, surpresa e sem jeito com a situação, pedia para que ela se acalmasse, o que foi acontecendo aos poucos.
– O que há? Por que chora tanto?
– Eu só queria saber quando meu marido sai da cadeia, doutora.
Eu, então, me calei. Tendo em vista o estado emocional daquela mulher, que me olhava com tanta tristeza, não podia simplesmente dizer que seu companheiro ainda enfrentaria mais sete longos anos de prisão. Contudo, enquanto pensava em como dar a notícia, ela se adiantou:
– Acabei de sair do hospital. Sangrei uma noite inteira sozinha. Pedi ajuda, mas os vizinhos não escutaram. Perdi meu filho. Perdi a criança que preencheria a minha solidão. Estou só, doutora. Não tenho ninguém.
E começou a chorar novamente. Eu, diante dela, experimentava mais uma vez o sentimento que tem sido para mim uma constante na Vara de Execuções Penais: a impotência.
Por que conto esse episódio?

Conto para que não esqueçamos que o cárcere esconde dramas e histórias de vida que vão além, muito além daquelas paredes mofadas e mal cheirosas, daqueles corpos amarelados e abatidos. Conto para que saibamos que existem pais, mães, esposas e filhos que, apesar de não estarem fisicamente presos, encontram-se em intenso sofrimento psíquico. Conto para dizer que é absolutamente possível ser solidário às vítimas da violência e lutar para que o sistema carcerário não faça mais vítimas; afinal, ser a favor da vida não admite meio-termo. Conto para que lembremos que diariamente pessoas são entulhadas como lixo, muitas delas sem decreto condenatório definitivo, a fim de que seja saciada a sede de vingança de uma sociedade doente. Conto para que saibamos que seres humanos “pagam” pelos erros cometidos num lugar que, ao invés de ressocializar, é a barbárie na Terra. Conto para lembrar que cabe ao Estado, sim, a sua proteção, e que a Constituição Federal prevê a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República, sendo um de seus objetivos a promoção do bem estar de todos. TODOS, sem exceção. Conto para dizer que não quero, não posso e não vou me conformar com a situação dessas pessoas, e que no dia em que achar natural a morte de 60 seres humanos, no dia em que não enxergar nada além de “bandidos” naqueles corpos atrás das grades, a magistratura já não estará mais viva em mim. Eu já não estarei mais viva. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

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  1. “O cárcere esconde dramas e

    “O cárcere esconde dramas e histórias de vida que vão além daqueles corpos”, diz juíza

    Só o cárcere,juiza? A vida de cada um de nós é um drama.Neste mundo NINGUÉM é livre.Todos vivemos encarcerados.

    Pra citar apenas alguns casos de pessoas famosas. Só alguns, hein. 

    O foco dele é outro, mas a sra. há de entender.

    Ruy Castro

    Perguntas mórbidas

    RIO DE JANEIRO – Em 1873, num quarto de hotel em Bruxelas, Paul Verlaine, 29 anos, atirou em Arthur Rimbaud, 19. O tiro acertou Rimbaud no pulso e de raspão, mas, por causa disso, Verlaine pegou dois anos de prisão, o romance entre os poetas teve fim e Rimbaud escreveu “Une Saison en Enfer”. Valeu. O revólver, um Lefaucheux 7mm, de cabo de madeira, foi devolvido à loja onde Verlaine o comprara e lá ficou até seu atual proprietário perceber a preciosidade que tinha no cofre. Acaba de ser arrematado por um colecionador num leilão da Christie’s, de Paris, por 435 mil euros (R$ 1,56 milhão).

    Pergunto-me que fim terá levado a espingarda com que Castro Alves se feriu no pé durante uma caçada nas matas do Braz, em São Paulo, em 1868, o que contribuiria para sua morte em 1871. O.38 com que, em legítima defesa, o cadete Dilermando de Assis matou Euclydes da Cunha, no Rio, em 1909. A faca com que Manso de Paiva apunhalou mortalmente o senador Pinheiro Machado, também no Rio, em 1915. Ou a gravata com que Alberto Santos-Dumont se enforcou em Guarujá, em 1932.

    Lá fora, eles são cuidadosos. Imagino que tenham sido guardadas a navalha com que Van Gogh decepou a própria orelha em 1888 e a arma com que finalmente se matou, em 1890. A espingarda calibre 12, de dois canos, que Ernest Hemingway disparou contra a cabeça no Idaho, em 1961. Ou a espada com que Yukio Michima praticou o “seppuku” e com a qual um amigo o decapitou, em 1970.

    Eu sei, a pergunta é mórbida, mas onde estarão as armas com que os portugueses Camilo Castelo Branco, em 1890, e Antero de Quental, em 1891, o russo Vladimir Maiacóvski, em 1930, e o brasileiro Pedro Nava, em 1981, abreviaram suas vidas?

    Às vezes, mais letal do que as balas é o caprichado bilhete ou carta deixado pelo suicida. A carta-testamento de Getulio, por exemplo. 

    1. Mais de uma carta!

      Até onde sei, parece que Getúlio teria deixado ” duas ” cartas, e não apenas uma… A primeira, de próprio punho, e uma outra, datilografada.  De qualquer forma, parece-me que quem encomendou o seu suicídio, providenciou esta última… Que gentil !

       

    2. Comentário anárquico

      É anarquismo mesmo, da pior estirpe, comparar as indagações frivolas, fúteis e absolutamente redundantes do frívolo, fútil e redundante intelectual do Leblon chamado Ruy Castro com o “post” (isso mesmo, apenas uma postagem em rede social) da juíza. O comentário dela tem conteúdo. O artigo de Castro é resultado de uma cultura vazia de Wikipédia. Viva o pensamento anárquico.

  2. Feliz em saber que por trás

    Feliz em saber que por trás de togas emboloradas e malcheirosas ainda há corações vivos e pulsantes. Enquanto há vida, há esperança. Brava!

  3. Excelência, mais do que nunca

    Excelência, mais do que nunca nosso país precisa da sua voz. Mais até do que precisámos em ’64… mais do que nunca!

  4. A juíza tem toda

    A juíza tem toda razão.

    Durante 6 meses fui serventuário do TJSP lotado num cartório criminal.

    Todos os dias recebíamos parentes desesperados no balcão.

    O que mais me marcou naquele período foi um erro estúpido que eu mesmo cometi.

    Inadvertidamente eu coloquei o processo de um réu preso no lugar errado. Quando o TJSP concedeu HC ao réu, em razão de não localizar os autos, se tornou impossível emitir o respectivo Alvará de Soltura.

    Aquele pobre diabo ficou quase uma semana preso injustamente enquanto eu revirava o Cartório de pernas para o ar para localizar o processo.

    Na época eu fiquei desesperado. Mas não porque poderia responder pelo meu erro e sim porque não gostaria de estar na pele dele. 

     

     

  5. zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

    Senhores debatedores,

    boa tarde.

    Desculpem-me.

    Data maxima venia, mas o texto não passa de mais um “sambary love”.

    Leva nada a lugar nenhum.

    Essa “historinha” de falar em “dignidade da pessoa humana” logo após um episódio desses, não serve para NADA!, Exceto, é claro, aliás, sempre assim, ressavaldas exceções raras,  para promoção pessoal.

    Essa é a regra!

    Não estou dizendo que é o caso da r. juiza, afinal, toda regra tem exceção.

    Mas, que a regra é essa, ah, isso é: “ganho político” em cima da desgraça alheia!” pregando uma de “bonzinho”. 

    Uma espécie de “discurso me engana que eu gosto”. Discurso engana bobo!  A propósito, como se sabe, o povo é bobo, avante a r…..! Ora!

    Combinemos pessoal!

    Diante de um  ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO que DEVE e não apenas pode, mas sim, DEVE cumprir com o que foi PACTUADO COM O SEU POVO, via contrato social, devemos EXIGIR que este faça valer o nosso ACORDO SOCIAL. Agora. Já! Imediatamente, sob pena de VALE TUDO!

    Ex: se é direito que o salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

    Então que se faça valer AGORA! A partir desse momento! Imediatamente. Já! Sem mais delongas haja vista que o pacto já foi firmado em 1988!

    Ora, ora, ora, senhores, convenhamos!

    Dignidade da pessoa humana está lá, na CR/88 desde o seu nascituro. Desde sempre, portanto!

    E o que se percebe até hoje é exatamente isso daí:

    FALTA TOTAL ou quase TOTAL de condições humanas nas penitenciárias brasileiras entre outros casos.

    Também há FALTA de saneamento básico para muita gente.

    Também a renda é má distribuída. Concetração da propriedade, exploração da força de trabalho, falta de escolas, de hospítais, de médicos, de moradia, enfim, dos infernos, ops, esse  já temos.

    Portanto, falar dissa tragédia  agora, na minha opinião, não passa de mais um “sambary love” à  brasileira.

    Já conhecemos essa tragédia!

    Todavia,  para não ficar aqui só tecendo comentários negativos e  contrários  ao texto  sem propor solução alguma, vou opinar e sugerir uma forma de resolução  IMEDIATA dos problemas brasileiros, isto é, DE CONFLITOS DISTRIBUTIVOS BRASILEIROS!!!! para que   casos como esses, bem como  centenas, milhares, milhões de  outros não ocorram mais, ou pelo menos sejam  reduzidos de forma significativa  Brasil afora.  Vejamos

     

    Vamos cumprir e fazer cumprir  Constituição Federal de 1988 em TODOS OS ENTES FEDERADOS! Só isso.

    Mas, cumprIR mesmo, sem demagogias, sem “interpretações” rasteiras e enganadoras!

    Não entrarei aqui nas minúcias constitucionais para fundamentar a minha opinião/sugestão.

    Limito-me, apenas a começar  pelo  começo:

    PREÂMBULO

            Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

    Só por aí, já podemos ver que “opiniões” no calor de uma situação qualquer, NÃO SERVEM PARA NADA, a não ser,é claro, aliás,  como a luz do sol,  para mais um “sambary love” à brasileira.

    Lado outro, pelo   atual  andar da carruagem no Brasil, estou torcendo para que TUDO DÊ ERRADO. Isso mesmo!

    Repito! O meu desejo de “feliz ano novo” é para que TUDO DÊ ERRADO.

    Talvez  por aí, conseguiremos cumprir  sem sambary love, sem conversa pra boi dormir, ou , se preferirem, sem cantiga de ninar para ruminantes, enfim sem blá, blá, blá, efetivamente, nossa constituição de 1988.

    Afora isso, vamos combinar: zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz…

     

     

     

  6. ABENÇOADA JUÍZA EXEMPLAR

    Diante de tantos horrores e atrocidades, é um alento emocionante perceber que ainda há pessoas com a sensibilidade, a coragem e a dignidade exemplar que demonstra a nobre Juíza Fernanda Orsomarzo.

    Em face das sábias e pungentes palavras do registro ardente e lapidar acima publicado, a nação brasileira deve a esta admirável magistrada gratidão extrema, por haver tido a felicidade de comprovar que a humanidade pode ter salvação.

    O exemplo de humanismo, coerência e coragem trazido por este depoimento eloqüente, de uma pessoa que conhece e vivencia, numa perspectiva ampla e profunda, a terrível realidade da população carcerária no Brasil, servirá para fazer avançar a conscientização que fará com que um dia a sociedade desperte para a urgente necessidade de transcender a visão fascista, ignóbil e deplorável, responsável pela transformação de presídios em máquinas de triturar presos e familiares, para que as chacinas freqüentes e as torturas de todos os dias sejam substituídas por uma dinâmica que não considere as pessoas como mercadorias das quais se extrai lucros e vantagens políticas à custa de sangue.

    À luz das palavras da nobre Juíza, urge lembrar que todos os presos, independente dos crimes que tenham praticado, são seres humanos, e têm famílias que sofrem por eles.

    As contundentes palavras da nobre Juíza frisam aquilo que muitos fingem desconhecer, que é o fato de que a defesa da vida humana e da dignidade não admite meio termo, de modo que as instituições prisionais não podem continuar a constituir um hediondo mecanismo de vingança de uma sociedade doente, que admite a barbárie cotidiana, cometida tanto contra condenados como contra pessoas sequer submetidas a julgamento. E este histórico depoimento da exemplar magistrada reforça a certeza de que o resgate da legalidade constitucional é o único caminho para a reversão dos torpes retrocessos, que perduram há séculos e que se agravam com a desfaçatez deste governo ilegítimo, que aproveita as tragédias recentes para aprofundar o regime de exceção.

    Parabéns à abençoada Juíza por trazer à memória a indispensável lembrança de que a dignidade da pessoa humana é um dos pilares fundamentais da República, e de que a promoção do bem estar de TODOS constitui dever essencial do Estado.

  7. GestRitiba, Epicentro Da Sedição, A Juíza Nos Brinda Com…

    Boa tarde.
    … texto alentador, o que nos mostra que a unanimidade ainda não chegou a GestRitiba, felizmente. Ela, juíza, nos brinda com uma visão humana e nos mostra que ainda há os poucos que conseguem ver pessoas nas “não-pessoas” que o Sistema Carcerário cuida de esconder.

  8. Alô, GGN. Convide juíza para escrever artigos no portal.

    Prezada equipe do GGN, prezado Luís Nassif.

    Fique satisfeito com a atitude tomada pela equipe do GGN e de outros blogs e portais, convidando o procurador da república Eugênio Aragão para escrever artigos e publicá-los ou dando espaço para que ele possa divulgar cartas públicas e críticas que escreve para colegas do MPF. Fui um dos que sugeriu a publicação de artigos de Aragão. 

    Percebo a necessidade de que juízes que prezem pela Democracia e pelos Direitos Humanos tenham espaço no GGN e passem a colaborar regularmente com o portal, redigindo artigos e análises. A juíza Fernanda Orsomarzo é um exemplo. Deve haver muitos outros magistrados e magistradas que compartilhem ponto de vista humanitário, solidário e civilizado. É preciso descobrir essse magistrados e instá-los a colaborar com o portal. Que tal contactar a Associação dos Juízes pela Democracia?

    Um portal ou blog progressista tem muito mais credibilidade do que que uma página pessoal nas redes sociais digitais. Convençam a juíza Fernanda Orsomarzo e outros magistrados a colaborar com o GGN e com os portais e blogs progressistas.

     

  9. Não tenho dúvida que esta

    Não tenho dúvida que esta magistrada tem toda a razão. Até mesmo, porque a omissão da sociedade se vira sempre contra ela mesmo. Só não entendo por que os ilustres representantes do povo, aqueles mesmo do dia 17 de abril de 2016 (tóc, tóc, tóc) ainda não perceberam a necessidade de se fazer leis mais claras para esse sistema de execuções penais que temos ai. Uma delas por exemplo, seria obrigar a ter em lugar visivel na administração do presídio o nome e a data de vencimento de todas as penas; sendo que para aqueles que não tem a data no momento entrada o prazo deveria ser 30 dias, findo o referido prazo a administração da penitenciaria deveria ter o poder de libertá-los sem mais nenhuma ordem. Mas…

  10.  
    Prezada Dra. Fernanda

     

    Prezada Dra. Fernanda Orsomarzo;

    A senhora poderia muito bem estar na sua,  numa boa,  e nem se lixar para a situação dos excluídos dos excluídos, que são os encarcerados e seus  familiares.

    Eu tenho sistematicamente dado meus pitacos aqui no Blog do Nassif,  e meu mantra é que o poder judiciário do Brasil é corrupto, hipócrita, covarde, midiatico, elitista, vagabundo, procrastinador, perdulário, ineficaz, etc etc etc … digo ainda que o poder judiciário é a causa secular da imensa desigualdade social do Brasil.

    Lendo sua matéria,  que transborda de coragem, justiça e misericórdia, sinto que estou errado em generalizar todo o poder judiciário do Brasil. Imagino que como a senhora,  deve existir mais agentes do direito com seus belos predicados. 

    “Bem aventuarados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus” 

    Continue em tua luta.

    Genaro

  11. Sem mais…assino embaixo

    Parabéns à juíza pelo senso de humanidade. Concordo com tudo o que disse. Continue assim, pois precisamos de mais magistrados como a senhora.

  12. Sim, mas

    Muito nobre a humanidade sob a  toga demonstrado pela Juíza. Suponho que muitos outros (juizes) pensam assim. . 

    Sugiro a Sua Excia falar com seus pares para promover um multirão para julgar os 40% da população carcerária que estão sem julgamento entulhando cadeias e presídios. 

  13. Sociedade doente

    “Sociedade doente” sério? Provavelmente sim! Doente de tanto viver com medo, encarcerada em seus apartamentos e casas. Preocupada 24 horas por dia com seus filhos. Doente e cansada de viver sustentando corruptos e bandidos! Estas mesmas famílias que choram pelos presos são as mesmas que não deram a eles nenhum ensinamento moral e não venham me dizer que eles não têm condição para isso devido a pobreza, conheço catador de papel que seria incapaz de realizar um assalto! A índole não se aprende, nasce com a gente! Não é qualquer um que consegue cortar a cabeça de alguém ou de outras atrocidades! Milhões de pessoas no mundo choram todos os dias pela perda de um ente querido assasinado brutalmente, fora os que choram por um trauma pelo resto da vida causado por estes mesmos presos! Não me venha citar o exemplo de uma mulher q chora por seu marido bandido q morreu! Concordo q o sistema carcerário tem q ser melhor mas discordo plenamente q qualquer destas famílias devam ser indenizadas! Esta sociedade “doente” q precisa de segurança e estes criminosos precisam permanecer presos!  Quantas e quantas pessoas trabalham feriados, finais de semana em regime de escala! Notem o absurdo, no natal, dias das mães entre outras ocasiões alguns presos são liberados pra passar o dia com a família, enquanto muitas pessoas de bem q nunca cometeram ninguém crime estao trabalhando para manter o sustento da família! Esta sociedade q permite tal despautério sim é doente!

    1. Uma novidade chocante.

      luiz Gustavo! Os bandidos de verdade mais perigosos não estão e nunca irão para a cadeia nessas terras de Pindorama. Acorda, véi!

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