O conflito na gestão de Claudia Costin na Secretária de Educação do RJ

Por Motta Araujo

Comentário ao post “A educação e seus cabeças de planilha

Faltou comentar a desastrosa gestão Claudia Costin na Secretaria da Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro que foi a raiz da mais longa greve de professores da cidade.  A aberração foi trazer de outro contexto uma Secretaria que nada tinha a ver com a cidade, logo em um setor que exige plena identificação da autoridade maxima do sistema com os professores e alunos. A Secretaria consultou especialistas do exterior para construir seu modelo, só esqueceu de conversar com os professores, do alto de sua auto suficiencia. Juntou a arrogancia dela com o autoritarismo do Prefeito, gerou um conflito absurdo que fez os alunos perderem o ano. Logo no Rio que tradicionalmente tinha um dos melhores sistemas escolares do Pais, com consistente boa avaliação e com um grande capital  de profissionais da educação.

Há algum problema dos tucanos com o tema, eles intelectualmente sabem do valor fundamental da educação mas quando administram não costumam dar certo, só por exceção. Isso vem da visão economicista do modelo Paulo Renato, que via a educação como parte da economia e não como processo de aperfeiçoamento do homem e do cidadão. Quando Mario Covas asumiu o governo do Estado fechou o Baneser, estatal que mantinha a Guarda Escolar em todas as escolas publicas, tornando-as vulneraveis a traficantes e vandalos e colocou na Secretaria da Educação um desastre que manteve por oito anos e que introduziu a aprovação automatica e desmontou o sistema paulista que é o maior do Pais e tinha longa tradição de qualidade. Os Ginasios do Estado era melhores que os particulares e muitos alunos entravam em universidades dificeis sem cursinho.  Começou na gestão Cobas a meta quantitativa desprezando quanlquer preocupação qualitativa, o sistema tradicional era muito melhor até as administrações Quercia e Fleury, que respeitaram o modelo tradicional que vinha da Primeira Republica.

Essa visão da educação como processo economico e não social impregnou as gestões tucanas, o pior é que mesmo uma educação puramente economicista precisa tambem de qualidade e não somente de estatisticas.

 

Redação

24 Comentários

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      1. Ministro é cargo

        Ministro é cargo político.

        Cabe a ele ter um mínimo de conhecimento sobre o assunto da pasta, bem como de cercar-se de assessoria técnica de bom nível.

         

  1. Prefiro André Araújo que Motta Araújo, se me permite o palpite

    AA, gostei de seu texto, sempre esclarecedor. Mas para não perder a viagem, farei uma provocação ideológica. O problema dos tucanos com a educaçao e outros serviços públicos, só pode estar relacionado ao seu anti-estatismo obsessivo. Mais especificamente ao anti-getulismo, verbalizado claramente por FHC, que disse que tinha como missão, enterrer o legado getulista. Felizmente, Lula não deixou.

    A qualidade do ensino público, quando existia, foi fruto da política estatizante do Getúlio. Seu governo investiu em colégios públicos transformando-os em referência. Aqui no Rio, cito o Pedro II e o Aplicação da UFRJ. Mexeu no currículo escolar, dando ênfase ao conhecimento sobre o Brasil, e em formação humanista e cultural.

    Com o desmanche do trabalhismo, a educação pública foi relegada ao descaso. Os militares eram intervencionista na área de infraestrutura, mas nos serviços, abriram para a especulação do mercado. A queda de qualidade foi rápida, intensificada pelo governos neoliberais e hoje temos isso que a gente vê aí

  2. Grande A.A.! Muito bom seu retorno.

    Agora chego a conclusão que os tucanos não tem sorte mesmo: a cada vez que tocam num assunto, dá uma m… terrível.

    Eles tem razão de repetir o mantra que o Lula só teve sorte. Pois é, eles nunca tem, parece sina!

  3. Aqui em SP, temos mais

    Aqui em SP, temos mais chances de fazer essas reclamações com o próprio prefeito e pessoalmente. Vc sabe né? SP é uma cidadezinha muito pequenininha e essas coisas são normais por aqui. Tanto é que acho que quem não mora em SP, nem fica sabendo dessas coisas….

    Um dia SP vai crescer e teremos uma imprensa que divulgará essas coisas de nosso prefeito para todo país…

     

    Ônibus de Haddad vira balcão de queixas de passageiros

    Ana Flávia Oliveira
    do Agora

    O prefeito Fernando Haddad (PT) ouviu ontem de manhã, de pé, em um ônibus cheio, na ida ao trabalho, uma série de reclamações de passageiros sobre saúde e transporte.

    Por outro lado, a implantação de faixas exclusivas, intensificada em sua gestão, foi alvo de elogios.

    Foi pelo menos a terceira vez que o prefeito de São Paulo pegou o ônibus para ir de sua casa, no Paraíso (zona sul), para o trabalho, na sede da prefeitura, no viaduto do Chá (região central).

    Haddad diz que tem ido trabalhar “frequentemente” de ônibus.

    O Agora acompanhou ontem a viagem, que durou 32 minutos.

    O prefeito saiu de casa a pé às 7p3, com um segurança.

    Uma quadra adiante, encontrou o secretário das Relações Internacionais, Leonardo Rosa.

    Haddad disse não ser necessária determinação oficial para que secretários usem o ônibus para trabalhar.

     

     

  4. Nietzche teria declarado que

    Nietzche teria declarado que  “Deus está morto ” , até que um grafiteiro , no muro , propôs uma outra visão. “Nietzche está morto , assinado Deus”. FHC queria enterrar Getúlio , terminou morto e enterrado por Lula , que aproveitou e enterrou junto a concepção econômica bizarra e elitista que imprimiu em seu “governo”.  Educação é gasto , saude é gasto , salário é gasto , tudo que não atendia a sanha do capital financeiro era gasto , era supérfluo. Eduardo Paes tem o DNA tucano e crè nesses dogmas , está surfando na onda Lulilma , mas não esquece de ter na prancha a grife tucana … no caso , a secretária de educação…

  5. Na rede pública estadual

    Na rede pública estadual paulista está imperando o caos. Em absolutamente todas as escolas

    faltam professores de disciplinas importantes, principalmente de física, química, biologia, sociologia,

    fazendo com que os alunos tenham a carga horária de 800 horas no mínimo, ou 1000 horas quando

    dos cursos diurnos, apenas no papel.

    Os governos do PSDB em São Paulo, destruíram o pouco que restava de qualidade na Escola Pública.

    E cá pra nós. Por que a Dilma não aprova ou defende que as verbas do pré sal sejam apenas para

    a educação pública, não permitindo que os abutres do mercado se apropriem de nossa riqueza.

  6. A educação é muito educativa

    A educação é muito educativa para mostrar que choque de gestão não passa de uma ilusão passageira, um slogan batido e inútil.

    Costin, pra variar, é cria de Bresser… Sem ele ela não existiria, tanto quanto o choque de gestão, que não foi invenção dele mas ambos abraçaram com fervor!

  7. Ué, ela não era uma genial administradora?

    Como sou distraido, acompanhei o trabalho dela na Sec. Educação apenas pela impensa e tinha até agora a impressão que ela estava tendo um temendo sucesso…

     

    Aliás acho esta pessoa um fenômeno. Há anos pula de boquinha em boquinha nos governos tucanos, Sempre elogiadíssima pela imprensa e nunca se vê resultado positivo algum de seu trabalho. Aliás em geral ficam bombas-relógio.

    E é muito versátil – cuida de funcionalismo público, cultura, educação, finanças. A bola que cair na frente ela chuta.

     

     

      1. Não, foi Solange Paiva

        Não, foi Solange Paiva Vieira, então secreataria-executiva do Ministério da Previdência, em 1999. No governo lula foi da diretoria da ANAC e presidiu esta agência. Lula e Dilma mantiveram o fator. 

  8. “Logo no Rio que

    “Logo no Rio que tradicionalmente tinha um dos melhores sistemas escolares do Pais, com consistente boa avaliação e com um grande capital  de profissionais da educação.”

    Eu li isso mesmo? É sério?

    Tem alguém fora da realidade. Essa afirmação só pode ser brincadeira. 

  9. EDUCAÇÃO

     

     

    É por isso que nós, educadores responsáveis e compromissados, estamos numa greve, forte batalha, contra esse governo mentiroso, que insiste na farsa da educação carioca!!! E ainda há quem diga que somos covardes, que negamos educação a nossos alunos!!! Tenho pena desse povo que vem perdendo há muito tempo, tendo o seu direito à educação pública de qualidade negado por um governo ditador!!!

    Quer saber? Tô de saco cheio de tanta falácia de governantes, secretários, vereadores…! É por isso que nós, Profissionais da Educação das Redes Municipal e Estadual do Rio de Janeiro, estamos em greve desde o dia 8 de agosto, discutindo e reivindicando uma educação de qualidade para nossos alunos. A educação no Brasil está pra lá de sucateada. Pra começar, o ministro da educação do nosso país e os secretários estadual e municipal de educação do Rio de janeiro são economistas. Por que não temos pedagogos nesses cargos? Qual é a intenção? Quem tem coragem de entregar seu filho nas mãos de um advogado para uma cirurgia qualquer ou mesmo para prescrever uma medicação por um simples resfriado?  Temos, na Rede Municipal alunos com diversos problemas de aprendizagem, chegando ao nono ano do Ensino Fundamental sem saber escrever seu nome completo. Não há profissionais especializados (psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, orientadores e supervisores educacionais) que assistam às turmas. E dizem, com a maior cara de pau, que a aprovação automática acabou. E o pior é que a mídia divulga tudo, ouvindo somente os governantes. Não temos a chance de mostrar à população a realidade em que vivemos; ainda somos criticados por lutar por nossos direitos, pois os alunos estão sem merenda. A escola virou restaurante??? Fomos chamados de “restinho” quando entramos em greve. Nossas reivindicações vão além da questão salarial. Imaginem que com o novo PCCR, enviado pelo prefeito Eduardo Paes à câmara e aprovado pela sua base aliada, sob protestos, policiais agredindo professores, como se fôssemos…, temos PEF, uma espécie de professor polivalente, que atende a todas as disciplinas, do 1º ao 9º ano. Já pensaram no que dará?  Um professor com DOUTORADO terá acrescido em seu mísero salário 12%. Com esse PCCR, que mais parece uma colcha de retalhos, somente 3% dos professores serão beneficiados. Se fosse enumerar todas as loucuras que há nesse Plano PATCHWOR, que o prefeito e sua secretária de “deseducação” nos querem impor, não acreditariam. Descaso total! Está muuuuuuuuuuuito difícil!!! Há cinco anos fui convidada a trabalhar em uma das Coordenadorias de Educação aqui do Rio e não aceitei. Chamaram-me de louca por não aceitar e perder a gratificação, já que era um cargo de confiança. Não conseguiria dormir tranquila, “vendendo um peixe podre”, que eu não engulo, aos meus colegas de trabalho. Minha dignidade está acima de qualquer preço!!!

     

     

     

  10. Rio de Janeiro

    Poxa vida, o mundo vai acabar e a culpa é dos tucanos, alguem avisa a este comentarista que nos estamos no RJ, governados a anos pelo PMDB, não por tucanos, o prefeito e o governador são do mesmo partido, então o obvio é que a ma gestao na educaçao deve recair sobre os dois e não sobre um modelo criado em outro estado ha mais de dez anos.

     

    1. O Prefeito era Tucano e

      O Prefeito era Tucano e continua tucano. Por conveniência mudou de partido, mas, sua idéias, comportamento e práticas continuam tucanas.

      1. eraaaa…..

        Era, no passado ( talvez a mais de 10 anos), hoje ele é do PMDB, e devemos avisar ou governador e a presidenta que eles ajudaram a eleger um inimigo politico.

  11. A algo que precisa

    A algo que precisa desmistificar seja o governo Mario Covas. Para mim, seu governo foi nocivo a maior parte dos paulistanos, sendo que sua gestão consolidou no desprezo com a classe dos professores, a qual, doente, jogou-se de forma feroz para provocar um factóide. E os professores cairam na armadinha montada… Não sabia a respeito da guarda especial criada para proteger as escolas e que foi destruída por este homem. Os casos de corrupção também eram muito forte no seu governo, mas devido a licenciosidade da mídia, nunca foi aprofundada. 

  12. o modelo internacional

    O problema mais grave não so na educação, mas em todo contexto brasileiro é querer imitar o que foi criado no exterior e desprezar o cotidiano e pessoas do país.

    Temos sempre como o melhor,para nós, que tudo o que vem do exterior é supremo, melhor, alto nivel. Continuamos desprezando o povo, visto como ignorante e incapaz, e todo modelo criado aqui como pequeno, inutil, limitado. Explico: damos valor a quem vem com diploma da Europa (caso da Secretaria de Educação do RJ), embora não viva a realidade nossa; todo modelo criado é condenado pois atinge poucos dados estatisticos e a midia não faz “estardalhaço”, então buscamos modelos na  economia, onde quantidade supera qualidade. Não importa quem seja massacrado, ignorado e explorado.

    Continuamos com o modelo do descobrimento do país: o que vem da Europa é melhor e tem mais valor, os da terra são povinho.

     

  13. Cláudia Costin

    … convivi com C Costin no Colégio São Luís. Moça de família riquíssima! Nessa mesma época, F Capez também era nosso colega. Enfim, são pessoas que tiveram grandes oportunidades na vida e. ao que parece, as aproveitaram. Agora, a arrogância faz parte dessa gente … e não poderia ser diferente, principalmente com esses todos que se sobressaíram. C Costin, na minha opinião, nunca será uma boa ‘barnabé’, apesar de ter estudado muito para sê-lo …

  14. visão economicista da educação

    O que fizeram os paises que conseguiram dar um salto na educação?

    1-Valorizaram os professores, dando-lhes a condição de ser um dos profissionais mais importantes da sociedade, ofertando-lhes canais de alto conhecimento prático e teórico. E em contra partida estes professores retribuiram com competência, dedicação e comprometimento.

    2- Entenderam que cidadania é algo que se forma a partir  de valores  familiares e culturais de uma sociedade e que devem ser “reforçados” nos bancos escolares, quer seja por ensinamentos teóricos ou pelos atos executados no dia a dia.

    3- Entenderam que a escola deve formar profissionais que gostem do que fazem, mas que sobremaneira ofereçam à sociedade serviços por ela demandados. Fazer o que gosta e não ter a quem oferecer, é desperdício e não melhora a sociedade no qual estamos inseridos.

    4- Ensinaram que o bem comum é sempre maior que o bem individual, e que é isto que nos diferencia como seres pensantes.

     

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