O custo da extração no pré-sal e o verdadeiro valor da Petrobras

Como uma empresa com mais de R$ 1 trilhão em ativos tem valor de mercado de apenas R$ 120 bilhões?

Jornal GGN – Um dos argumentos mais utilizados para colocar em dúvida o futuro da Petrobras e da produção de petróleo no Brasil é que o custo de extração é muito alto. Há quem vá além e seja capaz de garantir que com a queda do preço do barril no mercado internacional a exploração do pré-sal se torna simplesmente inviável.

Essa conta falha em considerar a inovação tecnológica e a melhora recorrente de produtividade do pré-sal em contraste com o inevitável declínio dos poços de terra e pós-sal. E parece ignorar, deliberadamente, os grandes volumes de barris recuperáveis já comprovados e ainda por descobrir.

O assunto foi tema de discussão no 57º Fórum de Debates Brasilianas.org.

Para o PhD na área de petróleo e gás, Paulo César Ribeiro Lima, é inacreditável que alguém seja capaz de considerar alto o custo de extração do pré-sal. Ele entende que os desafios para manter os índices de produção nos poços de terra e no pós-sal são cada vez maiores, enquanto que os custos no pré-sal tendem a cair.

Lima também afirma que os reservatórios do pré-sal têm capacidade muito superior e que, portanto, é possível recuperar a mesma quantidade de barris de óleo por dia com muito menos poços. “Isso aqui é um verdadeiro tesouro”, afirmou.

De acordo com ele, a Petrobras atualmente tem reservas de 16 bilhões de barris. Apenas nos campos de Lula, Búzios e Libra, há mais de 10 bilhões de barris recuperáveis em cada um. Ou seja, 30 bilhões de barris. A empresa vai triplicar suas reservas nos próximos anos.

Mas a estatal tem problemas. Para se comunicar com a sociedade brasileira a respeito dos seus negócios e para lidar com um mercado de capitais que subvaloriza seus ativos.

“Se não fosse essa confusão toda [da Operação Lava Jato], até 2023 o Brasil estaria produzindo 5 milhões de barris de petróleo por dia. Hoje corremos o risco de isso não acontecer. Nós estamos com 2,2 milhões de barris por dia. Se chegarmos a 5 milhões de barris vamos ter um excedente de petróleo de 2,4 milhões de barris. Afetando o preço [do produto no mercado global]. Isso é pouco discutido no Brasil, 2,4 milhões de barris de petróleo afetam o preço”, disse Paulo César Ribeiro Lima.

Ele questionou o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras e a incapacidade da empresa de se defender. “A Petrobras tinha uma estratégia de negócio muito bem definida, com grandes investimentos, comprometendo o lucro no curto prazo para garantir uma curva de produção em 2020. Se você faz grandes investimentos, nesse momento não vai ter geração de caixa próprio. Então, você vai ter que fazer captação, tem que ir ao mercado financeiro e aumentar a dívida. Como você triplica as suas reservas e põe essas reservas pra produzir sem aumentar a dívida líquida? É impossível”, argumentou.

“Só que tem um problema”, continuou, “você aumenta a dívida líquida, mas não aumenta o ativo da empresa. Por quê? Porque o ativo da empresa, esses 46 bilhões de barris, são bens da União, porque ainda estão nos reservatórios. Então, isso não é lançado no ativo. Se não é lançado no ativo, quando você faz lá o ativo menos passivo e chega ao patrimônio líquido, isso não está no patrimônio líquido. Não estando no patrimônio líquido a alavancagem da empresa vai subir. E vai subir também a relação Dívida Líquida/EBITDA. E isso é um ótimo argumento para a Petrobras ser rebaixada, ter a nota de crédito rebaixada, perder o grau de investimento. Por uma contabilidade que não faz o menor sentido para a Petrobras”.

Só que isso não exime a estatal de responsabilidade. “O pior de tudo é que a Petrobras participa disso. Porque ela própria coloca no plano de negócios dela que a alavancagem vai passar de 35%, que a relação Dívida/EBTIDA vai passar de 2. Então a Petrobras também é responsável por isso”.

Há uma distorção muito grande entre os ativos da empresa e o seu valor de mercado. “Vai lá no balanço da Petrobras. O ativo imobilizado é de R$ 350 bilhões. Isso aí não é nada perto do ativo da Petrobras. O ativo da Petrobras, o patrimônio líquido da Petrobras é por baixo R$ 1 trilhão”, garantiu. “Mas o que está no balanço? Tem um ativo imobilizado de R$ 344 bilhões, patrimônio líquido de R$ 347 bilhões. Se você pegar os ativos, você vai ter só na área de E&P [Exploração e Produção] 46 bilhões de barris de óleo equivalente. Na cessão onerosa, o petróleo lá no fundo do mar foi de US$ 8,51 por barril. Então eu coloquei por baixo US$ 5 por barril. Aí você multiplica 5 por 46 daria uns US$ 250 bilhões. Você multiplica por 3, só aí você já está falando em US$ 750 bilhões de dólares. E eu achei US$ 8,51 baixo! Aí você pega todos os poços, as 63 plataformas, todas as linhas, os navios, a sede da empresa, toda a infraestrutura da empresa. Quanto vale a Petrobras? Vale mais de R$ 1 trilhão. Qual é o valor de mercado dela? R$ 120 bilhões”.

Lima afirmou que a Petrobras só tem uma concorrente no mundo do mesmo porte, a norte-americana Exxon. “Se a Exxon produz 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, a Petrobras vai ser mais de duas vezes a Exxon. Se a Exxon tem 25, sei lá, 30 bilhões [de barris de petróleo de reserva], a Petrobras vai ter 46. Isso já mostra que tem alguma coisa errada que é misturar um grande patrimônio público que é o petróleo com o mercado. E o mercado subvalorizar um ativo desses”.

https://www.youtube.com/watch?v=KWh0u6YWc7E&feature=youtu.be width:700 height:394]

O outro lado

Também presente no Fórum Brasilianas, Ronaldo Mascarenhas Lima Martins, gerente de Desenvolvimento de Mercado da área de Materiais da Petrobras, fez questão de dizer que concordava com muitas das afirmações feitas por Paulo César. Mas discordou do ponto de vista sobre o custo de produção do pré-sal.

“Infelizmente o pré-sal tem motivo para ser mais caro do que os outros poços que a gente opera. A camada de sal é uma camada espessa. Em alguns lugares tem dois quilômetros de espessura, em alguns lugares 300 metros. Mas, numa média, 1 quilômetro, de uma rocha que não é rocha, ela é uma esponja, altamente abrasiva, altamente corrosiva, e absolutamente instável. Cruzar isso em uma perfuração é a primeira fase. A segunda é manter o poço produzindo ao longo de vários anos sem que se corroa tudo que se coloca ali dentro, sem que ele venha a ruir durante a produção”, explicou.

De acordo com ele, questões simples, como o mero deslocamento até as plataformas, se tornaram desafios complexos na região do pré-sal. “Por exemplo, voar de helicóptero até lá. Os helicópteros que operavam na costa brasileira tinham um range [alcance de operação de 500 km. Os poços do pré-sal estão a 300 km da costa de Santos, ou do Rio de Janeiro. Ah, é fácil né? Você vai até lá, abastece e volta. Não é assim. Se você for até lá e tiver um problema climático – que acontece, no meio do oceano acontecem essas coisas – e você tiver que voltar, se você estiver olhando a plataforma, não tem mais combustível pra voltar. E não tem nada pra pousar no meio do caminho, ou seja, o helicóptero vai cair. Então a primeira barreira trivial que teve que ser vencida foi aumentar o range de voo dos helicópteros que operavam”.

De acordo com ele, não dá para dizer que o custo do pré-sal vai se igualar ou ficar abaixo do pós-sal. “Isso não é verdade. Vai ser sempre mais caro porque os desafios são muito maiores. Porque se baixar o custo do pré-sal por desenvolvimento tecnológico, essa tecnologia será aplicada na Bacia de Campos e lá vai se baixar o custo também. Então o custo relativo sempre será maior no pré-sal”.

Leia também: Para entender o balanço da Petrobras, por Luis Nassif

Redação

48 Comentários

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  1. De qualquer forma, o Pré-sal

    De qualquer forma, o Pré-sal é a nossa galinha dos ovos de ouro! por isso mesmo as grandes movimentações de bastidores. Serra tentando mudar o Sistema de Partilhas, a Shell se movimentando para ter um naco nesta produção, os chineses nos emprestando dinheiro e recebendo o óleo da produção, os árabes baixando o preço do barril para nos inviabilizar a produção…

    Tudo isto posto, demonstra que estamos no caminho certo: sermos auto-suficientes na produção e refino do produto. Só não concordo é que quando tivermos o excedente que o produto seja simplesmente exportado. Podemos fazer o refino e exportar o produto já industrializado por um preço muito superior.

  2. se  baixa o  custo  de

    se  baixa o  custo  de petroleo  no pre  sal  e  baixa  no pos  sal   de  qualquer  forma  baixou  nao importa  se o pos  sal vai ser sempre  mais  barato  o que importa  é que  baixou. e  se  o custo  baixa  fica  sempre mais  vantajoso para  a Petrobras  mesmo que o pos  sal tambem baixe.  

  3. O valor das ações não

    O valor das ações não representam o valor da companhia e sim o preço dos papeis.

    Os papeis valorizam e desvalorizam ao sabor da oferta e procura e esse movimento reflete as expectativas de ganhos frente a outras opções.

    As perspectivas de baixa lucratividade causada pela queda do preço do barril afetou os preços dos papeis das companhias petrolíferas do mundo todo.

    Seria importante que os analístas econômicos da imprensa brasileira divulgassem com imparcialidade o quanto dessa desvalorização é proveniente do mercado mundial, ao invés de embarcar nessa onda de que a Petrobras é tão mal administrada e corrompida e que por isso seus papeis perderam preço.

    A continuar assim, com informações distorcidas, a população mal informada acreditará que a melhor solução para o Brasil será vender a nossa maior conquista.

    1. Existem diversas maneiras de

      Existem diversas maneiras de se avaliar empresas. Uma maneira concreta é pelo valor das ações em bolsa (evidentemente que multiplicado pelo número de ações).

      Não significa isso, que se ela fosse vendida seria por esse valor. Geralmente em boas empresas há um premio ou agio, sobre o valor de mercado quando vai se realizar um negócio de venda ou troca de controle.

      Simplesmente não tem como saber qual parte da desvalorização da Petrobras é relativa a qual fator. Muito menos a imprensa saberia dizer isso. A imprensa não explica corretamente a situação porque não entende mesmo do assunto, essa é a realidade.

      Mas, se pegarmos os dados da empresa, desde 2010, veremos que todos os indicadores dela pioraram, por isso que o valor das ações caiu. Se caiu mais do que “deveria” ou não, não tem como sabermos com exatidão.

      Geralmente movimentos especulativos tanto para cima quanto para baixo, reforçam tendências, mas eles não tem poder de criar uma tendencia, muito menos em uma empresa desse porte.

      Nâo adianta ficar fantasiando que o valor dasa ações caiu por conspiração externa, como muitos aqui parecem fazer.

      1. Meu caro Daniel, sua analise

        Meu caro Daniel, sua analise é perfeita. Lembra o caso de ignorantes que dizem “não vendo meu sito por menos de 5 milhões”” como se isso fosse um valor de avaliação. Na verdade qualquer bem vale aquilo que alguem paga por ele quando posto à venda. Se colocado a venda em 90 dias só aparece quem paga 2 milhões é isso o que o sitio vale, não o valor imaginado pelo dono. Isso é muito comum no mercado de imoveis mas aplica-se a  quer ativo.

        Outra coisa que esses LEIGOS não colocam é que as reservas de petroleo NÃO estão no balanço ds Petrobras, elas pertencem a União, a Petrobras apenas é uma concessionaria mas não é DONA das reservas portanto é ridiculo pegar o numero de barris embaixo do mar e calcular pelo preço de mercado internacional, primeiro porque o petroleo não é da PETROBRAS e segundo porque o petroleo antes de extrair não vale nem um décimo do valor dele no porto.

        1. Demosntra acabalmente que não

          Demonstra cabalmente que não leu o texto. 

          Pra começar em poços concedidos o petróleo deixa de ser da união e é das empresas, ao contrário da partilha. 

          Na partilha, uma parte do petróleo é da união , a outra é da empresa que ganhou o leilão, o percentual é definido durante o leilão. 

          No texto acima, o valor utilizado para calcular o valor do barril não explorado foi de US$ 5,00 bem abaixo do valor de mercado !!

      2. Todos os indicadores pioraram

        Todos os indicadores pioraram ?????

         

        Produção de petróleo piorou ???

         

        Quantidade de petróleo refinado piorou ????

         

        Quantidade de reservas piorou ????

         

        Não fale besteira !! 

        1. Indicadores financeiros.

          Indicadores financeiros. Lucro liquido, rentabilidade, margens, endividamento.

          Todos pioraram, por isso o valor de mercado caiu. Foi isso que eu quis dizer.

          Nâo é, necessariamente, porque uma empresa produz mais que ela vale mais.

          Não estou dizendo que é o caso da Petro, mas tem empresa que quebra por ficar muito grande e pouco eficiente.

          Ninguem aqui é dono da verdade. Mas estou expondo meu ponto de vista, que é mais relativo a parte de negócios do que à parte operacional, que pelo jeito, voce entende mais.

          Me desculpe, mas é muita pretensão imaginar que só voce está enxergando esse valor subjacente da empresa. Nenhum banco de investimento enxerga isso ? Nenhum outro grande player do mercado ?

          Mas se voce estiver certo talvez será o novo oráculo do Petréleo por muito tempo.

          1. Me desculpe !!!! Esqueci que

            Me desculpe !!!! Esqueci que a Petrobras era um BANCO !!!

            E NÃO UMA  PETROLÍFERA !!!!

            TODOS OS INDICADORES OPERACIONAIS MELHORARAM !! 

            O mercado financeiro é altamente especulativo !! E em grande parte, trabalha para gerar lucro máximo no curto prazo, inclusive apostando contra empresas operacionalmente sólidas !!!

            O valor acionário de uma empresa não reflete de maneira alguma suas reais condições por conta dessa especulação !!!

            Quando a especulação se arrefece , no entanto, vemos acontecer o que vem acntecendo nos últimos 30 dias…. 50 % de valorização das ações da Petrobras…. 

             

          2. Não tem nada a ver ser banco

            Não tem nada a ver ser banco ou não ser banco.

            Uma fábrica de sapato tem que produzir bons sapatos, ser eficiente e ter lucro com eles. Tanto o operacional quanto o financeiro devem ser sadios para que  a empresa aumente de valor. De nada adianta produzir o melhor sapato do País se o financeiro vai mal, ela não resiste e não terá valor. A encol quebrou por isso, ela erá ótima operacionalmente, na construção. Quebrou no financeiro.

            O valor de qualquer empresa é principalmente medido pelos seus indicadores financeiros, ou o que ela pode gerar de retorno.

            E não tem nada a ver com curto prazo. É o que a empresa pode gerar de retrno no curto e também no longo prazo que contam.

            Não adianta nada a empresa ser ótima operacionalmente mas não gerar bons retornos. Pelo menos com relação ao valor de mercado não adianta.

            Por ex, empresas do setor de aviação geralmente são assim. Mesmo que operacionalmente boas, são geralmente péssimos como negócio. Por isso não valem muito.

            Voce está confundindo as coisas. Não é porque existe especulação no mercado de ações que TUDO é especulação. Nâo é assim.

            De 2010 para cá, o valor caiu principalmente porque os indicadores pioraram. É um periodo de 5 anos. Essa especulação durou 5 anos ? É demais. Foi a empresa que piorou seus resultados, por que é tão dificil admitir isso ?

            Eu naõ estou torcendo contra a empresa, só estou tentando enxergar a realidade e não fantasiar.

            Tomara que voce tenha razão, quem sabe daqui a pouco tempo ela não se valoriza os 1000% não é mesmo ? Seria bom para todos e para o Pais.

             

             

          3. Tem tudo a ver amigo !!
            A

            Tem tudo a ver amigo !!

            A Petrobras esta investindo como nunca se investiu no planeta Terra !!

            Isso afeta indicadores financeiros no curto prazo !! 

            Mas os retornos a médio/longo prazo são muito maiores !!!

          4. Esse é o ponto chave.
            Voce

            Esse é o ponto chave.

            Voce está torcendo para que sejam e eu também torço, acho que a maior parte do Brasil.

            A questão é que não se ponde contar com isso antes de acontecer.

            Mas tomara que realmente aconteça.

  4. Uma empresa não é o que

    Uma empresa não é o que supostamente vale os seus ativos.

    Primeiro que se tem que descontar o passivo. Segundo, tem que avaliar a capacidade de produção desses ativos, a capacidade de geração de caixa deles, projetar isso no futuro e ai sim, avaliar a empresa.

    Ou então avaliar o valor atual comercializável de seus ativos menos seus passivos. Certamente não chegará a um tri.

    Em relação á Petrobrás há diversas incertezas. Tem esse problema com essa investigação da lava jato, mas há também outras piores, que se referem ao preço do barril de petréleo, aos custos de produção no pré-sal e, a meu ver, principalmente á questão do preço dos derivados de petréleo que ela vem tendo que importar para abastecer o mercado brasileiro. Se o preço do petroleo sobe, ela começa a ter prejuizo, se o dolar sobe, idem. O Governo tem que encontrar uma fórmula de rentabilidade mínima para a empresa nessa área.

    Essa afirmação de que a empresa, que hoje é cotada em torno de 120 bi, “valeria” mais de 1 tri não quer dizer absolutamente nada. É uma “análise” totalmente enviesada. É quase que um desejo.

    Para chegar a esse valor de mercado ela teria que multiplicar seus lucros atuais por uns 5, chegar a 100bi ou mais de lucro líquido por ano. Isso á factível no médio prazo ? Nâo sei. Essa é  a análise que se deve fazer. E que não foi feita. Muito menos se falou nos prejuizos das operações com derivados.

    A Petrobrás é uma ótima empresa, que tem todas as condições de se recuperar, de aumentar seus lucros, seu valor de mercado, de produzir mais, de gerar empregos, tecnologia e desenvolvimento para o Brasil, mas para isso é preciso atuação seria de seus gestores e do Governo, que não deve penalizar a empresa para exexutar suas políticas. A despeito de tudo isso a empresa hoje, não vale mais de um trilhão, isso é fantasia, não é realidade.

     

     

     

    1. Ativo / Passivo  Jun

      Ativo / Passivo

        Jun 20141Ativo Total656,42B1.01Ativo Circulante84,58B1.02Ativo Não Circulante571,84B2Passivo Total656,42B2.01Passivo Circulante84,14B2.02Passivo Não Circulante211,43B2.03Patrimônio Líquido360,85B

       

      PL =  Ativo – Passivo = 360 bi !!!

      Somando isso com o valor dos barris que estão concedidos a Petrobras  = Valor superior a R$ 1 trilhão

      E só esta se contanto 3 campos . A Petrobras terá participação obrigatória minima de 30 % em todos os campos do pré -sal… 

      1. Se todas essas hipóteses suas

        Se todas essas hipóteses suas estiverem corretas, ela pode vir a valer bem mais no futuro, quando a produção estiver bem maior.

        Mas não tem como voce simplesemnte trazer isso para o presente, da maneira como está fazendo.

        Há muitas incertezas e riscos, hoje não se sabe se ela tem capacidade para investir e ser sócia de todo o pré-sal.

        Há incerteza quanto ao preço de derivados.

         

        Esse valor de um trilhão não procede simplesmente porque ele não é comercializável hoje e nem a empresa gera retorno hoje, que justifique isso.

        Se  gerar no futuro, valerá no futuro. Senão, não valerá.

        1. Nem 1 trilhão nem 120 bilhões

          É certo que o valor das ações das empresas de capital aberto é afetado pelos seus balanços. Como deveria ser sempre.

          Mas é errado pensar que esta é a único ou mesmo ser sempre a principal variável da indução deste valor.

          Pode ser desde totamente atrelado a até totalmente ignorado.

          Há todo tipo de manipulação possível, que se dá ao limite da percepção do mercado (ex: crashes, crises, etc.). Sem flar da própria manipulação de balanços (Enron, MCI, etc.).

          Quantas empresas saudabilíssimas (nos seus balanços e mesmo operações) quebraram em 29 pelo efeito dominó da “exuberância” do mercado, onde até engraxates investiam na Bolsa, anabolizada por espertos corretores e gananciosos empresarios? Um mundo de fantasia que nada tinha a ver com “balanços”.

          A empresa mais “valiosa” do mundo na virada do ano era a Apple (US$ 650 bi), seguida pela Exxon (390 bi ou pouco mais da metade da Apple). Portanto, não é difícil concordar que a Petrobrás não ‘valeria” hoje 1 trilhão (US$ 320 bi). Mas chegar perto também não pode ser considerado um “absurdo”.

          A despeito de a Exxon (que no upstream já é menor que a Petrobrás) dispor de uma distribuição mundial (melhor valor agregado) que a Petrobrás não tem (BR) e do nível de investimento (e endividamento) da PB ser maior que o da americana em segundo lugar geral no mundo, já começamos a poder fazer algumas outras avaliações comparativas.

          As reservas da Exxon estão em queda e sem novidades. As da PB tendem a crescer no curto e médio prazo.

          A PB, antes de explorar de fato o pré-sal chegou à lista das 10 (ou 15?) maiores empresas do mundo em valor de capitalização. Porque agora que as expectativas começam a se viabilizar DE FATO (e com louvor), seu valor cairia tanto, ao invés de se manter ou melhorar?

          O endividamento, a menos de má gestão (não é o caso, mesmo com o tal petrolão, externo à PB e, em qq caso, sem afetar relevantemente seu resultado ), tende a ser trocado pelo retorno dos investimentos, diminuindo aquele e crescendo este.

          Portanto, ainda que desprezasse uma análise de balanço, apenas confiando na seriedade histórica da empresa (que alguns gostam de questionar, sem consistência), eu diria que a PB não poderia valer menos do que uns 60% da Exxon. (R$ 725 bi). Forçando pior, para 50% (metade!) chegaríamos a mais de R$ 600 bi, contra os 120 atuais (20%!).

          A menos que o balanço sinalize desastre à vista na próxima esquina (uma empresa que sempre deu e dá lucro)…

          Não há como não pensar em comprar, ainda que cuidadosamente, ações da petroleira brasileira.

          1. Desculkpe, mas se, pela sua

            Desculkpe, mas se, pela sua análise está está minorada em 80% o ideal seria vender até a casa e comprar tudo em Petrobras não é ?

            Não. O erro que voces estão cometendo é querer antecipar resultados.

            Se tudo for dando certo, conforme premissas otimistas, ela pode vir a valer muito. Senão, não.

             

          2. Não eu não disse que “está” nada, apenas comparei, medi

            Há muitas (e muitas) formas de analisar o assunto, eu apenas mostrei uma delas, diferente de apenas analisar um balanço sem olhar pela “janela” o que está ocorrendo fora da sala da contabilidade.

            Não é honesto vc dizer que eu disse que a Petrobrás está valendo 20% da Exxon e portanto “menos 80% do que deveria valer”. Assim como eu se eu disser que uma bicicleta pesa 5% de um carro não significará dizer que ela deveria pesar o mesmo que um carro. Apenas comparei.

            Explicitamente ainda eu disse que ela poderia valer uns 50% ou 60% dela (e não estou dizendo que não pode ser mais nem menos ou ainda que a Exxon está sub ou supervalorizada). São análises, não afirmações.

            Observe ainda que a Petrobrás já valeu 420 bilhões (Economática, 2007). Supondo um câmbio arredondado de 2, já terá valido de fato 55% do valor atual da Exxon (não sei na época). De novo, só estou fazendo medições.

            Portanto ela crescer 200% do seu valor sequer será uma novidade. Já cair mais que 30% do valor atual de 120 será bem difícil (a menos que a coisa esteja preta e não saibamos). Continua lucrativa e de acordo com o colega, o PL está em 360 bi). Portanto me parece que há mais chances para +200% do que para -30%…

            Se eu tivesse esta capacidade de “deffinir” o valor da Petrobrás, IBM. Apple, Microsoft, Exxon, Samsung, Shell ou da lojinha da esquina eu poderia estar melhor que o Soros ou o Buffet…

            Na minha comparação, lembro ainda que:

            1) A Petrobrás, sem o pré-sal (ou apenas com suas expectativas), chegou a valer (bolsa) ~R$ 430 bilhões e listar-se entre as 10 ou 15 maiores empresas do mundo.

            2) Hoje que as expectativas estão sendo realizadas, em tempo, volumes e custos melhores que os estimados, a empresa está sendo avaliada (bolsa) em menos de 1/3 disso?

            Se está mais endividada e com menor lucro, não é difícil saber porque: altos investimentos (mas, de novo, com resultados superiores aos estimados para eles!).

            Sim, o cenário mudou e o preço caiu. Mas o valor da empresa caiu antes disso (hoje todo o setor petrolífero está sofrendo junto, a BP vai dar prejuizo, embora haja o componente golfo).

            Se eu afirmei “algo” é que a lógica do valor de mercado da Petrobrás não me parece consistente. Comparativante, está valendo 20% do que uma congênere de referência, que já foi superada em parte do negócio. É uma enorme diferença!

            Não sou advinho nem mago, apenas estou dizendo que para avaliar com boas chances de acertar, temos que olhar o máximo de detalhes possíveis do cenário geral.

            E o balanço é apenas um deles.

             

             

          3. Não lhe ignorei, Daniel, espero que publiquem minha réplica

            Afinal, o debate é o diferencial deste blog. Truncá-lo, um desperdício.

  5. Grandes

    Grandes especuladores têm tentáculos em tudo que é meandros para mexer nos números. Aí pode estar as dificuldades da Petrobrás com a contabilidade. Eles querem o lucro e o patrimônio. É muuuito dinheiro envolvido e sodados da fortuna para atirar, como a imprensa velhaca e traidora, não faz falta no mercado. Sobra.

  6. 1.Uma reserva de 16 bilhões

    1.Uma reserva de 16 bilhões de barris é pequena. A Venezuela tem uma comprovada de 290 bilhões e uma potencial de 520 bilhões. O pre-sal foi vendido politicamente como algo gigantesco, o que nunca foi.

    2.Essa reserva no melhor momento da extração chegará a UM MILHÃO DE BARIS DIA,  não será suficiente para atender a UM TERÇO do consumo domestico brasileiro, NÃO TEREMOS EXCEDENTES EXPORTAVEIS.

    3. Os arabes baixaram o preço do petroleo para prejudicar o Brasil? Não faz o menor sentido.  Eles baixaram para manter atraente o petroleo da OPEP vis a vis o shale oil americano. O Brasil não é concorrente da OPEP, ao contrario, é um bom cliente, os numeros dessa batalha são 38 milhões de barris dia da OPEP versus 22 milhões de consumo nos EUA.

    1. 1 – A reserva de 16 bi de

      1 – A reserva de 16 bi de barris é a atual . Em apenas, 3 campos, como citado no texto, há mais 30 bi de barris. Há vários outros campos em exploração e prospecção. O total de barris recuperáveis , muito provavelmente é superior a 100 bi de barris.    O petróleo Venezuelano é pesado e extremamente dificil de refinar, seus 290 bi de barris valem quase o mesmo de 100 bi de barris leves , como os do pré sal !

       

      2 – Hoje, a apenas 8 anos da descoberta, ja estamos em 800 mil barris dia. E isso pq o campo de libra, na cessão onerosa ainda esta engatinhando. Dizer que o pico chegará a 1 mi em seu melhor momento é ignorância ou máfé !!!

       

      3 – Os arabes baixaram o preço do petróleo para inviabilizar o shale oil e dificultar a exploração de campos em altas profundidades como o pré sal. 

    2. Acho que não foi apenas o

      Acho que não foi apenas o governo que vendeu:

      “Cláudio Angelo (Folha de S. Paulo, 06/07/12) informa que a produção de petróleo no mundo está sofrendo um aumento sem precedentes, o que pode levar a uma crise de superprodução antes do fim da década. A conclusão é de um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que põe o Brasil entre os seis maiores produtores de óleo em 2020.”

      Então a previsão é que podemos ser o 6 maior produtor do mundo, acho que os valor de 16 está meio errado?

  7. Não existe isso de

    Não existe isso de “verdadeiro” valor.

    Em bolsa, o verdadeiro valor é o valor pelo qual está sendo negociado.

    Se fosse algo assim tão óbvio outros players também saberiam, iriam comprando ações até o valor da empresa chegar no “verdadeiro” valor, algo como umas 10x a cotação atual, segundo diz o texto.

    Ou alguem acredita que ninguem, no mundo todo, está enxergando esse valor trilonário óbvio, só o rapaz do texto ? Isso é ilusão.

     

    1. A “ilusão” é tão grande que

      A “ilusão” é tão grande que as ações subiram 50 % em 30 dias !!

      Sabe quem esta comprando ???

      Tubarões internacionais !!

      1. 50% é diferente de 1000%

        50% é diferente de 1000% ora.

        Ou não é ?

        O que diz o texto, não sei se é voce, é que ela vale mais de um trilhão, isso daria quantos % ? 1000 ? 700 ?

        É totalmente diferente de 50%.

        E se pegarmos de 2010 para cá, ela se desvalorizou 70% e ai ?

        É o que eu disse, Paulo, no curto prazo, pode ocorrer qualquer coisa com o valor de cotação em bolsa.

        Em um prazo mais longo, a cotação SEMPRE vai acompanhar o retorno que a empresa gerar.

        1. Bolsa de valores é acima de

          Bolsa de valores é acima de tudo uma aposta. Foi isso que levou a OGX ser avaliada a um preço absurdo.

          No caso da Petrobras o que existe é uma queda de braço entre os grandes investidores internacionais e o governo.

          Superdimensionaram o problema da corrupção e o passivo da empresa. Junte-se a isso a queda vertiginosa do preço do petróleo. A questão da dívida está exagerada, pois a empresa dá em garantia o próprio petr´leo.

          Por isso o banco da China não pensou 2 vezes em conceder o empréstimo de bilhões.

          Óbvio que o risco é o preço do petr´leo, abaixo de 50 ou 40 dólares.

          1. Bolsa não é aposta, é o

            Bolsa não é aposta, é o resultado de negociações, de oferta x demanda. Pouca gente sabe disso, mas a cotação da ação é o resultado do óltimo negócio realizado com ela. Se os compradores ou vendedores estão “apostando” ou não, isso é irrelevante.

            Aposta sim, é o valor estimado pelo artigo, de que a empresa valeria 1 trilhão.

            OGX é uma empresa que nunca deu lucro. Foi uma empresa baseada em marketing, foi aberta em bolsa quando ainda era pré-operacional, ela era só baseada em expectativas. A grande maioria das empresas na bolsa não são assim, Petrobrás é muito longe disso.

            O que existe foi imposição do Governo a que ela vendesse derivados com prejuizos gerando perdas em torno de 60 bi no seu caixa. Engraçado que sobre isso o artigo nada falou.

            Não tem nada de queda de braço Governo x investidores. O que seria isso ? Se ela vasse tanto como idz o texto, eles estariam comprando e não fazendo queda de braço com Governo . A Petrobras tem milhares de negócios por dia, milhares de pessoas físicas, fundos, pequenos, médios e grandes investidores, não é uma ação manipulável como muita gente imagina.

            Vários bancos tem empréstimo a ela. Tem que olhar as condições destes empréstimos, prazo, juros e condições de pagamento, senão a informação de nada vale.

          2. “Bolsa não é aposta”

            Certo, não é (somente) uma aposta, mas (também) uma “central de apostas”.

            A menos que vc considere aposta um termo depreciativo ou que só existe em cassinos.

            Óbvio que há negociações conscientes, baseadas em consistência de negócios, etc. (como deveria ser!).

            Mas mesmo uma pessoa entrando numa participação de limitada fechada por cotas, em última instância está fazendo uma “aposta”. Ainda que neste caso seja nele próprio, que poderá interferir diretamente, junto com os sócios, no (bom) desempenho do seu negócio.

            Só que na sociedade fechada, a maior expectativa do sócio é lucrar com o negócio (divendendos das ações), raramente esperar que ele possa vender sua participação com lucro (especulação com ações).

            Já em capital aberto esta “aposta” só acontece para majoritários ou controladores. A grande maioria avalia os “odds”, baseadas não apenas em balanços (ou raramente, como os profissionais), mas simples e comumente até pelos movimentos gráficos da evolução das cotações. Tem gente que nem conhece a empresa (ou sequer o setor!), quanto mais seu negócio ou balanço. Vide a bolha do dotcom.

            Nos cassinos os jogadores também avaliam seus “odds”, até contam cartas no black jack. Não confunda apostar com meramente jogar com a sorte, pois a maioria dos jogos tem sua lógica e probabilidades. Até roleta!

            O que são os mercados futuros senão apostas? Por que um holandês venderia suas propriedades para compra meras tulipas hoje e vendê-las amanhã? Porque uma artista venderia sua belíssima casa numa ilha em NY City para comprar e vender papéis? (e perder a casa!). Uma tia minha perdeu um apto, re-hipotecando-o quitado…

            Não estou dizendo que a Bolsa é um mero cassino. Mas também é. Porque assim é vista e utilizada por muitos. Há uma diferença muito grande entre os princípios teóricos de uma Bolsa (que são sérios) com a realidade.

            Que vc (que suspeito trabalha no lado sério da coisa) parece levar mais a sério do que a realidade.

    2. Preço x Valor, Capitalização x Jogatina

      Eu prefiro chamar (ou diferenciar) o “valor” pago numa transação qualquer de preço.

      O valor é suscetível a inúmeras variáveis e condicionantes pelo tempo, assim como o preço (“valor” afinal concordado entre vendedor e comprador num momento). Desde considerações econômicas até o humor, a vontade e a necessidade dos negociantes

      Como ambos são variáveis, e nem sempre sob as mesmas condições, há de se concordar que um (valor) pode estar inferior ou superior ao outro (preço) em cada caso e momento. Uma doação (preço 0) não zera o valor do bem doado.

      Lembrando da Física, em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) automóveis similares raramente serão vendidos por preços iguais, devido a variáveis como estado, gosto do comprador, oportunidade, usuário ou revendedor, etc. sem contar que possam ou não ser da mesma marca, modelo, cor, equipamento, etc.

      Mas não dá pra fugir de uma faixa razoável de “valor ” para um Palio 2013 cotado na “tabela FIPE” a, sei lá, uns 30 mil. Nesta hipótese, um usuário pode vender por 25 e uma agencia por 32 (financiado, pr ex.), mas se alguém disser no mesmo momento que um Pálio “vale” 3 mil reais, aí é óbvio que haverá uma deturpação qualquer grave, desde um marido traído obrigado a dar o valor de venda do carro a ex-esposa (ou vv) até o carro ser uma sucata de acidente.

      Desta introdução, vamos à Petrobrás e às ações:

      1) O valor das ações de uma empresa só a afeta diretamente: (a) no momento da capitalização (lançamento das ações ao mercado) e (b) No momento da venda da empresa, SE for adquirida com base no “valor “das ações (o que não é comum). Ainda neste caso incomum, o que pode haver é uma compra maciça de ações (geralmente camuflada e gradual, até uma compra hostil) para obter participação majoritária (que nem sempre significa controle), ou ou mais comum, combinada com os controladores vendedores, com o “mercado” (público) de fora, embora este possa ser beneficiado ou prejudicado.

      2) No restante do tempo, o sobe-desce das ações é um jogo dissociado (fora a imagem ou uma necessidade do item 1) da empresa e NÃO AFETA diretamente a operação da empresa ou seu resultdo operacional.

      3) Valor e preço de ação não significam necessariamente valor e preço da empresa, pois: (a) a mesma ação pode ser vendida, ainda que no mesmo momento, por preços diferentes entre negociadores diferentes. Alguém necessitado pode até vender as suas ações em alta  por um valor abaixo da “cotação”, que reflete apenas um preço médio. (b) A maior parte das aquisições e fusõe é negociada à parte e não em Bolsa. (c) Há fenômenos até emocionais (crises e crashes) que podem fazer o “valor” acionário de uma empresa gigante como a Vale “valer” menos que uma pequena e desconhecida subsidiária eletrônica da GM. Ou empresas como a Amazon subirem de valor durante anos a fio dando prejuízos. 

      Portanto, dizer que a Petrobrás “vale” 1 trlhão, 1, 3 trilhões ou 700 bilhões é fartamente discutível. Mas dizer que “vale”, por ex. 100 bilhões é evidente manipulação irreal do mercado. Um Pálio 2013 sem problemas por mil reais…

      Talvez na esperança de alguém poder comprá-la a preço de semente de banana, como a Vale, as Teles, etc.

      Sob este governo,portanto, (a menos de acionistas especuladores ou que precisem vender na baixa), o “valor” da Petrobrás ou de suas ações para a empresa e a nação é razoavelmente irrelevante, 

      Mas pode deixar de ser em 2018, ou 2022, ou 2026 ou …

      Apenas mais uma “variável”…

  8. o mercado  pode  dar o preeço

    o mercado  pode  dar o preeço que  quiser  a  petrobras  o governo pode  dizer  O  PREÇO  DA PETROBRAS?  É  INVENDAVEL.   NAO TEM PREÇO  OU  COLOCAR UM PREÇO  NAS ALTURAS .  Se eu tenho uma  empresa  ou uma  casa  eu boto o preço  nela  se vale  ou nao  é outrta questao,voce  pode dizer que minha  casa nao vale  e  eu dizer que  vale  muito mais  e  por menos nao vendo. Tem que  se  acabar com esse negocio de bolsa de valores,  agencias de risco  e outras  que so foram colocada  para   manobrar  manipular  o mercado  e o que  é dos outros. o imovel  ou produto nao é deles  mais eles querem  ditar preço  daquilo que nao  lhe  pertence.  

    Se  o custo  do petroleo vai  baixar  no pos  sal  e  no pre  sal  e  se  o pre  sal  vai  ficar sempre maior  nao tem nada a  ver o importante éque o custo baixou  mesmo ficando mais  alto do que o pos  sal.

    1. O valor aferido em bolsa é o

      O valor aferido em bolsa é o valor do último negócio realizado pela ação. É oferta x demanda.

      Há basicamente dois tipos de avaliação: pelo que alguem está disposto a pagar pelo ativo ou pelo que o ativo gera de retorno.

      Por esses dois critérios, a Petro não vale 1 trilhão, muito longe disso. Ninguem quer pagar isso por ela e o retorno que ela dá não justifica esse valor, daria um P/L de quase 50, o que seria absurdo.

      Mas evidente que ninguem é obrigado a vender nada, por qualquer preço,  se não quiser vender. A questão não é essa. Não está se discutindo a venda da Petrobras, apenas estamos dizendo que ela não vale o que o texto diz que vale.

  9. um,a das causas do custo  do

    um,a das causas do custo  do pre sal  é que  tem que  ter navios  para transportar  o oleo para  terra  firme ou refinarias, Ora gente  o governo brasileiro vai   levar  cabos   do Brasil para portugal.  e  porque nao  pode   trazer  tubulaçoes  do pre  sal  ate as  refinarias? – pode  se  fazer um  convenio com a  China  para os  dois governos financiar  a tubulaçao. Ja  no  caso da  Chila  ele   carrega  o petroleo  la  mesmo nas  plataformas do  PRE-SAL.

  10. Lamentavelmente, ainda que

    Lamentavelmente, ainda que relativamente bem articulado e provavelmente um excelente quadro na sua área de conhecimento, ao meter-se pela seara  do cipoal financeiro e contábil da Petrobras o ilustre palestrante Paulo César Ribeiro Lima somente conseguiu formular uma frase realista, ali pelo 21º minuto da palestra:

    – “Eu não sou especialista nisso não!”

    Tem toda a razão.

    “Reservas” não são “ativos” por várias razões:

    Primeiro porque o seu valor é variável e o seu volume é sempre estimado, não havendo nenhuma garantia, in casu, de que de fato se recuperem as quantidades de barris ditas “recuperáveis”, sendo as “reservas recuperáveis” apenas uma hipótese de condição.

    Segundo porque, ainda que de fato recuperáveis, os custos para essa recuperação são variáveis “poço a poço” e, conforme que custos poço a poço (considerados como “poço” todos os custos envolvidos na extração), o valor líquido dessa “reserva” será o do seu valor de mercado deduzido dos custos de produção.

    Ainda, comparar os custos dos poços da bacia de Campos, na recuperação do petróleo pesado em águas relativamente rasas e montados em plataformas fixas, com os custos dos poços do pre-sal que são todos realizados com materiais especiais e servidos por FPSO já seria um absurdo, mas compará-los simplesmente em termos de produção (“quatro poços no pre-sal produzem tanto quanto 20 na bacia de Campos”) é muito pior.

    A produção “primária” de qualquer poço depende das suas condições geológicas e uma delas é a “pressão de filtração”; Conforme que permeabilidade da rocha depósito, a que pressão a rocha esteja submetida e que viscosidade possua o óleo, a produção inicial de qualquer poço poderá se sustentar na linha do tempo, ou não. Os poços do pre-sal ainda são muito recentes para que se tenha ideia do seu comportamento na linha do tempo e, a própria permeabilidade da rocha, ao mesmo tempo em auxilia a produção inicial, faz com que a pressão de filtração caia mais rapidamente e os sistemas de “recuperação secundária”, e mesmo “terciária”, tenham que ser postos em ação.

    Nenhum desses sistemas de recuperação secundária e terciária são baratos, sequer nos poços de produção convencional, em terra firme. No presal serão ainda muito mais altos, se é que já não são; em alguns modelos de abordagem aos depósitos petrolíferos, os três sistemas, desde o início, já são postos em ação.

    O que de fato interessa e traz RESULTADO, na exploração de petróleo, é o que sobra, depois da venda, descontados os custos da exploração, que evidentemente embutem os gastos da própria empresa e não somente os custos de perfuração e extração; Se não houver um saldo positivo depois de apurado o balanço, a empresa estará deficitária e, portanto, verá o seu valor de mercado diminuído e mesmo irá à falência se não reverter o jogo, mesmo se deitada num berço esplêndido de centenas de “bilhões de barris recuperáveis”.

    Finalmente, ouvi atentamente o palestrante, reli o texto algumas vezes, e mesmo assim não consegui descobrir quanto custa em dólares a extração de um barril de petróleo no pre-sal, por quantos dólares se consegue vender esse mesmo barril e, consequentemente, se dá lucro ou não.

    Alguém sabe? Ou tem muito mais gente que o razoável confundindo “faturamento” (receita bruta) com “viabilidade”?

    Abs

    1. Parabens pelo comentário, é

      Parabens pelo comentário, é isso mesmo.

      Exatamente por isso que a empresa não vale nem perto do que o artigo diz.

    2. Valor contábil x Valor Econômico

      Prezado colega, já peço desculpas por não ter lido seu comentário em cheio e talvez cometer alguma injustiça.

      Mas pela “leitura dinamica” que o tempo me permitiu no momento, gostaria de ressaltar algo que como ex-executivo e ex-empresário, considero muito importante: a diferença entre valor contábil e valor econômico (operacional, negocial, etc.)

      Isto porque já vi (e tentei ajudar a salvar) algumas (grandes) empresas quebrarem por serem dirigidas, justamente nos maus momentos, pela contabilidade e não pelos negócios.

      É certo que ativos da União não podem entrar no balanço da empresa.

      Mas não é certo desconsiderar que quem se beneficiará ao longo do tempo deste valor econômico dos ativos será a Petrobrás (e suas eventuais participantes, ao limite de 70%), com o dever de obter lucro deles.

      Portanto o que interessará no final é quanto de resultado a PB poderá fazer com estes ativos (no mínimo 30%, dependendo da política, podendo ir a até 100% dependendo da capacidade).

      O mesmo acontece com os que alegam que todos os minérios “são da União”. E daí?! O que importa é quem está ganhando dinheiro de verdade com ele! Se a União ganhar $ 0,01 por ton. e o explorador ganhar $ 20/ton e mais um eventual VA final que pode ser, por ex. aço, de que interessará a propriedade do minério?

      O resumo da minha mensagem é que contabilidade não é “o” negócio, apenas uma foto ou filme do que aconteceu.

      Ainda que possa conter pistas, raramente dirá decerto o que acontecerá.

      1. Interessante, esta tua frase:

        “Mas não é certo desconsiderar que quem se beneficiará ao longo do tempo deste valor econômico dos ativos será a Petrobrás (e suas eventuais participantes, ao limite de 70%), com o dever de obter lucro deles.” (Pedro Brás)

        Eu sempre pensei que, obter lucro, especialmente quando não se dita preço, fosse uma expectativa e não um “dever”. Gostaria que você nos ilustrasse um pouco mais a respeito.

        Obrigado

        1. Não acho que lhe precisaria ilustrar, mas respeitarei seu pedido

          Se o dono de um negócio (ou riqueza, recurso) coloca um executivo no comando de uma empresa para explorá-lo e comercializá-lo, ele como vc diz, tem a “expectativa” de que o nominado lhe dê resultados (ou lucros, como eu coloquei).

          O executivo certamente terá (ou carregará) o “dever” de consegui-los, pois não estará  por muito tempo na sua cadeira se não atingir as “expectativas”.

          Mais ou menos como uma nação ter a expectativa de que seus generais ganhem a guerra, dizendo-lhes que esperam que eles “cumpram seu dever”, certo? O que não significa que ganhem.

          Note que ser um (orgulhoso?) dono de “riqueza” não vale nada a menos que se explore economicamente. O que vale de verdade é ganhar dinheiro (ou beneficiar-se de alguma forma) com ela e não sua mera “propriedade seca”.

          No caso real da Petrobrás, há um certo “incesto” (modificado em 98), já que a “dona” da riqueza (a União) é também controladora da concedida (que explorará a riqueza, ou no mínimo 30% dela) e aí as expectativas de uma se misturam com os deveres da outra. 

          No caso da Vale (onde a dona da riqueza também é a União), a “riqueza”  perdeu valor, quando além da “propriedade”, a União deixou de explorar através da empresa, o negócio dos minérios. Continua “dona”, mas …

          Neste jogo semântico e pouco relevante, pois o que importa são os resultados de fato e não as expectativas, o que interessa compreender é que vale mais eu poder explorar milho de pipoca de “propriedade” do senhorio, onde eu venda cada saquinho por 5 reais e pague 2 centavos a ele … do que ser o “dono” do milho…

          Talvez vc apenas esteja com um olhar excessivamente contábil. Ou confundindo dever com obrigação, certeza, garantia. Deveres podem ser cumpridos ou não, evidentemente.

          A Petrobrás, historicamente, tem sempre cumprido.

           

          PS: se este comentário aparecer duas vezes é porque houve uma falha de comunicação ao enviá-lo, favor deletar ou desconsiderar o primeiro.

        2. Não lhe ignorei, Mayo, espero que minha réplica seja publicada

          Afinal, o debate é o diferencial deste blog. Truncá-lo, um desperdício.

  11. Se no mercado o preço for ruim para uns, será para outros …

    Muito as hienas falam e já falaram das “inviabilidades” de extração e do valor do óleo do pré-sal.

    Em princípio, se ele é “inviável”, ele o será para qualquer empresa!

    (tanto a técnica quanto a econômica já foram, até o momento, desmascaradas com louvor pela Petrobrás).

    Algumas das variáveis:

    1) O óleo é uma commodity, com preço altamente determinado pelo mercado (lembrando que há traders que podem ganhar na alta e na baixa) e interesses das congêneres da PB (o mar do Norte já está secando…)

    2) Se o custo é razoavelmente fixo (e descendente, não importa comparado a outros), a margem (viabilidade econômica) vai ser determinada por esse preço de mercado.

    3) Como o Brasil não é ainda autossuficiente, não é exportador (a menos de firulas do negócio), Portanto, o que ainda mais interessa é suprir o país, óbvio que ganhado algum. Se o preço cair abaixo, simplesmente pode-se suspender a produção (considerando custos fixos) e comprar mais barato no mercado. Se for empate pra cima, produz-se até o necessário para suprir. Se for maior e sobrar, estoca-se (EUA) ou vende-se ($$$).

    4) Por um lado, a Petrobrás é talvez a mais competente do mundo em reduzir custos de exploração e produzir em pré-sal, pois é líder reconhecida (e premiada) mundialmente. Tanto que já produz acima do volume previsto e abaixo do custo previsto, como nenhuma outra congênere no mundo.

    5) Por outro lado, uma empresa sem compromisso com o Brasil (que precisamos entender é o caso da PB), apenas com o lucro dos seus acionistas, poderia reduzir os custos da empresa (demissões, desativações de pesquisas, enxugamentos, terceirizações, suprimentos externos de suas matrizes, etc.) ainda que não tenha competência de extração que a Petrobrás tem.

    6) No frigir dos ovos, a diferença estaria entre uma empresa tecnico-economicamente mais eficaz na extração, com preocupações sócio-nacionais de seu controlador e outras repartindo o “butim” (menos investimentos e custos gerais), gerando lucros maiores para seus acionistas, em prejuízo da qualidade “social” da empresa.

    7) Esta troca apenas exportaria empregos (destruindo os daqui), o imenso know-how e seu desenvolvimento e a cadeia produtiva nacional com idênticos efeitos, perdendo-se também os lucros exportados, que hoje ficam aqui.

    Portanto, sob todos os aspectos, a menos da tentativa permanente de desconstrução real e de valor da Petrobrás, isto não interessa a nenhum brasileiro além dos que são corretores de negócios para clientes (evidentemente estrangeiros).

    O problema é saber quem vencerá esta batalha após 2018: O Brasil e sua Petrobrás?

    Ou os corretores bem sucedidos da privataria?

  12. Foi com base nesta estória

    Foi com base nesta estória (estória mesmo) que o que está no subsolo é da União,  que a Vale foi vendida a preço de babana podre, mas ela está retirando e vendendo todo o minério possível, sem nenhuma interferência ou impedimento da União.  

    Riqueza do subsolo é que nem meu dinheiro depositado em um banco. Enquanto ele estiver lá guardadinho, ele é do banco, mas, a qualquer momento, posso sacá-lo. Pronto: operou-se um milagre pela  apresentação de um pedacinho de papel ao caixa, ou um simples click na tecla de um  computador.

    1. Gilson, os recursos do sub-solo de fato são da União

      Sendo da União, e já que a União não os explora, esta pode ou não conceder o direito oneroso da lavra através de contratos de exploração, não através de escritura de compra e venda, portanto, os recursos ainda não explorados continuam a ser da União.

      Quanto ao dinheiro que você tem no banco, você pode sacá-lo porque é teu, nunca foi do banco. Se você tentar sacar o dinheiro que é de fato do banco, ou de outro correntista, vai arrumar um problemão.

      Abs 

  13. A Aplle deve colocar o seu mercado consumidor no balanço

    Prezados, a Aplle deve colocar o seu mercado consumidor, praticamente cativo, no balanço? Considerando as reservas de lucros das futuras vendas de equipamentos?

    O governo brasileiro deve incluir em seu balanço as reservas de petroleo do pré-sal? As reservas de minérios a serem exploradas no país? 

    A Petrobras pode incluir essas reservas no seu balanço se elas não são de sua propriedade, são direitos apenas. Direito a exploração lembra-me terceirização. Contratado pode colocar no seu balanço que as reservas ou o patrimônio sobre o qual trabalha é dele?

    Um  escritório de advocacia pode colocar em seu balanço as reservas futuras de ações que a sua carteira de clientes, grandes clientes vão lhe apresentar ou ainda colocar apenas a provisão como lucro de uma porcentagem das ações a serem criadas devido a certeza  de sua realização?

    Concluindo, o mercado faz o preço e as leis regem os balanços.  

     

     

  14. A Aplle deve colocar o seu mercado consumidor no balanço

    Prezados, a Aplle deve colocar o seu mercado consumidor, praticamente cativo, no balanço? Considerando as reservas de lucros das futuras vendas de equipamentos?

    O governo brasileiro deve incluir em seu balanço as reservas de petroleo do pré-sal? As reservas de minérios a serem exploradas no país? 

    A Petrobras pode incluir essas reservas no seu balanço se elas não são de sua propriedade, são direitos apenas. Direito a exploração lembra-me terceirização. Contratado pode colocar no seu balanço que as reservas ou o patrimônio sobre o qual trabalha é dele?

    Um  escritório de advocacia pode colocar em seu balanço as reservas futuras de ações que a sua carteira de clientes, grandes clientes vão lhe apresentar ou ainda colocar apenas a provisão como lucro de uma porcentagem das ações a serem criadas devido a certeza  de sua realização?

    Concluindo, o mercado faz o preço e as leis regem os balanços.  

     

     

    1. Muita ginástica e pouca

      Muita ginástica e pouca coerência. 

      As comparações não procedem. Ninguém disse em colocar os consumidores de petróleo (combustíveis, lubrificantes, etc) como um ativo da Petrobras. E eles também são fieis consumidores desses produtos.

      Os outros exemplos então… Nem vale a pena comentar! Quer dizer então que existe algum escritório de advocacia no mundo que tenha clientes com tanta certeza de processos lucrativos quanto a Petrobras tem de existir petróleo no pré-sal? 

      ppffff

  15. O petróleo é nosso!

    Até 1964 uma frase era popular aqui: “CALMA QUE O BRASIL É NOSSO!”

    Se a gente bobear de novo a Petrobras e o petróleo brasileiro serão “doados” à Exxon pelos golpistas.

    PRÁ COXINHA, PODÓLOGA É PROSTITUTA QUE ATENDE A DOMICILIO!

  16. foda-se petrobras nao ganho nada com isso

    brasileiro tem que parar de se orgulhar de empresas desgraçadas que nao tao nem ao pra ele, que bando de merdas sem rumo, raça ruim suja, eu nao defendo petrobras to nem ai pra ela, pois nao esta me dando lucro algum, so despesas o gas de cozinha 13 kg ja esta a 70 reais, sao 70 reeeeais, alguma coisa de errado esta acontecendo! isso esta! e vc fica ai orgulhoso defendendo petrobras aaa vaaa cara, vc nem é dono, nunca vai ser nao esta ganahando a baba que os donos ganham ou os diretores ou gerentes ganham, acorda se inxerga se olhe no espelho! satanas te segou vc nao esta raciocinando direito!

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